domingo, 28 de fevereiro de 2010

Quanto vale a Amazonia?


Muito se fala dos efeitos nefastos causados pela devastação da Amazônia. Contudo, um aspecto que pouco se debate são os ganhos que a floresta preservada pode proporcionar. Estimativas de ONGs, institutos de pesquisa e órgãos governamentais indicam se tratar de um eldorado. Especialmente no que se refere à exploração de sua biodiversidade: madeira, frutos e plantas. Uma nova safra de ecologistas, contudo, tenta introduzir neste debate a cobrança por "serviços ambientais" prestados pelos 219 milhões de hectares de floresta. Uma conta que pode atingir US$ 50 bilhões por ano, de acordo com relatório da Universidade de Utrecht, da Holanda.

Fonte: Coluna Sustentabilidade/ ISTO É Dinheiro

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Unidade de Conservação em Bertioga/ SP

Em breve, chegará às mesas de José Serra, governador do Estado de São Paulo, e Xico Graziano, secretário estadual de Meio Ambiente, um documento repleto de nomes. O objetivo é nobre: trata-se de um abaixo-assinado promovido pelo WWF-Brasil desde ontem (23) em favor da criação de uma área protegida com 8.025 hectares em Bertioga (SP), no trecho de Mata Atlântica mais conservado do litoral paulista.A área de planície se conecta com o Parque Estadual da Serra do Mar e abriga inúmeras espécies da fauna e flora, muitas ameaçadas de extinção. Já foram registradas, até agora, cerca de mil tipos de plantas – sendo 44 em perigo -, 14 anfíbios e répteis, sete aves e outros 14 grandes mamíferos, todos em risco.

Fonte: O ECO

Fim do impasse no Piauí

Na antevéspera do feriadão de Carnaval, o Governo anunciou medidas que poderão dar fim a um dos mais acirrados imbroglios envolvendo militantes ambientalistas e empresários, no sul do Piauí. O Ministério do Meio Ambiente informa que, fechado acordo com o governo do estado, a partir de março os 5,5 mil hectares do parque nacional da Serra das Confusões serão ampliados em cerca de 270 mil hectares, incoporporando porções elevadas da chamada Serra Vermelha.
Feito isso, a unidade se tornará a maior da Caatinga. A agropecuária poderá ocupar zonas mais baixas, onde serão fixadas áreas de preservação permanente e reservas legais de 20% das propriedades, como previsto no Código Florestal.

Desde abril de 2007, O Eco já informava sobre as intenções do governo de proteger oficialmente a área, cujos detalhes sobre os locais a serem absorvidos pelo parque estão sendo finalizados. O impasse sobre o destino da região se arrasta desde meados de 2006, quando o Ibama autorizou a empresa JB Carbon a desmatar 77 mil hectares de florestas para produzir mais de 220 mil toneladas/ano de carvão vegetal para abastecer indústrias de ferro gusa de Minas Gerais.

O caso rendeu várias ações no Ministério Público Federal, protestos acirrados de militantes, que taxaram a empreitada como "maior desmatamento do Nordeste", e um prêmio Motosserra de Ouro ao então diretor do Serviço Florestal Brasileiro Tasso de Azevedo, que defendeu e incentivou a implantação do projeto como manejo florestal e alternativa ao plantio de grãos.

Fonte: O ECO

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Fechamento das comportas do Castanhão é antecipado


Ações de contingência sobre uma eventual seca já estão sendo adotadas para garantir um abastecimento regular. Se vai chover pouco, muito, ou quase nem chover, a preocupação maior é para quem planta, colhe e vende os grãos e frutos que chegam à mesa cearense, seja em regime de sequeiro ou irrigado. A garantia de abastecimento doméstico é outra preocupação, embora assegurada pelo bom acúmulo de água nos açudes. Mas o pessimismo sobre a possibilidade de chuvas abaixo da média histórica, e muito mais abaixo da realidade do ano passado, está fazendo a COGERH/ Companhia de Gestão de Recursos Hídricos e DNOCS/ Departamento Nacional de Obras Contra as Secas adotarem ações para o que não querem definir como contingência de seca. A primeira foi o fechamento das comportas do Açude Castanhão ontem à tarde, dois dias antes do previsto.


Ninguém quer, nem pode, falar em seca sem um quadro mais definido sobre a situação das chuvas no Ceará. O que se tem é a probabilidade de 80% de chuvas abaixo ou em torno da média (45% mais 35%, respectivamente), de acordo com o prognóstico da Funceme para os meses de março, abril e maio.


O plano de deixar as comportas do Castanhão abertas até amanhã, 26 de fevereiro, foi revisto e ontem as quatro comportas que estavam abertas, liberando total de 100 metros cúbicos por segundo de água, foram fechadas, para que não se perdesse mais água para o mar - em 18 dias foram liberados aproximadamente 125 milhões de metros cúbicos de água. A intenção primeira era reduzir à cota 101 metros acima do nível do mar, para só depois decidir se continuavam abertas ou seriam fechadas as quatro comportas, baseado em prognóstico da Funceme. No entanto, a previsão meteorológica recente, confirmando a posição anterior, fez Dnocs e Cogerh apressarem o fechamento das comportas. Ontem o Castanhão estava com 74% de reserva e 4,96 bilhões de metros cúbicos de água, na cota 105,5 metros.


Fechadas as comportas, foi aberta uma das duas válvulas dispersoras da barragem do Castanhão, com 16 metros cúbicos de água por segundo, para garantir o fluxo de água para abastecimento humano das comunidades próximas e dos perímetros irrigados do agronegócio. As comportas da barragem do Banabuiú continuam fechadas.


Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste. Fotografia Rodrigo Carvalho, em DN. Direitos autorais preservados.

Imagens da Bacia Sedimentar do Araripe

Todas as imagens apresentadas no Blog GEOPARK ARARIPE http://geoparkararipe.blogspot.com/, da região da Bacia Sedimentar do Araripe afeitas a registros f'ísico - geográficos, geológicos, paleontológicos, paisagísticos, culturais e de contexto urbanos são de autoria do Fotógrafo Daniel Roman e tem seus direitos autorais restritos não podendo em nenhuma hipótese ser copiadas, reproduzidas, arquivadas sem sua expressa autorização ou de seus representantes, de acordo com a Legislação vigente afeita à propriedade intelectual e direitos autorais

Perfil do Blog do Geopark Araripe

O Blog GEOPARK ARARIPE http://geoparkararipe.blogspot.com/, de noticias e informações sobre o Geopark Araripe, foi criado pelo Arquiteto/ Professor José Sales Costa Filho e é editado sob sua responsabilidade desde 24 de Agosto de 2007, objetivando divulgar o que vem a ser este sistema de parques e monumentos naturais em consolidação na região da porção cearense da Bacia Sedimentar do Araripe a partir de uma ação coordenada pelo Professor Dr. Gero Hillmer da Universität Hamburg, com apoio do DAAD/ Deutscher Akademischer Austausch Dienst e pelos Professores Dr. André Luiz Herzog Cardoso e Dr. Alexandre Magno Feitosa Sales, ambos da URCA/ Universidade Regional do Cariri e José Sales Costa Filho da UFC/ Universidade Federal do Ceará que conceberam e elaboraram o estudo técnico científico denominado "Application Dossier for Nomination Araripe Geopark, State of Ceará, Brazil", documento este que continha uma ampla documentação científica sobre o Araripe, análise territorial de mais de 60 situações relevantes e informações sobre o potencial de desenvolvimento sustentável da região sob os aspectos da Educação, Cultura, Turismo, Preservação do Meio Ambiente e Desenvolvimento Social e Econômico, o que levou a sua aprovação na 2nd UNESCO Conference on Geoparks, em Belfast, Irlanda, em Setembro/ 2006 e deu origem ao credenciamento deste contexto fisico - geográfico, geológico, paleontológico, paisagístico e cultural como componente do Global Geoparks Network/ Sistema Global de Geoparks, a partir do mesmo ano de 2006.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

BNDES aplicou R$ 2 bi no Ceará

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acaba de divulgar o balanço 2009 de suas aplicações no Ceará, mais precisamente por meio do posto avançado que mantém na sede da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec). Segundo o superintendente do banco, Fernando Aragão, a Instituição aplicou ano passado cerca de R$ 2 bilhões contra R$ 960 milhões liberados em 2008. Os segmentos que absorveram maiores fatias foram a infraestrutura nos segmentos serviço e comércio e a área industrial. "Só a indústria registrou mais 240% de crescimento no número de operações com o que captou do BNDES", disse Aragão. "O Ceará cresceu mais de 30% ano passado na participação do BNDES em termos de Brasil", complementou, observando que a tão badalada crise econômica, por aqui, passou ao largo.

Fonte: Coluna Vertical/ O POVO

Prancheta à parte em Vertical/ O POVO

O Instituto dos Arquitetos do Brasil, Regional do Ceará, empossa nova diretoria na próxima quinta-feira, às 20 horas, durante ato no auditório da CDL. À frente, Odilo Almeida Filho. Pode ser que agora o IAB se manifeste sobre a polêmica em torno do local (Praia do Titanzinho) do futuro estaleiro do Ceará.

Fonte: Coluna Vertical/ O POVO

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Na contramão do Turismo


Com o título “Na Contramão do Turismo”, o professor Dardano Nunes de Melo manda artigo para o Blog sobre tema dos mais polêmicos: o local do futuro estaleiro do Ceará. Pelo visto, nem todos da área do turismo aprovam o local.


Confira:Fortaleza vive um dilema; se o estaleiro não for no Titanzinho não será no Ceará, assim afirmou Paulo Haddad, presidente da PJMR. O Governador Cid Gomes (PSB) tornou-se um defensor fervoroso do empreendimento. Por outro lado, a Prefeita Luizianne Lins questionou a imposição alegando que o plano diretor da cidade, a questão social, esportiva, cultural, paisagística, ambiental e principalmente turística vão de encontro ao projeto.


Certamente que ninguém quer perder R$ 40 bilhões de investimentos da Transpetro para a construção de 26 navios petroleiros, 146 embarcações de apoio e 28 sondas, além de 49 navios que serão encomendados pela Vale do Rio Doce e 53 navios dos árabes( onde os estaleiros foram destruídos pela guerra). Esta demanda obrigará a construção de 17 estaleiros no Brasil e um deles em Fortaleza. Será que não importa o custo para a captação deste investimento?


Está bem claro as ideologias administrativas nos dois segmentos – Estado e Município, o primeiro liberalizante (Cid Gomes), bem ao gosto de Adam Smith, e o outro social democrata. Na visão do Estado, a prioridade é por megainvestimentos (concentrador de riqueza) traduzidos no Aquário, Centro de Feiras e agora o estaleiro. O município prioriza os micronegócios na comunidade de forma cooperada e solidária, essencialmente gerador de trabalho e distribuidor de renda.No liberalismo o mercado sobrepõe as pessoas, ao contrário do socialismo onde as pessoas sobrepõem ao mercado.


O primeiro prima em levar propostas (construção individual ou grupal) já acabadas para população, a segunda prioriza a participação como sugestão para as propostas (construção coletiva). Caberia lembrar o premier James Smith da ilha turística de St. Vicent, no Caribe, diante de propostas milionárias para a construção de portos e armazéns transmarítimos naquele território, quando ele disse aos investidores: ”Desculpem-me se eu não pareço tão ansioso em agarrar estes bilhões, mas eles não compram esta natureza, nem a cultura de meu povo e muito menos a minha consciência. Aqui se vive do turismo e um lugar que não se preserva não merece ser visitado”.


Será que Fortaleza deve ser uma cidade turística ou industrial? Há como compatibilizar as duas atividades? Qual a vocação de Fortaleza?Orson Wellys, em seu filme “A Dama de Shangai”, afirmou que Fortaleza tem o litoral mais lindo do mundo ao lado de Málaga na Espanha. Será que ele teria dito o mesmo se o estaleiro tivesse lá? Ou não está aí a vocação de Fortaleza: o turismo com suas praias preservadas?


No contexto de uma cidade essencialmente turística, na área do Serviluz, os depósitos da Petrobrás e os armazéns deveriam ser retirados e o Porto do Mucuripe ser transformado num terminal para cruzeiros marítimos, igual ao de South Lauderdale em Miami. Uma região temática (tema; descobrimento do Brasil por Vicente Pinzon antes de Cabral ) poderia tomar conta do espaço que também incluiria o Morro de Santa Terezinha, o Mucuripe, Vicente Pinzon e Castelo Encantado.


Será que o turista iria preferir visitar o Serviluz com um estaleiro ou a área sendo transformada num centro temático? Quem deve responder é o próprio turista. Ele seria a principal peça do xadrez para a formatação de um produto que ele iria comprar. Um destino turístico deve ser construído na perspectiva do turista.


O cidadão do lugar, sujeito e não objeto turístico, também deveria opinar: turismo ou indústria naval no Serviluz?Há que lembrá-lo o risco futuro que correrá quando o mercado encolher e o estaleiro passar a ser um lixo deixado para as populações futuras. Muitos casos ocorreram na Europa (basta lembrar o filme “Segunda-feira ao sol” de Fernando Leon de Aranoa – ganhador do Oscar), onde eles foram retirados e os espaços requalificados até para fins turísticos. Niterói, no Rio, é um caso exemplar onde o maior estaleiro do Brasil foi transformado em entulho de ferro.


As sociedades atingidas pelos desmontes dos estaleiros foram vítimas de uma imensa crise econômica e social. Os tagarelas, defensores do estaleiro, deveriam ver os estudos e pesquisas existentes sobre o assunto, talvez, mudassem de idéia.


Por que o governador, que prioriza o turismo em Fortaleza, não transfere o Aquário da Praia de Iracema, onde o lugar não tem mais capacidade de carga turística, para o Serviluz, em vez de pensar num estaleiro para o bairro? Se Fortaleza optou pelo turismo como função urbana, há que se entender que a matéria-prima do produto turístico é a natureza, o povo e sua cultura, que devem ser trabalhados em seu benefício, jamais em seu malefício.


O estaleiro gera mil e duzentos empregos diretos, mas quantos deles serão das pessoas daquela localidade? Sabe-se da necessidade de especialização do trabalhador que leva anos para se capacitar. E quem está capacitado no Serviluz? Os complexos portuários comprovadamente são focos de elevada prostituição em toda parte do mundo. Será que o estaleiro não viria agravar a situação, sedimentando a imagem de Fortaleza como um destino de prostiturismo?


Por que os hoteleiros (ABIH) mudaram de idéia tão rapidamente ao ouvir o senhor Antonio Balhman (titular da Adece), no Centro de Convenções no dia 9/2/2010? Elementar meu caro Watson… todos são capitalistas e priorizaram o curto prazo, o que iria entrar no seu bolso de imediato. A inclusão social, a cultura, a preservação ambiental e o turismo sustentável são prioridades últimas diante da ambição imediatista pelo fio metal.


O dinheiro público investido no estaleiro é de todos, mas os grandes beneficiários são poucos, ou seja, aqueles que o projeto interessa.Muito mais interessante e turisticamente mais aproveitável e barato seria intervenções urbanísticas no Riacho Maceió(Varjota) e riacho Pajeú (Centro), com a desapropriação dos terrenos laterais para construção de comercio 24 hs, centros de entretenimento, construção de passarelas como a das castelianas em Madrid, etc… Assim não haveria esgotos a céu aberto nas áreas turísticas da cidade. A construção do estaleiro será uma disfunção urbana de uma cidade turística.


Dárdano Nunes de Melo/ Professor do IFCe e Diretor do Sindicaturismo

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Presidente HABITAFOR não entende o que vem a ser a instituição


Em resposta às críticas que o programa Minha Casa, Minha Vida recebeu na Câmara Municipal, o Presidente da HABITAFOR/ Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza, Roberto Gomes, declarou que apesar de ter sido responsável pelo cadastro das famílias, o órgão não tem como delimitar prazos para a entrega das casas e, portanto, não há como dar retorno à população.


O papel da HABITAFOR como órgão da Prefeitura de Fortaleza, era fazer o cadastramento das famílias com renda até três salários mínimos, que somaram mais de 80, segundo dados da instituição de 2009.


Na Câmara, os próprios vereadores da base aliada cobram mais celeridade do programa que até agora possui apenas um conjunto de 120 casas em construção e que deverá ficar pronto até o início de 2011, segundo informações da assessoria de comunicação da caixa Econômica Federal, que representa o Governo Federal no Ceará.Comitê gestor.


Sobre os pedidos de agilidade, Roberto Gomes disse que esta não é a discussão mais importante. "Existe um comitê gestor que vem trabalhando no sentido de superar as dificuldades", explicou ele, que também compõe o comitê, formado por representantes dos governos federal, estadual e municipal. Segundo Roberto, as dificuldades que o programa enfrenta são devido ao novo modelo adotado para o Minha Casa, Minha Vida. Algumas dificuldades já foram superadas, como o saneamento básico de terrenos que estavam impedidos de receber projetos por falta de tratamento sanitário.


Porém, ainda há desafios segundo ele. Um deles é o fato de a cidade não possuir grandes áreas desabitadas onde possam ser construídas casas para o programa nos critérios exigidos, o que também atrasa.EmpresasDe acordo com Roberto Gomes, o prazo para a construção das casas depende das empreiteiras que realização os projetos.Ele assegura, todavia, que as dificuldades superadas deverão fazer com que mais projetos sejam apresentados, acelerando a construção das residências.Além de cadastrar as famílias, a Prefeitura de Fortaleza também é responsável por analisar as áreas em que serão construídas as casas e conceder a liberação ambiental e alvarás de funcionamento caso o local possua condições asseguradas pelo programa.Fonte: Politica/ Diário do Nordeste.


Comentário da postagem: o Sr. Roberto Gomes/ Presidente HABITAFOR está bastante equivocado em suas considerações pelo que se entende qual deva ser o papel da instituição, que não é unicamente fazer cadastros técnicos, mas sim conceber e coordenar as políticas e programas de habitação social do ambito municipal, inclusive definindo planos setoriais dos núcleos a ser consolidados ou receberem melhoria, selecionando áreas e desenvolvendo os projetos habitacionais, inclusive definindo um padrão de qualidade aos mesmos quer do ambito urbanístico como das edificações. Aos empreiteiros cabe a construção dos empreendimentos. Esperar uma ação de planejamento dos empreteiros é simplesmente "aguardar que caia do ceú a solução".

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

FIEC não está convicta sobre apoio ao Estaleiro

Após três horas de apresentação e contestações sobre detalhes do projeto do Estaleiro Promar Ceará na Praia do Titanzinho, o setor industrial no Estado permanece sem convicção para apoiar o empreendimento. Assim como em outros setores, a grande dúvida é a localização e os industriais também disseram sentir falta de estudos que mostrem todos os efeitos da construção naquele local.

"Ainda tenho dúvidas com relação ao benefício total que um estaleiro dessa natureza traria sendo instalado no Titanzinho. Não ficou respondido qual a repercussão disso na vida de Fortaleza. Não ficou claro se há um plano maior, uma visão de longo prazo. As ruas serão as mesmas e as larguras das vias permanecerão. Colocando mais cargas e mais pessoas para serem transportadas pode estrangular o trânsito, se não forem executados outros projetos para atender essa demanda criada com o estaleiro", argumentou Roberto Macedo, Presidente FIEC/ Federação das Indústrias do Estado do Ceará.

"É necessário. Queremos este investimento aqui no Estado. Trará benefícios para a sociedade, para nossa economia e é um mercado fabuloso, que tem muito a se desenvolver no País, podendo ainda ser incrementado com as plataformas para o pré-sal. Isso nos empolga e dos dá ânimo para a cadeia de produção", disse Macêdo. Antônio Balhmann, Presidente ADECE/ Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), num exercício de paciência, ouviu, ontem, na Fiec, vários questionamentos sobre o projeto e expôs toda a vontade do governo do Estado em não perder a oportunidade. Continuando, explicou Balhmann,"Temos que gerar informação para os setores e para a população no sentido de esta é a única área viável para os investidores", explicou Balman.

  • "O único erro é a localização" disse Affonso Taboza/ Diretor Administrativo FIEC, um dos críticos mais ácidos ao estaleiro na Praia do Titanzinho.
  • Acho que é viável. O Ceará perde uma boa oportunidade de apoio unânime a um investimento que não pode ser rejeitado" José Dias Vasconcelos Filho/ Presidente SINDIQUIMICA, um dos únicos a se manifestar favorável à localização.
  • "Falta esclarecer custos de outras opções de local. Pode haver opção com maior custo econômico e menor custo social" Roberto Sérgio Ferreira, Presidente SINDUSCON.
  • "A localização é discutível e não há ainda estudos de impactos socioambientais, educacionais e no tráfego da região"Ary Albuquerque, Presidente IBAP.

Fonte: Caderno NEGOCIOS/ Diario do Nordeste por Guto Castro Neto. Foto Divulgação.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Padre Cícero: "Padroeiro das Florestas"


Para proteger o meio ambiente, o Greenpeace recorreu ao Padre Cícero. A ONG começou a distribuir santinhos do “Padim Ciço” para conscientizar a população sobre a importância de preservar a natureza.“É uma campanha pela preservação das florestas no Brasil”, afirmou Sergio Leitão, que dirige as campanhas da entidade.

A iniciativa começou no mês passado, com a distribuição de 20 mil santinhos em audiências públicas que discutem mudanças no código florestal. “Em vários lugares do mundo, a religião ajuda a criar essa relação com o meio ambiente. A força desses ensinamentos é muito importante”, disse o diretor.

Atrás da imagem estão 11 mandamentos para o agricultor cuidar da natureza como: “Não derrube o mato, nem mesmo um só pé de pau” e “não cace mais e deixe os bichos viverem”. “O mandamento é uma espécie de catecismo ambiental. Todo brasileiro que segui-lo ajuda a preservar o meio ambiente”, ressaltou Sergio. O Greenpeace pretende levar a campanha para outras regiões do país e distribuir o santinho durante a festa do Padre Cícero, que acontecem no segundo semestre na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará.

OS ONZE MANDAMENTOS DO PADRE CICERO PARA O AGRICULTOR


1) Não derrube o mato, nem mesmo um só pé de pau;

2) Não toque fogo no roçado nem na caatinga;

3) Não cace mais e deixe os bichos viverem;

4) Não crie o boi nem o bode soltos; faça cercados e deixe o pasto descansar para se refazer;

5) Não plante em serra acima, nem faça roçado em ladeira muito em pé; deixe o mato protegendo a terra para que a água não a arraste e não se perca a sua riqueza;

6) Faça uma cisterna no oitão de sua casa para guardar a água da chuva; 7) represe os riachos de cem em cem metros, ainda que seja com pedra solta;

8) plante cada dia pelo menos um pé de algaroba, de caju, de sabiá ou outra árvore qualquer, até que o sertão todo seja uma mata só;

9) aprenda a tirar proveito das plantas da caatinga, como a maniçoba, a favela e a jurema; elas podem ajudar você a conviver com a serca;

10) Se o sertanejo obedecer a estes preceitos, a seca vai aos poucos se acabando, o gado melhorando e o povo terá sempre o que comer;

11) Mas, se não obedecer, dentro de pouco tempo o sertão todo vai virar um deserto só".

Fonte: Diário de São Paulo

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

sábado, 13 de fevereiro de 2010

1,5 milhão de pessoas acompanham Galo da Madrugada


Três gerações, uma só paixão: o Clube de Máscaras Galo da Madrugada. Repetindo uma tradição que já dura 20 anos, Maria do Carmo Lira, 68; Marluce Lira, 48 e Lia Lira, 28 chegaram nas primeiras horas de hoje à concentração do maior bloco carnavalesco de rua do mundo, que desfila pelo 33º ano consecutivo pelas ruas centrais do Recife. Juntas, avó, mãe e filha, fantasiadas de borboletas, não escondiam a alegria de brincar no bloco que, desde o ano passado, ganhou o título de Patrimônio Cultural e Imaterial de Pernambuco.


"Este ano, nossa tradição ganhou um sentido ainda maior. No ano passado, minha neta sofreu um acidente de trânsito e ficou muito ferida. Aqui, estamos comemorando sua recuperação total, sua volta à alegria de viver", contou Maria do Carmo.Assim como o trio, milhares de foliões, entre turistas e moradores da cidade, acompanharam a saída do Galo.

Em 2010, o bloco desfilou com 25 trios elétricos e 5 carros alegóricos e fez uma homenagem à diversidade cultural de Pernambuco. Com o tema "Galo: Pernambuco de todos os Carnavais", a agremiação caprichou nas alegorias. Um dos carros que mais chamou a atenção dos foliões foi o abre-alas.

Com uma cabeça de galo giratória - com mais de 10 metros de altura - o carro alegórico puxava dezenas de esculturas que faziam referência a todos os outros desfiles do bloco e as manifestações culturais do carnaval pernambucano, como Caboclinhos, Caiporas, Papangus, Caretas, Maracatus e o Cavalo Marinho. Comandando o carro, o cantor pernambucano Gustavo Travassos e a cantora paraense, Fafá de Belém, cantavam alguns dos principais hinos da folia de Momo.


No chão, nas dezenas de camarotes espalhados pelos 5 quilômetros do percurso, em cima dos trios elétricos ou pendurados nas sacadas, janelas ou muros de prédios residenciais e comerciais, os foliões participavam ativamente da festa, cantando, pulando ou simplesmente colorindo o desfile com suas fantasias. Gente como psicóloga Laura Gomes, que decidiu comemorar os 35 anos no Galo. "É a décima vez que venho ao desfilo no bloco. Vim com um grupo de amigos e está sendo muito especial. Afinal, não é todo dia que podemos cantar parabéns do lado de milhares de pessoas", lembrou. Vestida com uma camiseta com os dizeres: Hoje é meu aniversário. Cadê o meu presente?, a folia ganhou muitos beijos e abraços de desconhecidos.

Outro grupo que ganhou a atenção estava em um camarote na praça Sérgio Loreto, na concentração do bloco. Vestidos de guerreiros vikings, 30 suecos caprichavam na interpretação. Durante a passagem de um dos primeiros trios elétricos, um dos turistas pulou para dentro do veículo e dançou, numa coreografia improvisada, mas muito aplaudida, o frevo Vassourinhas, um dos principais hinos do carnaval pernambucano. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 1,5 milhão de pessoas acompanharam o desfile do Galo.

Fotografia por Helia Scheppa/JC Imagem em 13/02/ 2010. Carnaval 2010 - GALO DA MADRUGADA. Concentração de foliõees para o desfile do Galo da Madrugada na Avenida Guararapes. http://www.flickr.com/photos/47519217@N06/4353722882/

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Bloco das Virgens reunirá 10.000 pessoas


Um dos maiores blocos do Interior do Estado, e também dos mais irreverentes, sai nas ruas do Crato na tarde de hoje. São cerca de 10 mil pessoas no Bloco das Virgens, tradicional e que desde a sua origem tem como marca principal o bom humor dos participantes. Homens se vestem de mulher e saem pelas ruas desde cedo para mostrar a sua ´fantasia´ feminina. O bloco, iniciado no Bairro Mirandão, há alguns anos diminuiu o percurso. Em mais um ano, a concentração acontece no Bairro São Miguel, em frente à casa de shows Eventus, a partir das 15 horas.

O município também sai este ano, com uma programação alternativa, o Chapada Viva do Araripe, com uma programação extensa voltada para o ecoturismo e a cultura locais.O Bloco das Virgens seguirá pelas principais ruas do Centro da cidade e, na altura da Rua Dr. João Pessoa, a multidão de foliões passará a ter o acompanhamento da Banda de Música do Crato. Não será permitido, a partir desse percursos, o acompanhamento de veículos.

O encerramento da festa será no Centro Cultural do Araripe, onde haverá show musical de Stefanie e Banda. Todo um aparato de segurança estará seguindo o bloco, além da organização realizada por parte do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran).

São opções diferenciadas, conforme a secretária de Cultura, Esporte e Juventude do município, Danielle Esmeraldo, que irão atender um público que normalmente não curte muito Carnaval e quer estar mais em contato com a natureza. Ela afirma que a tradição cratense de fazer Carnaval sempre esteve mais voltada para os clubes da cidade. "Tem também a questão das verbas, já que este ano o município não teve recursos para fazer uma festa maior, com toda a estrutura de segurança. Isso ficaria em torno de R$ 100 mil e buscamos uma alternativa diferenciada, a ver com a característica da cidade".

Fonte: SECULT CRATO

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Prefeitura apresenta PRODETUR FORTALEZA


Equipe Técnica da Prefeitura Municipal de Fortaleza e consultores, acompanhada pelos Secretários de Projetos Especiais - Geraldo Acioly, da Infraestrutura - Luciano Feijão, do Turismo - Patrícia Aguiar e do Meio Ambiente e Controle Urbano - Deodato Ramalho apresentou, na manhã de hoje, à Diretoria do IAB/CE e ao Vice Presidente do IAB/Direção Nacional Professor/ Arquiteto Napoleão Ferreira da Silva, o escopo do PRODETUR FORTALEZA que relaciona ações em toda a orla marítima de Fortaleza, no ambito da requalificação urbana, paisagística e ambiental, melhoria do sistema viário, acessibilidade e mobilidade, dotação de equipamentos públicos e inserção social, notadamente em todo o Litoral Oeste, através do Projeto Vila do Mar; na Praia de Iracema, no contexto da Beira Mar e em todo o Litoral Leste, na Praia do Titanzinho, no Serviluz à Praia do Futuro em sua extensão, com valores de investimentos da ordem de USD$ 245 milhões.


Este escopo, assim todos os projetos estruturantes ali inclusos já foi verificados quanto a sua adequabilidade e suficiencia pelo MTUR/ Ministério do Turismo, pela SEAIN/ Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão, assim como pela Missão Técnica da CAF/ Corporaccion Andina de Fomento, organização financeira que em parceria com o BID/ Banco Interamericano de Financiamento tem interesses em financiar ações do PRODETUR NACIONAL, programa no qual está incluído o PRODETUR FORTALEZA.


Imagem da Praia de Iracema, um dos setores incluídos na requalificação litoranea pretendida pelo PRODETUR FORTALEZA. Fotografia de Rodrigo Carvalho em Flickr Photos http://www.flickr.com/photos/rodrigocarvalho/4270312104/in/photostream/ . Direitos autorais preservados.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Cultura atraca no Porto do Mucuripe


A Companhia Docas do Ceará e a Local Foto vão realizar, na próxima sexta-feira, o lançamento do livro “Docas do Mucuripe” de Paulo Gutemberg e Sérgio Carvalho. A programação terá início às 19 horas, na praça Amigos da Marinha, no Porto do Mucuripe, em Fortaleza.O ato integra a programação cultural da Companha Docas que, com esse tipo de evento, mostra que o mar ali não está só para peixe.


Fonte: Blog do Eliomar de Lima.

Habitação popular no centro de São Paulo


RENOVA CENTRO - Programa de Habitação e Requalificação Urbana da COHAB SP vai reformar edifícios comerciais, residenciais e antigos hotéis na região da Sé e partes da Mooca. Os novos apartamentos terão entre 30 m² e 65 m² de área útil.

A Prefeitura de São Paulo assinou no dia 4 de fevereiro, decretos para a desapropriação de 53 prédios na região central, que darão lugar para 2,5 mil moradias populares. A iniciativa marca a primeira etapa do Renova Centro - Programa de Habitação e Requalificação Urbana, da Cohab (Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo), que vai reformar edifícios comerciais, residenciais e antigos hotéis.

Uma parceria entre a Prefeitura e a FAUUSP/ Faculdade de Arquitetura e Urbanismo/ Universidade de São Paulo definiu os critérios para selecionar os prédios desapropriados. Além de uma avaliação técnica de conservação, segurança e arquitetônica, para determinar a possibilidade de adaptação, foram escolhidos edifícios abandonados e com condições jurídicas favoráveis à desapropriação.Distribuídos ao longo da Subprefeitura da Sé e partes da Mooca, com ênfase nos distritos da Sé e República, os novos apartamentos terão entre 30 m² e 65 m² de área útil. Para a reforma, são previstos investimentos de R$ 400 milhões, que virão da própria Prefeitura e da Caixa Econômica Federal.

Após a assinatura dos decretos, o processo de requalificação dos imóveis ainda terá etapas de licitação, aprovação de projeto da empresa vencedora do edital e reforma das unidades habitacionais. Quarenta e três decretos de desapropriação, um para cada edifício, foram publicados hoje no Diário Oficial da Cidade. Os dez edifícios restantes já tiveram seus decretos publicados.A prefeitura de São Paulo ainda não tem previsão de quando os editais de licitação serão lançados.

Fonte: Diversos

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Debate sobre estaleiro no Titanzinho será após o Carnaval

A audiência pública para debater a instalação de um estaleiro na praia do Titanzinho, no bairro Serviluz, só deverá ser realizada após o feriado de Carnaval. O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Nelson Martins (PT), argumenta a exiguidade de tempo para marcar o evento. Já Fernando Hugo (PSDB), um dos autores dos requerimentos, diz que há falta de vontade do líder do Governo para promover o debate.

O deputado tucano defende que quanto mais cedo se realizar essa discussão, melhor para aqueles que querem se informar sobre o estaleiro, principalmente os moradores do Serviluz. O tucano disse não vê dificuldade para marcar a audiência até quinta-feira desta semana. Para isso, segundo ele, basta reunir as comissões que receberam os requerimentos e marcar a data. "Isso se resolve num piscar de olhos", contra-argumenta.

Além disso, Hugo lembra que, na abertura dos trabalhos na Casa, o Governador Cid Gomes se disponibilizou a participar da audiência. O motivo para a realização do evento após o Carnaval, disse ele, é evitar qualquer indisposição entre o governador e a prefeita, devido a declaração de Luizianne Lins contrária ao projeto."É a única justificativa plausível para que a audiência não aconteça essa semana. Um receio do líder do Governo de haver algum desentendimento", atesta.

Já o Deputadao Heitor Férrer ressalta que essa audiência será importantíssima e, portanto, deve ser marcada com todo o cuidado, pois defende que nenhum órgão, entidade e profissional convidado falte, para que todas as dúvidas sejam esclarecidas.Ele pondera que só após essa discussão é que todos podem tirar uma conclusão se a favor ou contra a instalação do estaleiro no Titanzinho. Antes disso, declara, não há condição de defender o empreendimento já que as dúvidas são muitas. "Nós temos a obrigação de ter uma opinião sobre isso", diz.

Fonte: Diário do Nordeste

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Almanque Cocó: uma história de amor com a natureza


Vem aí o "Almanaque do Cocó: uma história de amor com a natureza", um programa que aborda histórias e curiosidades do Parque do Cocó. A partir de agora a população do Ceará e não só de Fortaleza poderá conferir as histórias e fatos que fazem do Parque Ecológico do Cocó um dos lugares mais especiais do Ceará.


A TV Verdes Mares, com criação de 333 Propaganda e produção de 333 Filmes, apresenta "Almanaque Cocó: uma história de amor com a natureza", uma série de mini-programas que serão transmitidos durante dez meses em todo o Estado.O maior parque urbano da América Latina é motivo de orgulho para a Capital cearense. Cortando a cidade em mais de 25 quilômetros, o Rio Cocó faz surgir, no meio de Fortaleza, um universo de biodiversidade: o Parque do Cocó.


O projeto tem como objetivos retratar a paixão dos fortalezenses a partir de relatos e mostrar números e curiosidades sobre o Parque do Cocó, resgatando aspectos relevantes de sua fauna, flora e sua presença no cotidiano da cidade. O Almanaque do Cocó pode ser considerado como um conjunto de informações que traçam um perfil sobre o Parque do Cocó. O programa surge para levar a beleza, a leveza e a importância de manter este que é um dos mais impressionantes exemplos de convívio entre a natureza e uma cidade em franca expansão.


Entre os temas que serão abordados nos mini-programas estão as trilhas, as origens e as espécies da fauna e da flora, promovendo um mergulho nos segredos e belezas do Parque. "A relação do Cocó com a cidade tem um caráter bastante peculiar. Apesar de o parque não ter sido criado legalmente, ele é efetivamente real na vida das pessoas. A comunidade o defende e ele acaba existindo por isso. Ela se apropriou dele, legitimando-o", afirma a superintendente da Semace. A produção do Almanaque do Cocó contou com todos os aparatos tecnológicos disponíveis. As imagens foram captadas com padrão de qualidade Full HD. Para garantir novos ângulos do Parque, utilizou-se gruas, steadycams, trilhos e até mesmo um helicóptero.


Fonte: Educação Ambiental/ Diário do Nordeste

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Estaleiro: falta um debate consistente

Foi intenso o debate sobre o estaleiro nos últimos dias: a prefeita Luizianne Lins (PT) veio a público e foi enfática ao dizer que ``essa cidade tem prefeita``, se opondo frontalmente ao empreendimento no Titanzinho; o governador Cid Gomes (PSB) respondeu que não vai impor nada contra a vontade popular, mas reforçou que não está em discussão o local de instalação do negócio - ou fica no Titanzinho, ou não será feito; vereadores e deputados se posicionaram com mais clareza, uns do lado do governador, outros da prefeita.

De prático, que resulte numa definição do impasse, porém, muito pouco se avançou, exceção feita à promessa do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) do Ceará, de que vai fazer um parecer técnico sobre o empreendimento & basta saber se o resultado será levado em conta na decisão final do governo.

O que mais fez falta até aqui foi a Prefeitura de Fortaleza não ter apresentado todos os detalhes de seu projeto para o local. Afinal, como contrapor uma proposta que apresenta como ganho 1.200 empregos sem ter nada em mãos? Nessa semana, em entrevista ao repórter Pedro Alves, o secretário de Infraestrutura do município, Luciano Feijão, antecipou alguns dados do Aldeia da Praia, projeto que, promete, vai mudar bastante o litoral de Fortaleza, incluindo o Titanzinho: com investimentos de US$ 165 milhões, US$ 55 milhões a mais do que o custo do estaleiro, o projeto deve intervir em habitação, vias públicas, corredores de ônibus, criar praças, resultando numa série de medidas para melhorar a vida de quem mora ou passeia em diversas praias de Fortaleza.

Segundo Feijão, a proposta já está no gabinete do Ministério do Planejamento para análise.Faltaram, porém, detalhes que se fazem urgentes nesse momento: prazos, benefícios, se haverá desapropriações e se há viabilidade técnico-financeira. A Prefeitura promete ainda que serão criados 1.500 empregos numa indústria têxtil a ser instalada na Barra do Ceará - mais uma promessa sem qualquer detalhe de quando isso deve acontecer. A queda-de-braço política, pura e simplesmente, pode até surtir algum efeito momentâneo, mas o debate construtivo e necessário para toda a sociedade é aquele embasado em dados objetivos, com ampla transparência. Com certeza, essa disputa não será vencida no grito, nem de um lado, nem do outro.

Fonte: Coluna POLITICA/ O POVO por Kamila Fernandes

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Região Metropolitana do Cariri terá 132 milhões do BIRD e Governo do Estado

Investimentos da ordem de R$ 132 milhões, que deverão ser efetivados em cinco anos, serão direcionados à Região Metropolitana do Cariri (RMC), composta de nove cidades, incluindo as três principais (Crato, Juazeiro e Barbalha), por meio do Projeto Cidades do Ceará - Cariri Central. Ontem, o governador do Estado, Cid Gomes, assinou, junto com integrantes do Banco Mundial (Bird), o contrato de financiamento que a instituição financeira está firmando, com empréstimo de R$ 92 milhões, para o lançamento do projeto. A contrapartida do Governo é de R$ 40 milhões para a região.

A equipe do Banco Mundial se encontra na região desde o início da semana, com intuito de conhecer de perto os projetos que receberão os recursos. No município do Crato, está inserido o projeto da Encosta do Seminário e a requalificação das praças centrais da cidade; em Juazeiro, o Centro de Apoio aos Romeiros, com o desenvolvimento de setor de tecnologia para a área de calçados, além do Roteiro da Fé e construção de Avenida do Contorno, seguindo pelos principais pontos de visitação religiosa; construção da sede e obras de infraestrutura dos geotopes do Projeto Geopark Araripe, com aquisição de bens e também equipamentos, capacitação e elaboração de estudos e planos; Aterro Consorciado do Cariri e ações de capacitação técnica para as prefeituras e o restauro do antigo Engenho Tupinambá para implantação de Museu, no município de Barbalha.

Ontem pela manhã, foi realizado no auditório do Verdes Vales, em Juazeiro do Norte, reunião com representantes do Banco Mundial, além dos prefeitos das cidades que serão beneficiadas pelos projetos, e representantes de diversas instituições da região. A finalidade de realizar um workshop foi apresentar as concepções do projeto e ações programadas já para este ano. O outro aspecto esteve voltado para os arranjos institucionais e procedimentos para implementação do projeto.

Vários aspectos já vêm sendo trabalhados na região, a exemplo das audiências públicas para andamento das obras, a exemplo da Encosta do Seminário, além das desapropriações que devem ser feitas em algumas dessas obras, como a Encosta do Seminário. Os técnicos do Banco Mundial chegaram a visitar o local, onde vão ser retiradas da área de risco da encosta cerca de 60 famílias. Segundo a especialista do Banco Mundial nas áreas social e ambiental, Soraya Melgaço, dentro de todo esse processo de reassentamento involuntário, quem tem acesso à terra, deve continuar da mesma forma ou até melhor depois dele efetivado. "Ninguém pode ficar pior do que estava após o projeto. Temos que garantir, no mínimo, uma situação igual ou anterior", afirma.

O Secretário das Cidades, Joaquim Cartaxo, disse que esse trabalho foi iniciado em 2007, e agora passa por uma reconceituação do projeto, além de vivenciar um momento de debate com o Banco Mundial, e seguir uma linha de procedimentos que devem ser tomados. "Estamos no Cariri para discutir os projetos de forma específica", diz.

O Gerente do Projeto pelo Banco Mundial, Sameh Wahba, destaca o desenvolvimento social e econômico da região, por meio dos projetos. A parceria para as obras voltadas para arranjos produtivos locais, infraestrutura, turismo e capacitação e fortalecimento institucional, poderão chegar a R$ 120 milhões. O gerente afirma que os projetos envolvem métodos inovadores e critérios para a participação do Banco Mundial, como o alinhamento à Lei de Responsabilidade Fiscal, sem endividamento dos parceiros. Serão iniciadas as licitações das obras e o Banco e governo acompanhando a execução dos projetos.

Fonte: Jornalista Elizangela Santos/ Diário do Nordeste/ Colaboradora do Blog do Crato

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Usina de Ondas do Pecém já tem licença

O projeto experimental de produzir energia por meio das ondas do mar já tem licença para instalação no Pecém. O projeto, pioneiro no País, é considerado de baixo impacto ambiental
O Ceará já pode gerar energia por meio de ondas. A usina-piloto de produção de energia, a primeira desse tipo no País, já tem licença ambiental de instalação (LI) concedida pela SEMACE/ Superintendência Estadual do Meio Ambiente.

A previsão é de que o projeto seja concluído até o final do ano no Terminal de Múltiplas Utilidades do Pecém (TMUT). A usina deverá ocupar uma área de 200 metros quadrados no quebra-mar do Terminal. A expectativa é produzir 100 KW, suficiente para ser aproveitada pelas instalações do Porto do Pecém.

A fonte de energia é limpa e considerada de baixo impacto ambiental, já que não há necessidade de represar água, como no caso das hidrelétricas. "Há a possibilidade de degradar o mínimo possível", destacou a superintendente da Semace, Lucia Teixeira, durante workshop para a imprensa no prédio da superintendência.

Ela explicou que a geração desse tipo de energia é um investimento importante para o Estado. Além das ondas do mar, outras formas de gerar energia limpa é por meio das eólicas (força do vento), cada vez mais disseminadas no Estado, e da energia solar.

Lucia lembrou que existe em Tauá o projeto de um sistema de bombeamento fotovoltaico para consumo comunitário. A expectativa é produzir 50 megawatts de energia. Energias limpas O uso das energias limpas, segundo Lucia, pode reduzir os impactos ambientais da geração de energia elétrica a partir da termelétrica. "A termelétrica não deve funcionar com 100% da sua capacidade", acrescentou. Ela disse ainda que, apesar das questões ambientais em torno da emissão de poluentes como dióxido de carbono (CO²), a vinda de uma siderúrgica e de uma termelétrica para o Pecém é um investimento importante porque "é uma fonte de energia mais rica, mais estável". Lucia defendeu que o Estado precisa ter todos os tipos de indústrias para compor sua infraestrutura desde que se utilizando de mecanismos para poluir o menos possível.

A Usina de Energia de Ondas foi projetada por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A escolha do estado foi em virtude das ondas serem mais regulares. Na invenção nacional, as oscilações do mar movimentam bombas hidráulicas, impulsionando a água de um reservatório também para girar uma turbina.

Fonte: Teresa Fernandes/ Negócios/ O POVO

"Enterrem minha consciência bem longe deste rio", Paulo Brack



A emissão da licença prévia, concedida pelo Ibama neste dia 1º de fevereiro de 2010, para a maior hidrelétrica da Amazônia, e a terceira maior do mundo, a usina de Belo Monte no rio Xingu, deixou muitos ambientalistas transtornados. Trata-se, talvez, da pior notícia do final dessa década. Foi anunciada, justamente, três dias após o término do Fórum Social Mundial “Um Outro Mundo é Possível"". Combinou com o momento ainda de ressaca da reunião frustrante de Copenhague, onde os governos se escaparam de enfrentar, com compromissos, um dos maiores dramas da atualidade: as mudanças climáticas. Pior ainda, coincidiu com o início das comemorações de 2010, o Ano Internacional da Biodiversidade, da ONU.


A situação já era mais ou menos esperada, desde o afastamento do ex-coordenador de licenciamento do Ibama, Leozildo Benjamin, em novembro último, quando as enormes pressões do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Casa Civil não obtiveram resultado na liberação da licença para que a hidrelétrica fizesse parte do leilão de energia previsto para o fim de ano passado.


O governo brasileiro, por meio de seu Ministro de Meio Ambiente, Carlos Minc, de forma patética - maculando sua longa trajetória de ambientalista e político nessa área - materializa a economia do “vale tudo por dinheiro”, justificando que serão cobrados cerca de 1,5 bilhões de reais e 40 medidas em compensações ambientais (ou pseudocompensações?), a uma série de danos, ainda com magnitude incerta.


Com a licença concedida, ficou assegurado o leilão da segunda maior hidrelétrica brasileira (11 mil megawats), e a maior do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), para alegria de Edison Lobão, ministro do MME, da super Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (a mãe do PAC) e das grandes empresas e empreiteiras de megaobras no Brasil. Felicidade, da mesma forma, para as mesmas empresas imediatistas que financiam as campanhas eleitorais milionárias, com volumes de dinheiro “nunca vistos antes neste País”.


Por sua vez, se aprofunda o “faz-de-conta” no licenciamento ambiental do país, onde 99,9% dos empreendimentos ganham o OK dos órgãos ambientais, independentemente da precaução e a provável extinção de espécies, principalmente peixes, plantas e outros organismos de corredeiras e rios caudalosos, processo teoricamente vedado pela Constituição Federal. No outro lado, resta a profunda tristeza e a indignação para os povos indígenas, ribeirinhos da Amazônia, ambientalistas e demais membros da sociedade civil, que lutam há mais de 20 anos contra este projeto monstrengo, representado por Belo Monte. Alguns destes já chamavam o projeto de “Belo Monstro”.


O restante da sociedade quiçá comece a perceber o desastroso modelo de “desenvolvimento” e de ocupação da maior floresta tropical do mundo. Restarão as ações na justiça, que são várias.Tudo indica que, liberada a obra, estaremos reproduzindo as tragédias ambientais já conhecidas com as hidrelétricas de Tucuruí (PA) e Balbina (AM), com o aumento da destruição ambiental e a disseminação de doenças tropicais associadas a águas artificiais e paradas e a imigração de dezenas ou centenas de milhares de pessoas, de áreas já afetadas por doenças, ligadas às condições precárias do Arco do Desmatamento, que já assola a parte sul do Pará.


Com a hidrelétrica de Balbina, na década de 80, o rio Uatumã, próximo de Manaus, simplesmente morreu e emite altas cargas de gases de efeito estufa (GEE), principalmente o metano. Philip Fearnside, o segundo cientista mais citado no mundo com relação às mudanças climáticas, afirma que as hidrelétricas, nas condições atuais dos rios brasileiros, são verdadeiras “fábricas de metano”, emitindo quatro vezes mais GEE que termoelétricas a combustíveis fósseis. A Eletrobrás tenta desmentir, porém não encontra alguém a altura deste cientista para um possível “contraponto".

A ameaça para a floresta, os povos indígenas e os demais milhares de ribeirinhos do Pará, muito provavelmente, não se dará somente pelo alagamento de Belo Monte, em seu imenso lago (500 km2), que corresponde a cerca de 50 mil campos de futebol. Ou seja, não se trata exclusivamente de terras a serem alagadas, mas a conversão de ecossistemas lênticos (rios de águas correntes) do rio Xingu em lóticos (lago artificial). Tal mudança traria a extinção de dezenas de peixes de corredeiras, muitos desconhecidos, e o desaparecimento de outros que representam base alimentar estratégica para os povos da região.

A obra, prevista para uma das regiões com maior pressão de desmatamento (rios da margem direita do rio Amazonas), trará inevitavelmente incremento à ocupação trágica, já verificada para os municípios de Altamira e arredores, onde as grilagens e os conflitos de terra, aliados à derrubada da floresta e sua conversão em pastagens, atingem níveis astronômicos. Tal fato, relacionado à migração em massa para a Amazônia, já foi verificado em Rondônia, e denunciado por fiscais do Ibama daquele estado, quando constataram que a leva de migrantes e a atividades econômicas desordenadas, atraídos pelas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, estaria ligado ao aumento local de desmatamento em mais de 600%, verificado em 2007.

Hoje, segundo documento sobre ameaças ecológicas na Amazônia, realizado pelo Instituto Socioambiental (ISA), existem 83 hidrelétricas funcionando, sendo planejadas outras 247 na região. Menos de 30 projetos podem afetar até 44 mil pessoas, sendo que mais de 40% das obras atingiriam terras indígenas. Para piorar a situação, muitas hidrelétricas interrompem os corredores ecológicos, obliterando as artérias de vida representadas pelos rios, onde as escadas de peixe não têm viabilidade alguma, ou também por meio de projetos associados, de eclusas e hidrovias, para a navegação de produtos de exportação do agronegócio, como grãos, principalmente a soja, e minerais, em detrimento da floresta. Fortalece-se, assim, o chamado agro-hidronegócio.

O ISA destaca também a falta de políticas públicas com relação às verdadeiras vocações da região. Segundo esta entidade, as políticas públicas buscam atender demandas externas e não as da própria população amazônica, por meio da implantação de grandes projetos de infraestrutura, prioridade dos governos para a região há décadas, resgatando projetos do regime militar. “O Estado está presente na Amazônia, mas de forma esquizofrênica: enquanto tenta, a muito custo, tirar do papel ações ainda incipientes de controle do desmatamento, financia – por meio de instituições como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), outros bancos regionais e estaduais – atividades que estão destruindo a maior floresta tropical do planeta".Os programas governamentais, em especial o PAC, não têm a mínima compreensão da real sustentabilidade ecológica e o papel estratégico nos âmbitos climático, econômico e socioambiental da floresta amazônica.

Não interessa aos governos e aos grandes conglomerados que explorarão a energia desta nova usina, os direitos dos indígenas, a extinção de espécies e o efeito dominó de degradação representado por mais uma obra faraônica no coração da Amazônia, já ferida. No caso do PAC, a concepção de desenvolvimento sem sustentabilidade é ilustrada nos documentos oficiais, quando a palavra “ambiente”, no sentido ecológico, praticamente é substituída pela expressão “ambiente de investimentos”.

O verdadeiro entrave para a redenção deste país não é a demora ou complicações nos processos de licenciamento ambiental e sim a velha concepção do crescimento econômico, onde a biodiversidade, ainda muito desconhecida, e as culturas milenares locais não valem nada. Sem raízes, tudo perde seu sentido. Infelizmente, para aqueles que ambicionam poder econômico e/ou político, e que se apoderam dos mecanismos de Estado e subjugam os demais, tudo vale, menos o diálogo, o respeito à democracia e à natureza. A energia deveria ser um bem de interesse público e não uma mercadoria.

No Brasil, parece que acontece o contrário. Desde o governo FHC, quando das privatizações, mais de 70% da produção e distribuição de energia está nas mãos de grandes empresas privadas, nacionais ou multinacionais. Nossa energia e nossa água acabam indo para exportação de produtos com baixo valor agregado. O atual modelo do setor é centralizado em grandes obras, fato que invariavelmente traz também imensos impactos ambientais. Estamos consolidando no Brasil um modelo de mercado, onde nossos rios são leiloados e nossa sociobiodiversidade negligenciada e ameaçada.

Colocamos em risco a maior floresta tropical do mundo para ressuscitar um modelo de gigantismo do crescimento econômico, concentrador, que surgiu na última década de 70, porém com métodos autoritários e de dissuasão que deixariam os ex-governantes militares com inveja.*

Paulo Brack é biólogo, professor do Instituto de Biociências da UFRGS e membro da coordenação do Ingá – Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais, entidade filiada à APEDEMA-RS.

Fonte O ECO http://www.oeco.com.br/

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Patrícia apoia Luizianne contra estaleiro no Titanzinho

A Prefeita Luizianne Lins (PT) ganhou uma aliada de peso na briga contra a intenção do Governador Cid Gomes (PSB) em construir um estaleiro na Praia do Titanzinho, no Serviluz. A senadora Patrícia Saboya (PDT) disse na tarde desta terça-feira, 2, no Aeroporto Internacional Pinto Martins, que a prefeita não pode permitir uma obra que prejudicará a orla marítima de Fortaleza, como ainda irá mexer com a vida da comunidade do Serviluz e bairros adjacentes.

“Esse projeto do governador Cid Gomes está na contramão do mundo. Enquanto as grandes cidades hoje priorizam a recuperação e a preservação de seus recursos naturais, a construção de um estaleiro no Titanzinho certamente colocaria um fim em um dos últimos recursos naturais de Fortaleza”, ressaltou a senadora.

Patrícia disse ainda que não é verdade que o estaleiro não iria mexer com a vida da comunidade. “Como não vai mexer com as pessoas? Claro que mexerá! Qual o estaleiro no mundo que não agrediu o meio ambiente e não prejudicou a qualidade de vida de seus moradores?”, argumentou.

Patrícia Saboya assegurou ainda que se tivesse sido eleita prefeita de Fortaleza, em 2008, sequer permitiria o avanço dessa discussão. “Luizianne pode ter tido alguns desacertos, como ainda os têm, mas nesse caso do Titanzinho ela está coberta de razão”, avaliou.

Fonte: O POVO

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

MPF quer informações sobre o Estaleiro PROMAR

O projeto do Estaleiro PROMAR que ganhou oposição da comunidade e da prefeita levou o Procurador Regional da República, Francisco Macêdo a reunir informações sobre o mesmo a fim de tomar medida judicial.

Os planos do governador Cid Gomes de levar um estaleiro para o Serviluz pode esbarrar em uma questão judicial. O Ministério Público Federal (MPF) estuda o impacto do empreendimento na Praia do Titanzinho. O Procurador Regional da República, informa que está organizando reuniões e informações sobre o projeto a fim de tomar alguma medida judicial.

"Foi instaurado, em 30 de julho de 2009, um procedimento administrativo com o objetivo de apurar maiores esclarecimentos por conta de matérias veiculadas nos jornais locais dando conta de um estaleiro", afirma.

Macêdo diz que, em agosto, emitiu ofícios à Superintendência do Patrimônio da União, ao Ibama, Semace, Adece (Agência de Desenvolvimento do Ceará) e Semam (Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano). As respostas aos ofícios, segundo o procurador, começaram a chegar ao seu gabinete a partir de setembro. "A Superintendência do Patrimônio da União foi categórica e taxativa ao informar que a Praia de Titanzinho caracteriza terreno de Marinha e acrescido de Marinha. É uma área de interesse da União", relata."Está em curso um programa federal tendo em vista a regularização fundiária de interesse social face a baixa renda das pessoas que ocupam a área".

O IBAMA, afirma Macêdo, comentou sobre audiência pública na Assembleia Legislativa relativa ao estaleiro e afirmou que não existe no órgão absolutamente nenhum procedimento de instalação ou licenciamento do empreendimento.A Semace informou que não foi protocolado [até setembro do ano passado] qualquer pedido de licença ambiental para construção de estaleiro.

Segundo Macêdo, em 13 de outubro de 2009, a Adece informou que seis áreas estavam em estudo para instalação do estaleiro: Titanzinho, Pirambu, Foz do rio Jaguaribe, Camocim, Paracuru e Pecém. "A Semam forneceu planilhas com informações pormenorizadas e circunstanciadas sobre os problemas e projetos para a área", afirmou o procurador, que ressaltou a resposta do órgão:

"A Prefeitura de Fortaleza, segundo seu plano de gestão da orla, não prevê implantação de estaleiro, mas a regularização fundiária e requalificação do Farol do Mucuripe". Com base nestes documentos, Macêdo diz que decidir quais medidas poderão ser deflagradas. "Pode ser uma perícia, um diagnóstico ambiental. Dependendo do resultado, será encaminhado a Justiça".

Neste mês, o governador começou a sensibilizar os vereadores mais bem votados no Serviluz a fim de ganhar aliados contra a oposição ao projeto feita pela prefeita Luizianne Lins. Cid tem levantado a bandeira do debate sobre o estaleiro na região.

Uma ampla discussão sobre a instalação deste equipamento na Praia do Titanzinho animou o grupo de oposição ao projeto. O líder da prefeita na Câmara, vereador Acrísio Sena, vê como positiva a proposta do governador em dialogar. "Não é possível um posicionamento a partir de apresentações virtuais. Como foi apresentado, o estaleiro altera a lógica da confecção urbanistíca da cidade".

O Presidente da Adece, Antonio Balhmann, diz que a definição da área do estaleiro deve ser resolvida em até 30 dias. "Estamos correndo contra o tempo", ressalta. "O estaleiro tem um prazo para entregar os navios. Os investidores querem ter uma noção de tempo para que o cronograma deles possa absorver a definição da localização".

De acordo com ele, cabem à Adece as questões técnicas, enquanto fica para o governador e à prefeita as questões políticas sobre a área do empreendimento. "Estamos providenciando na Semace a avaliação da licença de instalação. Os projetos são iguais ao da ampliação do Porto do Mucuripe", diz.

"O propósito é revalidar a licença de instalação que existe para a área. A Seinfra/Secretaria de Infraestrutura está com o projeto executivo para fazer a obra que seria a parte do Estado. Com isso, vamos apresentar aos investidores para incluir no cronograma e apresentar a Petrobras. Sobre área ser de Marinha, Balhmann não se preocupa. "Não há problema com o porto que está em área de Marinha".

O Professor e Historiador, Airton de Farias, defende que os impactos provocados pela instalação de um estaleiro são numerosos e fazem-se sentir no local de implantação do estaleiro e suas imediações, degradando o meio ambiente e a qualidade de vida dos cidadãos. Ele levanta uma série de questões: "Por onde chegarão as matérias-primas? E a movimentação de máquinas e caminhões? Estaleiro emite poeira do aço e fumaça. Para onde vão as placas de aço não aproveitadas completamente na construção dos navios no estaleiro? Onde serão jogados os resíduos químicos usados para lavar chapas de aço? E a poluição sonora?

Fonte: Carol Castro/ Diário do Nordeste

Polemica do Estaleiro marca início do ano legislativo

Com presença confirmada da prefeita Luizianne Lins (PT), será aberta hoje a 16ª legislatura da Câmara Municipal de Fortaleza. E o começo do novo ano legislativo deve ser marcado por muita polêmica, devido à decisão do governador Cid Gomes (PSB) de construir um estaleiro na praia do Titanzinho, localizada no bairro Serviluz. Luizianne já afirmou ser contra o empreendimento.

O presidente da Casa, Salmito Filho (PT), por sua vez, convenceu-se da viabilidade da obra e deve exercer influência junto aos demais parlamentares para que eles apoiem o projeto. Salmito, inclusive, já defendeu que modificações no Plano Diretor da cidade podem ser feitas para garantir a construção do estaleiro no Titanzinho. A lei enquadra a região como Zona Especial de Interesse Social (Zeis), onde devem ser priorizadas as construções de habitações populares e equipamentos sociais. Opositor do projeto, o líder da prefeita na Câmara, o também petista Acrísio Sena, argumenta que a lei foi elaborada com a participação da população e que não pode ser modificada deliberadamente.

Um fator que deve esquentar ainda mais a discussão foi a decisão de Cid de iniciar as negociações sobre o estaleiro com o presidente Salmito Filho & desafeto de Luizianne & exatamente um dia depois de a prefeita ter entrado de férias. A reunião aconteceu no último dia 21, com a presença dos sete vereadores mais bem votados no Serviluz. O encontro foi fruto de uma negociação direta entre Cid e Salmito, sem levar em conta o que a chefe do Executivo & em tese, a pessoa mais indicada para tratar do assunto & pensa sobre o empreendimento.

Fonte: O POVO

A riqueza do Titanzinho

Há mais que boas ondas para surfe na praia do Titanzinho, prevista para receber o estaleiro que o Governo do Estado quer ver instalado no Ceará. No local, há o registro da maior diversidade de algas marinhas de todos os 573 km do litoral cearense, segundo informou à coluna o biólogo Pedro Bastos de Macedo Carneiro, do Instituto de Ciências do Mar (Labomar) da Universidade Federal do Ceará (UFC). Uma riqueza biológica inestimável. Sem conhecer os detalhes do empreendimento, ele evitou antecipar algum juízo sobre a forma como o estaleiro poderá interferir na vida marinha do local. "Mas pode, sim, causar algum impacto, dependendo da forma como for feito", avaliou o biólogo. Os órgãos ambientais ainda irão se pronunciar sobre o estaleiro.

Fonte: Coluna POLITICA/ O POVO