quarta-feira, 4 de junho de 2008

Nova ponte passará sobre o Rio Cocó


A construção de uma ponte sobre o Rio Cocó será mais nova obra que promete polemizar Fortaleza. O empreendimento do governo do Estado, ainda em nível de planejamento, já foi aprovada pelo Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam) e faz parte do projeto de ampliação e revitalização do Parque do Cocó.

A informação foi confirmada pelo titular da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), Herbert Rocha.De acordo com ele, a ponte compõe um dos seis segmentos da poligonal proposta para a demarcação do Parque Ecológico do Cocó e vai permitir a abertura de nova avenida de pista dupla até a ponte da Sabiaguaba (ainda em construção). O objetivo do governo estadual é desafogar o tráfego na Avenida Washington Soares, de olho no futuro Pavilhão de Exposições, que poderá ser erguido nas imediações do Centro de Convenções.

Rocha esclareceu que a idéia foi debatida pelo Grupo de Trabalho do Parque do Cocó há 15 dias. O grupo foi criado com a finalidade de elaborar um diagnóstico ambiental e as condições necessárias para legalizar o Parque, tratado como Unidade de Conservação (UC) de proteção integral. “Para a construção da ponte será necessária a realização do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e submetido a análise da Semace”.

No entanto, ele avalia inicialmente que a obra não provocará a destruição de mais um pedaço do Cocó. “A tecnologia a ser utilizada será a de ponta, Ela (ponte) será suspensa por cabos e seus pilares estarão fora da área de preservação permanente do rio. No entanto, reafirmo que nada disso chegou a Semace”.O presidente do Conpam, André Barreto, também confirma a informação e adianta que a obra será exatamente onde o Rio Cocó fica mais estreito e onde já existe degradação ambiental, além de ocupação irregular da área.Barreto explica que, de acordo com as conclusões do GT, o parque será um mosaico de seis principais poligonais para protegê-lo de eventuais problemas de questionamentos na Justiça.

“Se um segmento for barrado, não inviabilizará os outros. A nova poligonal isola algumas áreas cujas propriedades estão sendo questionadas por particulares ou empresas, mas elas serão incluídas no texto do decreto de interesse social para demarcação da unidade de conservação”, garantiu.A coordenadora do GT, Maria Dias, esclarece que a decisão em dividir os 1.312,30 hectares em partes diversas é principalmente porque o sistema viário da cidade interrompe o parque em vários pontos.As avenidas Murilo Borges, Engenheiro Santana Júnior e Sebastião de Abreu são alguns exemplos.

Pelo projeto o parque será acrescido de 266,08 hectares, passando dos antigos 1.046,22 para 1.312,30 hectares. A proposta será enviada agora a Procuradoria Geral do Estado para a elaboração do decreto tornando de interesse social a área do parque.

Reportagem da Jornalista Leda Gonçalves do Jornal DIARIO DO NORDESTE, com data de hoje, 04/06/2008, do Caderno CIDADES/ AMBIENTE. Fotografia Eduardo Queiro, reproduzida unicamente para efeito de divulação. Direitos autorais preservados.

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