sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O Instituto Agropolos tem conceito EXCELENTE

O Instituto Agropolos obteve conceito EXCELENTE, nota 94 de desempenho (numa escala de 0 a 100), numa avaliação anual realizada pela Petrobras Biocombustível S.A. O Agropolos foi responsável por atender a 75% de todo o público do Programa Biodiesel do Ceará. Atingiu 114 municípios nos 13 territórios do Ceará.

A empresa também cadastrou neste ano 22.964 agricultores familiares e plantou 24 mil hectares de mamona e girassol.

Já a produção fornecida pelos agricultores familiares assistidos pelo Agropolos será cerca de 6.035 toneladas de grãos de mamona e girassol, correspondendo a 74% de toda a produção de mamona e girassol do Programa Biodiesel do Estado do Ceará.


Fonte: Blog do Eliomar de Lima e outros

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Desordem prejudica áreas verdes e de lazer


A ocupação sob qualquer justificativa, digna ou não, traz consequências para a cidade que extrapolam a posse do terreno público, tomado de maneira irregular.


O arquiteto Amando Candeira Costa Filho, professor de Planejamento Urbanístico da Universidade de Fortaleza (Unifor), enumera. “Sem seguir nenhuma orientação técnica, o preenchimento dos espaços vazios da cidade gera, principalmente, a curto, médio e longo prazos, a falta de áreas verdes e uma boa acessibilidade”, especifica.


Para ele, é legítima a luta de certas ocupações, mas isso não é justificativa para se pertencer à cidade de qualquer jeito. O pesquisador lembra que Fortaleza já perdeu bons espaços de lazer por causa disso. “Já perdemos muitas áreas verdes, muitas praças boas por causa não apenas das ocupações que se consolidaram, mas da construção de grandes condomínios ou shoppings centers. Não deveria se permitir isso”, explica.


Candeira ratifica que é preciso planejamento para que todos tenham acesso aos serviços públicos. “O maior problema é que a cidade cresceu demais e boa parte da área periférica surgiu de forma irregular. Por isso, muitas dessas áreas estão com dificuldades de acesso a serviços básicos”, explica.


O fato é vivenciado pelo aposentado Francisco Pereira Maciel, 71. Ele está há 30 anos morando, irregularmente, às margens da Lagoa da Parangaba e sente falta de um posto de saúde mais próximo para atender à demanda sua e de vizinhos. “Eu gosto daqui, é um lugar calmo, mas queria que tivesse um posto mais perto da gente”, conta.

O arquiteto Amando acrescenta que isso é realmente um problema para os órgãos públicos. “É preciso organizar melhor as demandas e impedir esses processos”, explica.


Fonte: O POVO Online


Valha-me, Santa Terezinha! Obras do morro estão devagar, quase parando

Moradores do Morro de Santa Terezinha, no bairro Mucuripe, em Fortaleza, estão revoltados com o ritmo das obras de revitalização da área. O clima é na base do devagar, quase parando.

Eles cobram da secretária de Turismo de Fortaleza (Setfor), Patrícia Aguiar, maior celeridade.

Essa obra de recuperação da encosta do Morro de Santa Terezinha inclui ainda a construção de anfiteatro, caramanchão, playground, equipamento de ginástica e espaço para a exibição de artesanato.

Fonte: Blog do Eliomar de Lima/ O POVO Online


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Turismo suspende repasse a convênios

O Ministério do Turismo suspendeu temporariamente a execução e o repasse de recursos de todos os convênios celebrados com entidades privadas sem fins lucrativos, destinados à qualificação dos profissionais do setor de turismo, em especial aqueles firmados no âmbito do Programa Bem Receber Copa, conforme já havia antecipado pelo jornal Estado de S.Paulo.


Portaria publicada hoje no Diário Oficial da União informa que a decisão considerou entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU) acerca dos riscos aos cofres públicos que possam advir dos projetos do programa.

Relatórios do TCU mostraram que parte do dinheiro dos convênios, destinado a treinamento e qualificação de trabalhadores para a Copa de 2014, estava sendo desviado por ONGs ligadas a fundações pertencentes a parlamentares.


A portaria publicada hoje no Diário Oficial determina também o bloqueio das contas específicas dos respectivos convênios e determina à Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo e à Secretaria Nacional de Políticas de Turismo que façam o levantamento dos convênios que estão em execução, indicando nome da entidade, espécie e número do instrumento, início e fim da vigência, valores repassados e pendentes, porcentual executado, e dados bancários.


Fonte: O POVO Online

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Corte de árvores causa indignação


Em mais um domingo, houve o registro de corte de árvores em Fortaleza. Na tarde de ontem, no cruzamento das ruas Silva Paulet com Afonso Celso, três cajueiros, de cerca de 20 anos, foram colocados ao chão.

Moradores de prédios próximos se mostraram indignados com a atitude, afirmando que, se tal derrubada fosse considerada legal, não deveria estar ocorrendo em um domingo, dia da semana em que pouco pode ser feito para a proteção e preservação das árvores.

Fabrício Ponte de Araújo, 21 anos, estudante de Direito, conta que as árvores, situadas em um terreno particular, nunca causaram nenhum problema.

De acordo com ele, os funcionários que realizam o serviço não apresentaram comprovação de estudo técnico que permitisse a derrubada.

No local, Marcos Joênio Gomes da Silva, um dos responsáveis pelo serviço, apresentou à reportagem uma autorização de um engenheiro ambiental, alegando que as árvores estariam doentes, oferecendo sérios riscos à população. "As pessoas confundem medidas preventivas com desmatamento. Estas árvores estão condenadas, podem cair a qualquer momento", argumentou.

Contudo, Fabrício Ponte alega que, das quatro árvores do terreno, onde funciona um salão de beleza, justamente as três que foram retiradas ficavam no local que será ampliado para o estacionamento.

"É muita coincidência. Isso não pode acontecer. É um desrespeito. Eles aproveitam para fazer esses cortes em um domingo, dia em que não podemos fazer nada. Chamamos a Polícia e um carro da Prefeitura de Fortaleza, mas eles não puderam fazer nada também", reclamou o estudante.

O morador afirma que pretende entrar com uma denúncia no Ministério Público com relação à derrubada das árvores. "Alguma coisa tem de ser feita. Não podemos deixar que isso continue. Essas árvores estavam aqui há mais de 20 anos e simplesmente vem uma pessoa e decide derrubá-las", destacou.ÃO

domingo, 25 de setembro de 2011

Moradores contra um buraco na Av. Beira Mar

Para lembrar o “aniversário” da cratera, que teria surgido no local há cerca de quatro anos, segundo os moradores, a comunidade realizou um café da manhã. Segundo Tadashi Enomoto, coordenador dos Amigos da Beira Mar, vários apelos já foram feitos à Prefeitura de Fortaleza solicitando o reparo.

Em contato com a redação O POVO Online, a Secretaria Executiva Regional II (SER II) informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que enviará uma equipe ao local, na próxima segunda-feira, 26, para verificar o problema no calçadão e encaminhar as soluções adequadas. A assessoria informou ainda que a manutenção no passeio da Beira Mar é feita de forma periódica.

Ainda de acordo com a SER II, uma licitação está sendo feita para que uma empresa faça a manutenção anual dos calçadões da Beira Mar, da Praia de Iracema e do Jardim Japonês.

Fonte: O POVO Online

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Transporte público será o principal problema da Copa 2014

Para 79% dos brasileiros, o transporte público deverá ser o principal problema das cidades-sedes da Copa 2014, no Brasil. O dado faz parte da pesquisa realizada pela empresa GfK, que há 22 anos atua no mercado brasileiro, mas tem como sede a Alemanha. A pesquisa foi realizada em março deste ano, em nove regiões metropolitanas do País (Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém), além das capitais Brasília, Goiânia e Manaus.

A reforma e ampliação dos aeroportos, com 67%, e a construção e reforma de estádios (64%) aparecem também como preocupações do brasileiro. O setor hoteleiro, com 56%, desperta a maior confiança entre os entrevistados.

Para 42% dos brasileiros, o Governo Federal é o maior responsável pelo sucesso ou fracasso da Copa, seguido pela Fifa (24%), governos estaduais e municipais (17%) e CBF (8%).

Fonte: Blog do Eliomar de Lima e Agências

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Prefeitura inicia o Inventário Turístico de Fortaleza

A Prefeitura de Fortaleza, através da Secretaria de Turismo do Município (Setfor), dá início nesta quinta-feira (22), a partir das 9 horas, na Casa do Turista da Praça do Ferreira, à segunda fase da pesquisa de campo que vai mapear os atrativos, serviços e equipamentos turísticos na cidade para a elaboração do Inventário da Oferta Turística de Fortaleza.

O inventário faz parte da estratégia da Setfor para estimular novos roteiros turísticos e fomentar a visitação de outras áreas já consolidadas. A primeira área a ser mapeada será a Secretaria Executiva Regional do Centro (Sercefor), onde situa-se grande parte do patrimônio histórico e arquitetônico tombado.

De acordo com o cronograma de ações, a segunda área a ser mapeada será a Secretaria Executiva Regional II (SER II), onde está a maior parte dos equipamentos e serviços ofertados ao turista. Ao todo, 28 pesquisadores estarão em campo durante sete meses para mapear todos os pontos turísticos da cidade.

O Inventário da Oferta Turística de Fortaleza será realizado pela Fundação Apolônio Salles (FADURPE), ligada à Universidade Federal Rural de Pernambuco, em parceria com o Ministério do Turismo (MTUR).

Fonte: Blog do Eliomar de Lima

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Siderúrgica do Pecém em debate

A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) é tema da edição de setembro do projeto Café com Finanças, que acontece nesta quina-feira. O encontro abordará o impacto econômico e social do empreendimento.

O assunto será debatido por dois palestrantes. O gerente de Relações Institucionais de Comunicação e Sustentabilidade da CSP, Ricardo Pereira, e o engenheiro consultor da Companhia e especialista em Mecânica dos Solos, Eduardo Ney Cardoso.

A primeira fase das obras da CSP começou em junho deste ano, com o processo de terraplanagem. Segundo Ricardo Pereira, a obra terá forte impacto na economia local. “Esse investimento traz um incremento de 6% do PIB do Ceará nessa primeira fase”, aponta. A planta terá capacidade de produção de 3 milhões de placas de aço por ano, a partir de 2015. A quantidade é suficiente para construir mais de 4 milhões de automóveis.

A CPS é a primeira usina integrada do Nordeste, resultando de uma parceria entre a companhia brasileira Vale e as coreanas Dongkuk e Posco. A perspectiva é gerar 23 mil empregos diretos e indiretos. De acordo com Ricardo Pereira, na fase de pico da obra serão gerados até 17 milhões de novos postos.

Fonte: Blog do Eliomar de Lima

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A origem da proposta do GEOPARK ARARIPE


O GEOPARK ARARIPE que está em consolidação na porção cearense da Bacia do Araripe, um dos principais sítios do Período Cretáceo da Terra. A região é especial pelos achados geológicos e paleontológicos inéditos desde os primeiros anos do Século XIX, com registros entre 110 e 70 milhões de anos, em excepcional estado de preservação e diversidade.

No Araripe está mais de um terço de todos os registros de pterossauros descritos no mundo, mais de 20 ordens diferentes de insetos e única notação da interação inseto-planta. Há similares destas mesmas espécies na África, indício de quando os continentes foram um só, na época do continente primaz Gondwanna.

A proposta pretende a preservação dos locais principais, transformados em sítios de visitação e pesquisa compondo uma rede de 9 parques ou Geotopes, com registros documentais considerados imprescindíveis à compreensão da origem, evolução e atual estrutura da Terra e da vida.

Localizados nos municípios de Santana do Cariri, Nova Olinda, Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Missão Velha Todos os locais são representativos de estratos geológicos e tem formações fossilíferas.

A origem da proposição se deu a partir elaboração do APPLICATION DOSSIER FOR NOMINATION ARARIPE GEOPARK, STATE OF CEARÁ, BRAZIL, resultado do Convenio de Cooperação Universität Hamburg / URCA/ DAAD, sob a coordenação do Prof. Dr. Gero Hillmer, Curador do Instituto e Museu de Paleontologia da Universität Hamburg e colaboração de outros professores da própria URCA - Prof. Dr. André Herzog Cardoso e Prof. Dr. Alexandre Magno Feitosa Sales e colaboradores de outras universidades - Prof. José Sales Costa Filho/ UFC, encaminhada à verificação da UNESCO, objetivando o reconhecimento de todas estas situações relevantes, no início de 2006.

O documento continha uma ampla documentação científica sobre o Araripe, análise territorial de mais de 60 situações relevantes e informações sobre o potencial de desenvolvimento sustentável da região sob os aspectos da Educação, Cultura, Turismo, Preservação do Meio Ambiente e Desenvolvimento Social e Econômico, o que levou a sua aprovação na 2nd UNESCO Conference on Geoparks, em Belfast, Irlanda, em Setembro/ 2006.

Na trajetória de consolidação do GEOPARK ARARIPE, por exigência e orientação da UNESCO foram compostos os seguintes trabalhos
  • Aplication Dossier for Nomination Araripe Geopark, State of Ceará, Brazil ¹
  • Araripe Basin Action Regional Plan ²
  • Plano de Ordenamento e Estruturação do Geopark Araripe ²
  • Caderno de Identidade Visual e Sinalização
  • Projetos de Apropriação Urbanística e Paisagística dos Geotopes
  • Documentação iconográfica e científica dos geotopes¹
  • Plano de Gestão/ Período 2006/ 2009
  • Projeto de Reforma e Ampliação do Museu de Paleontologia URCA
  • Projeto de Reforma e Instalação do Escritório Sede/ Crato
  • Consolidação dos Geotopes
  • Termos de Referencia para Instrução de Tombamento do GEOPARK ARARIPE
  • Montagens de site http://www.geoparkararipe.org/
  • Exposição Araripe/ Centro Cultural Araripe/ Crato
  • Exposição Geopark Araripe no Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar/ Fortaleza
  • Outros ²
Fonte: http://geoparkararipe.blogspot.com/postagem de Setembro 2006
Postado por José Sales

¹ Concepção pelos Prof. Dr. Gero Hillmer, Curador do Instituto e Museu de Paleontologia da Universität Hamburg, Prof. Dr. André Herzog Cardoso Prof. Dr. Alexandre Magno Feitosa Sales, Prof. José Sales Costa Filho/ UFC
² Coordenação do Professor José Sales Costa Filho/ Departamento de Arquitetura e Urbanismo/ UFC
³ Realização pelo Fotógrafo Daniel Roman/ MsA/ Master in Fine Arts/ Emerson College/ Boston

Geopark Araripe receberá Selo Verde da UNESCO

O Geopark Araripe deverá receber oficialmente o Selo Verde, durante conferência de geoparks que irá ocorrer no Japão, no mês de maio do próximo ano. A comunicação oficial da URCA ressaltou as palavras da coordenadora da Rede Global de Geoparks Margareth Patzak, que colocou o Geopark Araripe dentro de uma posição de liderança quanto à construção de novos geoparks no Brasil e América Latina. Foi salientado que o Geopark continua sendo o único existente no Brasil e na América, com o reconhecimento da Rede Global. O Geopark Araripe recebeu avaliação positiva para o projeto, anunciada no final da tarde de domingo, na Noruega, durante a Conferência Européia de Geoparks.

Fonte: Blog do Crato

80% de todo o aquífero de Fortaleza estão contaminados

A destinação ilegal do esgoto residencial tem sido responsável pela maior parte da poluição do litoral da Capital

Aproximadamente 80% dos aquíferos (armazenam água subterrânea) de Fortaleza estão poluídos. Segundo o representante da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas, Mario Fracalossi, essa contaminação deve-se a esgotos clandestinos, destinação inadequada do chorume do aterro do Jagurussu e perfurações ilegais de poços.

"Sem falar na ocupação desenfreada da orla, que ocasiona o rebaixamento do lençol freático. Precisamos de mais fiscalização e responsabilidade nessas construções", disse Fracalossi.

Além dos aquíferos, a destinação inadequada do esgoto residencial, tem sido responsável pela maior parte da poluição do litoral. Para se ter uma ideia da situação, o relatório técnico semestral da qualidade das águas das praias e fontes poluidoras na orla de Fortaleza, elaborado pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), diagnosticou que as galerias pluviais são as maiores poluidoras.

"Isso por conta da grande quantidade de esgoto clandestino que cai nessas galerias", informou o representante da Semace, Alisson Melo de Oliveira.

Pelo visto, apesar dos avanços na década, no que se refere à abrangência da rede coletora de esgoto, que passou de 44,40% em toda Capital, em 2000, para 59,56%, em 2010, melhorias precisam ser feitas em caráter de urgência. Pelo menos é o que afirmaram, ontem, os especialistas na área, em audiência pública, na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).

IBGE

Para se ter uma ideia da situação, dos 710.066 mil domicílios de Fortaleza, exatos 422.933 estão ligados a rede geral de esgoto ou pluvial, o que representa 59,56% do total de habitações. Em relação as capitais nordestinas, Fortaleza está em terceiro lugar em percentual de habitações ligadas a rede, ficando atrás apenas de Salvador (90,79%) e Aracaju (72,20%).

Os dados são referentes aos resultados preliminares do Censo Demográfico 2010. Segundo o estudo, no âmbito nacional, a Capital figura em 11º lugar em percentual de domicílios ligados a rede de esgoto.

Porém, os especialistas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afirmam que isso não significa que todos os domicílios estejam com esgotamento sanitário correto, ou seja, existe dentro deste universo de residências um percentual que também destina seus dejetos a rede pluvial (rios, lagoas e mar), o que causa poluição.

Segundo o titular da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam), Deodato Ramalho, são feitas, em média, 400 autuações de ligações clandestinas por mês. "As pessoas têm que ter consciência que isso é crime ambiental, passível de multa e de processo judicial. Engana-se quem pensa que essas ligações só acontecem na periferia, nos bairros nobres também é rotina", diz.

CAGECE
Apenas 52% da malha viária têm saneamento

Hoje, apenas 52% da malha viária de Fortaleza possuem infraestrutura de esgotamento sanitário. O que corresponde aos bairros adjacentes a orla marítima da Capital. Os dados são da Companhia de Água Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). Porém, mesmo em áreas onde já há rede de coleta de esgotos, ainda existem ligações clandestinas na rede de captação de águas pluviais, que irão desaguar em riachos, rios ou no mar.

Segundo o gerente de Negócios da Cagece, Helder Freire , a companhia está construindo três novas estações de tratamento na cidade, para melhorar a qualidade dos efluentes lançados nos mananciais de água. "Em dez anos pretendemos universalizar o serviço de esgotamento sanitário da Capital", disse Freire.

Ele informou que 50% das obras de saneamento das baciais do Cocó e do Siqueira já foram concluídas, e que até 2013 é a previsão para o término. "Essa parte corresponde a 10% da malha viária de Fortaleza, foram investidos aí R$ 64 milhões".

Para os 38% de malha viária que ficam na região Sul da Capital, e que ainda não receberam as obras de saneamento, Freire explicou que projetos estão sendo contratados para universalizar o serviço.

Em audiência pública para debater a poluição na orla de Fortaleza por conta do esgotamento clandestino, realizada ontem, na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE), o titular da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semam), Deodato Ramalho, destacou que a destinação incorreta dos resíduos torna a população vulnerável a doenças de pele, gastrointestinais, entre outras. "Por isso os investimentos em saneamento trazem benefícios coletivos", frisou.

Apesar dos avanços das obras de saneamento na cidade, ainda é possível identificar em áreas nobres e na periferia da cidade problemas de esgotamento sanitário, acarretando poluição.

Fonte: Diario do Nordeste/ Cidades

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Greenpeace completa 40 anos com aulas de desobediência civil

O Greenpeace deu lições de desobediência civil a potenciais militantes neste fim de semana para comemorar o 40º aniversário da organização ambientalista em Vancouver: os jovens aprenderam desde como se acorrentar para não serem presos até a fazer barreiras humanas.


"Não podem sempre esperar que outra pessoa venha salvar o mundo", disse a instrutora Jessie Schwarz aos participantes.


As aulas de desobediência civil foram organizadas no festival da organização ecologista em Vancouver, local onde o Greenpeace nasceu há 40 anos.


Em 15 de setembro de 1971, o barco Greenpeace deixou Vancouver para protestar contra os testes nucleares americanos na ilha Amchitka, no Alasca. Apesar de o barco ter sido bloqueado pela guarda costeira americana, a campanha contribuiu para pôr fim aos testes em 1972 e marcou o primeiro ato de desobediência civil do Greenpeace.


Fonte: O POVO Online

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Faltam 1.000 dias para a COPA 2014

E também 13 aeroportos, 12 estádios de futebol e muito muito mais. Pouco foi feito nos 1.415 dias que se passaram desde o anúncio do Brasil como sede da COPA 2014. E resta muito ainda a fazer nos próximos 1.000 dias.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Morreu o Professor Expedito Parente

Faleceu na madrugada desta terça-feira (13), no Hospital São Carlos, em Fortaleza, o engenheiro químico responsável pelo desenvolvimento do biodiesel, Expedito José de Sá Parente.

O professor da Universidade Federal do Ceará (UFC)faleceu aos 70 anos, em decorrência de complicações durante uma cirurgia para tratar de diverticulite, de acordo com informações da universidade.

Expedito Parente foi responsável pela primeira patente mundial da produção de biodiesel por meio da transesterificação, a partir de plantas oleaginosas.

A tecnologia, pesquisada pelo cearense de modo pioneiro no final da década de 70 e patenteada nos anos 80, tardou a ser reconhecida no Brasil, tendo sido explorada no cenário internacional, o que já rendeu a seu idealizador o reconhecimento da Organização das Nações Unidas, do governo norte-americano, de empresas como a Boeing e agências como a Nasa.

Avesso a personalismos, Parente considerava que o mais importante é a popularização, em escala global, da tecnologia do biodiesel.

O professor acreditava que o combustível tinha três missões a cumprir: ambiental (substituindo os derivados de petróleo), estratégica (colocando o Brasil em iminente posição de destaque no cenário internacional na nova era da energia limpa) e, principalmente, social, por se tratar de um combustível com potencial para gerar a paz, e não a guerra, além da distribuição da riqueza, ao invés de sua concentração.

Praias estão ameaçadas de sumir em dois municípios

Nos próximos 100 anos, é provável que os moradores de Acaraú e Icapuí, a 255 e 202 quilômetros de Fortaleza, respectivamente, vejam parte de suas praias desaparecerem com o avanço do mar. As zonas litorâneas têm faixas de terra mais baixas que o restante da cidade. Isso significa que têm áreas mais propensas à erosão e ao avanço do mar. A explicação é do professor Luís Parente, geólogo e diretor do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará.

Os relatos estão especificados no Estudo Erosão e Progradação (recuo) do Litoral

Brasileiro, realizada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). O Labomar participou da coleta de dados da pesquisa no Ceará. A partir de informações colhidas pelos estudiosos cearenses, os pesquisadores do MMA compararam dados mais recentes, de 2008 a 2010, com dados das últimas duas décadas. O estudo foi realizado em todo o litoral brasileiro para avaliar as consequências o avanço e recuo do mar.


A tendência da invasão do mar sobre as praias de Acaraú e Icapuí pode ser amenizada. Um monitoramento das áreas que podem ser afetadas já deve ser pensada pelo Estado, segundo Parente. O tipo de prevenção ainda precisa ser estudado, mas o pesquisador do Labomar indica algumas possíveis soluções: realizar uma contenção com rochas, à modelo da praia do Icaraí, ou remover a população das áreas que seriam mais afetadas. “É preciso haver um programa estadual para prever e mitigar as mudanças”


A partir da pesquisa, apontada como “atlas do litoral”, será possível criar estratégias para reduzir as consequências desastrosas do avanço do mar. “As praias de Acaraú e Icapuí são, atualmente, as que mais sofrem processos de erosão”, conta Parente. Nos últimos 100 anos, o litoral cearense perdeu 3,2 metros de praia.


O Norte e Nordeste são as regiões brasileiras que mais devem sofrer com o aumento no nível do mar. A analista ambiental do MMA, Márcia Oliveira, apontou que os solos no litoral dessas áreas têm plataforma de baixa declividade, ou seja, provocaria mais destruição. “É como se fosse um ‘prato raso’, enquanto no Sul e Sudeste, um ‘prato fundo’”, compara Oliveira.


O aumento do nível do mar e a erosão são processos naturais. A diferença, segundo a analista ambiental, está na aceleração provocada pelas intervenções humanas. “Cerca de 40% do litoral brasileiro passa por erosão ou progradação (recuo) do mar”.


Fonte: O POVO Online

Terminal de Passageiros vai triplicar cruzeiros


A estimativa da Companhia Docas do Ceará é de que, com o novo equipamento, o fluxo seja de 150 navios Um dos mercados do turismo nacional que mais ganha evidência, o segmento de cruzeiros tende a mais que triplicar o número de viagens em Fortaleza, após o funcionamento do terminal de passageiros do Porto do Mucuripe. Segundo o engenheiro da Companhia Docas do Ceará, Raimundo José, em 2010, a Capital recebeu 43 navios desse tipo, quantidade que, segundo estima, saltará para 150 anuais com o novo equipamento. Ele informou, ainda, que o terminal deve incrementar a receita do porto com cargas e passageiros em 30%. "É uma estrutura que movimenta a economia, gera empregos. Para se ter uma noção, o Brasil movimentou R$ 290 milhões só com abastecimentos de navios nos portos no ano passado. A embarcação chega e acaba sendo conveniente abastecer no local. A cidade portuária só ganha. Há ainda os gastos dos consumidores, as taxas portuários", enumera. Debate Em audiência pública realizada ontem, representantes da Docas, Semace (Secretaria Estadual do Meio Ambiente), da empresa catarinense Caruso Jr - que venceu a licitação para realizar o EIA/Rima (Estudo de Impactos Ambientais) do projeto - e de comunidades da região do Mucuripe debateram sobre os efeitos econômicos, sociais e ecológicos que a ampliação do porto trará. Conforme o diretor técnico da Caruso, João Teixeira, o levantamento abrangeu possíveis consequências na fauna, vegetação, geologia e recursos hídricos, além dos impactos na vida da população que vive nos arredores do empreendimento naval. Licença prévia Conforme Ervânia Guerra, assessora técnica da Semace, no próximo dia 29, haverá uma reunião do Coema (Conselho Estadual do Meio Ambiente), à qual será submetido o parecer técnico pela Semace após a reunião de ontem. A expectativa, segundo ela, é de que, se tudo estiver em conformidade com as exigências dos órgãos, no início do outubro, a Licença Prévia deve ser liberada. O presidente da Companhia Docas, Paulo André Holanda, lamentou o atraso no cronograma, "por questões no processo judicial" e ressaltou a necessidade de Fortaleza ter um equipamento como esse, para fortalecer a cadeia turística da Capital. Ele frisou, ainda, que o terminal "só trará benefícios a todos os envolvidos", sem prejudicar a comunidade pesqueira que habita a região. Moradores das localidades envolvidas que assistiram às apresentações não se mostraram contra o projeto, no entanto, exigiram que a atividade que sustenta grande parte das famílias, a pesca, ficasse intacta. OPINIÃO Bairro quer acompanhar processo Tudo de vegetação que tem naquela praia fomos nós que plantamos, com nosso suor. Nasci na Praia Mansa e vou morrer na Praia Mansa. É de lá que a gente tira o nosso sustento. A sobrevivência do pescador depende daquele peixe dali. Nós somos do mar. Então, tudo que mexa com aquelas águas interessa a gente. Pelo que eles (Docas, Semace e Caruso) apresentaram, nós não vamos ser prejudicados, a não ser pelo barulho e pelas poeira das obras, que podem incomodar um pouco. Mas o projeto tem que seguir direitinho o que foi dito hoje aqui. Queremos ir lá nas obras, conhecer, debater, exigir. Nós apoiamos tudo que for bom para a nossa comunidade.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Prefeitos cobram verbas em Brasília

Prefeitos de todo o País estão chegando, nesta terça-feira, a Brasília para pedir aos parlamentares que aprovem matérias de seu interesse. O movimento tem o apoio da Confederação Nacional de Municípios. O Ceará apoia a articulação e mandou caravana que conta com prefeitos como os de Pacjus, Pedro José, e de Jucás, Helânio Facundo.

Nesta manhã, um grupo se reuniu no Auditório Petrônio Portela, do Senado. A pauta inclui royalties de petróleo da camada pré-sal, a regulamentação da Emenda 29 – que define percentuais mínimos dos orçamentos da União, dos Estados e municípios para a saúde – a apreciação do Veto 23/2009, que prevê o encontro de contas dos débitos e créditos dos municípios com a Receita Federal e o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

A mobilização continuará até esta quarta-feira. Os prefeitos vão entregar as reivindicações aos presidentes da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

Fonte: Blog do Eliomar de Lima

Parque Rachel de Queiroz é a solução para os problemas de drenagem da Região Oeste

O geólogo e consultor ambiental, Ricardo A. M. Theophilo, entra no debate sobre o projeto de canalização do riacho Alagadiço. Ele participou de encontro com a coordenação do Movimento Pró-Parque Rachel de Queiroz, realizado no último sábado (10/9), e afirmou que o Plano Diretor de Fortaleza, aprovado em 2009, proibe a canalização do riacho. Em artigo publicado no site www.parqueracheldequeiroz.org , o respeitado consultor analisa a Lei Municipal, denuncia as ocupações irrgulares do leito do riacho como o maior problema de drenagem e conclui que "a criação do Parque Rachel de Queiroz pode resultar num controle natural das cheias da região". Confira abaixo:

Riacho Alagadiço e Sistema de Drenagem

As cidades possuem uma forte tendência à impermeabilização dos solos, daí os Planos Diretores indicarem os limites de ocupação por trechos e zonas no interior das mesmas. No caso de Fortaleza há um recente plano diretor (Lei complementar nº 062, de 02 de fevereiro de 2009), que trata da maioria das questões pertinentes, em substituição a outras anteriores que versavam no mesmo sentido. A bacia hidrográfica do Riacho Alagadiço, no plano diretor, possui duas macrozonas de proteção ambiental, e complementam-se por parte de ZOP 1 e parte de ZRU 1.

Art. 59 - A macrozona de proteção ambiental é composta por ecossistemas de interesse ambiental, bem como por áreas destinadas à proteção, preservação, recuperação ambiental e ao desenvolvimento de usos e atividades sustentáveis.

Art. 60 - São objetivos da macrozona de proteção ambiental:
I - proteger os sistemas ambientais existentes;
II – recuperar os sistemas ambientais degradados;
III - regular usos, ocupação e desenvolvimento de atividades sustentáveis, conter atividades incompatíveis com a conservação de ecossistemas, recursos naturais e atributos relevantes da paisagem;
IV – garantir a preservação dos ambientes litorâneos;
V – garantir acesso público às praias, conferindo boas condições para atividades de lazer e recreação;
VI - limitar a expansão urbana nos limites da macrozona de proteção ambiental;
VII - referenciar a elaboração de um Sistema Municipal de Áreas Verdes e Unidades de Conservação, integrado ao Sistema Municipal de Meio Ambiente (SIMMA);
VIII - promover a qualidade ambiental, garantindo a qualidade de vida da população.

Art. 61 - A macrozona de proteção ambiental subdivide-se nas seguintes zonas:
I - Zona de Preservação Ambiental (ZPA);
II - Zona de Recuperação Ambiental (ZRA);
III - Zona de Interesse Ambiental (ZIA).

Parágrafo Único - A localização e os limites das zonas de que trata este artigo são os constantes das delimitações georreferenciadas do Anexo 2 (Mapa 2) e Anexo 2-A, desta Lei.

Art. 62 - Não será permitida a edificação do subsolo na Zona de Preservação Ambiental da Macrozona de Proteção Ambiental.

No caso da bacia hidrográfica do Riacho Alagadiço há dentro da macrozona de proteção ambiental a ZPA1 e a ZRA. A ZPA 1 é a Faixa de Preservação Permanente dos Recursos Hídricos.

Art. 66. São parâmetros da ZPA:
I - índice de aproveitamento básico: 0,0;
II - índice de aproveitamento máximo: 0,0;
III - índice de aproveitamento mínimo: 0,0;
IV - taxa de permeabilidade: 100%;
V - taxa de ocupação: 0,0;
VI - altura máxima da edificação: 0,0.

§ 1º - Não será permitido o parcelamento do solo na Zona de Preservação Ambiental (ZPA).

Como se observa não pode haver impermeabilização na ZPA, pois a permeabilidade tem que ser 100%. Assim qualquer proposta que englobe impermeabilizar o leito do riacho, por exemplo, é ilegal.

Art. 67 - A Zona de Recuperação Ambiental (ZRA) compõe-se por áreas parcialmente ocupadas e com atributos ambientais relevantes que sofreram processo de degradação, e tem como objetivo básico proteger a diversidade ecológica, disciplinar os processos de ocupação do solo, recuperar o ambiente natural degradado e assegurar a estabilidade do uso dos recursos naturais, buscando o equilíbrio socioambiental.

Art. 68 - São objetivos da Zona de Recuperação Ambiental (ZRA):
I - promover a conservação e recuperação ambiental de áreas indevidamente utilizadas e/ou ocupadas;
II – qualificar os assentamentos existentes, de forma a minimizar os impactos decorrentes da ocupação indevida do território elevando os níveis da qualidade ambiental;
III - controlar e disciplinar os processos de uso e ocupação do solo a fim de assegurar a estabilidade do uso dos recursos naturais;
IV - proteger ambientes naturais onde se assegurem condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora e da fauna local;
V - promover a regularização fundiária nas áreas ocupadas pela população de baixa renda, definidas como ZEIS;
VI - promover a recuperação ambiental de terras ocupadas irregularmente mediante Termo de Compromisso.
Como se observa essas áreas são fortemente protegidas por Lei e qualquer ação em seu interior demandará cuidados especiais.
A ZOP 1 é Zona de Ocupação Preferencial 1, na qual se permite a máxima intensificação do uso e ocupação do solo, no entanto:
- Taxa de permeabilidade é 30%;
- Taxa de ocupação é 60%;

Como se vê nem na zona de ocupação preferencial é permitido impermeabilizar e ocupar desregradamente. A ZRU 1 é a Zona de Requalificação Urbana 1, na qual há: “insuficiência ou precariedade da infraestrutura e dos serviços urbanos, principalmente de saneamento ambiental, carência de equipamentos e espaços públicos, pela presença de imóveis não utilizados e subutilizados e incidência de núcleos habitacionais de interesse social precários; destinando-se à requalificação urbanística e ambiental, à adequação das condições de habitabilidade, acessibilidade e mobilidade e à intensificação e dinamização do uso e ocupação do solo dos imóveis não utilizados e subutilizados.”

A análise que se faz compreende que em nenhuma das zonas há de se permitir qualquer ocupação fora do contexto a qual se refere a zona a ser ocupada.

Além das zonas serem diferenciadas entre si, o meio ambiente também é diverso, ensejando que não possa haver uma resposta comum a qualquer evento de drenagem urbana. Cada trecho arenoso ou argiloso, rochoso ou pedregoso, meândrico ou retilíneo, com forte ou moderada declividade, terá sempre diferenças em relação ao outro, assim um projeto de drenagem deverá também compartimentar-se para atuar em conformidade com a natureza de cada trecho, pois haverão trechos íngremes e outros planos com maior ou menor permeabilidade natural ao longo de um eixo de drenagem urbana.

Passando das limitações legais e pela natureza física, ainda há a condição efetiva de ocupação, ou seja: aquela ocupação que ocorreu em desrespeito das Leis e que com isso consegue alterar as condições naturais de escoamento da drenagem. Como essas ocupações são pontuais, um projeto de drenagem urbana há de considerá-las também.
Comentário: Neste momento é pertinente afirmar que não se pode produzir um projeto de drenagem único para locais tão diversos, devendo o mesmo ser compartimentado, onde as soluções técnicas de um trecho são, certamente diversas da de outros.

Contextualizando o sistema de drenagem para o riacho Alagadiço e a proposição de criação do Parque Rachel de Queiroz, se verifica que o maior problema de drenagem urbana se dá com a ocupação irregular do leito do riacho, e cujo ponto mais crítico é, com absoluta certeza técnica, a construção de um shopping sobre o curso do mesmo, em total desrespeito as Leis, quer sejam: municipais, estaduais ou federais.

A criação do Parque Rachel de Queiroz em si, pode resultar num controle natural das cheias, como atestado em nota técnica do ano de 2003. A nota trata do trecho 6 do Parque, cuja implementação é a demanda principal do movimento pela criação do Parque Rachel de Queiroz. O trecho 6 está localizado imediatamente ao norte do Colégio Santa Isabel, sendo margeado pela Av. Parsifal Barroso. Nele havia uma grande várzea que funcionava como controladora natural das cheias, pois a água extravasava o leito do riacho e ficava retida nas várzeas, escoando depois lentamente e evitando alagamentos às zonas habitadas. Ocorre que o local ficou desprotegido e nele foram lançados rejeitos de construção civil, lixos diversos, e toda sorte de descartes urbanos. Isso provocou o aterramento da várzea (ver nota técnica). Retirar os entulhos da várzea é o melhor controle de drenagem urbana que se pode realizar, pois será o de menor custo e maior eficiência. Isso pode, e deve, ser associado a implantação efetiva do trecho 6 do Parque Rachel de Queiroz.

Ressalta-se que com o sistema natural da várzea, o leito do riacho, torna-se de menor importância, sendo recomendada sua manutenção o mais próxima do natural possível, sem confinamentos por qualquer canalização, bem como mantendo as curvas naturais do mesmo, evitando sua retificação.

Sobre retificação as normas ambientais do País já prevêem, desde 1986, que devem ser precedidas por um EIA/RIMA, sobre impermeabilização com canalização do riacho Alagadiço no trecho 6 do Parque Rachel de Queiroz o próprio plano diretor de Fortaleza proíbe.

Por fim gostaria de me solidarizar com todos os companheiros que estão tentando dar a cidade o Parque Urbano mais racional do Brasil, pois será o de menor custo por área e o de maior inclusão social, já que será implantado no bordo de maior concentração populacional da cidade, que é o mesmo onde há as menores áreas protegidas.

Fortaleza, 11 de setembro de 2011

domingo, 11 de setembro de 2011

Ventos e firmamento guiam jangadeiros no mar do Ceará

Herança indígena, homens e mulheres se orientam nos elementos da natureza para desbravar o mar

Jangadeiro é bicho esperto. Conecta-se com a natureza sem pedir licença à tecnologia. O mundo está mudado, mas se um dia, "que Deus o livre", as máquinas do homem pifarem, enquanto houver estrela no firmamento, lua, sol e vento, não tem problema que segure o pescador em terra ou o impeça de sair do mar. Antes de bússola, GPS, relógio e farol, já havia peixe e pesca, desafios nas tempestades do mar bravo. E já valia o conhecimento de cabeça, baseado na percepção dos cinco sentidos.

Entregar-se à natureza para senti-la e entendê-la. Não fala em pontos cardeais, mas sabe muito bem usá-los para ir mar a dentro e voltar para o mesmo lugar. E sabe muito mais, onde tem mais e menos peixes, quando está perto ou longe de terra e de casa. Mas tem jangadeiro que diz que mora mesmo é no mar. E a vida em terra que é uma viagem de passagem.

Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

População realiza protesto contra obra não autorizada em área verde

Nesta sexta-feira, dia 9 de setembro, a partir das 7 horas da manhã
Na Avenida Sargento Hermínio, ao lado do polo de lazer


População vem buscar entendimento sobre descaso com a legislação ambiental e o direito urbanístico que regulamenta as obras em nossa cidade.

A área que vem recebendo esta intervenção ameaçadora é contigua a zonas de preservação permanente e de proteção ambiental do Riacho Alagadiço, lateral ao espaço urbanizado do Parque Valdo Pessoa (Pólo de Lazer da Av. Sargento Hermínio).

Até 2003 o local também constava como área de proteção ambiental de acordo com a LUOS (lei de uso e ocupação do solo) de 1996 não tivesse sido alterada em 2004 com o claro interesse de permitir que esta obra iniciada em 2007 pudesse ter todos os índices construtivos mais permissivos da cidade, não importando os impactos que obras de tal dimensão provocam na Paisagem horizontal do parque, no importante lençol freático da região com o aumento progressivo de zonas impermeáveis, com a redução da massa vegetal, na direção dos ventos e no cotidiano de uma população que vem brigando por mais espaços verdes e de lazer na zona mais adensada da cidade.

Com o inicio das obras em 2007 é que veio a tona tal alteração na lei, posto que até então acreditavasse que o que vigorava para aquela área era o decreto de desapropriação de 1976, que definia aquela área como de interesse público para fins de preservação paisagística. A comunidade denunciou a obra que foi embargada pela secretaria regional I por construção irregular de muro separando a área do terreno da área de proteção, pela derrubada de cerca de 15 árvores adultas e pela demolição de casa secular, sem nenhuma autorização para tal. Caso que a se repetir na atualidade.

A obra reiniciada no fim de julho pela construtora Harmony vem construindo um stand de vendas no local, executando movimentações profundas de solo, inclusive direcionando terras para a área de preservação permanente, tudo isso sem que haja uma única placa de autorização dos órgãos responsáveis por autorizar tais obras.

Procuradas Secretaria Regional I e Secretaria de Meio Ambiente (SEMAM), descobriu-se que de fato não há nem licenciamento ambiental nem alvará de construção para qualquer tipo de intervenção no local.

Segundo o Chefe de Meio Ambiente da Regional I, nem ao menos a escritura do terreno parece haver?

Não entendemos como uma obra que certamente terá alturas superiores a 40 metros e fundações profundas em zona alagadiça, vem sendo articulada e executada as vistas e até com o aval de gestores e legisladores da cidade?
A população quer respostas...

Mais informações com Liliana Uchôa (8830.0612)

Auditoria apura a suposta fraude no sistema de transporte de Teresina

A diretora técnica da Empresa de Transportes Urbanos de Fortaleza (Etufor), Calina Barros, participa de auditoria que apura a suposta fraude no sistema de transporte de Teresina. Segundo a Superintendência de Trânsito (Strans), há registro de fraudes em relação à meia passagem e gratuidades.

As denúncias abriram uma crise entre os empresários de ônibus e o governo municipal, que resultou em manifestações populares, quando na última semana dois coletivos foram destruídos e outros apedrejados. Como reação, os empresários retiraram de circulação todos os veículos.

A insatisfação com as denúncias levou a administração municipal a cancelar o aumento da tarifa, que iria de R$ 1,90 para R$ 2,10. Movimentos estudantis aproveitaram o momento para cobrar uma redução de tarifa e não aumento.

Em entrevista ao vivo a um telejornal de Teresina, nesta quinta-feira (8), o vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina, Marcelino Lopes, se mostrou indignado com a omissão da prefeitura.

“Não temos a caneta de condão do prefeito. A Strans foi quem calculou essa tarifa (reajuste), não fomos nós”, reclamou o empresário, que negou ainda o lucro mensal de R$ 5 milhões das empresas. “Se o sistema fatura R$ 11,5 milhões, como é que tem lucro é 5 milhões? Não posso levar isso a sério”, desabafou.

O dirigente esteve acompanhado da diretora da Etufor, que apresentou o sistema praticado em Fortaleza, como a Tarifa Social, a Hora Social e a integração de terminais. A diretora destacou ainda os benefícios dos governos do Estado e do Município na redução de impostos para o setor.

Fonte: Blog do Eliomar de Lima

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Projeto para o Cariri continua só no papel


Com projeto já elaborado e recursos assegurados no valor de R$ 14 milhões, o Aterro Sanitário do Cariri, ou Aterro da Região Sul, continua somente no papel.

Essa situação decorre do fato de que os Municípios consorciados não chegaram a uma definição do local. A ideia inicial é que seria construído no Crato, mas a administração municipal vetou o projeto por não concordar com os impactos ambientais. Segundo o secretário de Cidades, Camilo Santana, os recursos foram alocados por meio de empréstimos junto ao Banco Mundial.

Essa iniciativa seria o ingresso de se formar aterros sanitários por regiões, no sentido de impor um limite para os lixões no Estado. Atualmente, o Ceará conta com 280 lixões, número maior que o de Municípios, que é de 184. De acordo com o decreto governamental nº 29.881 de 31 de agosto de 2009, os Municípios que apresentam boa gestão ambiental garantem 2% dos 25% da redistribuição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Exigência

Diante do impasse no Cariri, a alternativa que vem sendo planejada é a instalação em Juazeiro do Norte, que pelo tamanho de seu território é um dos menores cidades do Sul do Estado. Uma outra alternativa foi pensada para Caririaçu, mas também acabou sendo inviabilizado. Para Camilo Santana, outra preocupação é com relação a operacionalização do aterro, que tem custos e exige a participação dos parceiros. "Essa menção de operar causa objeção nos prefeitos, porque até então não tinham quase nenhum custo com o destino final do lixo da cidade", disse Santana.

Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste

Aterros em apenas 7 cidades no Estado

Caucaia e Fortaleza já se articulam para a instalação de um novo aterro sanitário. Maracanaú e Maranguape também avançam na questão. No entanto, o interior ainda repete os vícios de destinar os resíduos sólidos para os lixões.

Essa questão preocupa, especialmente, o Governo do Estado, que quer cumprir determinação do Governo Federal para que os Municípios apresentem até 2012 o Plano Municipal de Saneamento, envolvendo água, esgoto e resíduos sólidos. O não cumprimento deverá acarretar o não repasse de recursos federais para as cidades.

No Ceará, apenas sete cidades do Estado têm aterros sanitários adequados, segundo a Secretaria Estadual de Cidades. Desse total, há uma ação de ampliação do Aterro Sanitário Metropolitano Oeste de Caucaia (Asmoc), que deverá entrar em operação a partir de 2014, e um outro que conta com projeto, recursos, mas ainda não saiu do papel: do da Região do Cariri, por conta da indefinição do local de funcionamento.

Responsabilidade

O titular da Secretaria de Cidades, Camilo Santana, diz que embora a coleta e o destino final seja da responsabilidade dos Municípios, o Governo do Estado está intervindo na questão, diante das determinações voltadas ao saneamento básico por parte do Governo Federal e da meta de se acabar com os lixões até 2014. Camilo Santana diz que o desafio é grande, uma vez que, dos 184 Municípios cearenses, apenas Fortaleza, Caucaia, Eusébio, Maracanaú, Pacatuba, Maranguape e Sobral destinam corretamente os resíduos sólidos em aterros sanitários.

"A construção de aterro tem sido um problema sério, porque existe a mentalidade de que não compensa investir nesse equipamento, enquanto que os lixões são com custos bem mais reduzidos", disse Camilo Santana. A produção de resíduos também é pouco expressiva para comportar um aterro moderno e adequado às normas de saneamento básico.

Com isso, o secretário de Cidades informou que a alternativa encontrada para o Ceará tem sido a formação de consórcio. Ou seja, reunir cinco a seis Municípios para a construção de um aterro que atenda à demanda de todos os participantes. Nesse caso, já funcionam os aterros de Caucaia (atendendo Fortaleza e Caucaia), Maracanaú (Maranguape e Maracanaú), Aquiraz (Eusébio e Aquiraz), Jaguaribara (Jaguaribara), Sobral (Meruoca e Sobral), Pacatuba e Horizonte.

"Nossa pretensão é que os 184 Municípios cearenses tenham cobertura por aterro sanitário, daí que há projetos executivos em andamento para o Cariri, Camocim, Sobral, São Benedito, Pedra Branca, Limoeiro do Norte, Paracuru, Icó e Milagres, que pelos consórcios atenderão todas as regiões do Estado", afirmou Camilo Santana. No caso de Fortaleza e Caucaia, além de se contar com um aterro em funcionamento, há também um projeto de construção em andamento, que consistirá numa expansão do existente naquela localidade metropolitana de Fortaleza.

Vida útil

O superintendente da Ecofor Ambiental (empresa responsável pela coleta, destino final dos resíduos, operacionalização e construção do novo aterro) João Júlio de Holanda, disse que a ideia é que o equipamento entre em funcionamento em 2014, quando se expira a vida útil do Asmoc. "Com o novo aterro, há uma garantia de mais 20 anos de destino final do lixo para Fortaleza e Caucaia, que hoje somam um depósito de 150 toneladas por mês".

Poluição dos solos

Segundo Passos, a experiência do consórcio com Caucaia não só fez consolidar a ideia dos consórcios, como foi um passo importante para o Estado ingressar na era que encerrava os lixões. Entre os impactos negativos, a destinação inadequada dos resíduos sólidos em lixões gera contaminação dos lençóis freáticos e recursos hídricos superficiais, doenças como leptospirose, contaminação do solo e mudanças climáticas. Para o ambientalista, a existência de lixões é totalmente negativa pelos aspectos da saúde pública e de meio ambiente.

FIQUE POR DENTRO

Diferença

Passar de lixão para aterro não é só uma elevação de status. Os sanitaristas observam que há cuidados básicos dos modernos depósitos de lixo, quanto ao tratamento do chorume (líquido tóxico decorrendo dos resíduos), com lagoas ou uso de produtos químicos e impermeabilização do solo, para evitar a contaminação do lençol freático.

Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste