domingo, 29 de janeiro de 2012
Vistoria de prédios: uma omissão injustificável
A tragédia que enlutou o Rio de Janeiro – o desmoronamento de três edifícios no Centro da cidade – está provocando um alerta nas demais cidades brasileiras sobre a necessidade de vistorias cíclicas em edificações, como forma de prevenir acidentes dessa natureza. Fortaleza, por exemplo, não dispõe de nenhuma lei municipal determinando a obrigatoriedade de inspeções periódicas na infraestrutura de prédios.
De repente, a sociedade se dá conta da omissão inexplicável de um tipo de prevenção como esse, que se imaginava regulamentada há muito tempo. O ideal, segundo especialistas, é que haja uma fiscalização a cada cinco anos, a partir da conclusão de qualquer prédio.
A maioria das cidades não dispõe desse recurso – um escândalo tendo em vista os riscos a que as pessoas estão submetidas, inadvertidamente. Para não dizer que há omissão total, pode-se citar o caso de Aracaju, onde uma lei municipal, desde 1999, determina que prédios com quatro pavimentos ou mais, estabelecimentos comerciais, ou qualquer outro não-residencial, devem passar por vistoria a cada cinco anos.
Outro exemplo vem do Piauí onde no começo deste mês o Crea local tinha tomado a iniciativa de realizar essa fiscalização, por conta própria, ao mesmo tempo em que fazia pressão para a Prefeitura de Teresina providenciar uma legislação municipal de fiscalização periódica das edificações.
Fortaleza não pode ficar atrás (e os demais municípios cearenses também). Além da verificação da estrutura da edificação, a legislação deve incluir itens como elevadores, geradores de energia e extintores de incêndio (os bombeiros já fiscalizam alguns desses itens).
Infelizmente, reitera-se o costume de só se agir depois da desgraça feita. É o que ocorreu, no Rio (onde também não há lei a respeito), mas pode suceder com qualquer outra cidade. Nunca se viu um desleixo tão grande e generalizado como esse. Nem por isso, a ausência de lei local pode ser justificada.
O momento é de correr para reverter o tempo perdido. Enquanto isso, o Crea local poderia seguir o exemplo do seu congênere piauiense e checar os edifícios mais vulneráveis em Fortaleza.
Fonte: Blog do Eliomar de Lima. Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Centro Histórico de Manaus, no Amazonas, poderá ser tombado pelo Iphan
Conselho Consultivo avalia proposta de tombamento de um cenário que representa a riqueza do período da borracha, no norte do país
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural estará reunido nos próximos dias 25 e 26 de janeiro, na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, em Brasília, para avaliar a proposta de tombamento do Centro Histórico de Manaus – AM. De acordo com o dossiê de tombamento elaborado pelo Iphan, a área a ser tombada representa um dos maiores testemunhos de uma fase econômica ímpar no Brasil: o período da borracha. Cidades como Manaus, Belém-PA e Rio Branco-AC, são exemplos da ocupação e do desenvolvimento da região Norte, quando a exploração do látex proporcionou o incremento da industrialização em escala mundial.
O tombamento do Centro Histórico de Manaus faz parte da política do Iphan de ampliar as áreas protegidas em todo o país, com ênfase nas regiões Norte e Centro-Oeste. Na capital amazonense, a área compreendida entre a orla do Rio Negro e o entorno do Teatro Amazonas é a que ainda mantém os aspectos simbólicos e densos de realizações artístico-construtivas. A preservação deste núcleo, que configura o coração urbano da cidade, garante a manutenção de seu patrimônio singular e integro, e inclui Manaus no rol das cidades históricas do Brasil.
Manaus e o período áureo da borracha
Fundada em 1669 a partir do forte de São José da Barra do Rio Negro, a sede da Capitania, e a sede da Província, foi estabelecida na margem esquerda do rio Negro.
O nome da cidade provém da tribo dos manaós, habitante da região. Na língua indígena, Manaus significa Mãe dos Deuses.
Entre os anos de 1580 e 1640, época em que Portugal e Espanha estavam sob uma só coroa, tem início a povoação européia na Amazônia. A ocupação foi demorada porque não havia facilidade para obtenção de lucros a curto prazo, o acesso era difícil e era desconhecida a existência de riquezas, como ouro e prata. Em 1669 começou a ser construído o Forte São José da Barra do Rio Negro, erguido em pedra e barro, com quatro canhões, para garantir o domínio da coroa de Portugal na região.
Com a proclamação da República, em 1889, Manaus passa a capital do Estado do Amazonas, época em que a borracha, matéria-prima da indústria mundial, era cada vez mais requisitada. O Amazonas, como principal produtor, orientou sua economia para atender à demanda, no chamado Período Áureo da Borracha (1890-1910). A cidade passou a receber brasileiros de várias partes do país, além de ingleses, franceses, judeus, gregos, portugueses, italianos e espanhóis. Esse crescimento demográfico gerou mudanças significativas na cidade
A partir de 1892, o governo de Eduardo Ribeiro elaborou um plano para coordenar o crescimento. Manaus ganhou o serviço de transporte coletivo de bondes elétricos, telefonia, eletricidade e água encanada, além de um porto flutuante, que passou a receber navios de diversas bandeiras. A metrópole da borracha, nos anos de 1900, abrigava uma população de 20 mil habitantes, em suas ruas retas e longas, calçadas com granito e pedras de liós importadas de Portugal, praças e jardins exuberantes, fontes, monumentos e o suntuoso Teatro Amazonas. Além de hotéis, cassinos, estabelecimentos bancários, palacetes e todos os requintes de uma cidade moderna.
Em 1910, Manaus ainda vivia a euforia dos preços altos da borracha, quando foi surpreendida pela fortíssima concorrência da borracha natural plantada e extraída dos seringais da Ásia, que invadiu os mercados internacionais. Era o fim do domínio da exportação do produto dos seringais naturais da Amazônia e o início da agonia econômica para a região.
Atualmente, os imóveis históricos, em sua maior parte, estão entre a Avenida Eduardo Ribeiro e a Rua Leonardo Malcher. Do núcleo colonial, resta apenas o traçado urbano, orgânico em contraponto ao traçado planejado, ainda no século 19. Na arquitetura, uma boa quantidade de edifícios ecléticos ainda está preservada. O centro histórico de Manaus no século XXI apresenta uma porção urbana formada por edificações do período áureo mesclada a edifícios modernos.
Mesmo que fragmentada, Manaus ainda possui um vocabulário arquitetônico vasto e diversificado, com representação de todas as correntes ecléticas e a verticalização ainda não compromete a percepção do espaço criado na Belle époque. Assim, de acordo com o parecer do Iphan, a cidade pode ser vista como um espaço urbano composto por monumentos, arquitetura corrente e áreas livres públicas, formando um conjunto que celebra e representa o ecletismo no norte do país, o que justifica o pedido de tombamento com a inscrição no Livro de Tombo Histórico e no Livro de Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural
Também está na pauta da reunião do Conselho Consultivo em Brasília a proposta de tombamento dos centros históricos de Antonina, no Paraná, e das cidades piauienses de Oeiras e Piracuruca. Os conselheiros também vão avaliar a proposta de Registro como Patrimônio Cultural do Ofício e dos Modos de Fazer as Bonecas Karajá. O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, presidido pelo presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 22 conselheiros de instituições como Ministério do Turismo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sociedade de Arqueologia Brasileira, Ministério da Educação, Sociedade Brasileira de Antropologia e Instituto Brasileiro de Museus – Ibram e da sociedade civil.
Fonte: Portal IPHAN
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural estará reunido nos próximos dias 25 e 26 de janeiro, na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, em Brasília, para avaliar a proposta de tombamento do Centro Histórico de Manaus – AM. De acordo com o dossiê de tombamento elaborado pelo Iphan, a área a ser tombada representa um dos maiores testemunhos de uma fase econômica ímpar no Brasil: o período da borracha. Cidades como Manaus, Belém-PA e Rio Branco-AC, são exemplos da ocupação e do desenvolvimento da região Norte, quando a exploração do látex proporcionou o incremento da industrialização em escala mundial.
O tombamento do Centro Histórico de Manaus faz parte da política do Iphan de ampliar as áreas protegidas em todo o país, com ênfase nas regiões Norte e Centro-Oeste. Na capital amazonense, a área compreendida entre a orla do Rio Negro e o entorno do Teatro Amazonas é a que ainda mantém os aspectos simbólicos e densos de realizações artístico-construtivas. A preservação deste núcleo, que configura o coração urbano da cidade, garante a manutenção de seu patrimônio singular e integro, e inclui Manaus no rol das cidades históricas do Brasil.
Manaus e o período áureo da borracha
Fundada em 1669 a partir do forte de São José da Barra do Rio Negro, a sede da Capitania, e a sede da Província, foi estabelecida na margem esquerda do rio Negro.
O nome da cidade provém da tribo dos manaós, habitante da região. Na língua indígena, Manaus significa Mãe dos Deuses.
Entre os anos de 1580 e 1640, época em que Portugal e Espanha estavam sob uma só coroa, tem início a povoação européia na Amazônia. A ocupação foi demorada porque não havia facilidade para obtenção de lucros a curto prazo, o acesso era difícil e era desconhecida a existência de riquezas, como ouro e prata. Em 1669 começou a ser construído o Forte São José da Barra do Rio Negro, erguido em pedra e barro, com quatro canhões, para garantir o domínio da coroa de Portugal na região.
Com a proclamação da República, em 1889, Manaus passa a capital do Estado do Amazonas, época em que a borracha, matéria-prima da indústria mundial, era cada vez mais requisitada. O Amazonas, como principal produtor, orientou sua economia para atender à demanda, no chamado Período Áureo da Borracha (1890-1910). A cidade passou a receber brasileiros de várias partes do país, além de ingleses, franceses, judeus, gregos, portugueses, italianos e espanhóis. Esse crescimento demográfico gerou mudanças significativas na cidade
A partir de 1892, o governo de Eduardo Ribeiro elaborou um plano para coordenar o crescimento. Manaus ganhou o serviço de transporte coletivo de bondes elétricos, telefonia, eletricidade e água encanada, além de um porto flutuante, que passou a receber navios de diversas bandeiras. A metrópole da borracha, nos anos de 1900, abrigava uma população de 20 mil habitantes, em suas ruas retas e longas, calçadas com granito e pedras de liós importadas de Portugal, praças e jardins exuberantes, fontes, monumentos e o suntuoso Teatro Amazonas. Além de hotéis, cassinos, estabelecimentos bancários, palacetes e todos os requintes de uma cidade moderna.
Em 1910, Manaus ainda vivia a euforia dos preços altos da borracha, quando foi surpreendida pela fortíssima concorrência da borracha natural plantada e extraída dos seringais da Ásia, que invadiu os mercados internacionais. Era o fim do domínio da exportação do produto dos seringais naturais da Amazônia e o início da agonia econômica para a região.
Atualmente, os imóveis históricos, em sua maior parte, estão entre a Avenida Eduardo Ribeiro e a Rua Leonardo Malcher. Do núcleo colonial, resta apenas o traçado urbano, orgânico em contraponto ao traçado planejado, ainda no século 19. Na arquitetura, uma boa quantidade de edifícios ecléticos ainda está preservada. O centro histórico de Manaus no século XXI apresenta uma porção urbana formada por edificações do período áureo mesclada a edifícios modernos.
Mesmo que fragmentada, Manaus ainda possui um vocabulário arquitetônico vasto e diversificado, com representação de todas as correntes ecléticas e a verticalização ainda não compromete a percepção do espaço criado na Belle époque. Assim, de acordo com o parecer do Iphan, a cidade pode ser vista como um espaço urbano composto por monumentos, arquitetura corrente e áreas livres públicas, formando um conjunto que celebra e representa o ecletismo no norte do país, o que justifica o pedido de tombamento com a inscrição no Livro de Tombo Histórico e no Livro de Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural
Também está na pauta da reunião do Conselho Consultivo em Brasília a proposta de tombamento dos centros históricos de Antonina, no Paraná, e das cidades piauienses de Oeiras e Piracuruca. Os conselheiros também vão avaliar a proposta de Registro como Patrimônio Cultural do Ofício e dos Modos de Fazer as Bonecas Karajá. O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, presidido pelo presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 22 conselheiros de instituições como Ministério do Turismo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sociedade de Arqueologia Brasileira, Ministério da Educação, Sociedade Brasileira de Antropologia e Instituto Brasileiro de Museus – Ibram e da sociedade civil.
Fonte: Portal IPHAN
O "jeitin" brasileiro de construir causa tragédia no Rio
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Árvores cortadas na Rua Gonçalves Ledo
Quarenta e duas árvores foram derrubadas no terreno localizado na esquina da rua Gonçalves Lêdo com Santos Dumont. A informação é da Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam).
Provocada pela Vertical, a Semam informou que a ação do empreendimento foi autorizada pela Regional II a cortar mangueiras, cajueiros e outras plantas no dia 14 de julho de 2010. A construtora estava obrigada a replantar ou fazer doação de mudas para o horto florestal.
Um ano e seis meses depois da destruição do pequeno bosque da família do diretor de teatro Aderbal Freire (radicado no Rio de Janeiro), os empresários fizeram de conta que não era com eles e ignoraram o acordo com a Prefeitura de Fortaleza. E o mais curioso é que ainda terão até esta terça-feira (24) para amenizar o prejuízo ambiental.
O caso da Gonçalves Lêdo é rotina na cidade. O desmatamento urbano se dá porque não há rigor na cobrança da compensação verde e aos poucos, de árvore em árvore, a Aldeota e outros bairros da Regional II vão sendo desmatados.
Fonte Coluna Vertical / O POVO
Provocada pela Vertical, a Semam informou que a ação do empreendimento foi autorizada pela Regional II a cortar mangueiras, cajueiros e outras plantas no dia 14 de julho de 2010. A construtora estava obrigada a replantar ou fazer doação de mudas para o horto florestal.
Um ano e seis meses depois da destruição do pequeno bosque da família do diretor de teatro Aderbal Freire (radicado no Rio de Janeiro), os empresários fizeram de conta que não era com eles e ignoraram o acordo com a Prefeitura de Fortaleza. E o mais curioso é que ainda terão até esta terça-feira (24) para amenizar o prejuízo ambiental.
O caso da Gonçalves Lêdo é rotina na cidade. O desmatamento urbano se dá porque não há rigor na cobrança da compensação verde e aos poucos, de árvore em árvore, a Aldeota e outros bairros da Regional II vão sendo desmatados.
Fonte Coluna Vertical / O POVO
sábado, 21 de janeiro de 2012
Brizola, o homem que tentou educar o Brasil
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Governador Cid autoriza Estrada do Sabiaguaba
Boa notícia: o Governo do Estado, por decisão do governador Cid Gomes, autorizou a abertura de processo licitatório para a construção da chamada "estrada da Sabiaguaba", que ligará a pote sobre o rio Cocó à CE-040. O engenheiro André Pierre, diretor de Engenharia Rodoviária do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), disse ontem a esta coluna que a rodovia, com extensão de 17 quilômetros, começará a ser construída "entre agosto e setembro deste ano". Ele revelou, ainda, que, também neste ano, será licitada a obra de duplicação da CE-040 no trecho entre Beberibe e Aracati - com menos de 70 quilômetros de extensão.
Fonte: Coluna do Egidio Serpa/ Diário do Nordeste Online
Fonte: Coluna do Egidio Serpa/ Diário do Nordeste Online
Metrofor licita Linha Leste
Quando o próximo mês de março chegar, trará junto o edital de licitação do Governo do Ceará para a execução das obras de construção da Linha Leste do Metrofor. O secretário de Infraestrutura, Adahil Fontenele revelou a esta coluna que, para a elaboração do edital, há só uma dúvida: se será o Governo do Estado que, ele mesmo, comprará as duas máquinas que perfurarão os túneis da linha, que será totalmente subterrânea, ou se essa aquisição será feita pelo consórcio vencedor da concorrência. Neste caso, o custo das máquinas será incluído no valor total do projeto. De acordo com o secretário Adahil Fontenele, ainda neste ano terão início as obras da Linha Leste - que partirão da estação Chico da Silva, no centro da cidade e irão até a Unifor.
Fonte: Coluna Egídio Serpa/ Diário do Nordeste Online
Fonte: Coluna Egídio Serpa/ Diário do Nordeste Online
domingo, 15 de janeiro de 2012
A reinvenção do capital turístico cearense
O turismo no Ceará é uma perspectiva muito pontual e temporária. “… investem muito num curto período e esquecem que o potencial gerador na alta estação deve se perpetuar ao longo do ano”. É o que avalia o professor de Psicologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Cássio Braz, em artigo publicado neste sábado, no O POVO.
Confira:
A alta estação é esperada por alguns segmentos de nossa economia com muito entusiasmo. Fortemente atrelada à área de turismo o conceito de alta estação vem paulatinamente se transformando através do esforço de algumas políticas para dotar o Estado de uma atratividade mais perene. Entretanto, a ideia de alta estação já está introjetada em nós e em muitos dos nossos empresários e políticos, gerando grandes expectativas.
Cada vez mais o Ceará prepara-se para as visitas externas, mas continua equivocando-se nessa preparação permanente. Aumentamos o policiamento nas áreas turísticas, recepcionamos os visitantes com forró no aeroporto, damos um pouco mais de atenção aos produtos turísticos, mas tudo isso numa perspectiva muito pontual e temporária.
A próxima alta estação deve encontrar um Estado com as tradicionais alternativas naturais – praia, serra e sertão – com boas opções de compras e com uma culinária agradável, embora longe de constituir-se referência. Há uma melhoria em alguns setores, mas em outros continuamos pecando em excesso, tomando como exemplo a prestação de serviços ainda amadora, que confunde qualidade e permissividade e onde a simpatia deixa de ser, cada vez mais, carro chefe na nossa tradição receptiva.
A recepção da Copa do Mundo, a construção de um grande centro de eventos, são ações que já começam a impactar na mudança de paradigma de uma alta estação. É preciso, porém, mudar a mentalidade de muitos dos nossos gestores e empresários, que investem muito num curto período e esquecem que o potencial gerador na alta estação deve se perpetuar ao longo do ano.
Não podemos perder de vista que as férias de uns são a rotina diária de muitos, mas continuamos agindo com a mesma perspectiva da recepção das visitas em nossa casa: escondemos os objetos quebrados e danificados, limpamos as janelas que passam o resto do ano acumulando poeira, introduzimos frutas e bolos ao nosso “café com pão” diário, mudamos os móveis de lugar, mas, com a saída das visitas, tudo isso passa, e, sem percebermos, retornamos ao nosso cotidiano sem luxos e até aos problemas diários, pois já estamos “acostumados”.
Esquecemos que é preciso mudar a mentalidade da alta estação como um período determinado e voltado para os turistas e ampliá-la para todo o ano e para todos os cidadãos que aqui residem. Não podemos avançar como destino turístico se só o somos durante dois ou três meses por ano. Mudando essa ideia, estaremos disponíveis durante os 365 dias do ano, numa parceria perfeita com a natureza – das praias, das serras e dos sertões, dos dias ensolarados, e da temperatura estável; assim também beneficiaremos ao potencial usuário que aqui reside, tornando a alta estação não um período de exceção, mas um referente para o nosso dia a dia.
Fonte: Professor Cássio Braz/ Psicologia UFC. O POVO Online
Confira:
A alta estação é esperada por alguns segmentos de nossa economia com muito entusiasmo. Fortemente atrelada à área de turismo o conceito de alta estação vem paulatinamente se transformando através do esforço de algumas políticas para dotar o Estado de uma atratividade mais perene. Entretanto, a ideia de alta estação já está introjetada em nós e em muitos dos nossos empresários e políticos, gerando grandes expectativas.
Cada vez mais o Ceará prepara-se para as visitas externas, mas continua equivocando-se nessa preparação permanente. Aumentamos o policiamento nas áreas turísticas, recepcionamos os visitantes com forró no aeroporto, damos um pouco mais de atenção aos produtos turísticos, mas tudo isso numa perspectiva muito pontual e temporária.
A próxima alta estação deve encontrar um Estado com as tradicionais alternativas naturais – praia, serra e sertão – com boas opções de compras e com uma culinária agradável, embora longe de constituir-se referência. Há uma melhoria em alguns setores, mas em outros continuamos pecando em excesso, tomando como exemplo a prestação de serviços ainda amadora, que confunde qualidade e permissividade e onde a simpatia deixa de ser, cada vez mais, carro chefe na nossa tradição receptiva.
A recepção da Copa do Mundo, a construção de um grande centro de eventos, são ações que já começam a impactar na mudança de paradigma de uma alta estação. É preciso, porém, mudar a mentalidade de muitos dos nossos gestores e empresários, que investem muito num curto período e esquecem que o potencial gerador na alta estação deve se perpetuar ao longo do ano.
Não podemos perder de vista que as férias de uns são a rotina diária de muitos, mas continuamos agindo com a mesma perspectiva da recepção das visitas em nossa casa: escondemos os objetos quebrados e danificados, limpamos as janelas que passam o resto do ano acumulando poeira, introduzimos frutas e bolos ao nosso “café com pão” diário, mudamos os móveis de lugar, mas, com a saída das visitas, tudo isso passa, e, sem percebermos, retornamos ao nosso cotidiano sem luxos e até aos problemas diários, pois já estamos “acostumados”.
Esquecemos que é preciso mudar a mentalidade da alta estação como um período determinado e voltado para os turistas e ampliá-la para todo o ano e para todos os cidadãos que aqui residem. Não podemos avançar como destino turístico se só o somos durante dois ou três meses por ano. Mudando essa ideia, estaremos disponíveis durante os 365 dias do ano, numa parceria perfeita com a natureza – das praias, das serras e dos sertões, dos dias ensolarados, e da temperatura estável; assim também beneficiaremos ao potencial usuário que aqui reside, tornando a alta estação não um período de exceção, mas um referente para o nosso dia a dia.
Fonte: Professor Cássio Braz/ Psicologia UFC. O POVO Online
sábado, 14 de janeiro de 2012
Valorização de imóveis no Litoral Oeste de Fortaleza
A valorização dos imóveis da Costa Oeste/ Vila do Mar...5,5 km de litoral fortalezense entre a Barra do Ceará e o antigo Kartodromo, chega a 300%..........segundo extensa reportagem de O POVO.......a iniciativa de sucesso de requalificação urbana e ambiental, conceituada em 2003 e a partir de 2003 mesmo iniciada a implantação, ainda pelo Governo do Estado, através da SDLR/ Secretaria do Desenvolvimento Local e Regional e, continuada pela Prefeitura de Fortaleza...é a principal causa da valorização de imóveis nos bairros do Pirambu, Cristo Redentor, Seis Companheiros, Goiabeiras e Barra do Ceará.............
Fonte: O POVO Online
Fonte: O POVO Online
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Fortaleza é a 37ª cidade mais violenta do mundo
Fortaleza é a 37ª cidade mais violenta do mundo, de acordo com estudo feito pela organização não governamental (ONG) mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal divulgado nesta sexta-feira (13). Segundo a ONG mexicana, das 50 cidades mais violentas do mundo, 14 são brasileiras.
A cidade de Fortaleza está em 37º no ranking da ONG, com 42.90 mortes violentas para cada 100 mil habitantes. O topo da lista é ocupado pela cidade de San Pedro Sula, em Honduras, com uma taxa de 158.87 homicídios para um grupo de 100 mil habitantes. Em segundo lugar, está Juárez, no México, com uma taxa de 147.77.
No Brasil, a cidade de Maceió, capital alagoana, aparece como a mais violenta ocupando o terceiro lugar – com uma taxa de 135.26 homicídios para cada 100 mil habitantes.
Depois da capital alagoana estão Belém (PA) – em 10o lugar no ranking, com uma taxa de 78.08 homicídios para cada 100 mil habitantes; Vitória (ES), em 17o lugar, com taxa de 67.82; Salvador (BA), em 22o na lista, com 56.98 e Manaus (AM), em 26o, com 51.21.
Também são definidas como violentas as cidades de São Luís (MA), em 27o lugar no estudo, com taxa de 50.85 mortes violentas para cada 100 mil habitantes, João Pessoa (PB), em 29o, com 48.64; Cuiabá (MT), em 31o na lista, com taxa de 48.32; Recife (PE), em 32o lugar, com taxa de 48.23, Macapá (AP), em 36o, com 45.08; Curitiba (PR), em 39o na lista, com 38.09; Goiânia (GO), 40o, com 37.17 e Belo Horizonte (MG), em 45o no ranking das cidades mais violentas, com taxa de 34.40 homicídios para cada 100 mil habitantes.
Das 50 cidades apontadas como as mais violentas do mundo, além das 14 brasileiras, 12 estão no México e cinco na Colômbia. O estudo também informa que das 50 cidades, 40 estão na América Latina.
Fonte: Diário do Nordeste Online
A cidade de Fortaleza está em 37º no ranking da ONG, com 42.90 mortes violentas para cada 100 mil habitantes. O topo da lista é ocupado pela cidade de San Pedro Sula, em Honduras, com uma taxa de 158.87 homicídios para um grupo de 100 mil habitantes. Em segundo lugar, está Juárez, no México, com uma taxa de 147.77.
No Brasil, a cidade de Maceió, capital alagoana, aparece como a mais violenta ocupando o terceiro lugar – com uma taxa de 135.26 homicídios para cada 100 mil habitantes.
Depois da capital alagoana estão Belém (PA) – em 10o lugar no ranking, com uma taxa de 78.08 homicídios para cada 100 mil habitantes; Vitória (ES), em 17o lugar, com taxa de 67.82; Salvador (BA), em 22o na lista, com 56.98 e Manaus (AM), em 26o, com 51.21.
Também são definidas como violentas as cidades de São Luís (MA), em 27o lugar no estudo, com taxa de 50.85 mortes violentas para cada 100 mil habitantes, João Pessoa (PB), em 29o, com 48.64; Cuiabá (MT), em 31o na lista, com taxa de 48.32; Recife (PE), em 32o lugar, com taxa de 48.23, Macapá (AP), em 36o, com 45.08; Curitiba (PR), em 39o na lista, com 38.09; Goiânia (GO), 40o, com 37.17 e Belo Horizonte (MG), em 45o no ranking das cidades mais violentas, com taxa de 34.40 homicídios para cada 100 mil habitantes.
Das 50 cidades apontadas como as mais violentas do mundo, além das 14 brasileiras, 12 estão no México e cinco na Colômbia. O estudo também informa que das 50 cidades, 40 estão na América Latina.
Fonte: Diário do Nordeste Online
Turismo e lixo
Diante de tantos sacos de lixo nas calçadas das ruas da Aldeota, o fortalezense fica a perguntar: será que acabou mesmo a greve dos garis? Fortaleza é uma cidade turística, saibam todos.
Fonte: Coluna Egídio Serpa/ Diário do Nordeste Online
Fonte: Coluna Egídio Serpa/ Diário do Nordeste Online
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Vila do Mar: barracas serão relocadas
Com a revitalização do calçadão, parte do Projeto Vila do Mar, com denominação anterior de Costa Oeste, na Barra do Ceará ganhou novos espaços. A saída das barracas na faixa de areia para quiosques padronizados no calçadão está sendo esperada para a próxima semana. A mudança divide opiniões.
Há seis anos, o guarda-vida Manoel Martins trabalha na praia da Barra do Ceará. É naquela faixa de areia limitada por espigões e pelo encontro do rio Ceará com o mar que ele caminha de um lado para o outro observando os banhistas e a segurança. E este cenário a que ele está acostumado tem previsão de mudar em breve. As barracas que foram construídas em faixa de areia e distribuem cadeiras, mesas e guarda-sol serão destruídas e passarão a funcionar em quiosques padronizados localizados no calçadão revitalizado.
As modificações fazem parte do projeto Vila do Mar, responsabilidade da Prefeitura. Para os funcionários das barracas, a informação é de que a mudança ocorrerá no dia 16 de janeiro, próxima segunda-feira. Entretanto, muitos deles desacreditam a data informada, por ainda faltar elementos básicos, como rede de energia para todos os quiosques.
Muitas mudanças trazem consigo resistência daqueles que estão acostumados à maneira antiga. Por isso, a transferência das barracas divide opiniões. Luiz Carlos é dono de uma delas e acha que a mudança será positiva, mas uma de suas funcionárias comentou que muitos clientes reclamam, alegando que a barraca ficará muito distante.
E foi esse o motivo que fez Caroline Sousa e Maria Eduarda Gomes indicarem que, sem as barracas, o local ficará mais vazio e perigoso. Maria Eduarda estava de olho nos dois filhos, de 3 e 12 anos, que brincavam no mar, e comentou que o local é bom durante a semana, mas nos fins de semana é muito lotado, expulsando a tranquilidade.
Novos locais
O garçom Rafael Alves, 18 anos, se disse preparado para percorrer a distância entre os novos quiosques e os clientes, opinando que o atendimento melhorará. E o guarda-vida Manoel Martins, tão acostumado ao local, acha que é um alívio a retirada das barracas. “Não existe faixa de areia aqui, quando a maré está cheia, lava as barracas”, comentou.
Mesmo com os problemas, ele compartilha a opinião de que a qualidade e beleza da praia são diferenciais e, com a limpeza do visual, ficará ainda melhor. E o trabalho realizado por ele também vai ganhar elementos de qualidade, pois está prevista a construção de torres de observação, segundo o guarda-vida.
A assessoria do projeto Vila do Mar foi procurada para informar detalhes da mudança e do projeto das 9 horas até o fechamento desta matéria, mas os telefonemas não foram atendidos e os recados deixados não receberam retorno.
ENTENDA A NOTÍCIA
Importante trecho do litoral Oeste da cidade passa por um processo de revitalização por meio do projeto Vila do Mar. Mais espaço na areia e melhor estrutura de atendimento é o que esperam para o local muitos frequentadores.
Fonte: O POVO Online
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Pecém: urgente
Chegou a esta coluna a notícia de que, somente para abrigar os funcionários da Siderúrgica do Pecém - e das empresas que operarão no seu entorno - serão necessárias 10 mil residências.
Fonte: Coluna Egídio Serpa/ Diário do Nordeste
Fonte: Coluna Egídio Serpa/ Diário do Nordeste
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
ZPE: a hora da alfândega
Começa hoje o processo de alfandegamento da área a ser ocupada pela Zona de Processamento para Exportações do Ceará (ZPE). Antes do meio dia, o chefe da Inspetoria da Receita Federal no Porto do Pecém, Carlos Wilson, recebe da presidente da ZPE, Cristiane Peres, os documentos necessários ao alfandegamento. Se - e quando - a Receita emitir o seu "De Acordo" - o que dependerá de análise técnica que examinará se a infraestrutura proposta está de acordo com a legislação específica - a ZPE iniciará a construção da área de despacho e recepção de cargas, das instalações elétricas e hidráulicas, da portaria de acesso e dos escritórios para a Receita Federal e demais órgãos que atuarão na ZPE. A Receita está receptiva à ZPE cearense.
Fonte: Blog do Eliomar de Lima
Fonte: Blog do Eliomar de Lima
domingo, 8 de janeiro de 2012
Outras vantagens do Castanhão
Antes da implantação Açude Castanhão, o maior reservatório de água do Estado do Ceará, o índice de pluviometria da região de Quixeramobim tinha média anual de 654,18 milímetros; depois que o Castanhão foi construído, esse índice saltou para 772,68 milímetros. Esses números foram fornecidos a esta coluna por José Maria Pimenta, presidente da Ematerce, que levantou os dados históricos.
Fonte: Blog do Eliomar de Lima
Fonte: Blog do Eliomar de Lima
sábado, 7 de janeiro de 2012
Pecém no ranking
Em 2011, o Porto do Pecém teve elevação positiva de 5% na movimentação de cargas e de 17% no faturamento. Foram movimentadas 3,36 milhões de toneladas (t) - em 2010, foram de 3,21 toneladas. Segundo informações do Governo do Estado, a movimentação registrou um aumento de 17% no faturamento da Cearáportos, empresa que administra o Porto do Pecém, no período de janeiro a dezembro de 2011. As exportações contribuíram com a movimentação de 989,66 mil t, enquanto as importações registram 2,37 milhões de toneladas movimentadas, com aumento de 2% no transporte de longo curso e de 15% no de cabotagem.
A movimentação de contêineres registrou variação positiva de 19%, com 101 mil TEUS exportados e 98 mil TEUS movimentados nas importações. As frutas contribuíram com a exportação de 306 mil t e os minérios com 214 mil. A maior movimentação nas importações ficou por conta do ferro fundido, ferro e aço, com 618 mil t, seguidos dos combustíveis minerais, com 615 mil toneladas.
Ranking
O Porto do Pecém, segundo dados da Secex – Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio - permanece como líder na exportação de frutas entre todos os portos brasileiros, com participação de 47%, seguido pelos portos de Santos (13%) e Parnamirim, com 11%. O porto cearense lidera também a exportação de calçados, juntamente com o porto de Rio Grande, com percentual de 30% cada um.
Nas importações de ferro fundido, ferro e aço o Pecém é o terceiro colocado, com 17% de participação. O porto de São Francisco do Sul está em primeiro lugar, com 24, e o de Santos em segundo com 18%. O porto de Suape continua líder na importação de algodão, com 31% de participação, seguido pelo Pecém, com 24%.
Fonte: O POVO Online
A movimentação de contêineres registrou variação positiva de 19%, com 101 mil TEUS exportados e 98 mil TEUS movimentados nas importações. As frutas contribuíram com a exportação de 306 mil t e os minérios com 214 mil. A maior movimentação nas importações ficou por conta do ferro fundido, ferro e aço, com 618 mil t, seguidos dos combustíveis minerais, com 615 mil toneladas.
Ranking
O Porto do Pecém, segundo dados da Secex – Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio - permanece como líder na exportação de frutas entre todos os portos brasileiros, com participação de 47%, seguido pelos portos de Santos (13%) e Parnamirim, com 11%. O porto cearense lidera também a exportação de calçados, juntamente com o porto de Rio Grande, com percentual de 30% cada um.
Nas importações de ferro fundido, ferro e aço o Pecém é o terceiro colocado, com 17% de participação. O porto de São Francisco do Sul está em primeiro lugar, com 24, e o de Santos em segundo com 18%. O porto de Suape continua líder na importação de algodão, com 31% de participação, seguido pelo Pecém, com 24%.
Fonte: O POVO Online
Pecém: a hora é agora
Para o Arquiteto José Sales, que, assim como esta coluna, se preocupa com o crescimento desordenado da vila do Pecém, poderia o Governo do Ceará mirar-se mesmo no exemplo do bilionário empresário carioca Eike Batista, que, para apoiar o seu Complexo Industrial do Superporto do Açu, no Rio de Janeiro, construirá uma cidade planejada por Jaime Lerner para abrigar seus 50 mil técnicos e operários. "Se desejamos que o desenvolvimento econômico do Ceará seja sustentável, devemos elaborar, agora mesmo, o plano urbanístico do Pecém", diz José Sales. Ele tem razão: sem qualquer planejamento desse tipo, Pecém vê avançar ao seu redor a favelização. Pena.
Fonte: Coluna do Egídio Serpa/ Diário do Nordeste Online
Fonte: Coluna do Egídio Serpa/ Diário do Nordeste Online
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Percursos urbanos
O Percursos Urbanos existe desde 2004 e desde então realiza uma incursão na cidade a cada semana. "Observamos que as pessoas têm uma relação volátil com a cidade. Por exemplo, quando vão morar ou passar tempo fora, voltam e acham tudo diferente. Mesmo quem mora aqui reclama que a cidade não gera essa coisa da pertença, há sempre um comparativo com outras cidades do Nordeste", detalha Monteiro.
"Há também a coisa do apartheid social, as pessoas ficam ilhadas em ´pequenas cidades´, que pouco se atravessam, pouco se conhecem ou se misturam", pontua a integrante da ONG. Nesse sentido, Monteiro afirma ser importante a experiência do Percursos, ao juntar habitantes em um ônibus para atravessarem juntos a cidade. "A partir daí eles estabelecem uma relação menos superficial com a cidade, diferente daquela criada por meio da mídia ou pelo olhar do turista", acredita Monteiro.
"Trata-se de uma experiência afetiva presencial, a partir do corpo, tanto com Fortaleza quanto com outros atores sociais", complementa a produtora. Além do mediador que conduz o passeio, os próprios participantes também levam seus conhecimentos sobre o tema e sugerem questionamentos. "O mediador não é emissor magistral de conteúdo. Ele tem um saber legitimado, mas também abre espaço para contribuições", pontua Monteiro
Para conduzir os passeios e definir temas, a ONG procura tanto pessoas ligadas às Universidades quanto representantes do saber popular, reconhecidamente sabedoras dos assuntos tratados. "Temos um conselho bem diverso, composto por arquitetos, urbanistas, cientistas sociais, psicólogos, enfim, gente de diferentes perfis para ver a cidade de várias formas. Temos uma reunião online de pautas, além das sugestões dos participantes dos percursos. A cidade é infinita e os assuntos pouco se repetem", comemora Monteiro.
Outra iniciativa semelhante é o projeto "História passo a passo", que promove caminhadas culturais pelo Centro Histórico de Fortaleza. A ideia, criada há 17 anos pelo turismólogo Gerson Linhares, até pouco tempo era mantida de maneira independente. Recentemente, o projeto passou a ter apoio da ONG Caminhos de Iracema.
Fonte: Diário do Nordeste Online
"Há também a coisa do apartheid social, as pessoas ficam ilhadas em ´pequenas cidades´, que pouco se atravessam, pouco se conhecem ou se misturam", pontua a integrante da ONG. Nesse sentido, Monteiro afirma ser importante a experiência do Percursos, ao juntar habitantes em um ônibus para atravessarem juntos a cidade. "A partir daí eles estabelecem uma relação menos superficial com a cidade, diferente daquela criada por meio da mídia ou pelo olhar do turista", acredita Monteiro.
"Trata-se de uma experiência afetiva presencial, a partir do corpo, tanto com Fortaleza quanto com outros atores sociais", complementa a produtora. Além do mediador que conduz o passeio, os próprios participantes também levam seus conhecimentos sobre o tema e sugerem questionamentos. "O mediador não é emissor magistral de conteúdo. Ele tem um saber legitimado, mas também abre espaço para contribuições", pontua Monteiro
Para conduzir os passeios e definir temas, a ONG procura tanto pessoas ligadas às Universidades quanto representantes do saber popular, reconhecidamente sabedoras dos assuntos tratados. "Temos um conselho bem diverso, composto por arquitetos, urbanistas, cientistas sociais, psicólogos, enfim, gente de diferentes perfis para ver a cidade de várias formas. Temos uma reunião online de pautas, além das sugestões dos participantes dos percursos. A cidade é infinita e os assuntos pouco se repetem", comemora Monteiro.
Outra iniciativa semelhante é o projeto "História passo a passo", que promove caminhadas culturais pelo Centro Histórico de Fortaleza. A ideia, criada há 17 anos pelo turismólogo Gerson Linhares, até pouco tempo era mantida de maneira independente. Recentemente, o projeto passou a ter apoio da ONG Caminhos de Iracema.
Fonte: Diário do Nordeste Online
Para ver a cidade múltipla
Gratuito e aberto a qualquer interessado, o projeto Percursos Urbanos oferece novas edições em janeiro
Janeiro é mês de férias para muita gente, que pode aproveitar tanto as opções pagas de lazer quanto as programações gratuitas que seguem em Fortaleza. Entre elas está a próxima edição do Percursos Urbanos, projeto voltado a explorar o território da capital a partir de diferentes perspectivas.
Trata-se de uma das melhores oportunidades de aprender mais sobre nosso próprio espaço, suas configurações, histórias e dinâmicas. O projeto foi idealizado e é executado pela ONG Mediação de Saberes, e mantido com recursos do Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBB-Fortaleza).
Neste sábado, das 15h às 18h30, o Percursos Urbanos dá vez a um assunto difícil, porém imensamente importante, com a realização do percurso "Mapas da Ditadura em Fortaleza". O que temos a ver com fatos ocorridos há 25 anos, durante o Regime Militar? Que relatos de parentes ou conhecidos são recordados? O que resta da ditadura ainda hoje? Essas são algumas das perguntas que irão nortear o passeio.
A ideia é percorrer locais da cidade que ainda carregam simbólica e fisicamente resquícios da ditadura militar brasileira, que deixou mais de 300 mortos e desaparecidos políticos, no sentido de mexer com essa memória e conversar sobre o que se quer fazer dela.
A mediação fica por conta do Coletivo Aparecidos Políticos, cujo trabalho fundamenta-se na relação entre a arte e política, especialmente por meio de intervenções urbanas. "O tema surgiu quando soubemos da existência do coletivo. Sempre percebemos essa sensação ´nebulosa´ na cidade no que diz respeito à memória do Regime Militar. Sabemos mais sobre o que aconteceu em outros Estados do Brasil, não temos muita clareza sobre como Fortaleza viveu essa época", explica Thaís Monteiro, integrante da Mediação de Saberes.
Monteiro chama atenção para o caso de alguns prédios cuja relação com a Ditadura ainda é desconhecida por muitas pessoas. "O Palácio da Abolição, por exemplo, é um prédio suntuoso, bonito, impactante, mas vários habitantes não sabem que ele abriga o mausoléu do ex-presidente Castelo Branco; por isso, torna-se esvaziado de sentido. Já o prédio onde funciona a Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), por exemplo, era a sede do Dops (Departamento de Ordem Política e Social)", ressalta a integrante da ONG, sem esquecer praças e ruas cujos nomes fazem referência a fatos, datas e personalidades do período.
"Nosso objetivo é tirar esse vazio do sentido dos nomes, lugares e significados e tentar levar a questão para ser discutida publicamente, em vez de relegá-la ao esquecimento por se tratar de uma lembrança incômoda. É um início", resume Monteiro.
Fonte: Diário do Nordeste Online
Janeiro é mês de férias para muita gente, que pode aproveitar tanto as opções pagas de lazer quanto as programações gratuitas que seguem em Fortaleza. Entre elas está a próxima edição do Percursos Urbanos, projeto voltado a explorar o território da capital a partir de diferentes perspectivas.
Trata-se de uma das melhores oportunidades de aprender mais sobre nosso próprio espaço, suas configurações, histórias e dinâmicas. O projeto foi idealizado e é executado pela ONG Mediação de Saberes, e mantido com recursos do Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBB-Fortaleza).
Neste sábado, das 15h às 18h30, o Percursos Urbanos dá vez a um assunto difícil, porém imensamente importante, com a realização do percurso "Mapas da Ditadura em Fortaleza". O que temos a ver com fatos ocorridos há 25 anos, durante o Regime Militar? Que relatos de parentes ou conhecidos são recordados? O que resta da ditadura ainda hoje? Essas são algumas das perguntas que irão nortear o passeio.
A ideia é percorrer locais da cidade que ainda carregam simbólica e fisicamente resquícios da ditadura militar brasileira, que deixou mais de 300 mortos e desaparecidos políticos, no sentido de mexer com essa memória e conversar sobre o que se quer fazer dela.
A mediação fica por conta do Coletivo Aparecidos Políticos, cujo trabalho fundamenta-se na relação entre a arte e política, especialmente por meio de intervenções urbanas. "O tema surgiu quando soubemos da existência do coletivo. Sempre percebemos essa sensação ´nebulosa´ na cidade no que diz respeito à memória do Regime Militar. Sabemos mais sobre o que aconteceu em outros Estados do Brasil, não temos muita clareza sobre como Fortaleza viveu essa época", explica Thaís Monteiro, integrante da Mediação de Saberes.
Monteiro chama atenção para o caso de alguns prédios cuja relação com a Ditadura ainda é desconhecida por muitas pessoas. "O Palácio da Abolição, por exemplo, é um prédio suntuoso, bonito, impactante, mas vários habitantes não sabem que ele abriga o mausoléu do ex-presidente Castelo Branco; por isso, torna-se esvaziado de sentido. Já o prédio onde funciona a Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), por exemplo, era a sede do Dops (Departamento de Ordem Política e Social)", ressalta a integrante da ONG, sem esquecer praças e ruas cujos nomes fazem referência a fatos, datas e personalidades do período.
"Nosso objetivo é tirar esse vazio do sentido dos nomes, lugares e significados e tentar levar a questão para ser discutida publicamente, em vez de relegá-la ao esquecimento por se tratar de uma lembrança incômoda. É um início", resume Monteiro.
Fonte: Diário do Nordeste Online
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Exemplo ao Pecém
Eike Batista está a construir no Rio de Janeiro um complexo portuário e industrial que dará emprego a 40 mil pessoas. Para estas, ele construirá uma cidade, que está sendo projetada por Jaime Lerner. Esse exemplo poderia ser imitado pelo Governo do Estado do Ceará em relação à vila do Pecém.
Fonte: Coluna Egidio Serpa/ Diário do Nordeste
Fonte: Coluna Egidio Serpa/ Diário do Nordeste
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Maestro Lisboa é liberada incompleta
O viaduto que dá acesso à CE- 025, no caminho para o Porto das Dunas, foi liberado para tráfego sem sinalização e iluminação pública. A obra de duplicação que liga a Avenida Washington Soares ao Porto das Dunas e que se arrasta por, pelo menos, dois anos, deveria ter ficado pronta em dezembro último foi liberada ao uso sem sinalização e sem iluminação pública. Usuários, moradores e comerciantes reclamam dos transtornos.
Este único trecho entregue, na última quinta-feira (29), foi o viaduto que liga a CE-040 a CE-025, porém ainda está inacabado. No local, é possível encontrar trabalhadores e máquinas movimentando grandes pedras de concretos chamadas de guarda rodas.
Fonte: Diário do Nordeste
O ano do Cocó, em 2012
2012 deve ser o ano para a demarcação definitiva do Parque do Cocó, a maior área verde de Fortaleza, e para a elaboração de seu Plano de Manejo. Ele sugere, ainda, que se crie um Conselho Gestor para o Cocó, com a participação paritária da sociedade, uma reivindicação, aliás, que vem desde 1977. A propósito: o Cocó é também um grande berçário de aves, revela o Arquiteto José Sales.
Fonte: Coluna do Egídio Serpa Diário do Nordeste
Fonte: Coluna do Egídio Serpa Diário do Nordeste
domingo, 1 de janeiro de 2012
Feliz 2012
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