terça-feira, 30 de junho de 2009

Combate à poluição visual em Fortaleza

A SEMAM/ Secretaria Municipal do Meio Ambiente removeu, ontem, placas e outdoors fixados irregularmente nas avenidas Santos Dumont com Desembargador Moreira e também na Avenida Bezerra de Menezes. As estruturas de propaganda visual, no total de três, estavam afixadas em locais inadequados, como o passeio, atrapalhando a passagem de pedestres. Este ano, foram retiradas mais de 60 placas da Avenida Bezerra de Menezes e 28 da Godofredo Maciel.

A primeira placa foi removida do cruzamento das avenidas Santos Dumont com Desembargador Moreira. Tratava-se de um esqueleto de estrutura instalado na calçada, mas que estava abandonado, sem nenhuma utilização. As outras duas foram removidas da Bezerra de Menezes e eram remanescentes de outra ação realizada na avenida este ano.

A retirada, de acordo com a coordenadora da Comissão de Combate à Poluição Visual da Semam, Maria Luiza Távora, faz parte das diversas ações que vêm sendo implementadas pela Prefeitura de Fortaleza há cerca de quatro anos para fazer uma limpeza visual na cidade. “Diariamente, atuamos no combate à poluição visual. Retiramos não só placas, mas cartazes, faixas, letreiros, entre outros que não estejam em conformidade com a lei”, explica.

Matéria do jornal Diário do Nordeste. Vale a pena conferir.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Prefeita Luizianne Lins quer o novo Centro de Conveções na orla marítima central

Como uma das principais estratégias para urbanizar a orla marítima de Fortaleza, a prefeita Luizianne Lins (PT) quer que o Marina Park Hotel seja desapropriado e que, em seu lugar, seja construído o Centro de Eventos da Capital. A ideia foi lançada no programa Coletiva, da TV O POVO, que foi ao ar na noite de ontem, e já teria sido compartilhada com o governador Cid Gomes (PSB). Questionada sobre a reação de Cid ao receber a proposta, a prefeita disse apenas que sua relação com Cid é de “muita cumplicidade” e que ainda precisa ter com o governador uma discussão melhor sobre o assunto. De acordo com Luizianne, a obra que está sendo construída ao lado do Centro de Convenções, no bairro Edson Queiroz, ainda não seria o tão esperado Centro de Eventos do Ceará.

“Na verdade, ele (Cid Gomes) está fazendo é um parque de exposição”, afirmou a prefeita. “Em vez de a gente ficar inventando lugar, tá ali um lugar maravilhoso que eu acho que pode servir a toda a comunidade de Fortaleza”, declarou. Desta forma, os caminhos estariam, em tese, livres para transformar o complexo do hotel - onde são realizadas, por exemplo, as edições do Ceará Music – em um centro de captações de eventos nacionais e internacionais.

Matéria do jornal O POVO. Vale a pena conferir.

domingo, 28 de junho de 2009

Devastação ambiental na Bezerra de Menezes ²

E o que nos diz disso tudo, o novo Secretário do Meio Ambiente e Controle Urbano, Advogado Deodato Ramalho, que foi tão enfático no discurso de sua posse recente? E o que nos diz o Vereador Guilherme Sampaio que segundo ele próprio afirma irá apresentar projeto de lei para requalificação dos espaços públicos e preservação do verdes nestes espaços públicos?

Editorial: Cobertura vegetal

Os executores do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza - TRANSFOR - irão retirar as árvores do canteiro central da Avenida Bezerra de Menezes e ocupá-lo com uma ciclovia. Numa cidade com a sua cobertura vegetal reduzida a 7%, a solução atenta contra as iniciativas para aliviar a poluição do ar na cidade e tornar seu clima ameno como outrora.

O TRANSFOR é um empreendimento bancado por recursos externos, cujos organismos financiadores atentam sempre para a conservação ambiental. Concebido há uma década, o programa tem sofrido ajustes no seu encaminhamento voltado para os corredores urbanos de transportes públicos. As ciclovias são cada vez mais necessárias, pois os trabalhadores estão trocando ônibus e trens por bicicletas e motocicletas, concorrendo com o tráfego pesado. As vias exclusivas para esses transportes frágeis concorrerão para reduzir os elevados índices de acidentes com baixas consideráveis. Mas tudo isso poderia ser feito sem afetar o pouco verde da cidade.

Esta será a segunda destruição das árvores da Avenida Bezerra de Menezes, corredor de acesso e escoamento da zona oeste de Fortaleza. A primeira ocorreu na década de 70, quando da implantação dos ônibus elétricos. As árvores foram sacrificadas para possibilitar a extensão da rede aérea de eletrificação dos ônibus.

Aliás, as transformações urbanas têm concorrido para modificar, por completo, os bairros situados ao longo desse corredor de tráfego, especialmente, o Monte Castelo, Parque Araxá, São Gerardo, Amadeu Furtado, Vila Éllery e Alagadiço. Região constituída até os anos 50 por suas chácaras, onde se cultivavam pomares e amplos jardins, a área mudou o seu perfil residencial com a expansão das atividades comerciais.

A cada ano, especialmente por ocasião do Dia da Árvore, há mobilização por alguns gestores municipais para o replantio de árvores, com a distribuição de mudas e o envolvimento dos jovens nesse esforço. Entretanto, os resultados não aparecem, pois cada árvore requer cuidados especiais por, pelo menos, dois anos. Sem o acompanhamento, elas têm vida curta pela falta de água e de insumos essenciais. Em dezembro passado, Fortaleza tentou ser recordista com uma megaplantação de 65 mil fruteiras em 23 minutos, envolvendo 4,5 mil voluntários, no campus da Uece e na Fazenda Uirapuru. Adultas, elas terão o papel de neutralizar três toneladas de carbono, por ano, transformando os 40 hectares onde foram distribuídas num grande pulmão verde. A solução indicada para o Transfor vai na contramão desse esforço.

Aliás, a batalha pelo verde tem implicado até em caminhos bizarros: o Deputado Carlos Humberto Manato (PDT-ES) apresentou projeto de lei obrigando o plantio de árvores por quem se casar, se divorciar, comprar carro novo ou imóvel residencial ou comercial. As construtoras deverão plantar, por ano, 65 milhões de árvores. Como a distribuição de mudas, esse projeto não passa de uma utopia, mas nem por isso se pode descurar das medidas práticas de preservação vegetal.

Editorial publicado pelo jornal Diário do Nordeste, data de hoje, 28 de Junho de 2009.

Devastação ambiental na Bezerra de Menezes

Como se tem alertado há algum tempo, iniciou-se a devastação de toda vegetação arborea da Av. Bezerra de Menezes. O processo predatório se iniciou pela sua extensão a Av. Mister Hull e agora alcança a própria Bezerra e em pouco tempo não restará mais nenhuma das frondoas árvores ali existentes no canteiro central.

O Projeto TRANSFOR em sua totalmente errada proposição do que é qualificação urbana da mobilidade, acessibilidade e transportes DECRETOU que esta arborização central atrapalha a proposição em pauta de instalação de um ciclovia central.

En síntese, em nome do pseudo progresso, os canteiros centrais da Bezerra vão ser reduzidos e toda a arborização será removida a moto serras, como é usual. Mais uma agressão ao meio ambiente muncipal e ao que resta de arborização urbana em nossa cidade.

O Editorial do jornal DIARIO DO NORDESTE chama a atenção quanto a isto. A Prefeitura Municipal faz ouvidos de mercador e o Coordenador do TRANSFOR, Eng. Daniel Lustosa afirma que o projeto vai ser implantado desta forma, porque esta opção é a melhor para a cidade. Sem discussão e ponto final. Uma péssima modelagem urbanística importada diretamente de São Paulo, aplicada com erros nas Avenidas Nove de Julho e Santo Amaro, que levou a degradação urbana ambiental daquelas vias. Coisa que por lá esta sendo revista, enquanto insistiremos neste gravissimo erro.

Sobre a "engorda"(Aterro) da Beira Mar ²

Caro Colunista Fábio Campos

Boa tarde.
Discordando de comentário feito em sua coluna neste domingo, abro um parênteses para rememorar alguns aspectos recentes da História de nossa cidade quanto à proposição da “engorda”da Beira Mar, levada, recentemente, por grupo de vereadores à ciência do Governador Cid Gomes.

A Prefeitura de Fortaleza, tem conhecimento integral desta proposição, pois a mesma foi contratante do projeto, tanto em 2000, quanto de sua revisão mais recente agora em 2008, já sob esta atual gestão. Só que guarda estas informações trancadas por 7 chaves, não se sabe porque.

Este assunto vem sendo veiculado na imprensa há uns 6 meses, por ter sido recolocado em pauta pela Associação Amigos da Beira Mar. Foi inclusive objeto de audiência Ministério Público Federal, que estranhava o não envolvimento da Companhia Docas do Ceará nesta roteirização.

Há quase 60 anos, que periodicamente se colocam à discussão pública propostas de recuperação da orla marítima de Fortaleza, mais precisamente desde 1950, quando do aparecimento das primeiras conseqüências da implantação do quebra do Porto do Mucuripe, que resultaram na destruição integral da Praia de Iracema e parte da Praia do Meireles, inclusive de quadras fronteiriças à atual Av. Beira Mar. Parte destes registros estão no livro do Historiador Raimundo Girão Barroso, também Prefeito de Fortaleza por três mandatos – “Geografia Estética de Fortaleza”, no capítulo “A tragédia portuária” e outra parte nos arquivos da própria Companhia Docas do Ceará, colocados lá pelo Eng. Cláudio Marinho de Andrade.

De lá para cá se registram mais de 10 propostas de recuperação para a orla de Fortaleza, elaboradas por várias equipe de urbanistas e outros técnicos, todas subsidiadas por instituições de renome internacional, com base em diagnósticos e estudos científicos, como o INPH/ Instituto Nacional de Pesquisas Hidraúlicas, o LABOMAR/ Laboratório de Estudos do Mar/ UFC, a ASTEF/ UFC, o DHI/ Danish Hidraulic Institute/ Dinamarca, a Consulmar Projectistas e Consultores/ Lisboa, Hidromod/ Lisboa e outros.

Os aterros hidráulicos oceânicos ou “engordas” de praia, vem sendo utilizados em todo o Brasil, há quase 100 anos, como solução adequada a mitigação dos efeitos de destruição de orla litorâneas. Os mais famosos estão no Rio de Janeiro: Aterro do Flamengo e Aterro da Praia de Copacabana. Mas existem outros bem recentes como da orla de Maceió, aqui mesmo na nossa região.

No início de 2000, mais uma destas propostas foi desenvolvida, por técnicos locais e suporte do INPH, pretendendo com isto, prevenir a destruição integral da Av. Aquidaban, na Praia do Ideal Clube que desapareceria em meses, caso nada foi feito. Daí surgiu o atual projeto de aterro hidráulico oceânico de parte da orla marítima de Fortaleza, entre a Praia de Iracema e a Praia do Náutico, sendo parte do mesmo consolidado no Aterro do Ideal, hoje palco das maiores manifestações festivas e lúdicas de nossa cidade. Infelizmente estas obras não tiveram seguimento como programadas, pois foram suspensas por liminar do Ministério Público Federal que questionava o licenciamento ambiental das mesmas.

E se na época, a Vereadora Luizianne Lins, se colocava como uma das maiores questionadoras das mesmas, hoje a Prefeita Luizanne Lins se transformou em uma ardorosa utilizadora daquele espaço, como local de manifestações maiores de nossa cidade.

Na nossa atual Proposta haveria um “engordamento”de Praia, entre 80 e 200 metros de largura, entre a Praia de Iracema e a Praia do Náutico, para a consolidação de um novo parque da Beira Mar da ordem de 40 hectares, para uso de lazer, práticas e esportivas e fruição da natureza de população fortalezense. Em nenhum momento se pensou em abertura de vias e consolidação de quadras para desenvolvimento imobiliário. Seriam utilizados 1,5 milhões m³ dos 6 milhões retirados pela dragagem do canal de acesso e do Porto do Mucuripe.

Esta proposta recuperada pela Associação dos Amigos da Beira Mar, onde me incluo, foi reapresentada, respectivamente à Prefeitura Municipal de Fortaleza, à Coordenação de Projetos Especiais e chegou às mãos da própria Prefeita Municipal. Foi também enviada à Companhia Docas do Ceará, que coloca mil obstáculos técnicos a esta realização. Foi também encaminhada ao Ministério Publico Federal, que iniciou uma diligencia de esclarecimentos e pretende formalizar um Termo de Ajustamento de Conduta entre a Prefeitura e a Companhia Docas.

Foi também enviada à SETUR/Governo do Estado e à Comissão COPA 2014. Foi apresentada à Assembléia Legislativa e objeto de discussão em algumas sessões. E finalmente apresentada aos senhores vereadores municipais, que acharam por bem assumi-la e reapresenta-la ao Governador do Estado.

Acho que o tempo urge para que esta proposta seja novamente discutida pela sociedade em geral. E os nossos gestores coloquem as cartas na mesa, claramente e seus posicionamentos. Fortaleza merece uma Nova Beira Mar já!

Cordialmente

Sobre a "engorda"(Aterro) da Beira Mar

Vejam essa informação: um grupo de vereadores foi a Cid Gomes discutir com o governador a ideia de “engorda” da Beira-Mar. A ideia dos vereadores é utilizar a areia limpa proveniente da dragagem que será feita no Porto do Mucuripe - que equivaleria a cerca de 35% do material retirado do mar - para aumentar em 80 metros a faixa de praia da Beira-Mar. No novo espaço fruto do aterro, seriam construídas mais três ou quatro faixas de rua, além de quadras de esporte. O presidente da Câmara, Salmito Filho (PT), comandou a inusitada visita. Ok. A idéia não deve ser descartada. Talvez seja uma boa ideia para uma apertada Beira-Mar. O estranho é que esse projeto não existe na Prefeitura. O mais lógico seria levar a ideia primeiro para a administração municipal. Sendo acatada, a ideia viraria projeto técnico que seria então submetido aos tramites tradicionais, que envolve delicadas liberações ambientais. No entanto, os vereadores foram direto ao governador falar de uma ideia que, a priori, não lhe diz respeito. Estranho, não?

Da Coluna Politica do Jornalista Fábio Campos, Jornal O POVO, data de hoje.

Rio de Janeiro assusta investimentos externos em Cultura e arquitetos estrangeiros

Nota recebida de um diplomata de importante embaixada brasileira na Europa pelo ex-Blog do César Maia.

"Há uma perplexidade geral nos maiores países europeus com a xenofobia carioca. Primeiro, proibiram o Guggenheim (aliás, sucesso como âncora revitalizadora de Bilbao). Na mesma decisão, o projeto do consagrado arquiteto francês, Jean Nouvel, com obras de grande destaque na Europa, foi impedido. O Cirque du Soleil havia decidido ter uma base permanente no Rio. A demora e o desinteresse da empresa portuária foi de tal ordem que desistiram. Agora, com a crise econômica, será difícil convencê-los.

Então veio o caso da Cidade da Música, criando enorme constrangimento para o maior arquiteto de salas de concerto e ópera do mundo todo, Christian de Portzamparc, com obras consagradas, como a Cité de la musique, em Paris, e La Philharmonie Luxembourg, a mais sofisticada do mundo, até a Cidade da Música do Rio, segundo ele.

Agora, li nos jornais que o IED/ Instituto Europeu de Design, matriz mundial do design, depois de um contrato assinado e obras em execução (pagas por ele), no abandonado Cassino da Urca, terá essas obras interrompidas porque a escola afetará o trânsito. Não haverá solução? Imagino esse critério aplicado ao Museu do Prado, ao Louvre, ao Metropolitan Museum, ao Coliseu de Roma, ao recém inaugurado Museu da Acrópole, em Atenas. Vai ser difícil, daqui para frente, convencer os investidores culturais estrangeiros aplicarem seus recursos no Rio e a grandes arquitetos mundiais aceitarem projetos no Rio. Triste para minha querida Cidade Maravilhosa."

Grupo J Macedo: casa pode ser tombada


O primeiro jardim de Burle Marx em Fortaleza, de 1968, projeto com participação de Acácio Gil Borsoi em 10.000m² de área, referência de arquitetura moderna que une o popular e o erudito. As características da casa que já foi a sede do Grupo J. Macêdo, na Aldeota, falam por si só. Mas é preciso ir ao local para conhecer de perto o valor arquitetônico não só para o setor, mas para a cidade, o que sugere a possibilidade de tombamento.

Com base nisso, o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) realizou, ontem, na casa localizada na Rua Marcos Macêdo, um debate com estudantes e arquitetos sobre a importância do lugar. Na ocasião, os participantes visitaram as dependências do espaço e conheceram o projeto antes da 11ª Casa Cor Ceará, que será no local.

De acordo com o presidente do IAB Departamento Ceará, Custódio Santos, a casa é uma das grandes obras da arquitetura moderna e marca período, a partir dos anos 1960, em que esse tipo de projeto era valorizado nas residências. Portanto, também tem valor histórico.“A possibilidade de esse espaço se transformar em um prédio é grande.

Cabe ao IAB levantar esse debate”, sugere o presidente, a exemplo do que a entidade fez em favor da preservação do Palácio do Abolição. A diferença é que, como a casa é imóvel particular, há forte apelo imobiliário.Na opinião do professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará (UFC), Romeu Duarte, a casa deveria ser referencial não só para o setor, mas para a cidade. “Pelo seu relevante valor artístico, o local deveria ser tombado”, defende Duarte.

Conforme ele explica, não necessariamente o poder pública deveria se apropriar do lugar, mas apoiar uma conscientização no sentido de transformar a casa, por exemplo, numa fundação do Grupo. “Será que isso aqui é um pedido de socorro?”, questiona. “Mesmo que se venda, que se preserve o jardim, as obras de arte. A casa principal pode virar área de lazer do condomínio. Não precisa destruir tudo”.

Segundo uma das organizadoras da Casa Cor Ceará, Neuma Figueirêdo, a estrutura da casa não será modificada. “Nenhuma parede vai ser derrubada”, garante. As obras começam no próximo dia 13, e o evento acontece de 30 de setembro a 10 de novembro.
Fotografia Alex Costa para o jornal Diário do Nordeste.

Mestre Noza de Juazeiro do Norte


Mestre Noza, ou Inocêncio Medeiros da Costa ou Inocêncio da Costa Nick, como ele gostava de chamar-se, nasceu em Pernambuco no ano de 1897, vindo a mudar-se para Juazeiro do Norte em 1912, aonde chegou como romeiro, após caminhar cerca de 600 km, desde o município de Quipapá, PE, local onde foi criado. Foi soldado de polícia, funcionário da estrada de ferro Rede Viação Cearense e funileiro até a partir de 1930, tornar-se conhecido como artista popular, santeiro e xilogravurista. Sua primeira escultura foi um São Sebastião e sua primeira xilogravura, uma capa de literatura de cordel encomendada por José Bernardo da Silva para ilustrar o folheto de José Pacheco A propaganda de um matuto com um balaio de maxixe. Foi o primeiro a esculpir uma imagem do Padre Cícero e conta que quando a levou para o próprio padre analisar, este havia dito: “Eu sou assim, tenho essa corcunda assim?”. A partir daí fez milhares de imagens do Padre Cícero. Conta a lenda que havia se encontrado com Virgulino, o Lampião, e que havia tomado cerveja com o mesmo e que por pouco não havia entrado para o bando do chefe cangaceiro, não fazendo por medo mesmo.

Mestre Noza se tornaria o precursor da xilogravura decorativa, e seu trabalho foi alvo de estudo de várias universidades, inclusive européias, tendo participado de diversas exposições com obras de escultura e xilogravura em todo o país e até em Paris – França. Mestre Noza morreria no ano de 1983.

Atualmente situa-se em Juazeiro do Norte o Centro de Cultura Popular e Esculturas Mestre Noza, concentrando obras; esculturas principalmente; de artistas de toda a região do Cariri, sul do Ceará. Os artistas integram a Associação dos Artesãos do Padre Cícero.

O I Seminário Cariri Cangaço, promoverá durante o evento visita ao Centro de Cultura Popular e Esculturas Mestre Noza, tudo isso em setembro no cariri do Ceará. No Centro Cultural Mestre Noza teremos a oportunidade de conhecer mais de perto a talentosa arte e criatividade dos muitos artistas anônimos de nossa terra; quando se adentra ao Centro Mestre Noza se é transportado para o mundo da mais pura e tradicional cultura de nosso nordeste. Seja Bem Vindo ao Cariri Cangaço.

Matéria de Severo Barbosa e postagem de Kaika Luiz no Blog do Crato http://blogdocrato.blogspot.com/

I SEMINÁRIO CARIRI CANGAÇO, entre 22 a 26 de Setembro de 2009 no Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha. Iniciativa é da SBEC – Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, e das Prefeituras municipais de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, com o apoio da URCA e do ICC.

sábado, 27 de junho de 2009

Potencial Energético: Power Future 2009

Evento sobre energias alternativas e renováveis será realizado em Fortaleza e está com inscrições abertas.Com expectativa de esperam atrair 10 mil pessoas, a quarta edição do Power Future – Exposição Internacional e Seminários das Energias Alternativas e Renováveis –, acontece em Fortaleza, entre os dias 29 de junho a 1º de julho, no Centro de Convenções do Hotel Praia Centro.

As inscrições estão abertas com valores diferenciados até 20 de junho.O evento reunirá investidores, empreendedores, fabricantes de turbinas eólicas, empresas de serviços, fornecedores de equipamentos, empresas geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia, instituições governamentais, agências ambientais, representantes de ONGs, profissionais e estudantes ligados com o setor.

Para o empresário Armando Abreu, Presidente de Honra do Power Futre 2009, o evento é uma vitrine para todos os que estão em atividades na área de geração de energia por meio de fontes renováveis.

“Além de ser um espaço onde será discutido e se apresentado o que há de mais recente e moderno no setor, esta edição do Power Future tem o diferencial de ser realizada num momento em que o Ceará se consolida como o Estado com a maior potência instalada na fonte eólica, uma vez que estão sendo concluídas as 14 usinas eólicas do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica)”, explica Abreu. Estes parques serão responsáveis pela produção de 550 MW (megawatts), que representam metade de toda a energia que é precisa para mover o Estado.

A reforma que não existe do Bosque Eudoro Correia

A Prefeitura de Fortaleza expediu sexta-feira a seguinte informação para a Imprensa: ´A reforma do Bosque Eudoro Correia, localizado em frente ao Hospital Militar, na Avenida Desembargador Moreira, entrou, segunda-feira, em sua última etapa, quando foram realizadas a cobertura do piso da quadra poliesportiva, a colocação dos alambrados e a recuperação do piso em mosaico´.

Há algo aí fora de compasso. A reportagem do Jornal Diário do Nordeste registrou em fotografias um situação totalmente diferente, uma semana após divulgado o texto. O que se vê é o que seria a quadra de esportes. Não há reforma nenhuma, não há piso nenhum, não há alambrado nenhum. A situação não é ruim só porque se trata de espaço público, mas porque existe uma informação tornada pública sem que se sustente sobre fatos.

Queríamos lembrar à Prefeita Municipal que em geral mentira tem pernas curtas.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

"MP da Grilagem" é inconstitucional

Às vésperas da possível sanção por Lula, o Ministério Público Federal distribuiu uma nota onde afirma que a Medida Provisória 458/2009, batizada por ambientalistas como MP da Grilagem, tem ao menos nove pontos que batem de frente com a Constituição Federal. O texto foi aprovado no dia 3 de junho pelo Congresso e o prazo para sanção se esgotou ontem e a mesma foi assinada pelo Presidente Luís Inácio Lula da Silva.

A nota explica em nova pontos (veja aqui) porque a nova lei "atenta contra a política nacional de reforma agrária, contra a legislação de licitações e prejudica a proteção a populações tradicionais, povos indígenas, quilombolas e também posseiros pobres que foram atraídos para a Amazônia por estímulo governamental". Tudo isso para regularizar inclusive ocupantes ilegais de terras públicas.Há quinze dias, 37 procuradores da República na Amazônia assinaram um documento onde demonstravam sua preocupação com as consequências sociais da nova legislação. Do jornal eletronico O ECO.

A cidade limpa na visão do Arquiteto Romeu Duarte

Acerca das idéias de despoluição visula de Fortaleza, uma contribuição do arquiteto Romeu Duarte: “A Prefeitura Municipal de Fortaleza precisa mais do que boas intenções para executar o projeto Cidade Limpa. Nos últimos anos, falou-se demasiadamente desse assunto e nada de ações concretas. O que se faz necessário: produzir um diagnóstico das principais agressões à paisagem urbana, identificar os pontos críticos (reconhecendo que a cidade não é homogênea), produzir parâmetros aceitáveis de recuperação urbana e, efetivamente, contratar projetos afinados com essas diretrizes, que vão desde simples pavimentações de calçadas e retiradas de engenhos de publicidade ao restauro de edificações de interesse histórico-cultural.

Esse trabalho de referenciamento do problema e das soluções pretendidas poderia ser realizado pelas Regionais e demais instâncias da PMF, com o apoio de universidades e instituições de pesquisa. Os projetos de requalificação da paisagem urbana, inúmeros, deverão ser contratados junto à iniciativa privada (empresas de arquitetura), mediante licitações de técnica e preço, simples cadastros profissionais e até concursos de arquitetura e urbanismo, conforme a complexidade inerente a cada intervenção. A experiência paulistana, hoje celebrada no mundo inteiro, deu-se (dá-se) assim”.

Da Coluna Política, do Jornalista Fábio Campo, no Jornal O POVO.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Preservação ambiental: Área de Relevante Interesse Ecológico do Cocó

Com 27 votos favoráveis, foi aprovado ontem, na Câmara Municipal de Fortaleza (CMF), Projeto de Lei do vereador João Alfredo (PSOL), que determina a transformação do entorno do Cocó, em ARIE/ Área de Relevante Interesse Ecológico.

A referida matéria proíbe a construção de edifícios, vias públicas e demais equipamentos urbanos em perímetro localizado nas proximidades das avenidas Padre Antônio Tomás, Sebastião de Abreu e da Rua Magistrado Pompeu, sendo permitidas a exploração do turismo ecológico e esporte de baixo impacto ambiental.

A proposição também prevê a criação de um Conselho Gestor composto por representantes dos entes federados, universidades e sociedade civil organizada, a fim de estabelecer e fiscalizar as políticas implementadas na referida Arie.Antes da votação, discursos contrários e favoráveis à propositura foram proferidos por parte dos vereadores presentes. O primeiro deles foi o próprio João Alfredo, o qual fez questão de destacar a situação das áreas verdes da Capital cearense. Segundo ele, em 1968, Fortaleza contava com 66% de sua área coberta por vegetação. Em menos de 30 anos, esse percentual caiu para pouco mais de 7%, baseado no Inventário Ambiental Recursos Hídricos e Orla Marítima de Fortaleza. Portanto, para o parlamentar, a aprovação da matéria se tratava de um interesse da cidade.

Contrapondo os questionamento referentes à constitucionalidade do Projeto de Lei, tendo em vista que o Plano Diretor já faz menção à área beneficiada pela matéria como uma ZIA/ Zona de Interesse Ambiental, João Alfredo foi incisivo: ´estou muito a vontade quanto a constitucionalidade´. Confiança justificada pelos pareceres do Prof. Dr. em Direito, José Albuquerque Rocha e do STF/ Supremo Tribunal Federal, na pessoa do ministro Celso de Melo , o qual fez questão citar: ´ele diz que a ´atividade econômica não pode ser exercida em desarmonia com os princípios destinados a proteção efetiva do meio ambiente´. Portanto a economia se submete a ecologia e não ao contrário´, reforçou o vereador.

Excelente matéria do jornal Diário do Nordeste. Vale a pena conferir.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A falha de San Andreas


A Costa Oeste dos EUA, especialmente a Califórnia, é um dos lugares com a maior atividade sísmica do planeta. É ali que se encontra a conhecida falha de San Andreas, uma gigantesca rachadura visível de 1300 km de extensão que marca os limites entre as duas maiores placas tectônicas do planeta: a placa norte-americana e a placa do Pacífico.


Apesar de não perceptível aos nossos olhos, naquela região a placa norte-americana desliza 14 mm por ano em sentido sudeste enquanto a placa do Pacífico se desloca em sentido oposto a 5 mm por ano. Vez por outra a resistência entre elas aumenta e a energia do movimento se acumula até ser repentinamente liberada. Esse deslizamento entre as placas causa grande instabilidade em todo o Estado da Califórnia e foi a causa do violento terremoto que abalou a cidade de São Francisco em 1906.

A imagem vista acima retrata claramente as consequências desse movimento. A cena mostra uma parte da falha de San Andreas a oeste da Baía de San Francisco, onde a represa de Crystal Springs armazena milhões de litros de água em uma das rachaduras entre as duas placas tectônicas. Um levantamento feito em 2008 mostrou a existência de mais de 300 falhas em todo o Estado da Califórnia.

A cena também mostra a rodovia interestadual I 280, no lado esquerdo da falha e a Rota 91, que cruza desde o topo direito até o centro esquerdo da foto. A Baía de San Francisco é vista no topo direito da cena.


A imagem foi capturada através do radar de abertura sintética UAVSAR a bordo da aeronave Gulfstream III da Nasa, em novembro de 2008. A campanha de sensoriamento tem o objetivo de mapear a mesma região repetidamente com o objetivo de criar uma coleção de mapas em três dimensões do local sobrevoado. Com as imagens os cientistas pretendem visualizar micro deformações topográficas de apenas 3 centímetros, o que pode indicar os pontos da superfície em que as placas estão se tocando.

De acordo com o Instituto de Pesquisas Geológicas dos EUA, USGS, o Estado da Califórnia tem mais de 99% de chances de ser atingido, nos próximos 30 anos, por um grande terremoto superior a 6.7 graus 46% de possibilidades para a ocorrência de um poderoso abalo de 7.5 graus, que os habitantes chamam de "Big One", capaz de sacudir a cidade de Los Angeles com graves consequências. No entender de especialistas, um abalo de grande intensidade poderá causar a separação da Califórnia do resto do continente americano.

Nova Beira Mar

Várias cidades costeiras em todo o mundo, tem recuperado suas faixas de orla, com projetos de requalificação urbana e ambiental. Os melhores exemplos vem do Rio de Janeiro, que tem entre seu patrimonio ambiental o Aterro do Flamengo e a Praia de Copacabana.

Esta proposta que na realidade vem desde a Administração Municipal anterior é plenamente realizável e tem suporte técnico do INPH e LABOMAR/ UFC. Parte da mesma foi realizada com o Aterro do Ideal Clube. Outra parte ficou inclusa a espera de novas oportunidades como esta de dragagem do Porto do Mucuripe, com volume da ordem de 6 milhões de m³, dos quais só 1,2 milhões seriam utilizados nesta "engorda"de praia, que poderia ser de 250 mts de largura, em algumas situações, entre a Praia de Iracema e as imediações da Volta da Jurema.

Vereadores pedem apoio para a "engorda"da Beira Mar

Um grupo de vereadores deixou o Palácio Iracema por volta das 20h30min da noite desta terça-feira. Eles se reuniram com o governador, Cid Gomes (PSB), para discutir a proposta da “engorda” da Beira-Mar.

A ideia dos vereadores é utilizar a areia limpa proveniente da dragagem que será feita no Porto do Mucuripe - que equivaleria a cerca de 35% do material retirado do mar - para aumentar em 80 metros a faixa de praia da Beira-Mar. A dragagem vai aumentar a profundidade do porto de 11 metros para 14 metros.No espaço aberto seriam construídas mais “três ou quatro” faixas de rua, além de quadras de esporte.

“A intenção é aproveitar. Já que vai tirar areia, em vez de colocar a areia limpa lá dentro do mar, colocar aqui pra aumentar a Beira-Mar de Fortaleza”, disse o presidente da Câmara Municipal, Salmito Filho (PT). Segundo o vereador, a comissão vai apresentar o projeto à Secretaria de Patrimonio da União, à Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), à Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Seman), à Secretaria Executiva Regional (SER) II e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“O primeiro que nós vamos procurar é logo o Ibama, para ver se tem impacto ambiental. (Para ver) Se o Ibama pode apresentar um parecer prévio autorizando. Se houver um parecer favorável do Ibama e desses órgaos de proteção ao meio ambiente, o Governo do Estado já se comprometeu em ajudar”, afirmou Salmito.

Compareceram à reunião, além do presidente da Câmara, os vereadores Luciram Girão (PSL), Gelson Ferraz (PRB), Iraguassu Teixeira (PDT) e Carlos Dutra (PSDB). Ainda não há previsão de quanto custaria a obra nem de quando ela seria finalizada.

Empreguismo e troca de favores na equipe de Luizianne Lins

A jornalista Adísia Sá analisa, nesta terça-feira, em artigo no O POVO, a nova equipe da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT). Sem muitas expectativas, pois vê nesse cenário muita troca de favores e empreguismo. Confira:

Após o preenchimento dos cargos do primeiro escalão – quase 40, ao todo- eis que a prefeita Luizianne convoca os “apoiadores” para a escolha do chamado segundo time. Meu Deus do céu: Fortaleza passa a contar com mais gente ocupando posição do que funcionário trabalhando. E não estou falando, convém frisar, nos auxiliares desse pessoal, isto é, os que serão chamados para formar gabinetes, chefias, sub chefias de cada pasta. E tem mais: serão pessoas marcadas, não pela competência (há exceções, claro) mas pelos acordos partidários.

Uma cadeia de nomeações, de empreguismo, de troca de favores. Sim, troca de favores ou apoios – cada partido (e quantos são, heim?) quer o seu quinhão. Afinal, colaboraram para a eleição da prefeita e mantém seu poder de fogo na Câmara Municipal.

Quem leu o pronunciamento de alguns “líderes” partidários deve ter corado de vergonha: “meu partido tem três vereadores. Merece coisa melhor.” Coisa melhor seria, na minha opinião, trabalhar por Fortaleza e não para os seus interesses particulares e eleitorais.

E por falar em interesse eleitorais, não posso deixar de dizer que há corrupção a olho nu, nesta “troca-de-favores”.”Troca de favores”, como recompensa ou seja, postos na administração.Isto não seria a mesma coisa que é feita, não só no interior, como em Fortaleza ou seja, vote em mim e receba um “trabalhinho “ na Prefeitura… me dê o seu voto e garanta um “lugarzinho no meu gabinete”?

Enquanto isto Fortaleza cai aos pedaços “enrolada” no slogan – operação tapa buraco. A cidade não está precisando de tapa buraco e sim de asfalto. Tapa buraco é remendo… é corrupção… é dinheiro escorrendo pelo ralo.

Se o mundo político não está reagindo, que venha ao encontro da Imprensa – que denuncia – o empresariado fortalezense em defesa de sua cidade e de seus impostos. Cidade suja, esburacada significa menos negócio, menos dinheiro. E sem negócio, sem dinheiro, o empresariado também é engolido pelos buracos.

ADÍSIA SÁ - Jornalista adisia@opovo.com.br

Ministério Público pede a suspensão das obras do Centro de Eventos do Estado

O Ministério Público do Estado do Ceará, por meio dos promotores de Justiça Antônio Gilvan de Abreu, Raimundo Nonato Cunha, Edílson Santana Gonçalves, José Aurélio da Silva, Evelyne Maria Costa Benevides Rocha e Francisco Romério Pinheiro Landim, expediu, no último dia 9, uma recomendação ao secretário de Turismo do Estado do Ceará, Bismarck Pinheiro, e ao secretário de Infraestrutura do Estado do Ceará (Seinfra), Adail Fontenele. Na recomendação, querem que o Estado se abstenha de dar continuidade às obras referentes ao Centro de Eventos do Ceará, suspendendo as demolições e evitando o início da construção, até que as pendências sejam completamente equacionadas.

Conforme a documentação apresentada pelos promotores de Justiça, foram detectadas as seguintes irregularidades: ausência de audiência pública a ser realizada conforme previsto no artigo 39 da lei nº 8.666/93 (lei das licitações); inexistência de aprovação do Relatório de Impacto no Sistema de Trânsito (RIST) pelo DETRAN-CE e Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), segundo determinação do artigo 93, do Código de Trânsito Brasileiro; ausência de licença municipal para demolição das edificações existentes no local destinado ao empreendimento em questão (artigo 46, do Código de Obras e Posturas do Município de Fortaleza).

Também foi constatada a inexistência de projeto arquitetônico e cronograma de execução que vise atender as “medidas mitigadoras” previstas no item 5º, do RIST apresentado ao município, conforme Parecer nº 17/2009, da Gerência de Planejamento da AMC; e a ausência de licença municipal para construção do citado empreendimento, conforme informação da SEMAM, veiculada através do OF 946, de 20/05/09, em desatendimento ao Código de Obras e Posturas Municipal.

Informação do Site do MP/Ceará

terça-feira, 23 de junho de 2009

Clark Little, surfista e fotógrafo americano


Clark Little, surfista e fotógrafo americano, diretamente do Hawai.

No Ceará, praia boa é no Interior

Saindo da Capital, a qualidade da água do mar é outra nas praias cearenses. Dos 21 pontos monitorados fora de Fortaleza e Região Metropolitana, 85% estão próprios para banho. Um índice muito superior aos 24% da Capital e aos 38%, somando Capital e Área Metropolitana. Considerando todos os pontos monitorados no Ceará (65), o percentual de praias boas cai para 46%, colocando o Estado atrás de Pernambuco, que tem 63% dos pontos monitorados próprios para banho. A melhor performance, mais uma vez, é da Paraíba. Lá, 88% de suas praias são próprias para banho.

Na Área Metropolitana de Fortaleza, há três locais com problemas, todos no Litoral Oeste. Cumbuco, na altura da barraca Lisboa; Tabuba, na rua da padaria Fortpão; e Taíba, no bar Encontro dos Amigos. A Prefeitura de Caucaia coloca na sua conta os três pontos reprovados no teste da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), apesar da Taíba pertencer oficialmente ao município de São Gonçalo. “É limite com Caucaia. Como é muito relativo, varia de acordo com a direção que a maré toma, temos que nos preocupar com os três”, afirma o assessor especial do Instituto do Meio Ambiente (Imac), Raimundo Macedo.

De acordo com ele, o boletim mensal da Semace é acompanhado pela gestão. A Prefeitura de Caucaia tem a informação das praias impróprias para banho, mas ainda não investigou as possíveis causas do problema. “Amanhã mesmo estamos mandando uma equipe nos três locais”, diz Raimundo. De acordo com o assessor, um laboratório biológico de análise será montado em julho e os locais monitorados passarão a ter uma placa indicativa da balneabilidade. “Isso já estava na nossa pauta porque vai ter início a temporada de férias”, diz Raimundo.

No Litoral Leste da Região Metropolitana, as praias de Aquiraz estão todas próprias para banho. Tomando mais distância de Fortaleza, a situação melhora, indício de que a culpa da sujeira não é só da chuva. Dos 21 pontos, três aparecem impróprios. Entre eles, uma faixa de praia na Prainha do Canto Verde, em Beberibe. O local, transformado em área extrativista no último dia 5, é conhecido pela preservação da natureza.

O Secretário de Planejamento do Município, Carlos Alberto Nogueira, soube que a praia está imprópria para banho pelo O POVO. “Acho estranho porque temos contato direto com a Semace e não tinha essa informação”, diz. De acordo com o núcleo de monitoramento do órgão estadual, córregos e riachos transbordaram com a chuva o que alterou a balneabilidade da praia. No Fortim, a faixa de praia no Pontal de Maceió em frente à barraca Tropical está imprópria para banho. Em Camocim, a praia da Colônia de Pescadores aparece imprópria. A Semace atualiza mensalmente o monitoramento do litoral cearense. O próximo boletim deve ser divulgado nessa semana.

Matéria da Jornalista Mariana Toniatti, para o jornal O POVO. Vale a pena conferir.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Prof. Gero Hillmer no Cariri, novamente


O Professor Dr. Gero Hillmer, da Universidade de Hamburgo, autor da concepção do Geopark Araripe, estará visitando o Cariri nesta terça e quarta-feira. Ele e representantes do Consulado Geral da Alemanha, em Recife, serão recepcionados na URCA, pelo Reitor Plácido Cidade Nuvens, às 16 horas desta terça-feira.


O Prof. Hillmer vem de novo ao Brasil, para colaborar com a criação do Geopark da Serra da Bodoquena e Pantanal. no Mato Grosso do Sul. Aproveita a ocasião para visitar o Cariri e Bacia Sedimentar do Araripe e alguns geotopes na região, como também verificar o andamento da consolidação do Geopark Araripe.


O pesquisador de origem alemã, que foi também curador do Instituto e Museu de Paleontologia da Universidade de Hamburgo, é também Professor "Honoris Causa" da URCA e consultor "ad hoc"da UNESCO, será acompanhado durante as visitas no Cariri pelo Reitor Plácido Cidade Nuvens, pelo Prof. Dr. Titus Riedl/ Assessor de Relações Internacionais da Instituição, pelo Gerente do Geopark Araripe, Idalécio de Freitas e a Profa. Dra Maria Helena Hessel, Paleontóloga.


Após esta visita, o Prof. Hillmer, manterá contatos com o Secretário Joaquim Cartaxo, da Secretaria das Cidades, em Fortaleza e com representantes da equipe que está elaborando o Levantamento de Dados e Estudo Técnico Científico dos Geotopes do Geopark Araripe.

Sede do Sítio Fundão, no Crato, agora Parque Estadual do Sítio Fundão, um contexto componente do Geotope Batateira, do Geopark Araripe. Arquivo de Imagens Ibi Tupi. Fotografia José Sales. Direitos autorais reservados.

Marina Silva recebe premio na Noruega


A Senadora e ex-Ministra do Meio Ambiente Marina Silva/PT/AC recebeu na quarta-feira, dia 17/ Junho, na Noruega, o Prêmio Sophie de Meio Ambiente por sua luta pela preservação da Amazônia. Marina recebeu a distinção das mãos do Ministro do Meio Ambiente norueguês, Erik Solheim, numa cerimônia em Oslo.


No ato, também esteve presente Nina Drange, presidente da Fundação Sophie, instituição que desde 1997 entrega a honraria, criada pelo escritor norueguês Jostein Gaarder ("O Mundo de Sofia") e sua mulher, Siri Dannevig. Marina foi anunciada como vencedora do prêmio, de US$ 100 mil, em 1º de abril.


Segundo a Fundação Sophie, ela foi escolhida por seu "compromisso com a defesa da Floresta Amazônica". Os jurados que votaram na ex-ministra também destacaram o fato de a ativista e política ter dedicado a vida à região e de o "trabalho, a coragem e os resultados" obtidos por ela serem "incomparáveis".

Seminário sobre a COPA 2014, em Fortaleza

O Seminário Desafios da Copa 2014 acontece nesta segunda, 22, na capital, e discute projetos previstos para receber a Copa do Mundo pelos próximos cinco anos. Serão debatidos os impactos ambientais, sociais e econômicos.

O Secretário de Esporte do Estado do Ceará, Ferrúcio Feitosa, apresenta os investimentos e os projetos do Estado. Em dezembro do ano passado, um seminário semelhante foi realizado no Rio de Janeiro. O evento é aberto ao público e acontece das 8h30 às 17h no Auditório da FIEC.
Redação O Povo Online

Salvemos as Dunas do Cocó

GRANDE VOTAÇÃO PARA SALVAR AS DUNAS DO COCÓ MARCADA !

É com entusiasmo que divulgamos a data da votação final do Projeto deLei que protegerá a região das Dunas do Cocó, com o bioma que acompõe. Será na próxima quarta-feira, dia 24 de junho às 9:30 damanhã,na Câmara Municipal de Fortaleza. Contamos com a sua presença,para exercermos uma pressão legítima sobre os vereadores.

Você que está cansad@ de ver o nosso Parque e suas zonas de anteparo sendo destruídas pela especulação imobiliária. Sua participação é muito importante. Exerça sua cidadania, não fique em parad@ !

Duas mil e quinhentas pessoas assinaram um requerimento pedindo acriação dessa Unidade de Conservação, e essas assinaturas foramdevidamente entregues em fevereiro, na Câmara Municipal, paraconhecimento público. PORTANTO, A QUESTÃO DAS DUNAS DO COCÓ, NÃO É UMADEMANDA DE UM PEQUENO GRUPO DE MORADORES DO COCÓ, MAS SIM, UMADEMANDA POPULAR, pois sabemos que aquelas são as últimas dunas milenares de Fortaleza, bem como de sua importância para os mananciaisde água que a envolvem, além de sua fauna e flora.Compareçam e divulguem a data! Exerça sua cidadania!Salvem as Dunas do Cocó e que se aprove a proposta de criaçãoda ARIE Dunas do Cocó.

Praias de Fortaleza entre as mais poluídas ³

Natal tem uma vantagem natural sobre Fortaleza. O movimento das marés aumenta o poder natural de depuração do mar. “Comparando com Fortaleza, nossas condições naturais nos favorecem. As correntes costeiras levam a água oceano adentro, não distribuem pela costa. Isso dilui o impacto do afluente que chega poluído”,explica Ronaldo Diniz, coordenador do programa de balneabilidade das praias do Rio Grande do Norte.

Salvador monitora 30 pontos na orla. O último boletim, divulgado sexta-feira passada, desaconselha o banho na praia da Boca do Rio. Só um detalhe: quando chove “torrencialmente” na cidade, a equipe de monitoramento não coleta amostras. “Repetimos o resultado anterior e colocamos no boletim que não se deve tomar banho nesse período. Se formos fazer coleta vai dar imprópria, estaríamos jogando dinheiro fora”, justifica Wilson Carlos Rossi, coordenador de avaliação da qualidade ambiental do Instituto do Meio Ambiente. Wilson ficou de informar se era esse o caso do último boletim, mas não houve resposta até o fechamento da edição.

Fátima Menezes, coordenadora do setor de balneabilidade da Secretária de Meio Ambiente da Paraíba, lembra que João Pessoa já teve problemas de esgoto clandestino poluindo o litoral. “Na década de 90, o Estado fez uma operação verificando quais”, diz Fátima.

Da mesma reportagem de Mariana Toniatti para o jornal O POVO.

Praias de Fortaleza entre as mais poluídas ²

A Semace identificou 36 fontes poluidoras chegando na orla de Fortaleza. Desse total, 33 são galerias pluviais que deveriam receber apenas água da chuva, mas carregam também esgoto para o mar, resultado de inúmeras ligações clandestinas. O levantamento da Semam contabiliza 81 só na região da Beira Mar. A foz do Rio Cocó também é fonte poluidora, assim como os riachos Maceió e Pajeú. Percorrendo a orla da cidade, da Barra do Ceará ao Caça e Pesca, a resposta para a poluição do mar é evidente.

Na periferia, esgotos a céu aberto encontram o mar. Lixões na beira da praia lembram que, mais uma vez, a população não ajuda. “A concentração da malha urbana de Fortaleza é muito maior que a de Natal. Todos os problemas - o lixo, as ligações clandestinas -, têm proporção maior”, diz Celso Veiga, diretor do Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (IGARN).

Há seis meses, Ronaldo Diniz, coordenador do programa de balneabilidade das praias do Rio Grande do Norte, fez uma pesquisa sobre a qualidade da água do mar das capitais nordestinas. Fortaleza já aparecia como a mais crítica. “Também temos ligações clandestinas para galerias pluviais, mas aí esse problema é mais grave. Estoura tudo na orla”, diz Ronaldo.

De reportagem do Jornal O POVO, de autoria da jornalista Mariana Toniatti.

Praias de Fortaleza entre as mais poluídas

Comparada com outras quatro capitais nordestinas, Fortaleza é a que tem maior número de pontos impróprios para banho. Nossas praias, patrimônio precioso, andam mal cuidadas. A poluição é efeito colateral da precariedade do sistema de esgotamento sanitário da cidade.

Os últimos boletins de balneabilidade das praias de Fortaleza assustaram a população. Na orla urbana, 75,5% dos pontos monitorados estão impróprios para banho. Das 31 faixas de praia acompanhadas pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), apenas sete estão limpas. No boletim anterior, válido para a semana do dia 12 de junho, somente a Praia dos Ingleses apresentava condições de banho. Em comparação com outras quatro capitais nordestinas que também monitoram a balneabilidade do mar, Fortaleza é a que têm mais pontos de poluição.

Na vizinha Natal (RN), 20 pontos são monitorados e um único aparece impróprio para banho. Em Recife (PE), oito faixas de praia são acompanhadas e uma está poluída. Em João Pessoa (PB), fazendo jus à fama de modelo de balneabilidade, nenhuma praia está imprópria para banho.

A explicação dos órgãos ambientais locais para o desempenho de Fortaleza são as chuvas fortes do início do ano. De acordo com dados da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), a quadra chuvosa foi 53% maior que a média histórica na Capital.

Natal também acaba de passar pelo período de chuvas, registrou uma piora sensível nos índices de coliformes termotolerantes, mas não uma mudança de cenário tão radical quanto a registrada aqui. “É um sinal de que precisamos melhorar nossa rede coletora”, diz Raimundo Félix, coordenador do Projeto Orla na Secretaria Municipal de Controle Urbano e Meio Ambiente (Semam).

Matéria do jornal O Povo, elaborada por Mariana Toniatti. Vale a pena conferir.

História da cidade se perde em pontos turísticos abandonados

O mês de julho se aproxima e, com ele, as férias escolares e mais um período de alta estação. Aos visitantes são apresentados os pontos turísticos que ajudam a contar a história da cidade, centros de compras ou apenas pontos de lazer. Mas alguns desses espaços estão em condições de descaso e abandono. Muitos esquecidos não pelo poder público, mas pelo próprio fortalezense.

Na Beira-Mar, cartão-postal dos mais tradicionais de Fortaleza, a movimentação é intensa principalmente à noite. Mas basta uma observação mais apurada para perceber que, nos canteiros, a falta de manutenção fez a vegetação crescer e se estender ao calçadão.

Não é essa a situação pior. A Estátua de Iracema — acompanhada de Martins Soares Moreno, do bebê Moacir e do fiel cão do português — está em processo de deterioração. A escadaria degradada é o mínimo. Há partes correspondentes ao corpo que já nem existem, como um ombro do herói europeu, uma das mãos da índia e toda a extensão do corpo da criança. É possível, assim, visualizar ferragens e todo o desgaste do concreto.

À frente do monumento, uma placa informa que a última restauração foi em 2006, nas comemorações de 280 anos de aniversário de Fortaleza. A estátua, inaugurada em 1965, é inspirada na obra Iracema, de José de Alencar, e elaborada pelo artista plástico pernambucano Corbiniano Lins.Na Messejana, uma outra Iracema — mais recente, de 2004 — também está em situação precária. Enquanto a Beira-Mar ainda é visitada por turistas, a de Messejana suscita bem menos olhares. Alguns moradores da região param para observar, se estiverem no entorno da lagoa, e há carros que param para os passageiros conhecerem o monumento. Mas para lá não vão ônibus de turistas.

Matéria da jornalista Marta Bruno para o Diário do Nordeste.

Praia de Iracema: o descaso do poder público

A nostalgia que envolvia ruas e ares da Praia de Iracema perde cada vez mais espaço para o abandono. A movimentação só persiste na Ponte dos Ingleses, no Largo do Mincharia, no Pirata e em um ou outro bar. Mas com ressalvas, devido à insegurança em determinados dias, locais e horários. A Ponte dos Ingleses, por exemplo, é visitada rapidamente por turistas. Os ônibus param somente para o tempo de o visitante fazer umas poucas fotografias. Já o Pirata, que resistiu ao abandono com o tradicional forró às segundas, presencia uma situação atípica, pois fica lotado durante todo o ano.

Na opinião do proprietário do espaço e integrante do Fórum da Praia de Iracema, o português Júlio Trindade, as expectativas agora são boas, devido à parceria entre Prefeitura e Estado na execução de projetos como o Acquário. “O importante é que as obras andem”.

Hoje elas estão paradas. Em frente ao Largo do Mincharia, outro ponto de resistência alavancado por moradores da cidade e antigos freqüentadores do bairro, uma pá-mecânica está há dias no local sem qualquer utilidade. O equipamento seria usado para as obras municipais de recuperação do calçadão e do Estoril. O calçadão, que deveria ter sido entregue em agosto de 2008, continua com piso e bancos quebrados.

Na opinião do empresário Carlos Aragão, a situação em que a maior parte da praia se encontra deve-se ao “descaso do poder público”. Contudo, ele espera que os projetos agora saiam do papel e deixem o bairro melhor até o fim de 2012, quando expira o prazo para execução dos projetos de infra-estrutura da cidade para receber a Copa de 2014.

Matéria da jornalista Marta Bruno para o Diário do Nordeste.

domingo, 21 de junho de 2009

Professora Lúcia Teixeira na SEMACE

Na próxima segunda-feira, 22 de junho, às 9 horas, no auditório da SEMACE/ Superintendência Estadual do Meio Ambiente será a posse da nova superintendente da Semace, Professora Maria Lucia de Castro Teixeira.

Lucia Teixeira é Procuradora do Estado. Em 1999, chefiava a Procuradoria do Meio Ambiente, a primeira a se instalar no Brasil; A partir de 2007, se encontrava na Procuradoria Geral do Estado como Chefe da Procuradoria do Patrimônio e do Meio Ambiente. Executou suas atividades de procuradora de Estado também na Procuradoria Fiscal e na Procuradoria Judicial; Professora de Direito Ambiental e de Teoria Geral do Processo da Universidade de Fortaleza; Membro da Associação dos Professores de Direito Ambiental do Brasil – APRODAB. Exerceu o cargo de promotora de justiça do Estado; Em duas gestões foi Conselheira da OAB-CE e Presidente da Comissão de Meio Ambiente da OAB em uma gestão; Representou a PGE como conselheira do Coema e conselheira do Conselho de Recursos Hídricos; por cinco anos representou o Estado no Contencioso Administrativo Tributários.

Bons augúrios e votos de grandes realizações à Profesora Lúcia Teixeira.

Praia do Arpoador: o registro de irresponsabilidade da gestão municipal de Fortaleza


Com a suspensão injustificada das obras de requalificação urbana e ambiental do litoral Costa Oeste de Fortaleza - Projeto Costa Oeste ou Projeto Vila do Mar - entre os bairros do Tirol e Barra do Ceará, até aqui mal explicada à opinião pública, mesmo já decorridos quatro anos e recursos aplicados de mais 30 milhões de reais, o que se vê, por ali é muito lixo acumuldado e o despejo ïn natura" dos esgostos sanitários na faixa de praia, comprometendo aquela belissima porção de nossa orla marítima municipal.

Enquanto isto, a Prefeitura Municipal de Fortaleza, como usualmente faz, continua a se eximir totalmente de sua responsabilidade e de ter suspendido a realização do projeto, hoje incluído até no PAC, remetendo sempre a culpa da situação à CAGECE/ Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará.
Este flagrante estado de calamidade pública que é mais um registro da integral irresponsabilidade da gestão municipal de Fortaleza, para com a população de nossa cidade, para com a saúde pública e também para com a preservação e proteção do meio ambiente e, tranformou-se em manchete permanente de nossos jornais, como se ve em reportagem hoje do Diário do Nordeste: Lixo e esgoto, sujeira prejudica pescadores da Praia do Arpoador.
E quais são as justificativas que virão quanto a estes absurdos perpretados? As chuvas já se foram. O Secretariado já foi nomeado. A avaliação do PAC, foi feita e este é um dos piores desempenhos, em todo o Brasil. E vem aí o PAC Copa 2014. Bem que a nova equipe municipal poderia deixar a ficha cair e acreditar que a cidade tem requerimento de qualificação que estão sendo adiado e que os mesmos comprometem a qualidade de vida e bem estar de nossa população.
Matéria da jornalista Janine Maia e imagem da Praia do Arpoador de Natinho Rodrigues. Direitos autorais preservados.

sábado, 20 de junho de 2009

Restauro do Patrimonio Arquitetonico e Urbanístico

Curso de Especialização em RESTAURO DO PATRIMÔNIO ARQUITETONICO E URBANÍSTICO, na UNISANTOS sob a Coordenação Geral: Prof. Me. Elias Salim Haddad Filho Professor Responsável: Leila Regina Diegoli – Doutora e Cássia Regina Carvalho de Magaldi – Doutora. - 360h. Início previsto: 08/08/2009 Inscrições: Matrículas abertas de 06 a 24 de julho de 2009 Horário: Sábados das 09h30min às 12h30min e das 13h30min às 16h30min Duração Prevista: Até dezembro de 2010.

Mostra de Artes Gráficas em 54 estabelecimentos comerciais

A arte precisa ir onde o público está. Esta é uma das principais propostas da 3ª edição da Enox Expressions, que acaba de chegar em Fortaleza. Cerca de 54 estabelecimentos cearenses, entre bares, restaurantes e academias de ginástica, recebem obras de designers e ilustradores de todo o País. Os banheiros e corredores de lugares como os restaurantes Sputnik e Pizza Vignoli ganharam um colorido inusitado. A exposição segue pelos próximos seis meses, quando será realizada uma nova etapa. Veja a lista dos locais em Fortaleza.

Multinacionais e a degradação florestal


Foi lançada nesta semana em Londres uma iniciativa que pretende desvelar a rede intricada que existe por trás do desmatamento de florestas tropicais em todo o mundo. O Forest Footprint Disclosure Project, algo como Projeto de Divulgação da Pegada Florestal, será uma das mais amplas tentativas já realizadas de mapear a relação entre o comércio global de commodities e a perda de biodiversidade. Para isso, 150 das maiores multinacionais de todo o mundo receberão questionários onde serão convidadas a abrir dados sobre a origem de suas matérias-primas.

O Governo do Reino Unido é um dos principais financiadores da empreitada. O quadro que sairá do levantamento certamente não será dos mais bonitos. Mesmo com os primeiros resultados prometidos para janeiro de 2010, o projeto liberou no dia de seu lançamento um pequeno documento onde lista quais são as principais ameaças às florestas tropicais. O estudo demonstra que seis commodities globais - soja, óleo de palma, carne bovina, couro, madeira e biocombustíveis - estão impulsionando a destruição das regiões de maior riqueza biológica do planeta.

“Queremos mostrar às empresas os riscos envolvidos em seus negócios ao explorarem os recursos naturais”, argumenta Andrew Mitchell, chefe do comitê gestor do Forest Footprint Disclosure. Segundo ele, ao continuarem a consumir cegamente produtos das florestas nativas, existem três principais riscos que as grandes multinacionais parecem não enxergar. O primeiro deles é a perda de investidores, como grandes fundos de pensão e gestores de ativos. O segundo é o do aumento do preço da matéria-prima graças a restrições dos governos. E o terceiro é o da perda de reputação frente aos consumidores.

“E existe um quarto risco, mais difícil de entender”, continua Mitchell, “É o risco de que ao contribuir para a destruição das florestas, a companhia coloque em jogo o seu próprio negócio, pois são as florestas que fornecem regulação do clima, água potável, polinização e tantos outros serviços ambientais”, ressaltou.É com essa visão que o projeto da “pegada florestal” conquistou alguns dos maiores investidores do mercado financeiro. Doze gestores de fundos, com ativos estimados em 1,3 trilhão de dólares, já anunciaram seu apoio ao Forest Footprint Disclosure. Isso quer dizer que, quando receberem o questionário pedindo informações sobre suas matérias-primas, muitas multinacionais estarão sendo observadas por alguns dos maiores compradores de ações do planeta.

“O projeto deve ajudar as companhias a pensar e contabilizar seus impactos e sua dependência das florestas. Isso certamente vai influenciar decisões sobre o acesso aos recursos naturais. Abrir informações implica em mudanças nas permissões de uso e de licenças para operar, seja através de medidas tomadas por investidores ou por autoridades”, pondera Pippa Howard, diretora de Parcerias Corporativas da Fauna e Flora Internacional, uma das maiores entidades ambientalistas do mundo e membro do comitê do Forest Footprint Project.
As informações geradas pelo relatório ajudarão a Fauna e Flora a continuar seus estudos sobre a dependência de diversos setores da economia de serviços ambientais. Em parceria com o Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (UNEP), a ong tem o projeto Valorando a Natureza, onde estuda 31 companhias de setores diversos como fumo, alimentação e varejo.

O lançamento do Forest Footprint Disclosure foi mais uma demonstração de que as empresas definitivamente entraram na linha de tiro das ações de combate ao desmatamento e ao aquecimento global. Depois da repercussão mundial do relatório do Greenpeace mostrando que a cadeia produtiva de carne e couro no Brasil estava intimamente ligada ao avanço do desmatamento na Amazônia, o projeto deve elevar ainda mais a pressão sobre os setores que tem uma alta pegada florestal.

Pippa Howard, da Fauna e Flora Internacional, acredita que ações como essa terão também um impacto sobre os consumidores. Ela lembra que recentemente a Unilever foi duramente criticada no Reino Unido por utilizar óleo de palma extraído de plantações na Indonésia para fabricar o sabonete Dove. Já Andrew Mitchell cita o caso de consumo de carne em todo mundo, questionando se não seria possível às pessoas reduzirem seu consumo para diminuir a demanda por gado criado na Amazônia. “Como consumidores, estamos todos juntos”. Clique aqui e confira a versão completa do relatório do Forest Footprint Disclosure Project

Matéria do jornalista Gustavo Falheiros para O ECO. Vale a pena conferir em forma completa em http://www.oeco.com.br/reportagens/37-reportagens/21961-multinacionais-e-a-degradacao-florestal

sexta-feira, 19 de junho de 2009

BID FOR ou TRANSFOR

O Programa de Transporte Urbano de Fortaleza, cuja denominado original era BIDFOR é um projeto da Prefeitura que visa melhorar a mobilidade e acessibilidade do sistema viário municipal, especialmente, nos principais corredores de transporte público. Por exigência do financiamento externo, passou por várias modificações até se ajustar às normas técnicas e à capacidade financeira do Município diante dos novos encargos.

Apesar de ter sido planejado há quase quinze anos, o TRANSFOR vem passando por constantes atualizações. Estão sendo feitas obras múltiplas de alargamento e restauração em diversas vias da cidade. Ao fim das obras, segundo o projeto, serão 82 km de vias reformadas, sendo 45 km exclusivos para transporte público, 23 km com pavimento restaurado e 14 km de vias alargadas.

A Etapa I, em implantação que vai até o próximo ano, prevê a requalificação de 45 km e, de 2009 a 2011, de outros 37 km. Além disso, serão 30 km de ciclovias, todas ligadas aos terminais da integração, com bicicletários. Visando à qualidade de vida dos pedestres, o projeto prevê a reconstrução de 164 km de calçadas, levando em conta o contexto da mobilidade urbana.

Transfor propõe de novo a retirada das árvores da Bezerra de Menezes

O Projeto Transfor poderá provocar a retirada de árvores em canteiro da Av. Bezerra de Menezes, alerta ambientalista. As intervenções do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza darão à Avenida Bezerra de Menezes, um dos maiores corredores de tráfego da cidade, nova feição. Com duas faixas exclusivas (uma de cada lado) para os transportes coletivos e uma área central para ciclovia, a previsão é que o trânsito flua mais livremente.

Contudo, crescem os temores de que a implementação do Transfor promova também derrubada de árvores.Quanto ao assunto, o coordenador do Transfor, Daniel Lustosa, é enfático: “tudo será feito para a conservação das árvores naquela área, mas se de fato for necessário derrubar, faremos o replantio”.Já o ambientalista João Saraiva lembra que o projeto vinha sendo discutido desde o segundo mandato do então prefeito Juraci Magalhães. “A gestão atual fez algumas reformulações e mudou o nome para Transfor”, afirma, adiantando que desde aquela época os moradores de bairros circunvizinhos à Bezerra de Meneses já temiam que árvores frondosas antigas fossem derrubadas para a execução das obras.

A Avenida Bezerra de Meneses, ressalta João Saraiva, tem um dos canteiros centrais mais bonitos da cidade. Flamboyant, Ficus de Benjamin e outras árvores frondosas e centenárias ajudam a amenizar a poluição ambiental naquela região, provocada pela fuligem da camada asfáltica e da emissão de dióxido da carbono pelos transportes que passam na via, isso sem falar no sombreamento para os transeuntes.Além disso, segundo João Saraiva, a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza uma área verde de 12 metros quadrados pública por cada habitante. Mas cada fortalezense conta com apenas cerca de quatro metros quadrados. “Na Tristão Gonçalves sacrificaram árvores para a execução de obras do Metrofor, prometendo replantio, mas ficou na promessa”, informou, alertando que o desenvolvimento não pode esquecer o meio ambiente.

Reportagem do Diário do Nordeste. Vale a pena conferir e ficar atento ao que de novo o Projeto Transfor está a propor.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Pedalando pela paz

Próximo dia 28 a entidade não-governamental Rodas da Paz promove seu sétimo passeio ciclístico pelas ruas de Brasília. O percurso terá 15 quilômetros e deverá ser percorrido em até duas horas. Atração para todas as idades. Mais informações aqui. A entidade nasceu há seis anos, como uma forma de reação à violência no trânsito da capital federal.

Todas as médias e grandes cidades brasileiras poderiam adotar uma ação assemelhada a esta. A violência no trânsito é o maior vilã da contemporaneidade, neste Brasil de hoje que é 84% urbano.

Obras do novo Centro de Feiras e Eventos já se iniciam com atraso

Mudança no prazo de construção do Centro Multifuncional de Feiras e Eventos do Ceará. As chuvas da quadra invernosa deste ano atrasam o processo de terraplanagem do terreno, no bairro Edson Queiroz, informou a Coordenadoriaa de Projetos Especiais da SETUR/Secretaria de Turismo do Estado. As obras do Centro de Feiras se iniciaram após a assinatura da ordem de serviço (no último dia 23 de abril) e deveriam ser concluídas até outubro de 2010.

Em tempo: estranha-se a não existencia de um projeto aprovado e licenciamento ambiental expedido pela instancia competente no Muncípio de Fortaleza, assim como a não realização de um RIST/ Relatório de Impactos sobre o Sistema de Transito, obrigátório para um equipamento deste porte. Afinal de contas, entende-se que este controle de uso e ocupação do solo urbano deveria ser feito pela SEMAM/ Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano, conforme a Legislação em vigor e de acordo com as diretrizes do recém promulgado Plano Diretor Municipal.

Minc: Ainda há tempo para agir

Segundo o Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o Nordeste pode perder um terço de sua economia com o aumento da temperatura até o fim do século. O momento é de investir em alternativas sustentáveis de desenvolvimento, no gerenciamento dos recursos hídricos e em ações como a redução do uso de mata nativa da Caatinga para a produção de carvão.

As mudanças estão acontecendo. E os efeitos da virada climática preocupam quem vive e pensa o desenvolvimento das regiões mais vulneráveis ao já previsto aumento de temperatura: as semiáridas. A busca por soluções é o desafio da Segunda Conferência Internacional Sobre Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas, a Icid+18, lançada ontem em Fortaleza, no Dia Mundial de Combate à Desertificação. A sigla faz referência ao título do evento em inglês e à primeira edição, realizada também na capital cearense, no escopo da Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento, a Eco 92, que ocorreu no Rio de Janeiro.

A conferência será realizada em Fortaleza e pretende contar com 2 mil participantes, entre pesquisadores de pelo menos 50 países, estudantes e gestores. Além da data, 16 a 20 de agosto de 2010, o evento tem estabelecido um desafio principal: servir de base para políticas públicas de adaptação aos efeitos das mudanças climáticas. A Icid+18 ainda poderá ser subsídio para discussões mais amplas, caso a Rio+20 seja confirmada para 2012.

A Icid+18 é promovida pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Governo do Ceará. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participou da solenidade de lançamento e enfatizou os riscos do aumento das áreas desertificadas e da falta de preparação para um fenômeno já previsto. “Há um risco real, caso a temperatura se eleve dois graus Celsius até o fim do século, e essa é a possibilidade mais otimista, de que o Nordeste perca um terço de sua economia”, alertou. O dado é do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, que prevê aumento até maior de temperatura e que o nível do mar subirá alguns centímetros, o suficiente para causar estragos em zonas litorâneas. Por isso, o Nordeste, onde está a maior parte do Semiárido brasileiro, será contemplada com metade dos recursos do Fundo Clima, plano enviado ao Congresso e formado com 10% do lucro do petróleo. Isso significa R$ 900 milhões para o Brasil - R$ 450 milhões para o Nordeste. Serão recursos para recuperar nascentes, solos e recursos hídricos, fazer plantações em volta das nascentes e matas ciliares em volta dos rios.

Na Icid+18, os cientistas precisarão dar conta de uma atualização dos conhecimentos sobre as mudanças climáticas desde a última conferência. Como explica o diretor da Icid+18, que também dirigiu a Icid em 1992, Antônio Rocha Magalhães, a ciência avançou para comprovar que a tendência é que existam áreas cada vez mais áridas e que o gerenciamento dos recursos hídricos será essencial, já que o aumento das temperaturas e, consequentemente, da evaporação reduzirá a água disponível para o abastecimento das cidades e para a agricultura.

Matéria das Jornalistas Daniela Nogueira e Larissa Lima para o jornal O POVO http://www.opovo.com.br/ Vale a pena conferir.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Pesquisa destaca importância de reservas indígenas no impedimento da savanização da Amazônia

Estudo recente determina que a preservação de reservas indígenas e de áreas de conservação ambiental, que juntas ocupam cerca de 37% da região, barraria processo de savanização da Amazônia. O estudo, publicado nesta última segunda-feira, 15, pela revista americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), avalia que há um “ponto sem retorno” do desmatamento - se ultrapassado implicaria num processo de transformação da floresta em cerrado.

Foi realizada uma simulação matemática do que aconteceria se 63% da floresta desaparecesse, restando apenas as matas das reservas indígenas e unidades de conservação. O resultado foi que, embora as populações locais e a biodiversidade sejam danificadas, o restante da vegetação protegida não entraria em colapso com o desmatamento. Claudio Belmonte de Athayde Bohrer, pesquisador da Universidade Federal Fluminense (UFF) e coautor do artigo diz: “percebemos que haveria uma variação relativamente pequena no regime de chuvas, mesmo se só sobrassem as áreas de preservação”. “Com algumas exceções, seria insuficiente para provocar uma alteração na vegetação”. Para Bohrer, estas áreas representam o mínimo a ser preservado. “As atuais unidades de conservação oferecem uma proteção mínima, mas é preciso que o governo garanta sua efetividade”.

Já outro estudo realizado no ano passado pelo pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilvan Sampaio, mostra dados divergentes. Para ele, caso a devastação florestal alcance 50% de área processos de savanização poderão ocorrer no leste e sul da Amazônia.

William Balée, antropólogo americano, defende no trabalho “Biodiversidade e os Índios Amazônicos”, que “as práticas de manejo dos recursos de índios horticultores ou coletores na Amazônia de hoje são menos destrutivas para o ambiente, segundo qualquer critério, do que a dos nossos vorazes Estados nacionais com sua economia baseada na queima de combustíveis fósseis”. O pesquisador afirma que podemos aprender muito com os índios sobre como preservar a Amazônia. Tanto os povos pré-colombianos quanto os atuais que habitam a região amazônica são responsáveis pela preservação da floresta e pela manutenção da biodiversidade em seus territórios através da utilização sustentável dos recursos.

As alterações ambientais empreendidas pelas sociedades indígenas não se comparam com aquelas causadas pela indústria moderna. Índios agricultores contribuíram inclusive para o aumento da biodiversidade através da domesticação de algumas espécies de árvores, principalmente frutíferas.

Os solos da floresta amazônica normalmente são ácidos e pobres em nutrientes. Porém, em áreas onde ocorreram habitação e horticultura de povos pré-colombianos, existe um solo mais fértil, menos ácido, com alto teor de macro e micronutrientes, conhecido por “Terra preta”. Estas terras são consideradas reservatórios de agrobiodiversidade, abrigando variedades genéticas mais primitivas de espécies domesticadas economicamente interessantes. Todavia, os cientistas ainda não sabem ao certo os processos que deram origem a esses solos, o que torna necessário mais estudos na região.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), as pesquisas, juntamente com a manutenção de reservas indígenas e das áreas de conservação ambiental, constituem eixos importantes na exploração da Amazônia. Elas são responsáveis pela coleta de dados e contribuem para a resolução de problemas logísticos de falta de acesso e infra-estrutura, além de servirem como alternativa de sustento sem destruir a floresta para as populações locais, através de capacitação e treinamento.

Texto de Raul Galhardi Pinto, estudante de Jornalismo e participante do Projeto “Repórter do Futuro: descobrir a Amazônia, descobrir-se repórter”, curso de complementação universitária realizado pela Oboré – Projetos Especiais em Comunicações e Artes que visa aproximar estudantes de jornalismo da realidade amazônica.

Projeto Costa Oeste ou Projeto Vila do Mar


A mais significativa proposta de requalificação urbana e ambiental do litoral Oeste de Fortaleza e talvez de toda a cidade, o Projeto Costa Oeste, concebido ainda no Governo Lúcio Alcantara, na SDLR/ Secretaria de Desenvolvimento Local e Regional, sucedida pela Secretaria das Cidades e, rebatizado pela Prefeitura de Fortaleza, como Projeto Vila do Mar está parado.

A proposta que objetivava o resgate à população do Grande Pirambu, de uma extensão de beira mar de 5,5 km, entre a Escola de Aprendizes de Marinheiro e a Barra do Ceará e, incluia a consolidação de melhorias urbanisticas e dotação de equipamentos públicos nesta belissima e desconhecida seção da orla marítima, tais como: implantação de calçadão e via paisagística, além de nove outras vias de acesso a praia; dotação de iluminação pública, intensificação de arborização urbana que incluia replantio de coqueirais nativos; consolidação de rede de coleta de esgoto e implantação de ramal coletor do interceptor oceanico; relocalização de população em situação de risco em novas moradias e melhorias habitacionais; além de construção de equipamentos sociais, está em estado totalmente inercial por incúria de gestão municipal, desde que a mesma assumiu o projeto, com o argumento que partes do mesmo deveriam ser reconcebidas, ainda em 2006.

De lá para cá muita água rolou embaixo da ponte, quase nada se adiantou a não ser o rebatismo de nome do projeto e feitura de novas maquetes eletronicas para uso em campanhas de propaganda. O fato é que, no dia de hoje, a situação de andamento desta proposição, carimbada como obra do PAC, é apontada como preocupante. Os problemas registrados no próprio balanço do PAC, publicado nos jornais de hoje, nos remete a falta de capacidade de gestão e ausencia contrapartida da Prefetura. Orçada em mais de R$ 120 milhões, o projeto só tem 4,7% de suas ações concluídas - a meta é chegar aos 19% até 31 de agosto deste ano, o que ninguém acredita. E note-se que estes 4,7% relatados correspondem a ações empreendidas ainda com recursos do Governo do Estado, em 2003/ 2004, quando do início da implantação da via paisagística litoranea, hoje em estado de abandono total,

As questões que se colocam são: Terá a Prefeitura de Fortaleza, capacidade gerencial para tocar está implantação ou vamos aguardar mais quanto anos a implantação deste projeto, que trará mais qualidade de vida à população do Grande Pirambu? Será que este estado de incúria da Administração Municipal vai ser percebido nos trabalhos de avaliação do PAC, coordenados pela Ministra Dilma Roussef?

Cabe aqui um alerta.

Professor/ Arquiteto José Sales

terça-feira, 16 de junho de 2009

Transfor: Caos na Bezerrra de Menezes

Está ainda mais difícil trafegar pela Avenida Mister Hull, em direção à Bezerra de Menezes. Desde o último sábado — com o início das obras do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor) e a interdição do trecho da Avenida Humberto Monte que dá acesso às vias principais — os motoristas estão confusos e os engarrafamentos, já comuns nessa região, ainda mais extensos. Os condutores acusam a Prefeitura de falta de planejamento. Mas o coordenador do Transfor, Daniel Lustosa, faz a defesa, lembrando que desde janeiro a população vem sendo preparada para essa intervenção.

No terceiro dia de obras, apesar da presença de agentes da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania de Fortaleza (AMC) e da instalação de semáforos nas vias paralelas, era visível a dificuldade dos motoristas em seguir caminho diante dos novos desvios. Para fugir da lentidão, alguns condutores arriscaram, inclusive, fazer conversões proibidas.

Matéria do Jornal Diário do Nordeste. Vale a pena conferir

SOS Lagoa da Precabura

A Lagoa da Precabura, considerada por muitos especilaistas, como o último corpo hídrico ainda não comprometido pela poluição na Região Metropolitana de Fortaleza (Município de Eusébio), vem sofrendo nos últimos meses com a poluição e a ocupação desordenada de suas margens. O problema mas recente verificado na Lagoa, foi a morte de inúmeros peixes e camarões que tinham na Lagoa seu "habitat" natural.

Não se sabe ao certo qual a causa dessas mortes na Lagoa, mas suspeita-se que a água do mar que penetra na Lagoa, juntamente com o lançamento de poluentes tenham causado esse desequilíbrio ecológico. É necessário que urgentemente possamos unir esforços com toda a sociedade civil visando a preservação desse belissímo patrimônio natural da nossa região. Não vamos deixar a Lagoa da Precabura morrer!

Enviado por Thiago Soares Março/ 2005 para TEIA IDBRASIL

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Obras causam transtornos no Centro


Quando não são os buracos, os fortalezenses enfrentam, diariamente, incômodos devido a obras públicas, sejam elas paradas ou em andamento. No Centro de Fortaleza, freqüentadores reclamam, de cratera formada na Rua Senador Jaguaribe e da demora no término das intervenções na Praça Coração de Jesus.Na Rua Senador Jaguaribe, o enorme buraco e o alto morro de areia, por trás da Santa Casa de Misericórdia, oferecem perigo à saúde e à segurança, conforme queixa-se a população local.


Ao passar pela cratera “abandonada”, o militar Ramos Freitas, 40 anos, não nega que se sente incomodado com o mau cheiro, oriundo do esgoto a céu aberto, e da insegurança, por no local se esconderem marginais.


Segundo a Prefeitura Municipal de Fortaleza, em relação à obra por trás da Santa Casa de Misericórdia, a assessoria de imprensa da SER II diz que está parada há dois meses pela falta de verbas decorrente da crise que afetou não apenas o município de Fortaleza, mas o governos Federal, Estadual e outras administrações de Capitais no Brasil.


Conforme a Regional II, essa falta de recursos está relacionada à crise mundial, que contingenciou crédito inclusive para obras públicas, entre outros fatores. No entanto, a situação com a empresa responsável pela obra está sendo regularizada e os trabalhos deverão ser reiniciados o mais breve possível.Disse, ainda, que necessário encontrar uma solução técnica para a necessidade de fazer uma nova rede de drenagem que passasse por baixo da Santa Casa de Misericórdia.


Matéria do jornal Diário do Nordeste. Fografia de Juliana Vasquez. Vale a pena conferir

domingo, 14 de junho de 2009

RESEX com o Presidente Lula via Bolsa Caranguejo

Ponha-se no colete do ministro Carlos Minc. Titular do Meio Ambiente, num governo que não é ambiente para essas coisas. Cercado de ministros hostis. O da Agricultura em campanha aberta pela desobediência do campo ao Código Florestal. O dos Transportes querendo asfaltar estrada na Amazônia sem licença ambiental. O de Assuntos Estratégicos garantindo, em inglês, que se a humanidade acabar com este planeta estará tecnologicamente habilitada a colonizar outros mundos. E aí vem na sexta-feira passada o Dia do Meio Ambiente. O “seu” dia. Comemorado com a criação de três reservas extrativistas e de um monumento natural, como se fosse para marcar a era de recuos táticos que acabou com a tinta para fazer parques nacionais e outros modelos de conservação estrita na caneta do ministro.

Mas nem por isso deixava de ser uma boa data para sair da frigideira, subindo no palanque. E Minc montou uma festa no sul da Bahia, com a presenta do presidente Lula. Os jornalistas interessados em esquentar o dendê do ministro apostaram que Lula não compareceria. Ele fez pior. Compareceu, e chegou à solenidade soltando o verbo. Foi lá para dizer que “é preciso discutir com mais seriedade a questão ambiental” e acabar com o “discurso simplista” em favor da natureza. Teve de tudo. Desde a previsão de que o regime da terra arrasada pode inviabilizar a vida humana “daqui a 1 milhão de anos, daqui a 100 anos”, ao anúncio de que o pau-brasil “está extinto”, sem que os botânicos até agora tivessem notado.

Ele soltou na brisa de Caravelas a noção de que os países ricos, habitados provavelmente por aqueles mesmos banqueiros de olhos azuis que outro dia mesmo quebraram a economia mundial, estão “carecas”. Ou seja, “não têm mais uma árvore”. Mas por isso deixam de circular em “carros da melhor qualidade” e comer “do bom e do melhor”. Desertificar deve ser bom. Lula, como se vê, voltou inspirado de sua recente viagem à Arábia Saudita. Mas, aqui, o problema é outro. E o presidente, no afã de “consertar todo o estrago que foi feito em cinco séculos neste país”, inaugurou uma reserva extrativista, a Resex do Cassurubá, com a exortação do progresso insustentável.

RESEX é um conceito meio frouxo, que encontrou na política ambiental o aconchego da autocomplacência. A Amazônia tem muita resex em listas de desmatamento. Como já disse o historiador Kenneth Maxwell, o nome “reserva extrativista” é em si mesmo um oxímoro, composto por um substantivo que significa guardar e um adjetivo que implica colher. Mas pelo menos a lei restringe seu uso à agricultura de subsistência, à criação de animais em pequena escala e à exploração sustentável de seus recursos naturais. Para Lula, isso não faz diferença. Com a autoridade de quem, “até os dez anos de idade”, punha a mão em toca para catar caranguejo (ele até aproveitou para contar que foi um caranguejo quem lhe decepou o dedo mínimo da mão esquerda, até então debitado a um acidente de trabalho no torno mecânico), ele acenou aos pescadores de Cassurubá com melhores negócios que o puro e simples extrativismo.

Segundo ele, basta esperar pelos turistas saírem de Caravelas dizendo que ali comeram “um peixe de qualidade, não poluído, um caranguejo de qualidade, um marisco de qualidade”. E os pescadores cairão de puçá sobre o mercado. Ele até sugeriu que o governador Jacques Wagner “vai comprar tudo para levar para a merenda escolar lá em Salvador, e daí por diante”. Ou seja, Lula foi saudar a Resex e instituiu o Bolsa-Caranguejo.

Assim não há Minc que agüente.

Escrito por Marcos Sá Correa, jornalista e fotógrafo. Formado em História e com larga experiencia jornalística, escreve na Revista Piauí e no jornal O Estado de S. Paulo. Foi editor de Veja e de Época, diretor do JB, de O Dia e do site NO. Publicado no jornal eletronico O ECO http://www.oeco.com.br/

sábado, 13 de junho de 2009

Com a palavra a Prefeitura de Fortaleza

Aproveitando o ensejo de que o primeiro escalão municipal foi nomeado e claramente evidenciado que durante tanto tempo nada foi feito na reforma da Praça José Alencar, entre 15 de janeiro e a presente data de 13 de junho, decorridos já 5(cinco) meses da retirada dos ambulantes daquele logradouro e colocação de tapumes para obras, tem a palavra a Prefeitura Municipal de Fortaleza, através da Secretária Especial do Centro, para as devidas explicações de porque nada se realizou.

A Praça José de Alencar volta a ser utilizada pela população


Com o desgaste dos tapumes, freqüentadores abriram entradas e ambulantes já estão comercializando no local. A reforma da Praça José de Alencar ainda não foi concluída, mas a população de Fortaleza já voltou a utilizar o local. Os tapumes que cercavam a obra desde que os ambulantes foram retirados do logradouro, em dia 15 de janeiro, amolecidos pela chuva intensa, foram, aos poucos, sendo levados pelos próprios freqüentadores.


Ontem, somente em frente ao Theatro José de Alencar ainda restava o madeiramento, mesmo assim com várias aberturas servindo como passagem. Nos cantos da praça, e até passando pelo centro dela, já há ambulantes voltando a comercializar seus produtos. Como a ocupação ocorreu de forma desordenada e sem fiscalização, nem segurança adequada, restos de madeira, lixo e até fezes já sujam o espaço.


Um dos freqüentadores da praça, o aposentado Aloísio Silveira, de 68 anos, afirmou estar feliz por ter recuperado seu espaço de lazer. “Eu adoro vir aqui para conversar com os amigos e gostei que o espaço tenha sido aberto, mas realmente a reforma aqui parece não ter acabado. Pouca coisa foi feita, não vi nenhuma mudança significativa”, disse.No dia 24 de abril, o Diário do Nordeste já havia publicado matéria mostrando que a obra da Praça José de Alencar estava parada.


Em resposta aos questionamentos da reportagem, a Secretaria Extraordinária do Centro informara que o logradouro seria entregue à população em 15 dias, faltando concluir somente reparo no monumento, além de pintura e reposição de bancos.Ontem, a Prefeitura de Fortaleza, por meio da assessoria de imprensa da Regional II e da Secretaria Extraordinária do Centro, afirmou que enviará equipes de fiscalização e da Guarda Municipal à Praça José de Alencar para evitar que novos ou antigos ambulantes se instalem naquele logradouro.


O Município informou ainda que a praça está na fase final da sua reforma para, então, ser devolvida à cidade de Fortaleza, com a estátua de José de Alencar restaurada, bancos pintados, nova iluminação, piso recuperado e o jardim totalmente refeito.


Reportagem da Jornalista Renata Benevides para o Jornal Diário do Nordeste. Foto de Miguel Portela. Vale a pena conferir.


sexta-feira, 12 de junho de 2009

Procuradores contra a sanção da MP 458

Pelo menos 37 procuradores da República na Amazônia assinaram e enviaram um ofício ao presidente Lula pedindo que não sancione a Medida Provisória 458, a MP da Grilagem. No documento, afirmam que "o tratamento dado à questão fundiária na Amazônia pelo referido diploma legal beira a insensatez e representa na prática mais um incentivo à invasão e ao desmatamento de novas áreas" e ainda que o texto, aprovado no Congresso, é “uma ameaça aos 20 anos de trabalho do Ministério Público Federal na defesa da dignidade e dos direitos dos povos da região”.

Da Coluna Salada Verde do Jornal Eletronico O ECO http://www.oeco.com.br/saladaverde

Canoa Quebrada: Ministério Público quer a retirada de barracas

A poucas semanas do início da estação do meio do ano, das férias escolares, uma polêmica judicial tem preocupado moradores, trabalhadores e visitantes da Praia de Canoa Quebrada. O Ministério Público do Estado do Ceará, por meio dos promotores de Justiça, Alexandre de Oliveira Alcântara e Emilda Afonso de Sousa, da comarca de Aracati, entrou com uma Ação Civil Pública com pedido de liminar, contra o Estado do Ceará, contra o município de Aracati, e contra as barracas de Praia de Canoa Quebrada. Os promotores alegam destruição das falésias, risco para trabalhadores e visitantes.

A associação dos donos de barracas discorda e se diz injustiçada. A ação solicita a retirada das barracas Brisa Mar, Chega Mais, Antônio Coco, Da Lua, Tropicália, Canoa Beach, O Gulinha, O Casqueiro, Beira Mar, Lazy Days, Do Evânio, Do Alberto, Marcondes, Bom Motivo, Freedon, Do Gueto, Café de La Praia e O Luizinho.

Segundo a Promotoria, o objetivo da ação é assegurar a segurança para os clientes, funcionários e de todas as pessoas que freqüentam as barracas ou que estejam em suas adjacências. O Ministério Público Estadual requer que seja determinada a imediata interdição das barracas de praia citadas e outras que porventura se encontrem na mesma situação de perigo, seja na Praia de Canoa Quebrada ou em qualquer outra de Aracati com a interrupção de todas as atividades comerciais ali desenvolvidas, até que seja encontrado outro local seguro para a instalação delas. Segundo os promotores de Justiça, as barracas existentes junto às falésias na Praia de Canoa Quebrada sujeita os freqüentadores e trabalhadores a graves riscos à integridade física e mesmo risco de morte, uma vez que as mesmas foram construídas junto às falésias ali existentes e elas estão sofrendo avançado processo de erosão e assoreamento pluvial. Eles relatam o desabamento de falésias na Praia de Canoa Quebrada no dia 25 de fevereiro, que vitimou três pessoas.

Notícia do Caderno Regional do Diário do Nordeste.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Nomeação de Tin Gomes causa desconforto no "blocão"

O conjunto de partidos comandados pelo vice-prefeito Tin Gomes (PHS), popularmente conhecido como “blocão”, corre risco de se esfacelar. Isso porque Tin teria costurado sua nomeação para a Secretaria Executiva Regional (SER) VI sem nem ao menos consultar os demais partidos vinculados a ele: PSL, PMN e PRB. Juntas, as legendas conseguiram eleger sete vereadores na última eleição. Além disso, a convocação do vice-prefeito para o staff municipal impediu que vereadores suplentes do bloco pudessem ocupar vagas no Legislativo. Fato que provocou irritação em alguns membros do "blocão".

Único vereador do PMN na Câmara, o vereador Mário Hélio não esconde a decepção ao analisar a forma como a prefeita Luizianne Lins (PT) montou seu novo secretariado, sem contemplar os pequenos partidos que garantem à petista maioria na Câmara. Segundo ele, a indicação de Tin para o secretariado não contempla o seu partido.

“Nós participamos da elaboração de um plano de governo e queremos participar da execução desse plano. É fora de lógica você ajudar a eleger e ficar totalmente por fora”, declara. Mário Hélio também aponta como problema na indicação do vice-prefeito a impossibilidade de algum suplente do blocão se tornar vereador.

E lamenta, por exemplo, que Didi Mangueira (PSL), terceiro suplente da coligação, fique ainda mais distante de voltar à Câmara. “Eu, no lugar dele, tinha me enterrado, porque ele terminou de receber um atestado como um homem incompetente”, destacou. Questionado se o blocão estaria desestabilizado, Hélio mudou de assunto: “Acho que o PSL e o PMN têm de ser bem contemplados no segundo escalão”.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Minc anuncia ações contra 75 desmatadores

O Ministério do Meio Ambiente divulgou nesta terça-feira uma lista com 75 pessoas e empresas que estão sendo processadas por cometerem crimes ambientais em Mato Grosso. O que era para ser a segunda edição da polêmica lista dos 100 maiores desmatadores - divulgada em outubro do ano passado e que tinha o Incra na liderança - teve critérios alterados. Agora, a lista foi feita a partir dos processos com mais provas.

O Incra desta vez não aparece na lista. Segundo Marcelo Siqueira, procurador da Advocacia-Geral da União (AGU), as ações contra o Incra correm na AGU em uma câmara de conciliação. Quem encabeça a nova lista é a fazendeira Rosane Sorge Xavier, que desmatou 16,024 mil hectares no município de Vila Bela da Santíssima Trindade, em Mato Grosso.Em segundo lugar, João Ismael Vicentini, que desmatou 7,238 mil hectares em Feliz Natal. Além dos desmatadores, os exploradores e vendedores de madeira ilegal também estão sendo processados.

Aprovada a criação da RM do Cariri

A Assembléia Legislativa aprovou ontem, por unanimidade, a mensagem do governo que dispunha sobre a criação da Região Metropolitana do Cariri (RMC). Com o crivo do Legislativo, foram aprovados também o Conselho de Desenvolvimento e Integração e o Fundo de Desenvolvimento da RMC. Apesar de algumas ponderações, a mensagem foi aprovada sem alterações, como desejava o governo do Estado.

Os parlamentares representantes da região, logo que a mensagem deu entrada na Casa, na semana passada, demonstraram interesses diversos em fazer modificações, porém, o líder do Governo, deputado Nelson Martins (PT), ponderou que o Projeto de Lei, antes de chegar à Assembléia, foi discutido entre o governo, o Ministério das Cidades, os municípios da região e mecanismos financeiros internacionais que irão financiar projetos.

Notícia do Diário do Nordeste.