quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Fundação Padre Ibiapina

A administração e controle do extrativismo e da comercialização da janaguba foi repassada à Fundação Padre Ibiapina, entidade da Diocese do Crato, com o compromisso de promover um estudo sobre a planta. Porém, a entidade perdeu o controle da exploração da planta. Hoje, existem mais de dez postos de venda do leite de janaguba no Município do Crato. O preço varia entre R$ 13,00 e R$ 15,00.

O pioneiro na venda do leite de janaguba na região é Marcos Cartaxo Esmeraldo, que mantém em sua casa uma relação de dezenas de pessoas que se dizem curadas de câncer. São relatos dramáticos de pessoas que estavam desenganadas pelos médicos e desesperadas. Marcos vende para todo o Brasil cerca de 360 litros de leite de planta por mês. Esta semana, ele recebeu uma encomenda de um funcionário do Palácio do Planalto, em Brasília.

Para Marcos, a comercialização "é uma forma de evangelização". Com lágrimas nos olhos, ele diz que é gratificante amenizar a dor de pessoas que já procuraram todos os recursos médicos. "Eu me tornei um verdadeiro cristão, Já fui convidado para ser ministro das Eucaristia", comemora.

Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste

Flora do Araripe: Janaguba


Mesmo sem comprovação científica para o leite da janaguba, a medicina popular atesta curas pela planta. O Crato está vendendo mais de 1.000 litros de leite de janaguba por mês, uma planta nativa da Serra do Araripe que, de acordo com a medicina popular, é "um santo remédio" no combate ao câncer e no tratamento de tumores, furúnculos, edemas, artrites e ainda como vermífugo e laxante.

Apesar de vários casos de curas atribuídas ao uso da planta, não há conhecimento público da realização de ensaios clínicos para a comprovação ou negação da eficácia e segurança terapêutica deste vegetal. A aplicação do leite de janaguba contra o câncer foi feita pelo médico cratense José Ulisses Peixoto, depois de comprovar vários casos de cura em seu consultório. Até então, a única informação era de que a planta era utilizada como cicatrizante pelos índios.

O uso popular de plantas medicinais é uma arte que acompanha o ser humano desde os primórdios da civilização, sendo fundamentada no acúmulo de informações repassadas oralmente de geração para geração. Ao longo dos séculos, os produtos de origem vegetal constituíram a base para tratamento de diferentes doenças no Mundo. No Brasil, a exploração de recursos genéticos de plantas medicinais está relacionada, em grande parte, à coleta extensiva e extrativa do material silvestre. Apesar do volume considerável de exploração das várias espécies medicinais na forma bruta ou de seus subprodutos, as pesquisas básicas ainda são incipientes.

Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Ancuri e o sonho de reativar a escola de música do bairro


O Ancuri está longe de viver uma situação única: bairro de cidade com característica de povoado interiorano. Não obstante todas as dificuldades vividas pela ausência de infraestrutura, há uma comunidade bem adaptada ao meio em que vive. Ela resiste às adversidades tendo calma e tranquilidade para ver o tempo passar.É com esse jeito pacato que o padre Wilson Fernandes da Silva, mais conhecido por frei Wilson, espera retomar, um dia, a Escola de Música do Ancuri.


A unidade, que produziu uma orquestra sinfônica, foi desativada no início 2004, por falta de investimento do poder público.Para o frei Wilson, o que aconteceu com o Ancuri é resultado do descaso público. Ele não lamenta apenas a interrupção da escola, que recebia jovens do bairro e das adjacências, como Messejana e Pedras, e até de municípios próximos, a exemplo de Itaitinga e Pacatuba.

"Vivemos num bairro abandonado. Não foi somente a música que deixou de ser prioridade. Nós também nos ressentimos de coisas básicas, como farmácias, lojas, postos de saúde e atendimento social. Na falta da música, a droga tem tomado conta dos jovens", afirma o sacerdote, que já foi da Congregação dos Capuchinhos e depois tornou-se padre diocesano, mas não perdeu o título de "frei".


Em estilo Normando, a casa foi construída pelo padre Wilson Fernandes, mais conhecido como frei Wilson, para servir como forte referência da Escola de Música do Ancuri, fundada em 1982. Fotografia de Tiago Gaspar.

Fonte: Diario do Nordeste

terça-feira, 28 de setembro de 2010

I Workshop Latino-Americano e Caribenho de Geoparques

Será realizado no mês de Novembro pelo Geopark Araripe o I Workshop Latino-Americano e Caribenho de Geoparques. O Workshop reunirá geólogos, geógrafos, especialistas em desenvolvimento local, turismo e cultura, educadores e representantes políticos dos países da América Latina e do Caribe interessados na proteção e valorização do patrimônio natural e cultural, com vista à promoção de um desenvolvimento territorial sustentável.Serão ministradas palestras por especialistas convidados de renome mundial sobre assuntos específicos relacionados com o objetivo do workshop.

Fortaleza será sede de encontro de design

Fortaleza será sede do “R Design”, o VII Encontro Norte e Nordeste dos Estudantes de Design. Trata-se de um evento itinerante que ocorrerá de 8 a 12 próximos, no Campus do Pici. A CORDe/CE, Comissão Organizadora do R Design Ceará, está à frente do evento que foi elaborado a partir de três conceitos básicos: Metodologia Processual, Experiência de Mercado e Educação.

Mas por que trazer o evento para o Ceará? Segundo a organização, o Estado cresce consideravelmente na área de design e um reflexo desse crescimento é o aparecimento de novos cursos na área. Haverá oficinas, monitorias, grupos de discussões, bazares, mostra de vídeo, exposição de vestuário e SEPa’s (Seminário de Produção Acadêmica), além de palestras com profissionais de renome nessas áreas.

Fonte: www.rdesignce.com.br

domingo, 26 de setembro de 2010

Observatório de Direitos da Zona Costeira

O Observatório de Direitos da Zona Costeira é uma metodologia de organização de informações, produção de conhecimento, monitoramento e divulgação de um outro olhar, diferente do expressado pelos governos e empreendimentos econômicos, sobre a Zona Costeira e as populações que nela vivem.

Nesse espaço apresentamos o esforço de militantes sociais, ambientalistas, educadores, pesquisadores e comunidades organizadas pela construção e democratização de conhecimentos e saberes, sejam produzidos nas universidades ou a partir da experiência das populações urbanas, indígenas, quilombolas, de pescadoras e pescadores que têm seus territórios constantemente ameaçados pela expansão do capital.

Nosso observar está organizado em quatro frentes:

  • A disponibilização para pesquisa de um banco de dados com documentos escritos por coletivos sérios e comprometidos com as populações costeiras;
  • A construção de um mapa com denúncias de conflitos e situações violações dos direitos das populações costeiras;
  • A veiculação de informações sobre como acessar a Justiça em caso de situações de conflitos, denunciando como esses processos são excludentes e discriminatórios em suas linguagens e procedimentos, concentrando poder em quem detém o conhecimento, como ocorre, por exemplo, entre os profissionais do Direito e do Poder Judiciário;
  • E finalmente, na realização e/ou apoio a campanhas levantadas pelos que afirmam os direitos das populações costeiras, que também, podem estar representados nos direitos das mulheres, do exercício livre da orientação sexual, das populações indígenas e quilombolas, das populações pobres e de todos os grupos marginalizadados nos processos de negação de direitos e dominação de culturas.
Gostaríamos de ressaltar o caráter coletivo de nosso esforço, entretanto, afirmamos que os materiais e documentos veiculados nesse espaço, não necessariamente expressam nossa linha editorial, eles são de inteira responsabilidade de seus autores, que mediante termo de compromisso disponibilizaram suas produções para fins de pesquisa, por intermédio de nosso Portal.

Nesse sentido, desejamos que você leitora ou leitor, pesquisadora ou pesquisador, curiosa ou curioso, faça bom uso dessa ferramenta intitulada Observatório de Direitos da Zona Costeira e se desejar, entre em contato conosco, mande seus comentários, sugestões e documentos para compor nosso banco de dados. Escreva para observatorio@portaldomar.org.br.

Fonte: Portal do Mar www.portaldomar.org.br.

Reserva Extrativista do Batoque, Aquiraz

Batoque foi a primeira Reserva Extrativista do Ceará (RESEX) reconhecida no dia 5 de junho de 2003. Esta Unidade de Conservação se define e se mantém pelas práticas ecológicas de uso e exploração que a comunidade estabelece com a terra, a lagoa e o mar. São 320 famílias vivendo na beira do mar, sua principal fonte de renda é a pesca. A história de organização comunitária, a luta contra os especuladores imobiliários e a conquista do direito ao seu território é transmitida através das gerações.

Fonte: Portal do Mar http://www.portaldomar.org.br/

Portal do Mar

Não, não se trata de mais um empreendimento turístico com impactos em nosso litoral. O Portal do Mar é um espaço na Internet (www.portaldomar.org.br) que comporta o Observatório de Direitos da Zona Costeira. Uma iniciativa do Fórum em Defesa da Zona Costeira do Ceará (FDZCC), o Portal nasceu com o objetivo de divulgar os saberes e as lutas das populações costeiras, inserido em um contexto de profunda articulação entre entidades da sociedade civil, ambientalistas, pesquisadores e lideranças comunitárias do litoral cearense. A articulação tem tentado provocar seus militantes a pensarem, cada vez mais, a comunicação como um campo estratégico de sua atuação.

No novo Portal do Mar é possível encontrar conteúdos produzidos especificamente sobre o cotidiano e as lutas da zona costeira, mas, também informações vindas dos sujeitos sociais que realizam mobilização no Brasil e no Mundo. O site se organiza em seis grandes seções, três delas com o principal conteúdo informativo do site: O Portal do Mar, com um pouco da história do FDZCC, seus objetivos e ação de comunicação; Em Pauta, com notícias e colunas fixas sobre a importância da democratização do acesso a justiça e artigos de opinião escritos por ambientalistas de relevância nacional; e o Observatório de Direitos da Zona Costeira, um banco de dados com pesquisas, relatórios, documentos públicos e uma proposta de mapeamento dos conflitos existentes na zona costeira a partir dos grandes projetos econômicos pautados para a região.

Fonte: Coluna Ecologia/ O POVO Online

sábado, 25 de setembro de 2010

Direito à acessibilidade é cobrado do Metrofor


Normas obrigatórias não puderam ser observadas tendo em vista o estágio inicial das construções. Pessoas deficientes ou com mobilidade reduzida têm direito, garantido por lei, à acessibilidade. Para isso, vias e espaços públicos, como o Metrô de Fortaleza (Metrofor), precisam respeitar normas gerais e critérios básicos.

Para verificar se o que já foi feito no Metrofor está de acordo com a legislação, o Ministério Público do Estado (MPE) e os conselhos Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Ceará (Crea), Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Municipal e Estadual da Pessoa Idosa visitaram, ontem, as estações Parangaba e São Benedito, no Centro.

Porém, por meio da vistoria, não foi possível chegar a nenhuma conclusão porque a construção ainda se encontra num estágio prematuro. "No projeto original, todas as estações são potencialmente acessíveis, mas, apenas na fase de acabamento, poderemos perceber algo", destacou a 2ª vice-presidente e coordenadora do Grupo de Trabalho em Planejamento e Acessibilidade do Crea-CE, Nadja Dutra Montenegro.

Apenas questões, como a existência de fosso para elevador, puderam ser observadas. Já para o promotor de Justiça de Defesa do Idoso e do Portador de Deficiência, Francisco Nildo Façanha de Abreu, o projeto segue todas as obrigatoriedades. "Mesmo não tendo sido possível perceber as normas de acesso, sobretudo as voltadas para deficientes auditivos e visuais que fazem parte do acabamento do projeto, a visita foi positiva porque o Metrofor assumiu compromissos com o MPE", disse.

O promotor informou que vai aguardar que as obras cheguem a um estágio mais avançado para fazer algum tipo de recomendação. "Trata-se de uma intervenção extremamente importante e de grande impacto para a sociedade", salientou. A recomendação que pode ser feita por enquanto, como informou Nadja Dutra, é sobre a comunicação entre as estações e as ruas e a adequação do passeio à calçada, que faz parte da acessibilidade no entorno das edificações do metrô, o que já deveria estar perceptível.

Quanto a isso, o presidente do Metrofor, Rômulo Fortes, afirmou que o projeto inclui a acessibilidade do entorno que, conforme ele, perpassa pelas competências do Metrô de Fortaleza. No segundo semestre do ano que vem, o presidente garantiu que o metrô estará funcionando. Cerca de 85% da obra civil, que é a parte de edificação, via permanente, colocação de escadas rolantes e circuito de vias, já está terminada. "Até o fim deste ano, cerca de 93% da obra civil estará concluída".

Fonte: Cidades/ Diario do Nordeste

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Um Manual para a Arquitetura Popular

Amanhã, o presidente nacional do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), Gilson Paranhos, estará em Fortaleza. Vem ter com os colegas e lançar o Manual para a Implantação da Assistência Técnica Pública e Gratuita a Famílias de Baixa Renda para Projeto e Construção de Habitação de Interesse Social. A publicação é baseada na Lei Federal nº 11.888, de 2008, que assegura a famílias de baixa renda o acesso a serviços de arquitetura e de engenharia para a construção, reforma e ampliação de suas moradias. Segundo o presidente do IAB-CE, Odilo Almeida, a lei é uma extensão da universalização dos direitos da pessoa humana. “Tanto quanto a educação e a saúde, a habitação digna é um direito universal”, afirma.

A lei, a propósito, vigora há mais de um ano, mas na prática ainda é motivo de esforço do IAB vê-la difundida. Pelos cálculos do IAB, 60% das edificações brasileiras são construídas de forma precária ou inadequada. Os arquitetos dizem acreditar que a aplicação da Lei de Assistência Técnica fará esse índice diminuir, melhorando a qualidade das habitações e da paisagem urbana.

Em tempo: Os Crea – conselhos profissionais que reúnem agrônomos, engenheiros e arquitetos, a contragosto dos arquitetos que brigam no Congresso por um conselho próprio – fiscalizam. Mas há queixas quanto ao foco do trabalho. Mira apenas na atuação dos profissionais, não dos projetos. Isto fica a cargo apenas das prefeituras.

Fonte: Coluna Vertical/ O POVO Online
As queimadas no Estado têm sido motivo de grande preocupação para a população, neste período do ano. A prática ainda é comum em várias regiões do Ceará e pode trazer problemas para o solo e aos motoristas que utilizam as rodovias próximas a estas áreas. Para se ter uma ideia, segundo dados do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), de janeiro até agosto deste ano, foram registrados no Estado 349 focos de queimadas.Os números acompanham a realidade nacional, registrando sucessivos recordes de incêndios florestais no Brasil.

Segundo o Inpe, até agosto havia 28.608 focos de queimadas espalhados pelo Brasil. Por isso, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Ceará está formando brigadas de incêndio para reforçar o trabalho do Corpo de Bombeiros. De acordo com o coordenador de Fiscalização do Ibama no Ceará, Rolfran Castro Ribeiro, 60 brigadistas estão sendo treinados para atuar no Interior e na Capital. Ainda segundo ele, os municípios que apresentam um maior número de queimadas são Acopiara no Centro-Sul e Mombaça, Frecheirinha e Quixadá no Sertão Central e Crato, na região do Cariri.

Conforme Roberto Cabral Borges, coordenador nacional de Operações do Ibama, Mato grosso, Goiás, Rondônia e Pará, são os Estados que apresentam um clima mais seco e, por isso, um maior risco de queimadas. Segundo ele, apesar do Ceará não apresentar uma situação crítica, a quantidade de focos de queimadas é preocupante.

Segundo Rolfran cada município tem uma responsável que pertence aos Conselhos Municipais para informar os focos de incêndio da região. Para ele, as queimadas e os incêndios florestais começam a se intensificar nos meses de setembro e outubro, pois os agricultores ao preparar a terra para plantar acabam esquecendo que o clima seco intensifica as chamas o que acaba gerando incêndios.

Para se ter uma ideia da situação dos crimes ambientais no Estado, segundo Fabio Bandeira, coordenador de Fiscalização do Ibama na região Centro-Sul e Inhamuns, composta por 26 municípios, somente este mês, foram realizadas nove autuações, em mais de mil hectares, nos municípios de Cariús, Orós, Iguatu e Aiuaba. Bandeira disse que, na maioria das vezes, o proprietário das terras se torna vítima, pois os principais responsáveis pelo surgimento das queimadas no Interior são os caçadores. Ele explica que os mesmos fazem fogueiras para se proteger do frio e de mosquitos.

Fonte: Regional/ Diario do Nordeste

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

R$ 2,9 milhões pelo Buraco da Jia

Está decidido: vai desaparecer o Buraco da Jia, um conjunto de imóveis no centro de Fortaleza, cuja área de 7 mil metros quadrados abriga, sob caos total, um estacionamento de veículos, uma feira irregular e um mercado de nenhuma higiene e muita sujeira. A área - pertencente à Imobiliária Carneiro - está sendo desapropriada por decisão da prefeita Luizianne Lins, que estabeleceu quanto pagará por ela: R$ 2, 975 milhões. Os donos do pedaço - localizado em frente à sede da PMF e bem ao lado da Catedral Metropolitana - têm uma alternativa: pegar ou largar. Vão pegar, pois juntarão o útil ao agradável: receberão o dinheiro à vista, em curto prazo, e colaborarão para que o centro urbano da capital cearense ganhe uma nova e moderna praça - livre de feirantes e camelôs, como promete a prefeita.

Para abreviar a burocracia e acelerar o plano de mudar a paisagem da praça da Catedral, o procurador do Município, Martônio Mont´Alverne, o coordenador de Projetos Especiais, Geraldo Accioly, e a secretária do Centro, Luiza Perdigão, depositarão o cheque na Vara da Fazenda Pública responsável pelo trâmite. Accioly - que se encontrava ontem em Brasília - disse pelo telefone a esta coluna que a praça que surgirá no lugar do Buraco da Jia "será um espaço de lazer e de contemplação para o fortalezense e fará parte do Projeto de Revitalização do Centro da Cidade para a Copa de 2014". Gol!

Fonte: Coluna Egidio Serpa/ Diário do Nordeste

Gestores públicos não comparecem a Seminário sobre Calçadas e Acessibilidade

Os representantes da Prefeitura Municipal de Fortaleza, da Secretaria Estadual das Cidades e da Camara Municipal de Fortaleza estranhamento não compareceram ao Seminário sobre Calçadas e Assessibilidade promovido pelo CREA/CE, realizado nesta tarde no Auditório da entidade. Ninguém endenteu as posturas da Sra. Luia Perdigão/ Secretaria Especial do Centro, do Arquiteto Joaquim Cartaxo, Secretario das Cidades e do Vereador Salmito Filho, Presidente da Camara Muncipal de Fortaleza.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Opinião de especialista


Outro dia, perguntei a alguns estudantes o que pensavam a respeito de ser pedestre. De pronto, ouvi: "Pedestre é liseira, professora!". E o grupo caiu na risada. O fato é que ser pedestre em nosso País está associado a ser pobre, o que implica em dupla discriminação: com quem anda a pé e com quem tem menos posses.

A questão central, nesse caso, é: qual o valor social que atribuímos a quem anda a pé? Vasculhando a etimologia da palavra, encontrei que pedestre é similar a peão (homem que anda a pé). O peão viajante andava a pé. E, hoje, em nossa cultura, ser peão ou ser pedestre continuam irmanados, sobretudo no quesito renda ou classe social.

Em Fortaleza, o que se vê é que o pedestre não tem prioridade alguma nos espaços urbanos. Calçadas tomadas por veículos estacionados e outros inúmeros obstáculos dificultam o caminhar, o prazer de entrar em contato com as ruas e suas peculiaridades. Em tentativa solene de sobreviver à disputa injusta por espaço, pedestres fazem piruetas e malabarismos entre calçadas e vias; correm assustados por entre os veículos, desafiando o tempo dos sinais; cruzam as ruas fora das faixas de pedestre, porque essas não representam segurança no trânsito. Invariavelmente, são xingados pelos motoristas e motociclistas por serem desrespeitosos com as leis de trânsito, quando não são brutalmente atropelados e mortos. Por que a situação permanece assim? Ora, existe alguma política de mobilidade na gestão municipal? Qual é o cuidado que existe com o trânsito de Fortaleza? O Plano Diretor saiu do papel? Basta olhar ao redor.

Gislene Maia de Macedo
Doutora em Psicologia do Trânsito

Fonte: Diário do Nordeste

Desenho universal


É uma concepção que permite a utilização dos espaços públicos ou privados por toda e qualquer pessoa, sejam elas deficientes visuais, auditivas e motoras, idosos, obesos ou, simplesmente, distraídos. A ideia do Desenho Universal é evitar a necessidade de construções especiais para pessoas com deficiência, assegurando que todo e qualquer indivíduo possa utilizar com segurança e autonomia qualquer espaço. O Desenho Universal inclui sete princípios:Igualitário, ou seja, uso por pessoas de diferentes capacidades; Adaptável (uso flexível); Óbvio (uso simples e intuitivo); Conhecido (informação de fácil percepção); Seguro (tolerante ao erro, minimiza acidentes); Sem esforço (baixo esforço físico); e Abrangente (dimensões para todos os tamanhos)


Fonte: Cidades/ Diario do Nordeste. Fotografia Marilia Camelo. Direitos autorias preservados.

Legislação federal é desrespeitada


Há quase dez anos, foi decretada, no Brasil, a Lei Federal 10.098, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas deficientes ou com mobilidade reduzida. Mesmo assim, em Fortaleza, o dispositivo legal não conseguiu atingir os mobiliários urbanos existentes ou, até mesmo, os que foram recentemente construídos.


Durante o desafio intermodal realizado, não existiu um quarteirão sequer que contemplasse os princípios do Desenho Universal ou os parâmetros estabelecidos pelas normas técnicas de acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Pelo contrário, barreiras arquitetônicas e falta de sinalização horizontal ou vertical são a mais pura realidade encontrada nos corredores urbanos, disputados diariamente por centenas de milhares de cidadãos de Fortaleza.


Estudantes, vendedores ambulantes, domésticas carregando compras ou adolescentes passeando com cachorros, todos enfrentam obstáculos para ir e vir em qualquer quadra. A estudante universitária Andréa Costa, por exemplo, tem mobilidade reduzida desde que nasceu e lida, a todo momento, com a falta de acessibilidade na Capital. Para chegar à faculdade, por volta das 18h, ela precisa dispensar um esforço que poderia ser minimizado se as ruas fossem adequadas à realidade de aproximadamente 30 milhões de pessoas com deficiência residentes no Brasil.


Fonte: Cidades/ Diário do Nordeste. Fotografia Marilia Camelo. Direitos autorais preservados.

Calçadas inacessíveis ou inexistentes


No Dia Mundial Sem Carro, o Diário do Nordeste encerra a série de reportagens sobre mobilidade urbana apontando o seguinte resultado: sair do Centro em horário de pico e se deslocar até a zona leste da Cidade, em carro, ônibus ou a pé não é muito diferente. O tempo gasto é quase o mesmo, a variação máxima ficou em apenas seis minutos. A exceção está na bicicleta, que venceu com 33 minutos de vantagem em relação aos outros modais.


Dificuldades foram percebidas em todas as escolhas, no entanto, as negligências maiores se dão com o pedestre. Última fase do teste intermodal, deslocar-se a pé pelos bairros mais disputados de Fortaleza representou para a equipe de reportagem uma verdadeira "odisséia", cheia de peripécias, aventuras e quase atropelos.


De todos os logradouros percorridos nos dez quilômetros, uma única via assegurou uma passagem sem grandes tropeços, mas com altos batentes e outros empecilhos: a Avenida Washington Soares, apesar de plana, apresenta alguns riscos, como insegurança e falta de iluminação. A surpresa no desafio se deu nas avenidas Duque de Caxias, Heráclito Graça, Júlio Ventura e Padre Antônio Tomás. Até chegar ao Cocó, no cruzamento com a Avenida Engenheiro Santana Júnior, por diversas vezes, a reportagem, indo a pé, ultrapassou o engarrafamento dos carros, que começava no Centro e só se encerrava depois da Via Expressa.


Fonte: Cidades/ Diário do Nordeste. Fotografia Marilia Camelo. Direitos autorais preservados.

Serrra de Maranguape em chamas

Algo precisa ser feito, ugentemente. As serras de Maranguape e de Pacatuba, cujo verde dá frutas e legumes e enfeita a paisagem, estão pegando fogo, porém até agora nem a Semace nem a Polícia moveu-se para combater as queimadas que, aparentemente criminosas, ameaçam o que ainda resta de mata ali.

Empresários de Maranguape confessam a esta coluna que nem todo o fogo que constantemente calcina o chão daquela montanha tem origem suspeita: "O pessoal que habita a serra ainda não aprendeu a técnica correta de queimar a terra para prepara-la para a próxima plantação. Por não saber fazer aceiros para evitar a propagação do fogo a outros terrenos, o agricultor, ele mesmo, é o culpado por esse crime contra a natureza", explica um empresário da indústria têxtil maranguapense, revoltado com o que vê todo dia.

Passa a mesma coisa em Pacatuba, onde também, por desinformação ou não, repete-se igual atentado ambiental. No resto do Brasil a situação é semelhante: os rios da Amazônia viraram talvegues por carência de chuva nas suas cabeceiras, algo que só mudará quando outubro chegar. Aqui, a Semace deveria ter um quadro maior de fiscais, e a PM, apesar de recente ampliação da tropa, carece de gente preparada para intervir nessa área. Assim, com a pista livre, os agricultores, sem qualquer cuidado técnico, incendeiam a mata, destruindo a fauna e a flora.

Fonte: Coluna Egidio Serpa/ Diário do Nordeste

terça-feira, 21 de setembro de 2010

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Manifesta!

Doze horas ininterruptas de programação do Manifesta!, um evento organizado para comemorar os 30 anos da Massafeira Livre, movimentaram o Theatro José de Alencar, em Fortaleza. da noite do último sábado até a manhã de ontem.

Fotografia, pintura, desenho, intervenções relâmpago, dança, teatro e música. Muita música. Na melhor tradução do “tudo ao mesmo tempo agora”, o centenário Theatro José de Alencar reacendeu com sucesso o clima de efervescência que levou a juventude do final dos anos 1970 a usufruir do Massafeira Livre, movimento encabeçado por Ednardo, o “guru” Augusto Pontes e companhia entre os dias 15 e 18 de março de 1979. Ocupando absolutamente todas as dependências do local – palco principal, jardim, pátio nobre, Morro do Ouro, Sala Nadir Papi Sabóia, Praça Mestre Pedro Boca Rica, etc. – mais de 300 artistas da nova geração abraçaram o TJA para celebrar o Manifesta!, tendo como pontapé as 18 horas do último sábado (18).

Numa maratona de apresentações e experimentos 100% gratuita, a batida forte do samba misturou-se à melodia da bandinha cabaçal, não deixando de lado o rock autoral, a poesia carregada de malícia e escárnio, a alegria desmedida do trio de palhaços, o tun-tsi-tun da música eletrônica. No jardim, a fotografia no telão recebeu a assinatura de Gentil Barreira. Mais lá no cantinho, a feirinha alternativa trazia ao alcance do público roupas estilosas, mini esculturas de orixás, ímãs de geladeira, relógios estampados com celebridades. A plateia – que, com o passar das horas, tornava-se cada vez maior – contemplava de um tudo: dos roqueiros de cabelos longos aos amantes do reggae com suas calças coloridas.

No palco principal, o ponto alto do Manifesta! deu-se com o show que reuniu alguns dos representantes da Massafeira Livre de 1979. Antes, porém, um documentário produzido por Ednardo e sua filha, Júlia Limaverde, trouxe à tona o registro de imagens inéditas captadas ao vivo durante os quatro dias do evento, além do depoimento de alguns participantes. Com Ricardo Guilherme nas vezes de mestre de cerimônia, os primeiros a se apresentarem foram os irmãos Régis e Rogério, seguidos por Calé Alencar e o parceiro de loas Pingo de Fortaleza. Todos acompanhados pelos músicos Adelson Viana (acordeon e piano), Carlinhos Patriolino (guitarra), Nélio Costa (baixo) e Ricardo Pontes (bateria).

Com performance e vigor impagáveis, Lúcio Ricardo – na época, roqueiro da banda Perfume Azul – arrancou aplausos e gritinhos entusiasmados da plateia; Chico Pio deu passagem para Carol Oliveira, que assumiu o microfone também para apresentar o próprio Ednardo e, posteriormente, a vez de Rodger Rogério. Ao final, mais uma lembrança – e um abraço emocionado – ao amigo Augusto Pontes e, para mais um deleite, todos juntos cantaram a clássica Enquanto Engomo a Calça, aquela dos versos “porque cantar parece com não morrer...”. O encerramento dessa verdadeira maratona cultural de “som, imagem, movimento e gente” só aconteceu – acreditem! - na manhã de ontem. O público certamente só teve a agradecer.

Fonte: O POVO Online

Fortaleza: uma cidade à espera da ordem urbana

Motoristas que trafegam todos os dias pela Rua Moreira Gomes (no trecho que dá acesso à Borges de Melo), na Vila União, não aguentam mais o descaso da Prefeitura para com a via. Quem faz a afirmação é a pedagoga Sílvia Helena Sousa, moradora da área. Conforme diz a leitora, essa rua hoje é considerada uma das mais trafegáveis do bairro. Mas com um trecho ainda de calçamento, a rua não oferece segurança para os motoristas que por ela trafegam todos os dias. Sílvia diz que são buracos, paralelepípedos soltos e muito lixo fazendo parte do layout da via que tem um tráfego intenso de veículos de pequeno, médio e grande porte. “As crateras que se espalham em 80% da rua são responsáveis pelos inúmeros assaltos que acontecem devido à redução de velocidade que se faz necessária para evitar prejuízosmaiores aos veículos e motoristas”.

Quanto ao problema dos buracos, o Distrito de Infraestrutura da SER IV informa que a rua já está dentro do cronograma de reforma de pavimentação da Regional. Sobre o problema do lixo, o Distrito de Limpeza Urbana do órgão municipal assegura que a coleta passa regularmente no local. Contudo, há ponto de lixo porque alguns moradores insistem em pagar catadores para levar os seus lixos domésticos, ao invés de esperarem o caminhão da coleta. Conforme a Regional, técnicos serão enviados ao local para examinar a situação e adotar as medidas que se fizerem necessárias.

Fonte: O POVO nos bairros

domingo, 19 de setembro de 2010

Teresina planeja recuperar as margens dos Rios Parnaíba e Poty

O Município de Teresina, através de seu PRU TERESINA/ Plano de Recuperação Urbana e Ambiental, planeja recuperar as margens dos Rios Parnaíba e Poty, no contexto em que os mesmo passam por seu perímetro urbano e entorno imediato. Estas situações são consideradas dois dos principais Projetos Estruturantes do PRU TERESINA, que deverão transformados em Parques Ambientais dos Rios Parnaíba/ Margem Direita(38 km) e Poty/ Margens Direita Esquerda (30 km), com determinação de faixas de proteção de até 200 metros de largura e integral recuperação da vegetação ciliar desta margens. Uma proposição inédita em todo o Brasil, no tratamento de áreas urbanas e meio ambiente.

Este plano, desde a sua conceituação e organização integralizará capítulos relacionados a requalificação urbana(1), proteção e preservação do meio ambiente e da paisagem(2), mobilidade, acessibilidade e transportes urbanos(3), logistica intramunicipal, metropolitana e regional(4), diretrizes para a habitação social(5), integração metropolitana e regional(6), saneamento ambiental(7), desenvolvimento do turismo(8), atração de investimentos(9) está sendo desenvolvido para a SEMPLAN/ Secretaria Municipal do Planejamento e Coordenação do Município de Teresina sob coordenação geral do Professor/ Arquiteto José Sales e com consultoria especial do Professor/ Arquiteto Romeu Duarte, ambos do Departamento de Arquitetura e Urbanismo/ Centro de Tecnologia/ UFC/ Universidade Federal do Ceará.

Fonte: PRU TERESINA

Saúde e Meio Ambiente

Congresso Nacional sobre Agrotóxicos, Saúde e Meio Ambiente. Dias 21 e 22 de setembro, em Várzea Grande (MT). O evento é uma realização da Escola Superior do Ministério Público da União. Entre os assuntos estão o impacto dos agrotóxicos no mapa ambiental e na saúde do Brasil. www3.esmpu.gov.br ou (61) 3313 5165

Fonte: Coluna Ecologia/ O POVO Online

A discriminação contra os povos indígenas no Nordeste

A discriminação contra os povos indígenas no Nordeste é uma das principais violências sofridas pelas crianças e adolescentes da região. Essa foi uma constatação dos participantes da quarta etapa do ciclo de oficinas sobre direitos e políticas para crianças e adolescentes indígenas que reuniu 40 representantes de povos indígenas da Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Espírito Santo e Minas Gerais, no período de 3 a 5 de setembro, em Recife-PE. A discussão sobre as diferenças entre o ponto de vista indígena e não-indígena do que é considerada uma forma de violência ou agressão contra as crianças e adolescentes indígenas permeou as colocações dos quatro grupos de trabalho compostos pelos participantes.

“A criança indígena que acompanha os pais numa retomada de terra é vista pela população não indígena como um ato de violência, mas, para nós, é uma forma de repassar a nossa história de luta e de garantir que as crianças continuem perto dos seus pais”, afirmou Marcos Sabaru, do povo Tingui Boto, de Alagoas. A falta de escolas diferenciadas nas áreas indígenas, a precariedade no atendimento à saúde, a demora no processo de demarcação das terras indígenas e a ausência de políticas específicas para os jovens indígenas também estiveram presentes no diagnóstico.

A realização da oficina fez parte do projeto ‘Formulação de políticas para crianças e adolescentes indígenas e capacitação dos operadores do Sistema de Garantia de Direitos’, uma parceria entre o Centro Indígena de Estudos e Pesquisas (Cinep), a Secretaria de Direitos Humanos (SDH/PR) e o Conselho Nacional dos Direitos das Crianças e Adolescentes (Conanda). O projeto tem o objetivo de reunir informações sobre as crianças e adolescentes indígenas para formular políticas públicas. Ao final das oficinas vão ser elaboradas diretrizes e propostas para compor o Plano Decenal dos Direitos das Crianças e Adolescentes que contemplem especificidades dos povos indígenas. (a partir de nota do Cinep)

Fonte: Jornalista Edgar Patricio/ Coluna Ecologia/ O POVO Online

sábado, 18 de setembro de 2010

Cocó, Sabiaguaba, Coaçu e Precabura

Realizou-se ontem no Auditório do Departamento de Arquitetura e Urbanismo UFC, um substancial debate sobre o tema acima - Cocó, Sabiaguaba, Coaçu e Precabura - o mais importante contexto urbano ambiental da cidade de Fortaleza. Esta atividade foi composta no ambito dos trabalhos da disciplina PU II/ Projeto Urbanistico II, cujo tema é Meio Ambiente no contexto urbano de Fortaleza. Entre os participantes o vereador e professor de Direito Ambiental João Alfredo Telles Melo, a professora Clarisse Figueredo e os ambientalistas João Saraiva e Aida Montenegro, além do professor José Sales, regente da disciplina.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O futuro das cidades médias

O Centro Internacional Celso Furtado organiza de 6 a 8 de outubro, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), seminário anual com o tema “Cidades médias do Nordeste: espaços, território e inovação”. Eis um assunto pertinente diante do cenário de cidades médias do Nordeste em pleno processo de crescimento acelerado. A questão é verificar como as tais transformações se dão ao tempo em que projetos estruturantes, como os que estão sendo implantados em diversos estados da região. É bem verdade que em boa medida são projetos federais que apenas caminham, como a Transnordestina. Outros são apenas iminentes, como as refinarias da Petrobras e, por exemplo, a siderúrgica do Pecém, que o presidente Lula cita como ação de Governo, mas, só lembrando, é privada. Quando prontas, podem acabar por reforçar a concentração das atividades econômicas nas grandes regiões metropolitanas.

O grupo de professores e pesquisadores do Nordeste e de outras regiões brasileiras, reunidos pelo Centro Celso Furtado, com o apoio da UFRN e do Núcleo de Estudos e Pesquisas Regionais e do Desenvolvimento, da UFPE, farão palestras em torno de quatro mesas: Espaços e territórios no Nordeste — Inovação, fator de desenvolvimento — Cidades Médias, olhares cruzados — Caminhos do desenvolvimento. Haverá dois mini-cursos sobre o “Pensamento de Celso Furtado” e “O debate do desenvolvimento”, e será inaugurada a exposição “Celso Furtado: vocação Nordeste”.

Fonte: Vertical S/A O POVO Online

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Fortaleza é a capital de negócios da fruta

Investidores de mais de oito países da África, incluindo uma missão de Cabo Verde, com 40 membros, da Europa, América do Sul e Estados Unidos, atraídos por novas oportunidades no setor, participam, em Fortaleza, da Frutal 2010 (17ª Semana Internacional da Fruticultura e Agroindústria), aberta na noite de ontem no Centro de Convenções Edson Queiroz.

O evento, que segue até a próxima quinta-feira, (16), consolida-se como o maior evento do segmento no País, transformando Fortaleza na capital brasileira de negócios da fruta. Os organizadores da feira, promovida pelo Instituto Frutal, esperam receber 38 mil visitantes nos quatro dias e movimentar R$ 26 milhões em negócios.

Para o presidente do Instituto Frutal, Euvaldo Brigel Olinda, o grande diferencial da edição 2010 em relação aos anos anteriores é o foco na educação, como o próprio tema “Educação e CT&I Como Indutores do Desenvolvimento” retrata. “Nosso atraso, antes de qualquer fator climático, está na educação, onde a baixa escolaridade dos nossos produtores impede o conhecimento e o acesso às novas tecnologias”, justificou.

Segundo ele, a escolha do tema deste ano é uma forma de apoiar, divulgar e interferir junto aos governos para desenvolver e destacar a importância da educação para o agronegócio da fruta. Bringel ressaltou que a capacitação dos produtores elevou o Ceará ao patamar em que se encontra hoje. “Daí a nossa preocupação em oferecer aos pequenos produtores do Ceará oportunidades de capacitação e acesso às novas tecnologias do setor agrícola”, destacou.

PALESTRANTES

A edição deste ano, conta com a participação de 220 palestrantes nacionais e internacionais, que estarão abordando temas da maior importância para o aumento do conhecimento e a troca de experiências. Ao todo, são oito cursos técnicos, além do Projeto Caravanas, organizado em parceria com o Sebrae de cada cidade e outras atividades.

Outra novidade da Frutal 2010 é o I Prêmio Institucional Agropólos de Inovação Rural, voltado para produtores rurais de pequeno, médio e grande porte, residentes no Ceará. A premiação levará em conta a criatividade, originalidade, funcionalidade, aplicabilidade, sustentabilidade e consciência ambiental. A Feira de Negócios conta com 320 estandes montados.

EXPORTAÇÕES

No ranking das exportações de frutas frescas, o Ceará ocupa o primeiro lugar entre os estados brasileiros, com o montante de US$ 23,68 milhões negociados apenas no trimestre de 2009. Levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, aponta que o desempenho do Estado vem seguido de perto pelo do Rio Grande do Norte, com US$ 22,59 milhões. São Paulo figura em terceiro lugar, com US$ 15,6 milhões exportados. Quarta e quinta posições estão, respectivamente, com Bahia (US$ 8 milhões e Pernambuco (US$ 4,1 milhões).

Espaço urbano caótico

A ocupação dos espaços públicos está se dando de forma exageradamente desordenada, o que demonstra uma dificuldade dos órgãos públicos de promoverem um melhor planejamento urbano. Com um bom planejamento é possível prever a demanda de crescimento e adequar os espaços públicos urbanos. Fortaleza é uma cidade que exerce uma área de influência sobre dois milhões de habitantes.

As pessoas vem de outras cidades para fazer compras aqui, de forma mais econômica. Então, precisamos estar equipados para essa demanda, tanto do ponto de vista da estrutura da prestação do serviço comercial, como da hospedagem dessas pessoas. O planejamento urbano é o meio de se antecipar as demandas sociais e econômicas e dotar a cidade por instrumentos necessários para atender a todos. Tem que existir ainda o controle urbano, ou seja, você não pode permitir a ocupação desordenada do espaço urbano, principalmente o público.

As cidades são projetadas para cumprir quatro funções: habitar, trabalhar, circular e recrear. Os espaços públicos, especialmente as praças, são o espaço de convivência e de recreação das pessoas. Elas cumprem uma função fundamental da cidade e, por isso, não podem ser ocupadas quase que majoritariamente por atividades comerciais, porque vai prejudicar outras funções sociais.

Odilo Almeida Presidente do IAB CEARÁ

Prefeitura só promete, mas não tira ambulantes do Centro


Eles estão por todos os lados. Nas calçadas, ruas, praças, em frente a postos de saúde ou até mesmo nas paradas de ônibus. A ocupação desordenada de ambulantes e camelôs no Centro de Fortaleza gera problemas no trânsito, na segurança dos pedestres, no comércio formal e na produção excessiva de lixo no bairro. Embora reconheça que os vendedores utilizam os espaços públicos por uma questão de sobrevivência, a população cobra da Prefeitura uma solução urgente. Esta, por sua vez, fica apenas na promessa.

Segundo a secretária executiva da Secretaria Executiva Regional do Centro, Ana Nery Azevedo, ainda não há data, projetos ou locais definidos para encaminhar os ambulantes e camelôs que ocupam o Centro da Capital. Conforme, informou, propostas ainda estão sendo elaboradas e alguns prédios públicos analisados para que até o final do mandato da prefeita Luizianne Lins o problema seja resolvido definitivamente.
Uma feira se formou em um dos principais cartões-postais da cidade, o Theatro José de Alencar. A praça que leva o mesmo nome, está tomada por ambulantes. O local parece até um shopping em céu aberto. Manequins são expostos na praça trajando vestidos e jeans da moda, para os pedestres é impossível transitar sem tropeçar nas peças que estão espelhadas pelo chão.As calçadas vizinho ao teatro também já estão repletas deles.
Em frente antigo Lord Hotel, os ambulantes encontram espaços entre as bancas de revista e carrinhos de comida. A ocupação do espaço público chegou ao ponto da reportagem flagrar, na manhã de ontem, uma banquinha de roupas, instalada debaixo de uma parada de ônibus.
Mas é na Praça da Lagoinha o estado mais crítico. De uma ponta a outra, o logradouro é tomado por barracas que comercializam os mais diversos produtos. Tanto, que até o vendedor autônomo Laerte Souza Lemos, de 36 anos, que vende roupas e calçados no local, disse que não concorda com a ocupação desordenada. "Antes era só em uma pequena parte, mas agora ocupa a praça toda. É um espaço de lazer a menos que a população dispõe", lamentou o vendedor.Essa, no entanto, não é a realidade de todas as praças do Centro.
Na do Ferreira e na dos Leões, o comércio de ambulantes praticamente inexiste. Salvo alguns carrinhos de picolé, água de coco e frutas frescas que são vistos de passagem. No local, a população ainda pode desfrutar, com qualidade, do espaço público, são pontos de encontro para todas as idades.
Fonte: Cidades/ Diario do Nordeste

Made in Ceará

O arquiteto cearense José Sales, crítico do projeto de requalificação da Praia de Iracema, está respondendo pelo projeto de requalificação da capital piauiense, Teresina. Essa ação planeja a cidade até 2020.

Fonte: Coluna Vertical/ O POVO Online

Comentário da postagem; O Arquiteto José Sales na realidade é piauiense, mas também paulistano por adoção, pois por lá morou por 14 anos. Mais tarde também por adoção se transformou em cearense, porque aqui está há 27 anos.

domingo, 12 de setembro de 2010

Iniciativa de dar inveja a Paulo Freire

Projeto de extensão da Universidade Federal do Ceará dá apoio à criação de bibliotecas comunitárias no Interior. Além dos livros, outros serviços são levados às comunidades através do "Ler para Crer", que já conta com sete unidades em três municípios.

Vai inteirar um ano que os livros chegaram ao distrito de Carapió, a três quilômetros da sede de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza. Desde novembro do ano passado, a biblioteca comunitária criada na sede da associação de moradores recebe gente de todas as idades. A biblioteca de Carapió é uma das sete apoiadas pelo “Ler para Crer”, projeto de extensão da Universidade Federal do Ceará (UFC) que incentiva esse tipo de iniciativa em três municípios do Ceará.

Raimunda de Oliveira, 53, voluntária na biblioteca de Carapió, conta que, no começo, muitos jovens não queriam saber de leitura, mas hoje a situação é diferente. “A gente tinha esse sonho (de construir a biblioteca), mas você sabe que as coisas têm o seu tempo. Em novembro, a biblioteca completa um ano, e nós vamos nos reunir para pensar o aniversário”, planeja.

De acordo com Raimunda, todos os dias, entre 30 e 40 pessoas frequentam o local para pesquisar, fazer empréstimo de livros, participar de aulas de violão e flauta, rodas de leitura e oficinas de artesanato. Segundo ela, o público “não tem idade”, mas diz que os jovens são os frequentadores mais assíduos, atraídos principalmente pelas histórias em quadrinhos. Para fisgar novos leitores, são organizadas apresentações teatrais.

De tanto iniciar os mais novos no gosto pela leitura, Raimunda também se tornou amiga dos livros. “Aquele que tem mais poesia é o que gosto mais”, diverte-se.

O projeto “Ler para Crer” surgiu em 2008 com o objetivo de incentivar a criação de bibliotecas comunitárias em municípios cearenses. No ano passado, começaram a ser implantadas bibliotecas em Aquiraz (3), Itaitinga (2) e Redenção (2). Em 2011, o projeto deve chegar a outras três cidades.

A coordenadora do projeto, professora Lídia Cavalcante, explica que o apoio dado às comunidades visa à autogestão das bibliotecas. No momento inicial, os municípios recebem dos professores e bolsistas do curso de Biblioteconomia dois dias de oficinas preparatórias para a implantação do projeto nas comunidades.

“Depois de criadas, as bibliotecas oferecem acesso a serviços que vão além dos acervos. A ideia é que elas possam trabalhar em prol da identidade comunitária”, detalha. De acordo com Lídia, algumas das bibliotecas já começam a criar, inclusive, salas da memória local, com acervos familiares de fotos, por exemplo.

Fonte: Jornalista Thiago Mendes/ O POVO Online

Comentário: Está aí uma grande iniciativa que o Estado do Ceará poderia imitar.

Infraero deixa o Aeroporto do Cariri ... a ver navios

“Em 21 de maio deste ano o superintendente regional do Nordeste da Infraero, Fernando Nicácio da Cunha Filho, assinou a liberação do edital para a contratação da empresa responsável pela instalação dos Módulos Operacionais dos Aeroportos de Teresina/Senador Petrônio Portela (PI) e Juazeiro do Norte/Orlando Bezerra de Menezes (CE). O pregão da licitação de acordo com a Infraero foi feito em 4 de junho e o investimento previsto para os Módulos Operacionais será de R$ 3,7 milhões para Teresina e R$ 2,8 milhões para Juazeiro do Norte.

Passados mais de três meses as obras não tiveram início. A Infraero tampouco explicou à comunidade caririense o motivo das obras simplesmente não começarem. E aí? O Cariri vai ficar mesmo a ver navios e o aeroporto sem estrutura necessária para seu funcionamento?”

Fonte: Coluna Cariri/ O POVO

sábado, 11 de setembro de 2010

Cadastro de Unidades de Conservação

Em comemoração aos 10 anos do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC (Lei nº 9.985/2000), o MMA lança o novo Portal do Cadastro Nacional de Unidades de Conservação – CNUC. O portal possui um banco de dados cadastrais de todas as unidades de conservação brasileiras e suas principais informações, como sobre seu gerenciamento, abertura para visitação e plano de manejo.

O cadastro virtual é uma ferramenta para análises e balanços sobre as 743 unidades de conservação (310 federais, 374 estatuais e 60 municipais), auxiliando na melhor aplicação de políticas públicas para a preservação.

O CNUC é o banco de dados oficiais do SNUC, mantido pelo pelo Ministério do Meio Ambiente com a colaboração do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e de outros 93 órgãos gestores estaduais e municipais. Esse recurso permite consultas públicas personalizadas de relatórios, mapas, além de possibilitar a utilização de filtros para pesquisas específicas, como categoria de manejo, esfera administrativa, UF, bioma e programas das unidades de conservação. Os dados são disponibilizados em formato de fichas que facilitam o acesso às informações.

Foram criados também 14 mapas pré-confeccionados que ilustram a distribuição das unidades de conservação nos biomas nas três esferas de gestão, além das áreas prioritárias para a conservação em todo o território brasileiro.

Acesse: www.mma.gov.br/cadastro_uc

Fonte: Portal O ECO

Seca nos rios da Amazonia

O transporte de passageiros e alimentos durante à noite no Rio Abunã, em Rondônia, está proibida devido à vazante dos rios na Amazônia. A Capitania dos Portos ameaça também suspender por tempo indeterminado o transporte de veículos pesados pelas balsas, que carregam combustíveis, alimentos e outras mercadorias. Esta medida poderia afetar o abastecimento no interior de Rondônia e no Acre. As informações são da Agência Nacional de Águas. Segundo a ANA, o nível dos rios está próximo ao do registrado durante a seca de 2005. A principal exceção é o Rio Negro, que vem baixando, mas ainda está cerca de 6 metros acima da menor cota registrada. Devido à seca e às queimadas, a Defesa Civil do Amazonas já emitiu alertas para 26 municípios do estado.

Três prefeituras do Amazonas já decretaram situação de emergência e e pelo menos outras três estão em vias de decretar, devido a estiagem no Sul da Amazônia. As informações são da Associação Amazonense dos Municípios, mas os decretos municipais precisam ser homologados pela Defesa Civil. Estes municípios dependem do acesso pelos rios, que estão em níveis críticos, que impedem a navegação. Alguns já enfrentam problemas de abastecimento e a falta de combustível pode prejudicar o fornecimento de energia elétrica. As áreas mais atingidas são as calhas dos rios Juruá, Madeira e Alto Solimões.

De acordo com a superintendência regional do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o alto dos rios Solimões e afluentes. Enquanto vilas e comunidades nos altos Juruá, Purus e Madeira são bastante afetados pela vazante, no leito principal do Solimões, o rio ainda está a 4 metros do menor nível registrado. A principal diferença em relação à seca de 2005 é que naquele ano a Bacia do Rio Negro também foi afetada. Este ano, o nível do Rio Negro está dentro do considerado normal. A CPRM vai enviar uma equipe ao Alto Solimões para verificar em loco a situação.

Na Calha do Rio Juruá, fronteira com o Peru, cinco municípios, que somam uma população total de 80 mil pessoas, estão isolados. Mercadorias só chegam a esta região em canoas. Em Itamarati (985 quilômetros de Manaus), o rio Juruá está a 60 centímetros de alcançar o menor nível já registrado, em 2005. A produção de mandioca e melancia está prejudicada. Nos outros municípios, a falta de combustível ameaça o fornecimento de energia elétrica. Em Ipixuna (1380 quilômetros de Manaus), já está faltando gasolina.

Na calha do Rio Madeira, a estiagem prejudica até o senso do IBGE. No município de Borba (150 quilômetros de Manaus), duas mil pessoas de 30 comunidades estão isoladas. Humaitá e Manicoré estão em estado de alerta. No Alto Solimões, o município mais afetado é Benjamin Constant, na fronteira com o Peru, que recentemente enfrentou problemas devido a um vendaval. Os barcos só chegam até o município de Tabatinga, a a partir de lá, as mercadorias são transportadas em balsas. Segundo o prefeito de Benjamin Constant, José Maria Júnior, 28 comunidades, onde vivem 2 mil famílias, estão isoladas no município. Em Atalaia do Norte, município vizinho, a prefeitura anunciou que vai decretar situação de emergência.

Fonte: Jornalista Vandré Fonseca/ Portal O ECO

José de Alencar: faltam medidas efetivas


O caso da Feira na Praça José de Alencar traz a tona um problema antigo, que teoricamente já havia sido solucionado, já que em janeiro de 2009 a Prefeitura de Fortaleza realizou uma operação para proibir a atuação dos ambulantes irregulares no logradouro. Na ocasião, ocorreram, inclusive, confrontos entre fiscais da Prefeitura e ambulantes.

A diretora administrativa do Theatro José de Alencar (TJA), Silêda Franklin, contou que desde quando assumiu a gestão, em 2007, que vem lutando para que seja feita uma intervenção coletiva no Centro. Com esse intuito, criou-se o Fórum Viva o Centro, que reúne mais de 30 instituições culturais que atuam no bairro. "O Theatro vem abrigando essa ideia, mas ela surgiu coletivamente", explicou.

No ano passado, lembrou Silêda, houve uma grande intervenção no Centro de Fortaleza e todos os ambulantes foram retirados da Praça José de Alencar, sendo transferidos para outros locais. "O objetivo é que a praça pudesse ser uma continuação do Theatro, como deveria ser. E as pessoas que chegassem pudessem vislumbrar esse patrimônio cultural cearense, sem interferências", defendeu. Durante seis ou sete meses, Silêda disse que o logradouro passou a funcionar sem nenhuma interferência dos ambulantes.

"Passamos a realizar várias atividades na praças, como peças teatrais ao ar livre", lembrou". No entanto, de aproximadamente 45 dias para cá, ela voltou a ser ocupada desordenadamente. A diretora reclama que não foi tomada nenhuma providência por parte da Prefeitura de Fortaleza. "A minha preocupação é que esse comércio ambulante se multiplique" alertou a diretora do TJA.

Fonte: Cidades/ Diário do Nordeste

Ambulantes voltam a ocupar a Praça José de Alencar ²

A Prefeitura de Fortaleza, através da Secretaria Executiva Regional do Centro (Sercefor), disse que está em vias de desapropriar um local para abrigar adequadamente os feirantes da Praça José de Alencar. "Isto cumpre uma determinação do Ministério Público e vai ao encontro de um projeto maior de retirada de toda atividade irregular dos espaços públicos do Centro de Fortaleza. O projeto já está pronto e requalificará a área compreendida entre as praças do Ferreira e José de Alencar e as ruas Pedro Pereira e São Paulo".

Fonte: Cidades/ Diário do Nordeste

Comentário da postagem: Tudo indica que a SERCEFOR só existe virtualmente. Há declarações mais declarações e entrevistas da Secretária Especial do Centro e nada de concreto se consolida.

Ambulantes voltam a ocupar a Praça José de Alencar

As praças da Capital voltam a ser alvo de ambulantes. Dessa vez, o foco é a Praça José de Alencar, que há cerca de 45 dias voltou a ser ocupada de forma desordenada por vendedores autônomos. Contudo, este não é um caso isolado, já que outros logradouros do Centro, como a Lagoinha e Praça dos Leões, passam pelo mesmo problema.

No caso da José de Alencar, por enquanto, o comércio atinge a praça e os arredores do Theatro José de Alencar, mas com a proximidade das festividades de fim de ano, quando aumenta a demanda, a preocupação da administração do TJA é que a feira volte a tomar proporções maiores, como havia anteriormente, inclusive com a ocupação das calçadas do instrumento cultural.

"Ainda não subiram a calçada, mas se a Prefeitura não tomar medidas urgentes e incisivas, a situação irá se agravar", alertou a diretora administrativa do equipamento, Silêda Franklin. Ela afirma que até o momento, nenhuma providência foi tomada pela Prefeitura.

Silêda denuncia que a feira interfere diretamente no funcionamento do Theatro, inclusive nas apresentações, pois os sons são tão altos que, por várias vezes, já tiveram que pedir para diminuírem o volume. Além disso, a diretora reforça que de acordo com o Decreto Lei 25, de 30 de novembro de 1937, é proibida a ocupação dos arredores. "Todos os monumentos tombados têm que ter o seu entorno livre para a circulação da população e para a preservação do bem", esclarece.

O guia cultural Fábio Lessa, de 21 anos, não concorda com a presença dos vendedores autônomos. Para ele, o acesso ao TJA fica prejudicado, porque os ambulantes são muito desordenados. Além disso, diz que tem a questão da poluição sonora. "É horrível, são vários sons ao mesmo tempo", contou. Já o artista e produtor de teatro e música Rodrigo Oliveira, vê o fato como uma ação descoordenada. Ele reclama que não existe, na gestão municipal, uma política pública de ocupação do Centro coordenada e eficiente.

O artista enfatiza que trata-se de um bem imaterial e quando as pessoas o encobrem, impedem a sociedade de vivenciar essa arquitetura patrimonial. Por outro lado, diz que é legítimo a busca pela sobrevivência, uma vez que o País não oferece condições adequadas para trabalhar. Como solução, sugere a transferência dos vendedores para um prédio abandonado.

Tatuagens de henna, óculos escuro, ervas naturais, brincos e colares artesanais, roupas e sandálias, são apenas alguns dos utensílios comercializados ao lado do Theatro José de Alencar, pela Rua General Sampaio. O vendedor autônomo Francisco Bezerra da Silva, de 50 anos, disse que há dez anos trabalha no local, mas aos sábados, contou, o calçadão é tomado pelos ambulantes. "Eles invadem mesmo, colocam roupas, todo tipo de coisa. Como trabalho ao lado, não atrapalho, mas no chão, em frente ao Theatro, acho sacanagem", reclamou.

A Feira José de Alencar começa, todos os dias, às 10 horas e se estende até as 20h.A vendedora autônoma Alice Montenegro Castelo, de 32 anos, disse que há um ano vende roupas na praça. Ela admite que o comércio prejudica o TJA, mas diz que não lhe resta outra opção. "Atrapalhar, atrapalha, mas a gente não tem um local para ir, se a Prefeitura desse um lugar para a gente trabalhar, com certeza o Theatro ficaria livre. Faz é tempo que estamos nesse peleja".

Fonte: Cidades/ Diário do Nordeste

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Requalificação urbana e ambiental da Praia de Iracema: uma obra sem previsão de finalização

A implantação da proposta de requalificação da Praia de Iracema se transformou em mais um aobra interminável da atual gestão municipal de Fortaleza. O que era para ser um novo contexto urbano qualificado escorrega em questões de gestão e de alterações sucessivas do projeto, para atendimento de questões particulares, comprometem irremediávelmente a qualidade do mesmo.
Parecem que existem dois pesos e variadas medidas para as soluções de desenho urbano propostas. E estas diretrizes incidem em erros de soluções de projeto urbano notáveis, como por exemplo:

  • o projeto não indica nenhuma proposição de integração entre o novo desenho e a situação existente na Ponte Metálica que está precisar urgentemente de um roteiro de ordenamento, definição e usos e ocupação.
  • a "Piscininha" a "Prainha do Estoril" desapareram como em um passe mágica, para dar lugar á ampliação do calçadão, mas ao mesmo tempo "se manteve" a privatização do espaço público proposta pelo restaurantes da Rua dos Tremembés e especificamente do Restaurante Sobre o Mar, que construi um jardim particular e rampas no espaço público envoltório da edificação, que irregularmente avançava sobre todos os recuos.
  • ao mesmo tempo a proposta destina todo o leito da Avenida Almirante Tamandaré para estacionamento de veículos, no que deveria ser um imenso boulevard interligando o Complexo Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar com o futuro Caixa Cultural e com a recomposição do Pavilhão.
  • outra "ausencia assustadora" trata das não existencia de arborização urbana prevista em toda a orla em requalificação desde a Praia do Ideal até Praia de Iracema e Poço da Draga. Existem imensas jardineiras circulares para colocação de vegetação arbustiva, mas nenhuma mínima área para plantio de árvores de porte ou mesmo recomposição do antigo coqueiral em beira mar, que feneceu por velhice ou foi destruído pelo avanço do mar ou simplesmente removido pela por incúria de nossos administradores municipais.

Entendemos que a Prefeitura Municipal de Fortaleza, através de sua Gerencia de Projetos Especiais, devria, urgentemente, mandar verificar, que proposições de projeto são estas que privilegiam os estabelecimentos privados em detrimento do espaço público, que destinam áreas nobres de pdestres para estacionamento de veículos e esquecem que a arborização urbana é um item importante e obrigatório da requalificação urbana.

O discurso de requalificação urbana está sendo integralmente distorcido pelo projeto e pelo que está em implantação. Ou a equipe não tem pratica das diretrizes propostas pelo programa e o desenho urbano reflete o mesmo ou alguma coisa está muito errada mesmo. Alguém pisou na bola, mas ainda é tempo de corrigir a queda.

Professor/ Arquiteto José Sales

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Teresina irá desenvolver seu Plano de Requalificação Urbana


Teresina, capital do Estado Piauí e pólo principal da região do Meio Norte brasileiro, RIDE Teresina - Região Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina - com seus 850 mil habitantes e influencia sobre um conjunto de 20 outros muncipios nos Estado do Piauí e Marannhão, configurando um universo de mais de 1,5 milhão de pessoas, está iniciando o desenvolvimento de seu Plano de Requalificação Urbana, o PRU TERESINA, que definirá os grandes projetos estruturantes que deverão ser consolidados neste município, nos próximos 10 anos. Ação que também envolve a busca de parcerias com o Governo do Estado do Piauí e com o Governo Federal e, apoio dos bancos internacionais de fomento e financiamento.

Fonte: Ibi Tupi Projetos e Consultoria

Os caminhos dos direitos autorais

Encerrada a consulta pública promovida pelo Ministério da Cultura para reformulação da legislação sobre direitos autorais, alguns impasses permanecem. A reforma, que pretende atuar sobre os direitos do autor, do cidadão e do Estado, divide opiniões.

Pouco mais de 7.800 manifestações foram contabilizadas pelo Ministério da Cultura na consulta para reformulação da legislação sobre direito autoral. Até a semana passada, especialistas, instituições, artistas e cidadãos cadastraram suas propostas via Internet. A reforma, em construção desde 2007, é uma resposta a queixas e críticas frequentes ao Ministério por parte dos cidadãos e dos profissionais das artes. Ainda na gestão de Gilberto Gil, um fórum de discussão foi criado. Por meio dele, oito seminários e 80 reuniões setoriais foram promovidas até 2009. Em 2010, o Governo Federal propôs um anteprojeto levado à apreciação da sociedade.

Contudo, ainda em abril deste ano, representantes da Abramus (Associação Brasileira de Música e Artes), do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) e entidades ligadas ao teatro, à literatura e à música inauguraram um coletivo intitulado Comitê Nacional de Cultura e Direitos Autorais, cujo objetivo seria fundamentalmente fazer oposição às mudanças pretendidas pelo governo para a lei de direitos autorais. Para Glória Braga, porta-voz do Ecad, o anteprojeto levado à consulta pública prioriza o caráter mercadológico da cultura. "Os direitos exclusivos dos criadores intelectuais passaram a ser meros interesses. Os autores viraram simples produtores de conteúdo".

Segundo José Vaz, coordenador-geral de Gestão Coletiva e Mediação em Direitos Autorais, do Ministério da Cultura, são três os principais enfoques da reforma. O primeiro é o reforço da posição contratual do autor, ou seja, o estímulo à produção e à efetivação de contratos entre os autores e as empresas que investem em suas obras. "Os contratos hoje são, muitas vezes, dispensados ou feitos sem legalidade. Apoiado pela lei, o autor vai poder exigir uma documentação e assim negociar melhor e controlar seus lucros", afirma José Vaz.

O segundo diz respeito aos hábitos dos cidadãos, como a reprografia de livros. Neste caso, o anteprojeto visa flexibilizar a lei de modo que essas práticas cotidianas sejam orientadas à legalidade. "Hoje um professor que queira usar um filme em sala de aula precisa pedir autorização. Isso não é sensato, já que a intenção da exibição é educativa", defende Vaz. A nova proposição prevê ainda a isenção no pagamento de direitos autorais a atividades religiosas e terapêuticas, como as dinâmicas realizadas em hospitais. De acordo com o coordenador, o desenvolvimento de produtos voltados aos portadores de deficiência física também é um viés a ser repensado.

Acesso e regulação

A instituição da licença não voluntária, que confere ao Presidente da República o direito de autorizar, em determinadas situações, o uso de produtos culturais independente da permissão dos autores, foi uma das proposições mais polêmicas do anteprojeto. Ao mesmo tempo em que viabiliza o acesso e a preservação de algumas obras, a concessão desse poder ao governo não é bem vista por alguns.

Para José Vaz, a Cinemateca Brasileira, detentora de um dos maiores acervos audiovisuais da América Latina, é um exemplo de instituição que seria beneficiada pela proposta. "São 200 mil rolos de filmes na Cinemateca e muitos deles se perdem por conta dos obstáculos para a restauração: ou o autor já faleceu ou as famílias não autorizam... Queremos viabilizar isso de forma mais ágil, para que a memória da nossa sociedade permaneça", defende o coordenador.

Gloria Braga, porém, considera que a possível medida seria autoritária: "A licença invade ainda mais os direitos dos autores de decidirem livremente sobre o uso de suas obras. Como se não bastasse, as tais licenças não voluntárias serão alvo de pagamento de direitos ao Poder Público, e não aos autores".

Fiscalização

O terceiro enfoque principal está em definir o papel do Estado no contexto dos direitos autorais. "Em linhas gerais, o comércio de produtos culturais movimenta em torno de 4 a 7% do PIB nacional. Esse é um valor significativo e o Estado deve, portanto, não necessariamente intervir, mas atuar, estar presente nesse setor", argumenta Vaz. Para o Ministério da Cultura, o governo deve instituir uma instância administrativa que atue na fiscalização das entidades que recolhem o pagamento de direitos, como o Ecad, e na resolução de conflitos.

Gloria Braga é enfática ao se opor à medida: "No afã de intervir na gestão de caráter privado das associações de direito autoral, o Ministério da Cultura chama para si o poder de outorgar registro e autorização de funcionamento às entidades, cobrando delas uma série de procedimentos hoje já praticados e fiscalizados por seus associados, únicos e legítimos interessados do bom funcionamento de suas entidades. Enquanto isso, o anteprojeto não cria qualquer penalidade para as empresas de radiodifusão violadoras de direitos e inadimplentes", critica. "Nem a ditadura militar ousou tanto!", chega a comparar.

Em meio à controvérsia, agora que a consulta pública foi finalizada o Ministério da Cultura prevê uma série de procedimentos internos, como a catalogação e a filtragem das propostas, a fim de que, posteriormente, se elabore um documento oficial. Questionado sobre a possibilidade de o processo eleitoral influenciar as mudanças na legislação sobre o tema ou atrasar o processo de aprovação da nova lei, José Vaz pontua: "Não acredito que as eleições cheguem a inviabilizar a reformulação. Os próximos governantes, independente de partidos, não poderão fechar os olhos para essa demanda da sociedade".

Fonte: Caderno 3/ Diário do Nordeste

O shopping aberto da José Avelino ainda sem solução

Com uma média de oito mil vendedores, a feira da Rua José Avelino atrai, todos os domingos, aproximadamente 50 ônibus abarrotados de pessoas de diversos estados do País. Porém, até mesmo entre os que ali trabalham, há reclamações de transtornos em decorrência do amontoado de carros que se forma na Avenida Castello Branco (Leste-Oeste), o que torna o tráfego impraticável.

Hoje, a Feira da José Avelino possui uma média oito mil vendedores e funciona em três galpões. O dia de funcionamento é sempre entre os domingos e as quintas feiras, com início às 15 horas e término às 9 horas do dia subsequente. O movimento comercial atrai comerciantes de estados como Piauí, Pernambuco, Pará, Amazonas, Rio Grande do Norte e Paraíba.

Antes, era chamada Feira da Sé e funcionava na praça em frente à Catedral Metropolitana de Fortaleza, até que a Prefeitura de Fortaleza determinou a desocupação da Praça da Sé, no Centro. A ação foi feita na noite do dia 20 de maio de 2009.


Fonte: Cidades/ O POVO Online

Comentário da postagem: A Prefeitura Municipal de Fortaleza através da SERCEFOR/ Scretarria Especial do Centro, não consegue dimensionar um solução a esta demnada urbana. E entra ano e sai ano e a mesma se agrava, comprovadamente. As soluções sempre passam "por tapar o sol coma peneira" e deslocar os feirantes para outros municípios. O PDITS FORTALEZA/ Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável do Município de Fortaleza fez diversas recomendações quanto á soluções urbanisticas e de gestão, mas as mesmas foram "solenemente" guardadas em alguma gaveta perdida da Administração Municipal.

domingo, 5 de setembro de 2010

Novas descobertas do Brasil Holandês


Esta descoberta e a sua publicação recupera capítulos da história do Brasil e do Ceará. O que pode ser ampliado ainda mais com o estudo de outros documentos disponíveis na Holanda, conforme afirmou Teensman: "os arquivos holandeses abusam de documentos ainda desconhecidos sobre o Brasil do século XVII".

Fonte: Caderno Regional/ Diario do Nordeste.O Mapa Y-59 descreve a costa cearense, com o título "A costa do Brasil entre Jabarana (Ponta Grossa) até a Barra do Ceará".

Mapas históricos traçam rota dos holandeses no Ceará ²


No documento 4.VEL Y-59, referente ao Ceará, constam alguns topônimos desconhecidos. Como ele foi produzido em um holandês antigo e em letra manuscrita, os pesquisadores têm dificuldades em identificar as palavras. Além disso, foram escritos em alfabeto gótico, dificultando ainda mais a leitura. Os textos estão cheios de referências de lugares brasileiros, de acordo com o pesquisador.


Devido ao não conhecimento do idioma indígena, os cartógrafos da época cometiam muitos erros na identificação. "Eu chamo isso de corruptela e para restaurá-las tem que se conhecer termos do tupi-guarani e do português e isto é uma experiência nas línguas de anos e anos".


O pesquisador conta, ainda, com o trabalho de outros profissionais, incluindo brasileiros, na tentativa de identificar os topônimos. Lodewijk Hulsman e E. van den Boogaart são alguns dos especialistas na época do Brasil holandês. Ao estudar com atenção o texto da antologia e a qualidade dos mapas, Teensma identificou, no entanto, a autoria da organização desses documentos: o diretor da Companhia das Índias Ocidentais, João de Laet. Segundo dados de Teensma, Laet reuniu em atlas manuscrito mapas e textos geográficos, todos anônimos, a respeito do Brasil.


Alguns mapas datam de 1643, desenhados por George Marcgraf, por encomenda de Maurício de Nassau. Posteriormente, "os mapas serviram de base aos mapas que se encontram impressos no famoso Gaspar Barlaeus, de 1647", afirma o professor Teensma. Este livro foi editado no Brasil, em 1940, com o título "Histórico dos feitos recentemente praticados durante 8 anos do Brasil". Além dos manuscritos, existe também um mapa mural, publicado em Amsterdã, em 1647, pelo editor de Barleus, chamado João Blaeu. "Lá consta um letreiro que diz que o cartógrafo chamava-se George Marcgraf e que desenhou os originais em 1643 por ordem de Nassau", disse.


Fonte: Caderno Regional/ Diario do Nordeste. Mapas do século XVII descrevem a topografia do Ceará. Alguns topônimos precisam ser identificados.

Mapas históricos traçam rota dos holandeses no Ceará


Pesquisadores holandeses e brasileiros estudam os fragmentos da história da época do Brasil holandês mapas. Há 373 anos os holandeses chegavam ao Ceará sob o comando de Jorge Gartsman e o Coronel Hendrick Huss. A chegada resultou no combate entre 126 homens bem armados e com muita munição e outros 33 com armas deficientes e baixa munição, e na tomada do então Forte de São Sebastião, hoje Forte de Nossa Senhora de Assunção.
Apesar do curto período da estadia nas terras alencarinas, entre expulsões e retornos, os profissionais trazidos pelas tropas holandesas conseguiram registrar detalhes da costa litorânea e da topografia cearenses e de outros lugares do Brasil. Muitos destes documentos ainda estão desconhecidos. Alguns estavam guardados em gavetas e arquivos em universidades e bibliotecas da Holanda e dos Estados Unidos, conforme declaração do linguista, professor e pesquisador independente, Benjamin Teensma. Outros já foram publicados como atlas e guias aqui no Brasil e também em outros línguas.

De acordo com Teensma, a mais recente descoberta é o documento 4.VEL Y, de propriedade do Arquivo Nacional dos Países Baixos, denominado como "Den Corte Bescrijvinge. Inhoudende. De Cust van Brazil ende meer andere Plaetsen"(Uma breve descrição contendo a costa do Brasil e outros locais), datado de 1640, ainda com autor anônimo.

No total são 30 mapas sobre a costa brasileira. Um deles, 4.VEL Y-59, mostra a costa do Ceará e tem o título "De Cust van Brazil tussen Ponte Abaron en Rio Sijara"(A costa do Brasil entre Jabarana (Ponta Grossa) até a Barra do Ceará).

"São atlas manuscritos com uma breve descrição da costa do Brasil e mais alguns lugares (Chile e Angola). São 30 mapas dedicados à costa do Brasil, de Ilhéus (BA) ao Maranhão. Um deles, o número 15, descreve o mapa do Ceará, com dados hidrográficos, detalhes geográficos, topografia, rios", afirmou o pesquisador.

Parte destes documentos serão apresentados durante as comemorações do quarto centenário de George Marcgraf, alemão nascido em 1610 e cartógrafo de João Maurício de Nassau que registrou dados do Brasil, em simpósio e exposição, em Leiden, na Holanda, com previsão para acontecer no dia 23 de setembro. Além disso, uma publicação está sendo preparada por um editora brasileira, a Kapa Editorial, contendo todos o conteúdo do atlas.

Em 2007, a mesma editora publicou o livro "Roteiro de um Brasil desconhecido", com documentos inéditos da costa brasileira e também do Ceará. O professor Teensma ajudou na pesquisa e na localização dos documentos apresentados. Agora, a editora será responsável, também, pela publicação dos novos documentos. "Para a edição de 2007, os editores visitaram a Holanda para escolher as ilustrações e eles selecionaram três. Agora querem publicar o atlas manuscrito anônimo 4.VEL Y. Está se preparando uma edição fac-símile em holandês, português e inglês", afirmou ele.
Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste. Cartografia mostra as rotas percorridas pelos holandeses. O acervo data de 1640,0 segundo pesquisadores.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Cocó, Sabiaguaba, Coaçu, Precabura e Pacoti


Alunos do Curso de Arquitetura e Urbanismo UFC, iniciaram nas atividades da disciplina PUR II/ Projeto Urbanistico II,cujo tema é "Meio Ambiente no contexto urbano de Fortaleza" a apresentação de partes de um diagnóstico da situação, composto pela várias equipes de pesquisa.
O contexto urbano ambiental do Cocó, Sabiaguaba, Coaçu, Precabura e Pacoti, que se distribui entre os municípios de Fortaleza e Eusébio, está vinculado a nove contextualizações de proteção e preservação ambiental do ambito do Município de Fortaleza, do Estado do Ceará, quanto da esfera de regulação federal:

- APA COCÓ/ Área do Proteção Ambiental do Rio Cocó
- Parque Estadual do Rio Cocó
- APA Sabiaguaba/ Área de Proteção Ambiental do Sabiaguaba
- Parque das Dunas do Sabiaguaba
- APA Pacoti/ Área de Preservação Ambiental do Rio Pacoti
- RPPN Sapiranga/ Reserva Particular de Patrimonio Natural da Lagoa do Sapiranga
- MPA/ Macrozona de Proteção Ambiental/ Plano Diretor Municipal de Fortaleza
- ZRA/ Zona de Recuperação Ambiental/ Plano Diretor Municipal de Fortaleza
- Código Florestal Brasileiro

Fonte: Disciplina PU II/ Curso de Arquitetura e Urbanismo UFC/ Prof. José Sales. Imagem da Lagoa da Precabura, formada pelo Rio Coaçu, enter Fortaleza e o Eusébio.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Direito à moradia e á qualidade de vida

Segundo a coordenadora da Escola de Planejamento Urbano e Pesquisa Popular do Cearah Periferia, Valéria Pinheiro, a moradia não deve ser regulada pelo mercado, mas é direito e, como tal, deve ser efetivada por meio de políticas públicas que a garantam de maneira plena. "Para mudarmos a realidade do déficit qualitativo no Ceará, é preciso garantir as necessidades básicas de uma família".

Valéria diz que as entidades que lutam pelo direito à moradia no Estado reivindicam políticas e projetos que tenham como pano de fundo a democratização do acesso a terra e não mais apenas a versão meramente assistencialista da questão.

Para o professor Marcos Lima, o melhor seria promover um fórum aberto com a participação da sociedade civil a fim de discutir o problema. Além de detectar onde há falhas no processo de gestão.

Fonte: Cidades/ Diário do Nordeste

IBGE: 74% das residências do CE são inadequadas a moradia

No Ceará, quase 74% dos domicílios são inadequados para moradia, o que significa dizer que boa parte da população não vive em condições dignas. Rede de esgoto e água, coleta de lixo e até duas pessoas por dormitório são os critérios utilizados para medir a adequação das residências e que, normalmente, faltam. Os dados são de 2008 e foram apontados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na publicação Indicadores de Desenvolvimento Sustentável de 2010, divulgada ontem pela instituto.

O Estado está abaixo da média brasileira. Em locais como Distrito Federal e São Paulo, por exemplo, o número de moradias adequadas chega a 78,6% e 77,3%, respectivamente. Em todo o Nordeste, 40,2% das residências não apresentam problemas. No Brasil, cerca de 25 milhões de domicílios ainda não atendem aos critérios de avaliação, um percentual de 43%.

Conforme o diretor de Operações da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), André Facó, os números merecem análises mais apuradas porque é preciso levar em consideração a abrangência da companhia no Estado, que não atende a todos os municípios. Além disso, que há outros critérios de avaliação e não apenas os usados pela pesquisa. Porém, o diretor reconhece que ainda é preciso avançar muito na cobertura. "Temos desafios pela frente, mas medidas estão sendo tomadas para chegar à universalização do atendimento", pontuou.

Para o professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Fortaleza (Unifor) e diretor do Instituto de Arquitetos do Brasil no Ceará (IAB-CE), Marcos Lima, o levantamento é interessante porque aborda o indicador qualitativo. "Geralmente, existe a preocupação com o quantitativo". Marcos Lima destaca que, a rigor, o problema tem dois lados. Um deles é que a habitação no Ceará está associada à moradia para a população de baixa renda. "A maioria não tem condições de adquirir uma casa digna". O professor aponta que, primeiro, é preciso resolver o déficit de renda. "O governo arma estratégias emergenciais para suprir a necessidade".

O outro lado é a falta de humanização ao se pensar na construção de residências. Marcos Lima ressalta que as políticas que vêm sendo feitas para remediar esse problema, que é emergencial, é construir conjuntos habitacionais com casas em série como se todas as pessoas fossem iguais. "É preciso levar em consideração as diferenças de cada um e, a partir daí, pensar projetos que se encaixem às individualidades. Só em não haver essa visão já é causa de inadequação das moradias".

Fonte: Cidades/ Diário do Nordeste

Centro de Convenções do Cariri atrasa conclusão

O Centro de Convenções do Cariri estará funcionando apenas em 2011, neste Município. O prédio se encontra com cerca de 80% das obras concluídas e a fase de aquisição de equipamentos ainda está sendo feita. Um dos principais focos do novo espaço será o turismo de negócios na região, incentivando a realização de grandes eventos para o setor. Ontem, o secretário de Turismo do Estado, Bismarck Maia, e técnicos visitaram a obra, orçada em R$ 7,7 milhões e iniciada em julho do ano passado.

De acordo com divulgação inicial, o Centro de Convenções deveria ser concluído em maio deste ano, mas, por conta de questões burocráticas em relação à empresa que ficaria responsável pela execução, houve atraso no começo dos serviços. Também deverão ser entregues até o fim do ano o Hospital Regional do Cariri (HRC), em Juazeiro, e a Central de Abastecimento do Cariri (Ceasa), no município de Barbalha.

Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste