quarta-feira, 23 de junho de 2010

Repete-se a tragédia ambiental urbana em Alagoas e Pernambuco

Situação dramática nas áreas atingidas pelas enchentes em Alagoas e Pernambuco. A chuva em grande intensidade, que começou há quase uma semana em Alagoas e Pernambuco, já provocou mais de 40 mortes e mais de 600 desaparecidos, nos dois estados e muitas famílias ainda procuram por parentes desaparecidos.

Em Barreiros/ Pernambuco, na Zona da Mata Sul, os moradores das áreas que foram alagadas estão desesperados. Muitos estão às margens da PE-60, pedindo ajuda a quem passa de carro. Alguns tiveram que ficar em cima dos telhados, para escapar do alagamento e salvar eletrodomésticos.

A região está sem energia, e não tem água potável. “Nós estamos precisando de colchão, comida, água. De tudo”, disse a dona de casa Rosineide Maria da Silva.A força da água dos Rios Uma e Carimã derrubaram tudo o que encontrou pela frente. Os moradores voltam para as casas na tentativa de encontrar o passado encoberto pela lama. De acordo com a Prefeitura da cidade, mil casas foram destruídas e há três mil famílias desabrigadas. Elas lutam para conseguir água e para ter informações sobre os parentes.

Das cinco pontes de Barreiros, apenas uma não foi arrastada pelo rio. O município está sem energia elétrica e nenhum tipo de telefone funciona. A Polícia Militar tem dificuldade para manter a ordem. O Exército e a Aeronáutica foram chamados para ajudar no resgate de vítimas e na distribuição de alimentos e remédios. “Com o passar dos dias, aquelas doenças originárias por esse tipo de enchente surgirão. É necessário vacinas, medicamentos”, disse o Major-Brigadeiro Paes Barros, comandante do 2º Comar.Para ajudar o município com suas vítimas, o Governo do Estado, em parceria com a Aeronáutica, vai erguer um hospital de campanha em Barreiros.

Antes de viajar para Brasília, o Governador Eduardo Campos visitou o município e declarou que nunca tinha visto algo parecido na vida: “é uma situação de calamidade absoluta. Estamos aqui fazendo o resgate de pessoas isoladas nos engenhos, estamos utilizando várias máquinas das nossas obras fazendo limpezas, trazendo água potável. É importante que os donativos cheguem: comidas para as crianças, para as mães, que perderam tudo. É uma situação que eu nunca vi na minha vida”.

Fonte: Diversas

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