sexta-feira, 30 de abril de 2010

Estaleiro: " Transferir o ônus é injusto"


"É injusto o governo do Estado transferir para a Prefeitura de Fortaleza a responsabilidade de decidir a localização do estaleiro Promar Ceará. Não podemos receber o ônus de uma possível perda do empreendimento, até porque apresentamos a opção do terreno da Inace (Indústria Naval do Ceará, na Praia de Iracema)", afirmou ontem o vereador Acrísio Sena, líder na prefeita na Câmara Municipal, contestando o posicionamento do governador Cid Gomes de não mais participar das negociações com a PJMR, vencedora da licitação da Transpetro, deixando o impasse sobre o local do estaleiro para ser resolvido entre empresa e Município.


De acordo com Sena, a Prefeitura reconhece a importância do estaleiro para o desenvolvimento econômico do Estado, mas "não vai se render à visão da empresa de olhar apenas para a planilha de lucros". "Eles querem no Titanzinho por uma questão econômica e financeira. Mas o movimento social organizado da comunidade se posicionou contra e o IAB (Institutos dos Arquitetos do Brasil) emitiu parecer mostrando que é inadequado um estaleiro naquele local. No Titanzinho, o projeto não vai acontecer", enfatizou o líder da prefeita.

Fortaleza possui, segundo Acrísio Sena, 34 quilômetros de orla partindo da foz do Rio Ceará até a praia da Sabiaguaba e seria impensável ter dois estaleiros nessa extensão. "Isso vai contra o projeto Orla, de 2006, que tem objetivo de reurbanizar todo o Serviluz. Além disso, com dois equipamentos neste porte, comprometeríamos nosso potencial turístico".Questionado sobre os impactos da instalação do Promar Ceará na área da Inace, principalmente no projeto de requalificação da Praia de Iracema, que, mesmo atrasado, prevê a reurbanização da comunidade do Poço da Draga, o vereador afirma que o fato de já haver um estaleiro no local tornaria tudo mais fácil. "Claro que haveria debates com a população local, mas os impactos seriam menores. Seria dada apenas uma maior dimensão para um equipamento já existente.

Não entendo por que a empresa rejeita a proposta, pois o calado já existe e, na maquete eletrônica apresentada para o Titanzinho, parte do projeto seria instalado no mar", argumenta.Acrísio conclui lamentando a falta de maior entendimento entre Cid Gomes e Luizianne Lins a respeito do impasse sobre a localização do Promar Ceará. "O governador já saiu de campo e este projeto era pra ser construído com o diálogo com a prefeita, mas isso não houve".

Fonte Caderno Negócios/ Diário do Nordeste. Imagem do Estaleiro INACE por Cid Barbosa.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Dia Nacional da Caatinga


Catinga (do Tupi: caa (mata) + tinga (branca) = mata branca) é o único bioma exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta. A caatinga ocupa uma área de cerca de 850.000 km², cerca de 10% do território nacional, englobando de forma contínua parte dos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e o Norte de Minas Gerais.

O Dia Nacional da Caatinga foi instituído através de decreto presidencial em 2003, em homenagem a um dos mais importantes pioneiros na área dos estudos ambientais no Brasil, é considerado uma das maiores autoridades em ecologia da América Latina e em estudos da caatinga, o Professor João Vasconcelos Sobrinho, um dos responsáveis pela criação da UFRPE/ Universidade Federal Rural de Pernambuco.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Novos olhares sobre o Centro de Fortaleza


Ciclistas de diferentes idades e profissões aproveitaram a tarde de domingo para conhecer mais sobre o Centro de Fortaleza, no "Viva o Centro de bicicleta". Essa foi a terceira edição do passeio, que teve como guias os arquitetos Brennand de Souza e Ignácio Montenegro e partiu do Theatro José de Alencar. No itinerário, alguns dos lugares mais importantes na história da cidade, como o Passeio Público, e a Praça dos Leões.

Iniciativa da articulação "Viva o Centro" tem como objetivo mostrar o centro da cidade sob outros ângulos, divulgando os equipamentos culturais e também a sua história, oculta aos muitos que passam por lá apressados e distraídos.Entre os que participaram do passeio, alguns moradores do bairro que se surpreenderam com o que viram. O gerente de tecnologia da informação Jouderian Nobre é morador do Centro, mas admite que não conhecia a maioria dos locais visitados. "Quando foi dito que pararíamos no Passeio Público, fiquei até assustado, porque aqui antes era muito inseguro. Mas, agora, vejo que está tudo bem cuidado e é um lugar excelente para trazer a família", afirma.

A pedagoga Silvéria Nêmora também reside no Centro e prometeu divulgar para os seus alunos o percurso. "É uma aula de história vivenciada. Não vou mais deixar de vir", disse.A próxima edição será dia 25 de maio e terá como tema "O livro das horas da Praça do Ferreira". No percurso, roteiro pelas praças e igrejas do Centro.Fonte: Caderno Cidades/ Diário do Nordeste.


Na imagem, os nossos colegas arquitetos Brennand de Souza e Ignácio Montenegro, que atuaram como guias turísticos do passeio.

sábado, 24 de abril de 2010

Lei Municipal do Meio Ambiente do Crato


Com a aprovação da Lei Municipal do Meio Ambiente, logo mais, este será o primeiro município do Ceará a ter sua legislação ambiental específica, adequada às demandas de proteção e preservação de seus recursos naturais. A mesma foi composta após uma sequencia de debates audiencias públicas, organizados pela Sceretaria Municipal do Meio Ambiente e, em compatibilidade com as recomendações do PDM CRATO/ Plano Diretor Municipal, em sua nova versão, aprovado em Dezembro 2009. Imagem da Nascente do Rio Batateira - APP da Nascente do Rio da Batateira e Geotope do Geopark Araripe - localizada no bairro do Lameiro, no limite da sede urbana do Crato, no sopé da Chapada e Floresta Nacional do Araripe. A Nascente do Batateira é também o habitat natural e bercário de reprodução do Soldadinho do Araripe.
O PDM CRATO/Plano Diretor Municipal, foi realizado por uma equipe multidisciplinar coordenada pelo Arquiteto José Sales, com participação dos Arquitetos Larissa Menescal, Thais Callou de Holanda, Carolina Gondim Rocha e suporte técnico de PPAU/ Projetos e Pesquisas em Arquitetura e Urbanismo S/C Ltda e também de Ibi Tupi Projetos e Consuloria. Os escopo de a legislação proposta é de autoria da Profa Geovanna Cartaxo. A fotografia que listra esta postagem é de Daniel Roman.Arquivo de Imagens Ibi Tupi.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

MUPHI/ Museu da Pré História de Itapipoca


Uma visita técnica do MTUR/ Ministério do Turismo pode garantir, finalmente, as verbas para a construção do MUPHI/Museu de Pré-História de Itapipoca. Há dois anos o projeto não sai do papel e todo o acervo paleontológico pode ser conferido somente em uma sala de um shopping na cidade. Na manhã de ontem, o diretor de Infraestrutura do Ministério do Turismo, Roberto Bortolotto, visitou o "VALE DA MEGAFAUNA", acompanhado do prefeito João Barroso e do vice, Geraldo Azevedo.


Conforme Bortolotto, Itapipoca tem potencial para o turismo neste setor e o primeiro passo na viabilização do museu já foi dado. "Vou levar a proposta para o Ministério do Turismo, avaliar a viabilidade da obra. Temos até 2 de julho para conseguir alguma verba ou só depois de outubro, por causa das eleições presidenciais", diz. O projeto do MUPHI está orçado em R$ 7 milhões.


"O projeto também contempla que o prédio pode ser construído por etapas e isso garante que não se precisa de toda a verba logo no início", completa o diretor do MTur. O museu estava previsto de ser construído em 2008. No entanto, o MUPHI existe desde 2005, quando foi aprovada a Lei Municipal Nº 52/2005, responsável pela criação do Museu de Pré-História de Itapipoca, com a missão de formar equipes de Paleontologia, mapear ocorrências, executar escavações e preservar o patrimônio fóssil natural de Itapipoca.


De acordo com o prefeito de Itapipoca, João Barroso, o objetivo da visita é fazer um levantamento do potencial turístico e paleontológico a ser explorado na região. "Iremos decidir juntamente com o Ministério do Turismo os recursos para a construção do Museu", diz. O estabelecimento teria, conforme um projeto prévio, Centro de Visitantes e o Salão de Eventos, além de Museografia, destinada para alocar todas as peças encontradas e que compõem o acervo.


Atualmente, o MUPHI possui mais de 10 mil peças arqueológica e a maioria se encontra espalhadas por museus nacionais e também no exterior. A cidade de Itapipoca é reconhecida no meio acadêmico desde a década de 1950, quando os primeiros pesquisadores visitaram o local e publicaram artigos científicos com estudos locais.Mas as queixas e denúncias de moradores, que assistiram ossos gigantes de animais pré-históricos serem escavados e levados embora, nunca cessaram. Por isso, todo cuidado ainda é pouco para manter a preservação da história de uma cidade.


"Do total de peças encontradas, possuímos cerca de mil peças catalogadas que estão no Município e ainda mais cinco mil esperando para ser catalogada", diz o prefeito. No entanto, os trabalhos para verificar novas descobertas estão paralisados. Segundo o gestor, não há condições financeiras para dar continuidade às escavações. "Não temos condições de fazer a limpeza, a identificação das peças, mas acredito que nosso potencial é muito grande para a Paleontologia". No momento, as peças são guardadas em diversos estabelecimentos da Prefeitura Municipal e não podem ser reveladas por uma questão de segurança. Para o secretário de Cultura e Turismo de Itapipoca, Alex de Sousa, a construção de um prédio para o museu será importante para dar continuidade aos trabalhos de pesquisa.


A criação do Museu de Pré-História de Itapipoca é a pedra fundamental para que os fósseis encontrados nos nove sítios paleontológicos (João Cativo, Pedra d´Água, Jirau, Cajazeiras, Lajinhas, Coelho, Rio Cruxati, Baleia e Lagoa do Osso) permaneçam em Itapipoca. Assim, é uma forma de evitar que todo o material coletado e catalogado seja transferido para outros centros de pesquisa. Localizada no sopé norte da Serra de Uruburetama, distante 130Km de Fortaleza, o "Vale da Megafauna" concentra um dos mais belos e significativos conjuntos de depósitos fossilíferos, do tipo tanque, da região Nordeste do Brasil.


A área do "Vale da Megafauna" possui 800 quilômetros quadrados, entre os rios Mundaú, localizado a Leste, e Cruxati, na parte Oeste da cidade, e onde há 10 mil anos viviam animais pré-históricos. Atualmente, só os alunos de escolas públicas e particulares visitam o local, mas reconhece que à medida em que forem investidos em nova estrutura, a visitação aumenta. "Esse museu é demandado pelo país há muito tempo. É uma forma que temos de mostrar à sociedade que possuímos riqueza na área paleontológica".


Fonte: Caderno REGIONAL/ Diário do Nordeste.Ilustração Tato Araújo.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Foz do Rio Ceará entra no debate do Estaleiro


Envoltas em discussões políticas e técnicas e descartadas, preliminarmente, pela Prefeitura e pelo Estado, a Praia do Titanzinho e a Indústria Naval do Ceará (Inace), respectivamente, abrem espaços para novos embates, agora em torno da Foz do Rio Ceará, como área apropriada à construção do estaleiro Promar Ceará, em Fortaleza.


Proposta do professor de Arquitetura da Universidade Federal do Ceará e urbanista, José Sales Costa Filho, a nova localização, na área do bairro Vila Velha, está em discussão no Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento Ceará (IAB-CE), mas já encontra eco contrário, na Ordem dos Advogados do Brasil, seção Ceará (OAB-CE)."


Ainda não há estudos, mas já começamos as discussões internas para avaliar a possibilidade", informou o presidente do IAB-CE, Odilo Almeida, numa referência a Foz do Rio Ceará. O local dispõe de área de 240 hectares e um cais de pedra de 600 metros, extensão semelhante à exigida pelo presidente do Promar Ceará, Paulo Haddad.


Segundo Almeida, a discussão de uma nova área é importante, não apenas enquanto alternativa, mas porque a Resolução Conama nº 081/1986, diz que o empreendedor deve no EIA-Rima apontar duas alternativas de localização do estaleiro, para que o órgão licenciador, que para ele, deve ser o Ibama, analise as possibilidades de cada um. "E tudo isso (O EIA-Rima e Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV) já poderia ter sido feito", alertou Almeida, lembrando o longo processo pelo qual o estaleiro irá passar - a exemplo de alterações no Plano Diretor de Fortaleza - até que o empreendimento seja liberado.


Para o presidente da Comissão de Direito Urbanístico, da OAB-CE, Laécio, Noronha Xavier, "a região do Vila Velha, na Foz do Rio Ceará é Área de Proteção Ambiental (APA) do estuário do Rio Ceará e não uma área industrial", imprópria portanto para instalação do equipamento. Segundo ele, Fortaleza só conta com duas áreas industriais, a do Porto do Mucuripe e a da Avenida Francisco Sá.Fonte: Caderno Negócios/ Diário do Nordeste.


Comentário da postagem: As Salinas Martins, na Foz do Rio Ceará, onde se indica como uma das possibilidades para localização do Estaleiro PROMAR, são uma extensão da própria Zona Industrial da Av. Francisco Sá. Junto às mesmas se encontram ali instalados, há mais de 40 anos, alguns estaleiros, de pequeno porte, de reparação naval. Nesta situação foi também utilizada como o Hidroporto de Fortaleza, operado pela Panair do Brasil, nos anos 30, do Século XX. Os conjuntos habitacional Vila Velha e também Alagados, aos quais se refere o Prof. Laércio Noronha, são resultado de ocupações espontaneas e em alguns casos indevidas das situações salinificadas de parte das mesmas Salinas Martins, acima referidas.

Imagem orbitais obtidas do GOOGLE EARTH PRO dos estaleiros instalados dentro da Foz do Rio Ceará, na confluencia das Avenidas Francisco Sá, Coronel Carvalho e Radialista José Lima Verde, junto as antigas instalações das Salinas Martins e onde anteriormente se posicionava o Hidroporto de Fortaleza, operado pela Panair do Brasil.

domingo, 18 de abril de 2010

Moradores pedem o Parque Rachel de Queiroz



O Movimento Pró-Parque Rachel de Queiroz realizou uma manifestação ontem no bairro Henrique Jorge para pedir ao poder público a concretização do projeto do Parque Rachel de Queiroz, elaborado pela Prefeitura em 2002. O protesto ocorreu à beira do riacho Alagadiço, em trecho da avenida Parcival Barroso compreendido entre as ruas Quatro e Três, e contou com a participação de estudantes, moradores do bairro e representantes da Secretaria Executiva Regional III.

O Projeto do Parque Rachel de Queiroz consiste na preservação do entorno dos Riachos Alagadiço e Cachoeirinha. A área a ser preservada começa no açude João Lopes, no bairro Monte Castelo, e passa por cerca de 12 quilômetros até terminar no Rio Maranguapinho, no Parque Genibaú.

Segundo a organização de moradores, há urgência no projeto, haja vista as áreas verdes da região serem alvos da especulação imobiliária. "O que se quer é a criação de um parque urbano", declara Aguinaldo Aguiar, morador do Conjunto Castello Branco, logo atrás da área, "como ficou prometido desde 2002". Segundo ele, este parque deveria ter complexo verde com anfiteatro, espaços de leitura, fitness, pista de cooper, parque infantil e campo de esporte.

Em 2007, a comissão fez frente no Orçamento Participativo e conseguiu recolocar a área em pauta na prefeitura. Segundo a Regional III, o projeto para aquele trecho foi refeito e o orçamento é de R$ 1,6 milhões, dos quais R$ 600 mil já estão nas mãos do município. Ainda não há previsão de início das obras.

A história do movimento Pró-Parque Rachel de Queiroz começou em 2007, com a formação de uma comissão de moradores a partir da morte da criança Jennifer Lima, 7, ocorrido nas margens do rio. "Minha irmã escutou os gritos da criança de casa. A história mexeu muito com todo mundo", relembra a moradora Dilza Gomes. Movidos pelo choque provocado pelo crime, os moradores formaram uma comissão e descobriram que já existia um projeto para a área.

"A comunidade precisa dessa intervenção. Em lugar de um ambiente de risco à saúde e à segurança, um parque traria lazer, esporte e cultura. Elevaria a qualidade de vida dos moradores" avalia a moradora do bairro, Evânia Severiano.

Fonte: O POVO

sábado, 17 de abril de 2010

AVISTAR 2010

Pássaros ostentando suas presas, prontos para ataque ou fugindo de um incêndio florestal estão entre as 36 cenas vencedoras do concurso Avistar de fotografia de aves deste ano. Ciro Albano, Dimitri Matoszko e Simone Cemin Tomaz ganham os primeiros prêmios. Cerca de 3,7 milhões de votos de internautas ajudaram jurados a escolher os Prêmios Especiais ‘Vox Populi’. A exposição com vencedores será durante o Avistar 2010, de 14 a 16 de maio próximo no Parque Villa-Lobos, em SP.

Promar vence licitação,falta definir local

Como já era esperado, o estaleiro Promar Ceará venceu a licitação da Transpetro para a construção de oito navios gaseiros dentro do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef). A empresa concluiu a negociação de preço, fechando contrato no valor global de US$ 536 milhões pelas embarcações. Agora, terminada esta etapa, a vencedora tem que correr para resolver a maior pendência ainda existente para o novo empreendimento: o local para sua instalação.

O Promar precisa assinar contato com a Transpetro até o dia 30 de junho, conforme antecipou o Diário do Nordeste com exclusividade, e para isso, precisa ter o documento de posse do terreno e a Licença Prévia da nova indústria naval em mãos.

"Agora vamos começar a corrida. O problema maior é a definição da área, mas espero que nesta semana que vem a gente tenha uma solução final. Estou tentando agendar uma reunião com o governo", afirma o presidente da PJMR - empresa que encabeça o Promar Ceará -, Paulo Haddad. Ele declara que a empresa não pensa em nenhum ´Plano B´, ou seja, em um outro Estado para transferir o projeto, caso as negociações não avancem no Ceará. "Eu quero pensar somente no Plano A, que é o Ceará", disse, ressaltando que o território cearense é o interesse da empresa, mesmo que em outra locação que não o Titanzinho, para onde o estaleiro está previsto. Segundo ele, resolvida a questão da localização, a aquisição da Licença Prévia será mais fácil. "Esta licença é mais rápida, é uma análise ambiental afirmando se o empreendimento pode ou não ser instalado em tal lugar", garante.

Fonte: Diário do Nordeste

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Estaleiro PROMAR vence Licitação Transpetro

O Estaleiro Promar Ceará, que ainda não saiu do papel por aqui, venceu a licitação para construir oito navios gaseiros do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef). O grupo, que havia oferecido a melhor proposta comercial entre os concorrentes, concluiu as negociações de preço com a Transpetro. O valor global das embarcações será de US$ 536 milhões.

A partir desta encomenda, serão gerados mais de 10 mil empregos no Ceará. Destes, 2.700 serão criados de forma direta (1.200 para a edificação do estaleiro e outros 1.500 na construção dos navios). O Promar Ceará é mais um estaleiro a ser criado no Brasil a partir das encomendas da Transpetro. O projeto, de US$ 130 milhões, já possui financiamento aprovado pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM).

Foram reunidos em um único lote todos os gaseiros que compõem o Promef, sendo quatro de 7.000 m³, dois de 12.000 m³ e dois de 4.000 m³. Conforme estabelecem as regras do programa, a construção destes navios será feita com um índice mínimo de nacionalização de 70% na utilização de mão-de-obra e na compra de equipamentos e serviços.

DETALHE – Agora é saber se o governador Cid Gomes (PSB) e a prefeita Luizianne Lins (PT) entram num acordo no quesito local e esse estaleiro sai do ancoradouro da discussão também política. Cid quer o estaleiro na praia do Titanzinho e Luizianne é contra.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Ceará fica com 5,39% da verba da Embratur


A Embratur vai investir R$ 130 milhões, em 2010, para divulgar, promover e apoiar a comercialização do Brasil no mercado internacional. O Ceará vai abocanhar R$ 7 milhões, o que representa 5,39% do total. Os recursos serão aplicados em ações de relações públicas, na participação em feiras, em campanhas publicitárias, com a mídia, dentre outras ferramentas de marketing. A iniciativa integra a versão 2020 do Plano Aquarela, criado em 2005 com o propósito de reposicionar o País perante o cenário turístico mundial. Segundo a diretora interina de Produtos e Destinos da Embratur, Patrícia Fernandes, o investimento tende a crescer até 2020, mas ainda não há previsão do volume total, já que o valor está vinculado ao orçamento do governo federal.


Patrícia Fernandes apresentou ontem para o trade local, na sede da Secretaria do Turismo, as novas estratégias do Plano Aquarela 2020, que será gerido pela Embratur, em parceria com órgão do turismo de todos os estados. O plano sofreu reajustes para incorporar a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, que ainda não estavam confirmados quando de sua última revisão em 2007. "Com base nesses eventos, fizemos novo diagnóstico, definimos estratégias de ações e países prioritários para divulgarmos o destino Brasil", explica.


A Embratur espera que pelo menos 500 mil estrangeiros visitem o Brasil durante a Copa do Mundo de 2014. Para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, a expectativa é receber mais 380 mil turistas. "Nosso objetivo é aproveitar esses dois momentos para dar maior visibilidade ao País, visando aumentar cada vez mais a participação brasileira no ranking dos destinos turísticos internacionais". A proposta do programa é vender o Brasil de forma macro e não individualizada, cabendo aos estados trabalhar suas próprias estratégias regionais.


Conforme levantamento da Embratur com foco no Plano Aquarela 2020, que entrevistou 2.400 turistas estrangeiros no Brasil em junho do ano passado, 56% dos visitantes de outros países visitam nossos destinos mais de uma vez. Cerca de 57% apontam o lazer como principal motivação das visitas ao Brasil. A imagem do País é positiva para a maioria dos estrangeiros, sendo que 45% apontam que o povo brasileiro é o que há de melhor no destino.


A pesquisa mostrou ainda que 98% se satisfaz com o turismo no Brasil. O índice de retorno chega a 90%. Como fator negativo, 24,6% aponta a sinalização turística, 23,4% as telecomunicações e 20,2% a segurança pública. Em relação à mídia internacional, os elementos positivos relacionados são a economia, a cultura e o turismo. Já os negativos são o meio ambiente, a segurança e a saúde públicas, influenciadas por doenças como a Dengue, entre outras.O turismo de eventos é outro foco do Plano Aquarela 2020. O potencial de crescimento desse nicho, segundo Patrícia Fernandes, da Embratur, é demonstrado no ranking da ICA dos últimos seis anos. Enquanto o País sediou 62 eventos internacionais em 2003, ocupando o 19º lugar entre os demais países, em 2008 o Brasil sediou 254 eventos, subindo para a 7ª posição mundial. Já o Ceará passou de 10º colocado em 2007 para 7º do ranking em 2008.Um dos principais desafios a ser trabalhado em relação a esse público, segundo ela, é o oferecimento de roteiros alternativos para estender a estadia do turista de eventos no país. Conforme a pesquisa, 70% dis turistas internacionais, que vieram ao país participar de eventos não conheceram outros destinos alternativos durante a viagem.


Para o secretário do Turismo, Bismarck Maia, o levantamento vai ajudar a nortear as ações do Estado para atração de estrangeiros. "Já estamos trabalhando na linha do Plano Aquarela. Este ano, a expectativa de investimento em marketing internacional para o destino Nordeste é de R$ 10 milhões, sendo R$ 7 milhões no Ceará. Os números da Embratur são um detalhe a mais que vão fazer a diferença".
Fonte: Reportagem Angela Cavalcante/ Diário do Nordeste

terça-feira, 13 de abril de 2010

Publicação III Premio IAB de Arquitetura 2009


CONVITE
III PREMIO IAB DE ARQUITETURA 2009




O IAB/ CE - Instituto de Arquitetos do Brasil/ Departamento do Ceará convida para o lançamento da publicação "III Premio IAB de Arquitetura 2009", na próHxima 5a feira, a partir das 19:00hs, no Auditório D 2, no recinto 9ª Bienal Internacional do Livro do Ceará, promovida pela SECULtT/ Secretaria da Cultura/ Governo do Estado do Ceara´, no Centro de Convenções Edson Queiroz, em Fortaleza.


A publicação trata da seleção do melhores trabalhos apresentados a este certame em 2009, sendo esta premiação hoje uma das atividades mais requisitadas pelo conjunto dos profissionais atuantes em Arquitetura e Urbanismo, na medida em traz destaques, na justa medida, para suas melhores realizações, em cada tema e mostra, que acontece bianualmente.

A edição, ricamente ilustrada com fotografias, desenhos e montagens em perspectivas, traz os 6 premiados nas categorias - Edificação Pública(1)/ Edificação Comercial(2)/ Edificação Residencial Unifamiliar(3)/ Edificação Multifamiliar(4)/ Interiores(4)/Equipamento Urbano/ Paisagismo(5) e Trabalho de Graduação(6), além de Premio Especial do Juri Popular. E conta ainda com o registro de 17 outros participantes e menções honrosas, além de trabalhos de graduação de estudantes de arquitetura, inclusive. A mesma será comercializada. em preço especial, pela Livraria CONSULTEC, instalada no recinto da própria 9ª Bienal Internacional do Livro do Ceará.


Esta publicação foi realizada com apoio do CONFEA/ Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, sob sob a coordenação editorial de José Sales e concepção gráfica de Maira Roman/ Estúdio Trópico Arquitetura e Design/ SP, revisão de textos de Verônica Prado e apoio da equipe técnica de Ibi Tupi/ Fortaleza/ CE, a partir de informações e imagens fornecidas pelos próprios participantes do III Premio IAB/ CE 2009. Impresso por Expressão Gráfica/ Fortaleza/ CE.


Imagem do Projeto de Graduação premiado no certame - ATAS/ Associação de Treinamento e Apoio aos Surfistas, proposto a ser ser implantado no quebra mar do antigo Kartodromo, na Avenida Leste Oeste - de autoria da graduanda Beatriz Carneiro/ Curso de Arquitetura e Urbanismo UNIFOR, orientado pelo Professor/ Arquiteto Napoleão Ferreira da Silva. Também laureado como a melhor proposta pelo Juri Popular.


domingo, 11 de abril de 2010

Morro do Bumba: Niterói/ RJ



O Prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira (PTD), sabia que a comunidade do Morro do Bumba, em Viçoso Jardim, na zona norte da cidade, havia sido construída sobre um antigo lixão. Cerca de 3 mil moradores do Morro do Bumba ficarm sesabrigados após o deslizamento de terra que atingiu o local na noite de quarta-feira (7). Pelo menos 107 pessoas morreram e os bombeiros procuram outros corpos que podem estar soterrados.

“A gente sabia que o lixão estava desativado há 30 anos. Quando eu assumi pela primeira vez, já havia um início de ocupação. A região é muito pobre e as informações que eu tinha eram de que aquele aterro era muito antigo e não representava nenhum risco”, disse o prefeito. Esta é terceira vez que Silveira ocupa a Prefeitura de Niterói (o quarto mandato, contando uma reeleição).

A primeira foi entre 1989 e 1992, a segunda de 1997 até 2002 (ele foi reeleito em 2000 e deixou o cargo dois anos depois para se candidatar ao Governo do Rio), a terceira teve início em janeiro de 2009. O PDT administrou a cidade 15 dos últimos 21 anos. Sobre a retirada dos moradores, Silveira afirmou que não tinha conhecimento do tamanho do risco. “As pessoas dizem assim: ‘deviam ter removido as pessoas, mas quem fala isso não conhece o real Brasil hoje. Eu, realmente, não tinha conhecimento que havia esse risco todo. Se eu soubesse, evidentemente, teria providenciado isso”, afirmou.

A Prefeitura de Niterói tinha em seu poder, desde 2004, pelo menos dois estudos produzidos pela UFF/ Universidade Federal Fluminense que alertavam sobre os riscos da ocupação desordenada da cidade e de deslizamento nas encostas do município. As pesquisas foram elaboradas pelos departamentos de Geociência, de Arquitetura e de Engenharia Civil da UFF, que fica em Niterói.

O estudo mais recente, concluído em 2007, apontou 142 pontos de risco em 11 regiões da cidade. De acordo com o coordenador da pesquisa, o professor do Departamento de Engenharia Civil da UFF e doutor em Recursos Hídricos, Elson Antonio do Nascimento, os desmoronamentos ocorreram em cinco das áreas apontadas pela pesquisa, que teve o apoio do Ministério das Cidades.

"O plano seguiu a metodologia do ministério, que dá prioridade sempre a soluções mais simples e econômicas. Para drenagem, as obras sugeridas custariam em torno de R$ 20 milhões. Para estabilização das encostas, R$ 19 milhões. As obras de emergência levariam dois anos para ser concluídas e o plano poderia ser finalizado em cinco anos", explicou Nascimento.

Segundo Nascimento, o então prefeito Godofredo Pinto (PT) preferiu não aplicar o plano "por discordar da metodologia". (Pinto foi vice-prefeito de 2000 até 2002 e assumiu o cargo com a saída de Silveira; foi reeleito em 2004). Em junho de 2004, o Instituto de Geociências entregou à Prefeitura um outro mapeamento com todas as áreas de risco de Niterói. No documento, o Morro do Bumba era apontado como uma região de "extremo risco", onde facilmente poderiam ocorrer deslizamentos pelo fluxo de detritos acumulados no solo.

"Fizemos o estudo com uma equipe multidisciplinar e realizamos a análise geológica e o estudo da cobertura vegetal. Podemos afirmar que a degradação do lixo foi o motor do deslizamento", disse o professor e geólogo Adalberto da Silva, que participou do estudo. Niterói teve o maior número de vítimas fatais no Estado. Segundo o Corpo de Bombeiros, já são 107 mortos. O Prefeito decretou estado de calamidade pública e luto oficial de uma semana.

O Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), visitou morro na tarde de quinta-feira. “Foi uma tragédia de dimensão brutal. Eu fiquei muito impressionado e as informações não são de boa perspectiva. A dimensão é de uma catástrofe humana e ambiental”, declarou. O deslizamento pode ter sido provocado pela explosão de gás metano em decomposição no solo do local, segundo a secretária estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, Marilene Ramos.

Fonte: Brasil Notícias/ Época
Comentário da postagem: ausencia de planejamento urbano, determinação diretrizes equivocadas de desenvolvimento que privilegiam as grandes obras de impacto ou viárias em detrimento da demandas de qualificação urbana, não existencia de restrições e prevenção às ocupações em áreas de risco ambiental, carencia de saneamento ambiental e sistemas de drenagem urbana, inexistencia de propostas redesenho à situações de ocupação espontanea e equivocada politica de habitação social que repete a exaustão um modelo não adequado como o Programa Minha Casa Minha Vida, são itens da realidade urbana em todas as grandes e médias cidades brasileiras, no presente, onde podem acontecer tragédias assemelhadas ao Morro do Bumba, de Niterói.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Empresário aponta condições para o estaleiro

Área de 100 hectares, livre e desembaraçada, com 600 metros de frente para o mar são exigências do empresário. Em meio às negociações políticas e técnicas do governador Cid Gomes e da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, à definição de um local para instalação do estaleiro Promar Ceará, o sócio da empresa PJMR, Paulo Haddad, delineou na tarde de ontem, o que o grupo empreendedor requer para construir no Estado, o equipamento naval: área de um milhão de metros quadrados (100 hectares) livre e desembaraçada, com 600 metros de linha de frente de mar e com profundidade entre 10 e 12 metros, além de ser abrigada, sem impacto de ondas.

Sem isso, explicou Haddad, o projeto não virá para o Ceará, devendo migrar para outro Estado.Diante da indefinição que perdura entre governo do Estado e Prefeitura, Haddad confirmou que foi convidado pelo governador Cid Gomes, para participar da reunião da próxima segunda-feira, dia 12, com ele e Luizianne Lins.

Na oportunidade, ele irá expor o projeto ao Secretariado Município e à prefeita, mas já antecipou que a área para localização deverá ser apontado pelos chefes dos executivos estadual e municipal."Pelo que nós analisamos, o Titanzinho é a única possibilidade, mas quem tem que oferecer as facilidades, a localização, a infraestrutura é o governo do Estado e a Prefeitura", alertou o empresário.

Conforme disse, "não dá para sacrificarmos o projeto, por conta da indefinição da área. Não há o que se discutir nesse sentido". Ele explica que na primeira etapa do Estaleiro, à construção de oito navios gaseiros, serão investidos cerca de R$ 250 milhões e na segunda fase, quando pretendem disputar a licitação para construção de plataformas de petróleo, os investimentos poderão chegar a R$ 1 bilhão.

Questionado sobre a possibilidade de o estaleiro ser instalado em outra área, a exemplo do Pirambu, o empresário voltou a fazer ponderações relativas à impropriedade da área e o elevado custo que o local demandaria. "Construir (um estaleiro) no Pirambu pode ser feito. Mas será que o governo iria conseguir justificar (à sociedade) os investimentos (de infraestrutura)necessários. Eu digo que não!", ponderou Haddad.

Ele também descartou, antecipadamente, qualquer outra opção que os líderes cearenses venham a apontar, na reunião de segunda-feira."Tem que ser uma área abrigada", cobrou, apontando ainda, a necessidade de o estaleiro ser situado próximo ao porto da cidade, tendo em vista o grande volume e o tamanho das peças que precisam ser transportadas."

No Titanzinho, o transporte seria feito dentro do próprio porto (do Mucuripe)", justifica o empresário.Além disso acrescenta Haddad, a distância do equipamento a uma área de mão-de-obra disponível seria prejudicial à produtividade da empresa e aos próprios operários. Ele prometeu treinar todos os trabalhadores em oito meses

Fonte: Caderno Negócios/ Diário do Nordeste.

Comentário da postagem. Venhamos e convenhamos que há "grandes facilidades" em ser empresário naval desta forma, pois isto importa em adquirir imensas "doações" a partir de benesses do poder público. Uma área de 100 hectares, livre e desembaraçada, com 600 metros de frente para o mar, além de de infraestrutura, sistema viário e acessos, significa uma doação e tanto.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Decisão sobre estaleiro é adiada novamente

Pela primeira vez, governador Cid Gomes sinalizou que pode haver alternativa à instalação do estaleiro no Titanzinho.Ainda não foi desta vez que a novela sobre a construção de um estaleiro no Ceará chegou ao fim. A tentativa de contornar o impasse entre Prefeitura de Fortaleza e Governo do Estado sobre a instalação ou não do equipamento naval na Praia do Titanzinho, prevista para ontem na reunião entre os secretariados da prefeita Luizianne Lins (PT) e do governador Cid Gomes (PSB), foi adiada para o próximo dia 12, durante encontro que contará com a participação de representantes da empresa que quer construir o estaleiro.

Em vez dessa polêmica, discutiu-se, entre outros assuntos, o repasse do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado para a Prefeitura, que, em 2009, teve queda de R$ 28 milhões. Apesar de o tema estaleiro ter sido colocado de lado durante o encontro, o governador Cid Gomes, em conversa com a imprensa, sinalizou, pela primeira vez, que poderá haver alternativas para o local onde deverá ser instalado o estaleiro. Questionado se a região do Pirambu seria viável, Cid respondeu: "Nós vamos objetivamente conversar com a empresa para que a gente possa imaginar quais são as alternativas ou caminhos que possam ser trilhados".

Há dois meses, o governador havia afirmado que, se o estaleiro não fosse para o Titanzinho, não iria para lugar nenhum. Para justificar o adiamento da decisão, a prefeita Luizianne Lins argumentou que ela seria muito complexa para ser tomada na ocasião, sendo necessário diálogo com a empresa que deverá construir o equipamento naval. O novo encontro, segundo a petista, será no próximo dia 12.

Luizianne também afirmou, apesar do clima descontraído entre ela e o governador, que o impasse em torno do local para a construção do estaleiro continua. "Eu não acredito, até agora, que seja possível lá (Titanzinho) não. Nós estamos estudando juntos para encontrar uma solução".

Fonte: O POVO

CE em situação de emergência ambiental


O Ministério do Meio Ambiente incluiu o Ceará na lista dos Estados em situação de emergência ambiental, devido aos focos de incêndios florestais e queimadas, detectados por satélite. A lista foi publicada, ontem, no Diário Oficial da União, e inclui também Minas Gerais, Piauí e Goiás. As ações são coordenadas pelo Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), que atribui ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autonomia para operar nos municípios afetados.

Segundo o analista ambiental do Ibama, Humberto de Araújo Fragoso, esta medida do Ministério do Meio Ambiente tem como objetivo colocar o Ceará em estado de alerta para as possíveis consequências das queimadas, sejam elas acidentais ou não.


O analista afirmou que as queimadas em solo cearense chamaram a atenção do Ministério devido ao período de seca, quando o problema ocorre com mais frequência. Ele explicou que é importante que as queimadas sejam combatidas devido ao grande problemas que elas trazem para todos. "Destruição da biodiversidade do local, empobrecimento do solo e aumento de doenças respiratórias em decorrência da queda da qualidade do ar são apenas algumas das consequências causadas pelos incêndios", comentou o analista ambiental.

Em março, o Ministério do Meio Ambiente divulgou um levantamento informando que o Ceará ocupa a 2ª posição entre os Estados onde foram registrados os maiores índices de desmatamento de trechos de Caatinga, entre os anos de 2002 e 2008. Segundo os dados do Ministério, em seis anos, o Estado teve 0,50% do bioma compreendido em seu território desmatado - em grande parte, pelas queimadas.

Fonte: Caderno Regional/Diário do Nordeste

domingo, 4 de abril de 2010

A vida entre paredes de barro


Estima-se que existem pelo menos 70 mil casas de taipa no Ceará, instaladas na zona rural dos municípios. Herança cultural desde o período colonial, as casas de taipa, ou de "pau-a-pique", são cobertor para milhares de cearenses. Mas a rusticidade, às vezes bela, foge de qualquer romantismo e reflete um sério problema social e de saúde pública, que segmenta o conceito de moradia.


Além de ser um problema social, a construção de casas de taipa tem raiz cultural: até o portugueses, quando vieram para cá, levantaram casas e fortes militares de barro. Séculos depois, milhares de famílias pobres continuam na moradia alcançável, embora sonhem em morar numa casa de tijolo. O dilema do sonho possível, mas pouco provável, embora recentes projetos habitacionais, estimulados pelo Governo Federal e pela Caixa Econômica Federal, tenham reforçado a esperança de milhares de pessoas que esperam por uma nova morada.


Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste

sábado, 3 de abril de 2010

Sobre o Programa de Arborização Urbana do Crato

Parece que está havendo um grande incompreensão com o Programa de Arborização Urbana do Crato, que foi redomendado no PRU CRATO/ Plano de Requalificação Urbana do Crato, exaustivamente exposto e debatido quando realizado, em sua versão original em 2005 e em sua revisão 2009. No mesmo, constam recomendações de toda ordem afeitas a requalificação urbana propriamente dita - Centro Cultural do Araripe/ Estação Crato é uma delas, requalificação da Encosta do Seminário e "Vulcão" é outra - proteção e preservação do ambiente e da paisagem - arborização é uma delas, praças centrais do Crato é outra - melhorias e ampliação do sistema viário, habitação social, integração regional - Centro de Convenções do Cariri e Parque Histórico Regional do Caldeirão de Santa Cruz do Deserto são duas delas. Pelo que me consta tudo isto foi amplamente divulgado, debatido e editado. Não se registram improvisações de nenhuma ordem.

A "coisa"foi planejada e bem "planejadinha", com todos os seus detalhes. Foram escolhidas várias situações relevantes para arborização. Em algumas situações, como no Centro Cultura Araripe/ Estação Crato, foi composta uma proposta de arborização intensiva, onde foram dispostos quatro bosques, com quase 220 especies. No caso das avenidas, tendo como exemplo a Av. José Marrocos, que dá acesso ao Parque de Exposições, mesmo com a exiguidade do canteiro central se julgou conveniente colocar arborização linear.

Não entendi bem, as colocações do colega Luís Carlos Salatiel. Registro que há uns bons 7, quase oito anos, por convite do Prefeito Samuel Araripe e até antes, que me dedico a estudar o Crato e seus potenciais de desenvolvimento urbano. Neste roteiro participei da autoria do PRU Crato e de alguns dos principais projetos estruturantes contidos no mesmo - o Programa de Arborização Urbana do Crato - da Revisão do Plano Diretor Municipal e outros, onde em nenhum aspecto se registrou qualquer propositura improvisada.

Em nenhum momento chegaram os "caras da capital" a propor situações inadequadas aos "matutos" do Crato. Está aí o Centro Cultural do Araripe/ Estação Crato, que se transformou em um dos espaços referencias da Área Central do Crato e diretriz de requalificação urbana e edilícia na mesma.

Considerando que não existem viveiros de espécies adultas nativas, para transplante e replantio, em nenhum lugar do Estado do Ceará e que por outro lado, há uma enorme e abissal diferença entre a defesa em tese da vegetação nativa e a prática. Mais da metade da espeçies nativas plantadas, em geral, são depredadas pela população. Carecemos de procedimentos e práticas de educação ambiental.

No roteiro por definir soluções à arborização do Crato,conforme se imaginava, com a utilização de vegetação nativa de porte a ser transplantada. Neste item, conseguimos "doações"de touceeiras de macaúbas, nos arredores do Crato. O custo do equipamento e pessoal necessário - retroescavadeira, "muncks" e equipe de "transplantadores" - à realização do transplante tornou o mesmo irrealizável. O custo - benefício mais adequado era trazer palmaceas de viveiros existentes a 600km de distancia do Crato.

Cordialmente
José Sales

Arquiteto e outras atividades sempre correlatas à profissão. Graduado na FAUUSP em 1977/ Turma 1972. Atua na profissão em várias lides desde 1972. Professor da PUCCAMP entre 1978 e 1983. Do DAUUFC a partir de 1986.Sócio fundador da Brasil Arquitetura/ SP. Dirige a PPAU/ Projetos e Pesquisas em Arquitetura e Urbanismo, que tem hoje a denominação de Ibi Tupi Projetos e Consultoria desde 1979.

Prefeita Luizinne Lins recebe o IAB/CE

A prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, recebeu na última quarta-feira, 31 de março, diretores e conselheiros do IAB-CE. Em pauta, a apresentação do relatório de estudos sobre o projeto do estaleiro Promar, em que o instituto de posiciona contrário à instalação do equipamento na Praia do Titanzinho. O encontro, que durou mais de duas horas, foi realizado no gabinete da prefeita, no Palácio do Bispo, Centro.

Com relação à proposta de utilização das Operações Urbanas Consorciadas para a reforma urbana do Município, sugestão apresentada pelo IAB-CE para ser aplicada no Serviluz, Luizianne demonstrou interesse e comprometeu-se a estudá-la em conjunto com o secretário de Infraestrutura, Luciano Feijão, também presente no encontro. O IAB-CE também abordou na reunião a recriação do órgão de planejamento do Município (que vem sendo chamado de Iplamfor). Luizianne informou que pretende criá-lo ainda em 2010.

A Prefeita também acatou prontamente a sugestão de o IAB-CE ser um dos parceiros para a imediata reinstalação do Fórum Adolfo Herbster, espaço para debate e coleta de sugestões da sociedade civil sobre temas ligados ao planejamento urbano. Outra sugestão também aceita pela Prefeita foi a de promover a contratação de projetos para Fortaleza por meio de cadastro técnico de arquitetos, a ser composto por profissionais previamente aprovados e por um período determinado. “Tal sistemática, uma vez implantada, deverá representar importante conquista pra os arquitetos e permitirá, ao mesmo tempo, maior agilidade e critério para a contratação de serviços do tipo pela administração municipal”, disse o presidente do IAB-CE, Odilo Almeida.

Na oportunidade, a Prefeita reiterou a intenção da administração de realizar concursos públicos de ideias para obras no Município, como a reurbanização do Riacho Pajeú e os projetos para construção de estacionamentos nos sub-solos de praças no Centro de Fortaleza. A discussão do assunto já foi iniciada no mês passado entre o IAB-CE e a secretária Executiva do Centro, Luíza Perdigão. Além de Odilo (à direita), participaram da reunião o vice-presidente do IAB-CE, José Sales (à esquerda), e os Conselheiros Superiores Custódio Santos (à direita, de costas) e Marcus Lima (no centro).

FOTO: Rubens Venâncio/Prefeitura de Fortaleza