segunda-feira, 29 de agosto de 2011

domingo, 28 de agosto de 2011

Restauração das margens do Riacho Alagadiço

Segundo membros do Movimento Pró-Parque Rachel de Queiroz, a prefeitura de Fortaleza "planeja" executar uma drenagem das margens e canalização do Riacho Alagadiço. Não sei qual o argumento utilizado pelos técnicos, nem qual a necessidade urgente apresentada pelos moradores da área.

Na ânsia de dar satisfações a opinião pública, a prefeitura opta por uma medida faraônica, impactante, que tende com o tempo piorar a situação do ecossistema urbano. Sem combater as principais causas do problema de drenagem apresentado na área. A prefeitura com essa ação colocará uma pá de cal sobre o riacho e não no problema.

Começo minha crítica no macro - o zoneamento construitivo que não respeita singularidades ambientais - como o caso do bairro alagadiço - que tem índices construtivos idêenticos ao da parquelândia por exemplo, que repousa em terras firmes. Aceitar que a região é alagadiça é o primeiro passo e respeitar, o segundo.

A canalização do riacho reduzirá a posição na hierarquia de proteção ambiental. Por exemplo - é considerado área de preservação todo o perímetro de 15 metros de margem, com a canalização isto caí para 2,5m. Acarreta numa maior permissividade construtiva - incidindo na impermeabilização excessiva do solo.

Enquanto em diversas esferas sociais no mundo discutem modelos e ações ecologicamente sustentáveis, a prefeitura se mostra insensível aos novos reclames mundiais, ditando um padrão de engenharia ambiental obsoleto.

A obsolecência deste modelo é clara nas novas intervenções aplicadas em todo o mundo - a criação de sistemas de parques (que não é uma idéia nova - e o alagadiço participa como integrante de um sistema de parques pensado e parcialmente executado no governo de Lucio Alcantara, na década de 1980), descanalização de rios e riachos, e um zoneamento urbano integrado e ambientalmente sustentável.

Neste caminho, um caso emblemático aconteceu na capital da Coréia do Sul, Seoul. A cidade cresceu no entorno do Rio Cheonggyecheon. Até meados de 1950 devido ao inchamento da cidade, as margens do rio serviram de moradia. As insalubres ocupações foram retiradas pelo pretexto de drenar a região e colocada em seu lugar a canalização maciça do rio. A situação só piorou desde então com a construção de uma Freeway em dois níveis.

A poluição sonora, do ar, e das águas tornaram as margens do riacho uma ameaça à vida. No intuito de regenerar a área foi estabelecido na década passada um plano ambicioso por seu porte e pelo tempo de execução. Em 2003 é implodido o elevado sobre o rio. De 2003 a 2005 implanta-se o parque marginal ao rio que foi completamente descanalizado.

Fonte: Movimento Pró Parque

sábado, 27 de agosto de 2011

IFCE terá campus avançado em Caucaia

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) vai ganhar campus avançado no município de Caucaia (Região Metropolitana de Fortaleza). A entrega do projeto ocorrerá na segunda-feira, às 10h30min, em solenidade com a presença do governador Cid Gomes, do reitor do IFCE, Cláudio Ricardo, do deputado federal Ariosto Holanda (PSB) e do prefeito Washington Góis (PRB).

O campus avançado de Caucaia – que faz parte da segunda fase do plano de expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, atenderá à demanda de mão-de-obra especializada para acolher a necessidade do complexo industrial do Porto do Pecém. Serão oferecidos cursos de nível técnico em Eletroeletrônica, Metalurgia e Petroquímica. O campus, com área total de 4,7 hectares, conta com 4 salas de aulas, 7 laboratórios, sala de videoconferência, biblioteca, sala de professores, auditório e quadra poliesportiva com vestiários feminino e masculino.

O investimentos é da ordem de R$ 2,9 milhões. Iniciarão, já no semestre que vem, os cursos técnicos de Eletroeletrônica (instrumentação) e de Metalurgia (mecânico montador). O curso técnico em Petroquímica iniciará em 2012.2.


Fonte: Blog do Eliomar de Lima

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Rio de 6 mil km é descoberto embaixo do Rio Amazonas

Pesquisadores do Observatório Nacional (ON) encontraram evidências de um rio subterrâneo de 6 mil quilômetros de extensão que corre embaixo do Rio Amazonas, a uma profundidade de 4 mil metros. Os dois cursos d’água têm o mesmo sentido de fluxo - de oeste para leste -, mas se comportam de forma diferente.

A descoberta foi possível graças aos dados de temperatura de 241 poços profundos perfurados pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980, na região amazônica. A estatal procurava petróleo.

Fluidos que se movimentam por meios porosos - como a água que corre por dentro dos sedimentos sob a Bacia Amazônica - costumam produzir sutis variações de temperatura. Com a informação térmica fornecida pela Petrobras, os cientistas Valiya Hamza, da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional, e a professora Elizabeth Tavares Pimentel, da Universidade Federal do Amazonas, identificaram a movimentação de águas subterrâneas em profundidades de até 4 mil metros.

O dados do doutorado de Elizabeth, sob orientação de Hamza, foram apresentados na semana passada no 12.º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica, no Rio. Em homenagem ao orientador, um pesquisador indiano que vive no Brasil desde 1974, os cientistas batizaram o fluxo subterrâneo de Rio Hamza.

Características
A vazão média do Rio Amazonas é estimada em 133 mil metros cúbicos de água por segundo (m3/s). O fluxo subterrâneo contém apenas 2% desse volume com uma vazão de 3 mil m3/s - maior que a do Rio São Francisco, que corta Minas e o Nordeste e beneficia 13 milhões de pessoas, de 2,7 mil m3/s. Para se ter uma ideia da força do Hamza, quando a calha do Rio Tietê, em São Paulo, está cheia, a vazão alcança pouco mais de 1 mil m3/s.

As diferenças entre o Amazonas e o Hamza também são significativas quando se compara a largura e a velocidade do curso d’água dos dois rios. Enquanto as margens do Amazonas distam de 1 a 100 quilômetros, a largura do rio subterrâneo varia de 200 a 400 quilômetros. Por outro lado, a s águas do Amazonas correm de 0,1 a 2 metros por segundo, dependendo do local. Embaixo da terra, a velocidade é muito menor: de 10 a 100 metros por ano.

Há uma explicação simples para a lentidão subterrânea. Na superfície, a água movimenta-se sobre a calha do rio, como um líquido que escorre sobre a superfície. Nas profundezas, não há um túnel por onde a água possa correr. Ela vence pouco a pouco a resistência de sedimentos que atuam como uma gigantesca esponja: o líquido caminha pelos poros da rocha rumo ao mar.

Fonte: Portal IG

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O abandono do Sítio Fundão no Crato


O que restou de placa afixada pelo Governo Estadual na entrada do Sítio Fundão, bem próximo da guarita onde deveria ter um guarda mas está abandonada (foto de Cacá Araújo)

A população do Crato, do Cariri e o do Ceará está indignada e revoltada com o descaso do governo estadual para com um dos maiores patrimônios ecológicos e históricos do Ceará: o Sítio Fundão, em Crato-CE, reserva de 97 hectares pertencente ao Estado. Resquício de mata atlântica, fauna e flora diversificadas, o leito do rio Batateiras, ruínas de casarão, barragem feita por escravos, uma casa de taipa com dois pavimentos e um antiqüíssimo engenho de pau que, segundo o historiador J. de Figueiredo Filho, fora "introduzido no Brasil por volta do século XVII, graças à iniciativa dum sacerdote católico, castelhano, vindo do Peru (...)¹".

Segundo o ambientalista Ed Alencar, aquele secular engenho de pau, único na cidade do Crato e uma das poucas relíquias ainda existentes no Nordeste brasileiro, símbolo de importante fase do nosso desenvolvimento econômico e social, ficou fora do processo de restauração e, "depois de três anos nas mãos do governo, continua no abandono", correndo o risco de se perder para sempre.

Ele relata que, em março deste ano, o novo Presidente do COMPAM, Paulo Henrique Lustosa, fez politicagem lá na reserva quando convidou a sociedade e autoridades para inaugurar apenas uma placa indicando a restauração da casa, obra feita por pressão do Ministério Público. "Prometeram restaurar o engenho e até hoje...", afirma com revolta completando que ficou sabendo por vias oficiais que mais nada do que estava projetado e apresentado na URCA iria ser realizado, apesar da liberação de mais de 1 milhão de reais cujo destino não se sabe.

Fonte: Blog do Crato

Fórum Permanente de Debate sobre o Centro da cidade.

“A Câmara Municipal de Fortaleza e entidades empresariais e da sociedade civil deram hoje, 22, o pontapé inicial na formação do Fórum Permanente de Debate sobre o Centro da cidade. Os presentes ao encontro lançaram ideias novas e renovaram outras que já foram debatidas em momentos anteriores.

Administrativamente, o Centro possuiu uma área de 5,5 mil quilômetros quadrados. Neste espaço, convivem diversas realidades e atores sociais – desde o lojista, passando pelo ambulante, até o morador que resiste no bairro. O fórum pretende abordar cada uma destas questões.

“Pretendemos trabalhar as experiências já existentes e pensar em novas perspectivas, mesmo sabendo que não iremos resolver os problemas a curto prazo. No entanto, podemos dar uma boa contribuição na perspectiva do reordenamento, do resgate da história, da habitação, do comércio e do patrimônio cultural”, detalhou o presidente da Câmara, Acrísio Sena (PT).Também participaram da reunião os vereadores Carlos Mesquita (PMDB) e Antônio Henrique (PTN).

Demandas do Centro

“Duas coisas não faltam no Centro: problemas e projetos.” A frase é do presidente em exercício da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Pio Rodrigues. Assim como ele, outros participantes da reunião do recém-formado Fórum Permanente de Debate sobre o Centro expuseram demandas da área.

Segundo Pio, existe muita coisa já pensada sobre o bairro que pode ser resgatada pelo fórum. Para ele, o Centro é uma “galinha dos ovos de ouro” economicamente falando: corresponde a 5% de todo o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado.
Maia Júnior, presidente da Associação dos Empresários do Centro de Fortaleza (Ascefort), expôs o problema que os lojistas enfrentam por conta da presença dos camelôs, que, segundo ele, fazem uma “concorrência desleal e predatória. “Antes, o ambulante vendia meia, pente. Hoje ele vende celular, ‘iPod’ e pode tudo. Eles trabalham de forma digna e decente e provocam desemprego também dessa forma digna e decente.”

De acordo com a secretária da Regional do Centro, Luiza Perdigão, foi feito um perfil socioeconômico dos ambulantes, documento que deverá guiar as ações da Prefeitura para este segmento do Centro de forma a “chegar a uma solução que não seja somente enxugar gelo”.

Cultura

Outro ponto abordado no encontro foi o estímulo a atividades culturais no Centro. O Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB) é um dos indutores desse tipo de atividade. No entanto, o atual prédio do centro foi vendido e o banco procura um novo espaço para localizar o equipamento. Diariamente, segundo o diretor administrativo do banco, Stélio Gama, o CCBNB recebe 1,5 mil pessoas diariamente.

Urbanismo
No que se refere ao espaço urbano do Centro, Luiza adiantou que a Prefeitura está elaborando três operações urbanas consorciadas, instrumentos que permitem a participação da iniciativa privada no desenvolvimento de projetos para áreas da cidade. “O fórum vai oportunizar aos cidadãos se olharem como cidade e como Centro, que é local de tudo e de todos.”
O próximo encontro do fórum será no dia 5 de setembro, às 8h30, no prédio da Associação Cearense de Imprensa (ACI), localizada no Centro. Nesse encontro, a secretária do Centro apresentará os projetos existentes para o bairro.”

Fonte: Blog do Eliomar de Lima/ O POVO Online e Site da Câmara Municipal

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Esgoto a céu aberto em avenidas da Capital


Nas avenidas Germano Franck e José Bastos é possível ver o esgoto escorrendo pelas laterais da pista. O problema da primeira é a falta de saneamento básico. Na outra, a caixa de esgoto está entupida.

Algo não cheira bem em algumas ruas do bairro da Itaoca. Literalmente. Quem trafega pela avenida Germano Franck, uma das mais importantes da Capital, percebe filetes de esgoto escorrendo pela via. As “nascentes” de água servida não são uma ou duas casas, mas ruas inteiras que ficam nas laterais da avenida.

O POVO visitou duas ruas do bairro: a Villa Lobos e a Ajurana. Nelas, foram vistas caixas de esgoto da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). Mesmo assim, o mau cheiro não deixa dúvidas: o esgoto ainda escorre pelas ruas. “A rede de esgoto ainda não está funcionando. A Cagece instalou as tubulações no ano passado, mas não informou quando a rede começa a funcionar”, explica a segurança Auricélia Vasconcelos, 26, que mora na rua Villa Lobos.

O esgoto acumula-se em alguns pontos da via e chega a abrir buracos no asfalto. Um deles está localizado na esquina da avenida Germano Franck com a rua Ajurana. “Há dois meses esse buraco foi tampado pela Prefeitura, mas o esgoto empoça e ele abre de novo”, afirma Ana Batista, funcionária de uma loja de móveis.

Ana conta que os carros vê%u018Dm em alta velocidade e, para desviar do buraco, acabam entrando na rua, gerando risco de atropelamento ou acidentes. “Motoqueiros já caíram por causa dele (buraco)”. Ela afirma que a Cagece informou que até 2013 a rede de esgoto entra em funcionamento.


Caixa de esgoto


Outra avenida com problemas na rede de esgoto é a José Bastos. Na esquina com a rua Mozart Firmeza, próximo ao terminal Lagoa, uma caixa de esgoto está com a tampa fora do lugar e o esgoto vai se espalhando pela lateral da pista.


“A Cagece desentupiu a tubulação, mas não fechou a tampa e a caixa de esgoto entupiu de novo”, afirma Germano Andrade, funcionário da revendedora de veículos do local. Em fevereiro, O POVO já publicou matéria relatando problemas com a rede de esgoto nesse mesmo ponto da avenida José Bastos.

ENTENDA A NOTÍCIA

Saneamento básico é uma necessidade mínima para as condições dignas de saúde. Em áreas não atendidas pela rede, muitas pessoas optam pelo improviso e jogam o esgoto na rua, colocando em risco a saúde da toda a população

SAIBA MAIS

A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) confirma que a rede de esgoto ainda não está funcionando nas ruas visitadas por O POVO na Parangaba, pois a obra faz parte de uma rede de saneamento que ainda não foi concluída.


A Cagece orienta que a população aguarde o aviso da companhia para poder se interligar. A empresa não informou quando a rede começar a funcionar.


Segundo a companhia, a população não pode fazer o despejo de esgoto em via pública, pois isso é considerado crime ambiental. A empresa indica a adoção de soluções individuais, como a construção de fossas sépticas, quando não há rede de esgoto para atender a residência.


Sobre o esgoto entupido na avenida José Bastos, a Cagece informa que uma equipe foi enviada para solucionar o problema. A empresa orienta que a população não destine lixo doméstico à rede de esgoto, pois isto ocasiona obstruções e transbordamentos.


Reportagem do O POVO, na data de hoje.

domingo, 21 de agosto de 2011

A luta pela implantação do Parque Rachel de Queiroz ganhou novo alento nos últimos dias e precisa avançar!

Pici / Casa de Rachel de Queiroz

A Rede Social do Pici, formada por entidades populares e culturais do bairro, divulgou em junho passado, uma carta solicitando a construção do Pólo Cultural Rachel de Queiroz no trecho do bairro Henrique Jorge, compreendendo a [area verde do Sítio Pici e a Casa dos Benjamins, já tombada pela Prefeitura, onde viveu a escritora Rachel de Queiroz. As entidades entregaram o documento ao Secretário de Governo da Prefeitura Valdemir Catanho.

Fonte: Movimento Pró Parque Rachel de Queiroz.


sábado, 20 de agosto de 2011

Arquiteto defende investimentos nas pequenas cidades como forma de resolver problemas das metrópoles

Em audiência pública da Subcomissão Permanente de Acompanhamento da Rio+20, nesta quinta-feira (11), o arquiteto Tom Rebello, considerou, como umamedida adequada para resolver os problemas sociais decorrentes do inchaço nas grandes cidades brasileiras, o amplo financiamento por parte do poder público do retorno dos migrantes para suas regiões de origem.

Na avaliação do especialista, os governos, em todos os níveis, deveriam destinar recursos não apenas para custear a volta dos migrantes, mas sobretudo investir em suas cidades de origem de modo a dotá-las de toda a infraestrutura urbana – de hospitais e escolas, por exemplo – necessária para tornar atrativa a permanência das pessoas nesses lugares.

Para ele, um projeto governamental de construção de moradias populares como o Minha Casa, Minha Vida, contribuiria muito mais para o desenvolvimento do país, se concentrasse seus recursos nas pequenas cidades do que nos grandes centros.

- Se nós associarmos uma política de financiamento desses indivíduos, para retornar as suas origens com projetos de desenvolvimento urbano, na área de saúde, na área de estrutura de habitação, na área de educação e em outras, evidentemente, sem dúvida nenhuma estará se promovendo um projeto de reordenamento do espaço regional brasileiro no seu todo, que é o que já acontece em grande parte dos países do mundo – afirmou Tom Rebello.

Respondendo a questionamento do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), presidente da subcomissão, Tom Rebello sugeriu também, como forma de tornar as grandes cidades, mais organizadas, a transferência de atividades concentradas nas áreas centrais para a periferia. Como exemplo de grande cidade que adotou essa prática, ele citou Paris, que instalou empresas de alta tecnologia junto a aeroportos, na região periférica da cidade.

Participou ainda da audiência pública o ator do filme Lixo Extraordinário e presidente da Associação dos Catadores de Gramacho (RJ), Sebastião Carlos dos Santos. Em sua exposição, Sebastião forneceu informações sobre a atividade dos catadores de sua associação. Ele criticou a falta de um projeto do governo estadual do Rio de Janeiro para remanejar as famílias de catadores quando da desativação do lixão de Gramacho, prevista para ocorrer no final do ano.

De acordo com Sebastião Santos, no Brasil a atividade de reciclagem não se desenvolveu como consequência da implementação de políticas públicas, mas devido à miséria e falta de empregos.
No final de sua apresentação, Sebastião Santos lembrou frase que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva disse defendendo a ampliação da atividade de coleta seletiva, mas com a valorização dos seus principais atores, os catadores

- Coleta seletiva sem catador é lixo – disse.

Fonte: Laércio Franzon / Agência Senado

Despoluir córrego ajuda a tornar cidade sustentável

Uma pesquisa da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP propõe que o planejamento urbano das cidades seja feito a partir das suas bacias hidrográficas, aliando a recuperação das águas dos córregos e a reintrodução da natureza aos projetos de habitação social.

“O poder público investe na despoluição do Tietê e do Pinheiros, mas esquece que há centenas de córregos poluídos que desaguam nestes rios. Por isso, a despoluição deve ser feita primeiramente nos córregos. Frequentemente, suas várzeas inundáveis são ocupadas por habitação precária. Um absurdo, tanto do ponto de vista social quanto ambiental. Isto mostra o quanto a questão social e ambiental estão associadas e devem ser tratadas em conjunto”, aponta o arquiteto José Otávio Lotufo.

Lotufo desenvolveu um estudo de caso na região do córrego Itararé, na Vila Sônia. A nascente fica num grande terreno ao lado do cemitério Getsêmani, no Morumbi, zona sul de São Paulo, e desagua no córrego Pirajussara (canalizado) na avenida Eliseu de Almeida, no Butantã, zona oeste da Capital. Este, por sua vez, desagua no Rio Pinheiros. A área é ocupada por algumas favelas, mas também por moradias voltadas para a classe média e uma fábrica.

Os dados estão descritos em seu mestrado Habitação social para a cidade sustentável, pesquisa apresentada em 2011 e que teve a orientação do professor Dacio Araújo Benedicto Ottoni, da FAU. Na proposta do arquiteto, toda a extensão do córrego, de aproximadamente 2 quilômetros, seria transformada em um parque linear. As edificações somente poderiam ser construídas além do recuo de 30 metros a partir de suas margens, promovendo a recuperação da permeabilidade do solo na sua várzea, a restauração do ecossistema a partir da reintrodução de espécies vegetais nativas bem como a despoluição das águas.

Aproveitando a área do novo parque ao longo do córrego, seria construída uma ciclovia facilitando o deslocamento dos moradores dentro do bairro e até o metrô, onde haveria um bicicletário. Futuramente, ficaria prevista a implantação de um sistema de transporte leve movido por energia “limpa”, sobre trilhos, uma espécie de bonde, fazendo a ligação com a estação Vila Sônia do metrô. As áreas onde atualmente existem favelas seriam desapropriadas e as famílias removidas seriam instaladas em habitações de qualidade em locais adequados, próximos a suas antigas moradias, por meio de Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis), algumas já existentes e outras a serem propostas. O projeto também prevê ao longo do parque e próximo às novas unidades habitacionais a instalação de pontos de comércio e serviços, de equipamentos de lazer e esporte, e de pequenas pontes para a transposição do córrego.

A proposta permitiria despoluir o córrego, trazendo simultaneamente a natureza de volta à cidade e uma melhor qualidade de vida a todos moradores locais, independente de sua classe e condição social: eles poderiam usufruir de uma área verde para lazer, esportes e convívio, transporte e habitação de qualidade, além de acesso a serviços e comércio. “A recuperação das bacias hidrográficas da cidade é um critério que pode ser adotado como planejamento urbano, pois apresenta metas de curto, médio e longo prazo.”

Ecossistema urbano
“A sociedade humana e a natureza devem estar em harmonia, ambas compõem um ecossistema próprio que é e será cada vez mais urbano. Desequilíbrios como violência, desespero, falta de perspectiva de vida, poluição, escassez de áreas verdes e de lazer, falta de tempo e oportunidade para o esporte, cultura e educação, o estresse crescente, etc., são patologias no ecossistema urbano. Ao mesmo tempo, este ecossistema urbano faz parte de outros ecossistemas maiores até a escala planetária. Dentro de uma perspectiva ecológica, nada pode ser abordado como algo isolado, independente”, explica. A proposta para a região do córrego Itararé está em harmonia com a natureza, e traz equilíbrio ao ecossistema urbano.

Por isso, defende o pesquisador, o poder público deve repensar a maneira como as cidades são planejadas e projetadas. Para atingir o equilíbrio do meio ambiente urbano, é necessário que a população tenha acesso a infraestrutura de qualidade não apenas na habitação, mas em transporte coletivo, na existência de áreas verdes (praças, parques) e de lazer para todos, pois isso traz qualidade de vida. Esta é a habitação social, que não se restringe apenas à moradia em si, mas abrange seu entorno, o bairro, a cidade. “A habitação social é um fator essencial sem a qual não se atinge a sustentabilidade urbana”, destaca.

O arquiteto lembra que o crescimento da cidade de São Paulo ocorreu a partir de interesses políticos e econômicos que fizeram com que a população mais pobre ficasse concentrada nas periferias, em áreas menos privilegiadas e distantes de todo e qualquer benefício. “Por critérios que beneficiaram historicamente o transporte individual sobre pneus em detrimento de um sistema eficiente de transporte coletivo, muitas avenidas foram construídas em fundos de vale, nas margens de rios e córregos importantes da cidade. Os problemas com as enchentes que acontecem atualmente nada mais são do que uma resposta da natureza à própria irresponsabilidade de se construir a cidade nas áreas naturalmente inundáveis desses rios e córregos.”

“A precariedade das habitações na periferia, ocasionada pela falta de opção, vem causando, além de sérios problemas e tensões sociais, um grande impacto sobre o meio ambiente. Há muitas favelas, ocupações e loteamentos irregulares em áreas já determinadas como áreas permanentes de preservação ambiental, como a Serra da Cantareira, na zona norte, e os mananciais da região sul”, afirma. Outro ponto que o arquiteto considera importante é quanto ao solo urbano. “Quando tratado como mercadoria, sem nenhum tipo de regulação do estado, as áreas que recebem melhorias acabam supervalorizadas, fazendo o preço subir e causando deslocamentos sociais. A população mais pobre é substituída por aquela que pode pagar, restando a eles apenas a periferia: precária, desqualificada e distante.”

Fonte: O Repórter | SÃO PAULO (Agência USP)

Fechamento de praças dificulta passagem de pedestre

Já é difícil andar por algumas ruas de Fortaleza, por causa das poucas e irregulares calçadas. Imagina quando um espaço antes utilizado para passeio é fechado. Quem anda a pé pelo Centro ou pelo Meireles tem passado por essa dificuldade. A Praça do Carmo e a praça Dr. Moreira de Sousa, em frente ao Náutico Atlético Cearense, estão rodeadas por tapumes, porque passam por reforma.

Muitos acreditam que a medida seja necessária para garantir a segurança, mas reconhecem a dificuldade. “Aqui está o maior perigo. Os carros só faltam passar por cima”, relatava o arrendatário Genésio de Melo, 48. Ele, que é de Santa Catarina e sempre vem em Fortaleza a negócios, tentava caminhar pela movimentada Abolição.


“A gente tem que passar bem pertinho da madeira para se livrar dos carros”. O único recuo é do ponto de ônibus. Ainda assim, os pedestres precisam ficar na rua, porque os tapumes impedem a visão do veículo que vem. O coordenador do Programa Fortaleza Bela, Moacir Tavares, responsável pela obra, explicou que o isolamento de toda a área é necessário, por normas de engenharia civil.


Segundo o coordenador, a praça foi fechada em julho e deve permanecer em obras por 90 dias. A solução apresentada por Tavares para quem transita por lá é modificar o trajeto. “Quem vem do outro lado da Abolição, atravessa e passa para a rua Antônio Justa só naquele trecho, depois volta para a Abolição novamente”. A maior dificuldade, reconhece ele, é para quem precisa de ônibus.


Na Praça do Carmo, no Centro, o problema se repete. E é ainda mais complicado devido aos vários carros parados irregularmente, em vagas de táxis ou em áreas de proibido estacionar, nas ruas Major Facundo e Clarindo de Queiroz. Dona Socorro Souza, 67, até concorda com o fechamento da praça, pois quer que “tudo fique muito bonito”, mas reconhece a dificuldade.


A Secretaria Executiva Regional do Centro (Sercefor) informou, por meio da assessoria de imprensa, que os tapumes precisam fechar toda a praça, por causa da troca do piso. A obra começou em julho e deve ser finalizada em outubro. A Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) informou, também por meio de assessoria, que, no Centro, a fiscalização é realizada diariamente por sete agentes em uma viatura e duas motocicletas. Por causa da reforma da Praça do Carmo, mais uma dupla ficará disponível para atuar somente nas proximidades. Enquanto O POVO esteve no local, não havia nenhum agente da AMC.

Fonte: O POVO Online

Encontro Intercontinental sobre a Natureza


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Arquitetos sugerem projetos à Prefeitura

O presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil Regional Ceará (IAB-CE), Odilo Almeida Filho, informou, ontem, que a questão da Praia do Futuro já vem sendo discutida nas reuniões do grupo e que um documento já foi formulado e apresentado à Prefeitura Municipal.

"Nesse documento, sugerimos as diretrizes que norteiam a reorganização da Praia do Futuro, assim como aconteceu com a Beira-Mar, ou seja, o concurso nacional de projetos", explicou Almeida Filho.

Ele disse ainda que, antes da realização do certame, é fundamental que haja um acordo entre os ocupantes - no caso, os barraqueiros - e as autoridades que têm gestão sobre a área. "A partir daí, pode-se lançar as bases para o concurso e quais elementos devem ser projetados", explica o presidente.

O arquiteto e urbanista Romeu Duarte Júnior, também integrante do conselho superior do IAB, explicou que os projetos a serem apresentados deveriam ter, no mínimo, quatro modelos de barracas, "para, assim, não ficar uma diferença muito grande entre elas. No caso, o grande diferencial seria o serviço a ser disponibilizado por cada permissionário". Duarte disse que a participação da Prefeitura é fundamental, "porque, se ela se omite, o que vai acontecer será somente a demolição, o que acabará com o turismo".

Fonte: Diário do Nordeste Online

Abandono da Praia do Futuro causa revolta

População não quer apenas projetos arquitetônicos, mas também a requalificação da região e segurança

Barracas abandonadas, favelas, equipamentos de lazer destruídos, iluminação irrisória, carência de saneamento básico, calçadas e vias esburacadas. Este é o cenário em que se encontra a Praia do Futuro, um dos principais pontos turísticos e de lazer da Capital, mas que sofre os mesmos problemas típicos de todos os bairros de Fortaleza.

Dos 34,2 quilômetros da orla da Capital, 6,7 Km correspondem à Praia do Futuro. A população do bairro cresceu 75,8% em dez anos, ou seja, hoje possui 18.587 habitantes, enquanto em 2000 esse quantitativo era de 10.568.

A região grita por mudanças emergenciais, que mudem qualitativamente a vida de quem lá habita. Para se ter uma ideia da situação da assistência em saúde da área, só existem dois Centros de Saúde da Família (CSF), para atender a uma demanda que só cresce.

Ao longo de alguns anos, a região foi se deteriorando. O abandono das barracas de praia pode ser citado como exemplo. Segundo a presidente da Associação dos Empresários da Praia do Futuro, Fátima Queiroz, das 126 barracas existentes no ano 2000 em toda a Praia do Futuro, hoje só sobraram 86 ativas.

"Com a duplicação da Avenida Zezé Diogo, em 2000, a área que vai do Serviluz à Rua Renato Braga, ficou isolada, ou seja, as pessoas começaram a não frequentar por conta das obras que dificultavam o acesso. Então, o conjunto de 36 barracas que existiam ali praticamente sumiu, e hoje só ficaram seis, as demais foram invadidas, abandonadas ou então estão servindo de moradia", explicou Fátima Queiroz.

Reclamações

Já a população local reclama tanto da ausência de projetos eficazes para requalificação da região como de outros serviços.

A dona-de-casa Nilza Silva do Nascimento, 60 anos, cita pontos como política habitacional e áreas de lazer, além de postos de saúde.

"Hoje em dia, o nosso problema não é a falta de polícia, pois esta existe, mas só ela não resolve o nosso problema, que é a carência de áreas de lazer, moradia e saneamento. As ocupações inadequadas geram insegurança para todo mundo", disse a dona-de-casa.

De acordo com o professor do departamento de geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Jeová Meireles, a solução para o caso da Praia do Futuro seria seguir as orientações do plano de Gestão Integrada da Orla Marítima de Fortaleza, mais conhecido como Projeto Orla, evidenciando ações relacionadas como a retirada das barracas de praia.

"Não só a retirada, mas faz parte das medidas a revitalização paisagística e a implantação e melhoria dos equipamentos públicos na região. O saneamento básico também está previsto, assim como a regularização fundiária", explicou Meireles. Ele acrescentou que essas medidas diretas melhorariam a qualidade ambiental e de vida dos moradores e frequentadores da região.

Sobre o atendimento dos CSF, a assessoria da Secretaria Executiva Regional II (Ser II), informou que, em 2006, foi feito um concurso do Programa Saúde da Família (PSF), em Fortaleza, por meio do qual foram contratados 269 médicos, 322 enfermeiros, 262 dentistas e 2.608 agentes comunitários de saúde. Essas são as ampliações da saúde, no município de Fortaleza e no bairro Praia do Futuro, para dar conta do aumento da população.

População

75% foi o crescimento populacional dos bairros Praia do Futuro I e II em dez anos. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), baseado no Censo 2010.

Fonte: Cidade/ Diário do Nordeste Online

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Floração de árvores em São Paulo


Se você vê árvores no seu caminho, envie a foto para danielsantini@gmail.com ou deixe nos comentários abaixo o link de onde ela foi publicada. Voltaremos ao assunto em 23 de setembro, no início da primavera. Compartilhe a beleza da sua cidade.

Fonte: O ECO

Um banheiro por R$ 29.629,63


Um banheiro por R$ 29.629,63. Este foi o valor pago pelo Governo do Estado, para a construção de cada um dos 54 kits sanitários, erguidos por meio de quatro convênios com entidades supostamente fantasmas, nos municípios de Cascavel, Chorozinho, Pacajus e Horizonte. Foi o que apontou o primeiro balanço das investigações realizadas pelo Ministério Público de Contas (MPC), órgão vinculado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). As irregularidades foram denunciadas pelo O POVO.


Os números foram apresentados na tarde de ontem, durante uma exposição dos técnicos da Corte aos parlamentares que visitaram o TCE. O encontro faz parte da série de visitas que representantes da Comissão de Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa (AL) devem realizar aos órgãos de fiscalização, que investigam possíveis irregularidades em convênios firmados pela Secretaria das Cidades e associações.


Segundo o relatório parcial apresentado pelos técnicos da Corte, somente 54 banheiros foram erguidos pelas entidades, quando a quantidade prevista era de 800 kits. Juntas, as associações receberam do Governo o valor total de R$ 1,6 milhão, somente para convênios firmados no ano de 2010.


Além do presidente da Comissão, deputado Sineval Roque (PSB), 10 parlamentares compareceram ao encontro.


O baixo percentual de execução dos kits sanitários é referente aos convênios firmados com entidades, cujos presidentes são familiares ou pessoas ligadas ao presidente e conselheiro afastado da Corte, Teodorico Menezes. Cada uma delas recebeu R$ 400 mil, para a construção de 200 kits. Somente o percentual de execução das obras tocadas pela Associação Cultural de Pindoretama não foram divulgados, pois o caso é investigado em um processo individual.


Fonte: O POVO Online

Beira Mar entenda a notícia dos jornais

ENTENDA A NOTÍCIA
A Beira Mar é a área mais nobre, com metro quadrado mais caro e mais explorada turisticamente em Fortaleza. É atração menos pela praia que pelos restaurantes e a prática de esportes.

SAIBA MAIS

O projeto de requalificação e reforma da Beira Mar irá intervir sobre uma área de 39,38 hectares. Além da reestruturação na via de tráfego para veículos e estacionamento, haverá a pavimentação de ciclovias e base para implementação futura de bonde elétrico.

Um aterro hidráulico será construído entre as avenidas Rui Barbosa e Desembargador Moreira. O projeto inclui ainda requalificação do mercado dos peixes, dos embarcadores e da área de manutenção de jangada e dos quiosques, além de espigão na altura da Desembargador Moreira.

O edital está previsto para ser lançado em setembro. A previsão de conclusão, a partir do início, é de dois anos.

Fonte: O POVO Online

Apresentado projeto de requalificação da Beira Mar

A Prefeita Luizianne Lins (PT) apresentou ontem o que, caso seja concluída no prazo, pode ser das primeiras grandes obras a serem inauguradas pelo próximo prefeito de Fortaleza. O projeto de requalificação da Beira Mar é orçado em R$ 102 milhões.

O edital está previsto para ser lançado em setembro. A licitação para escolha da empreiteira deve levar pelo menos quatro meses. Assim, as obras podem ter início no começo do ano que vem. A conclusão, pelas estimativas, deve levar dois anos. Ou seja, pelo cronograma previsto, a nova Beira Mar pode ser inaugurada no começo de 2014, quando o próximo prefeito terá completado um ano de mandato.


Para apresentar o projeto, a prefeita Luizianne Lins reuniu, na noite de ontem, no Iate Clube, os arquitetos que formularam a proposta: Esdras Santos, Fausto Nilo e Ricardo Muratori.


“Em 1970 foi feito o primeiro calçadão no local, e partir daí, obras foram sendo feitas”, explicou Fausto Nilo. Ele qualificou o local como palco “de muitos conflitos, por conta do congestionamento do tráfego, bloqueios na transição de indivíduos, entre outros”. Segundo o arquiteto, a mudança no estacionamento dos veículos fará com que o tráfego de carros possa ser mais eficiente.


Em relação aos feirantes, Fausto Nilo explicou que a feirinha será desmontada e montada diariamente como forma de aperfeiçoar “o uso do espaço público no local”. Também haverá mudanças na iluminação e o plantio de 1,6 mil árvores.


Luizianne disse que o projeto trará caráter definitivo à estrutura. “É uma obra deixada para o futuro”, disse.


Fonte: O POVO Online

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

COPA 2014 – Moradores e entidades realizam ato

O Comitê Popular da Copa (CPC), fórum dos movimentos sociais e ambientais que debate sobre os impactos da copa 2014, realiza, na manhã desta quinta-feira (18), um ato contra as remoções que ocorrerão por conta das obras em Fortaleza. Os manifestantes se concentram na praça Luiza Távora/Ceart (Av. Santos Dumond), a partir das 8 horas, e seguem por ruas e avenidas da Aldeota.

Segundo os organizadores da manifestação, “Fortaleza vive hoje o medo de a Copa do Mundo de 2014 venha a se tornar um gol contra para a vida da população. Isso porque as intervenções estruturais que compõem o pacote de obras para o Mundial, como a implementação do Veículo Leve sobre Trilhos, o alargamento de ruas e a construção de grandes hotéis, ameaçam a vida de cerca de dez mil famílias, integrantes de comunidades dos mais diversos bairros, que poderão ser removidas para dar lugar às obras.”

Também, eles denunciam que estão acontecendo problemas como: “despejos, falta de transparência nas ações do Poder Público, ausência de informação e de proposição de alternativas para as obras, bem como favorecimento de empresas privadas com dinheiro público. Para eles, “o endividamento de estados que hoje não conseguem garantir condições mínimas de vida para a maioria do povo, como é o caso do Ceará, que gastará mais de R$9 bilhões com esse megaevento, é outro fato que traz conseqüências para a vida de todos/as.”

Durante a manifestação, integrantes do Comitê Popular da Copa também farão a entrega da nota "A cidade não será jogada para escanteio: contra as remoções, em defesa de uma Fortaleza popular!".

Prefeitura: intervenções têm histórico de atraso

Apesar de a Prefeitura de Fortaleza apresentar o projeto de requalificação da Avenida Beira-Mar, o histórico das obras municipais é de atrasos. Fica a pergunta se essa será mais uma intervenção mergulhada em problemas. Isso tudo acaba afetando diretamente a população que é obrigada a conviver com a desorganização dos espaços públicos e com os transtornos causados pelas obras inacabadas, como os engarrafamentos, o desconforto e a insegurança nos locais abandonados.

A Praia de Iracema, por exemplo, aguarda sua revitalização desde 2006, quando Luizianne Lins assinou um protocolo de intenções com o Fórum Permanente em Defesa da Praia de Iracema para melhorar o local. Somente dois anos depois de tomar posse, a prefeita anunciou oficialmente um projeto estruturante para a região. Hoje, algumas intervenções já foram concluídas, mas ainda falta muito. O Boulevard da Alameda Tamandaré e o paisagismo têm previsão de término para setembro deste ano.

Ainda ficam faltando a recuperação das vias e passeios internos, com previsão para dezembro de 2011, o Centro de Artesanato, só para 2012, e alguns equipamentos que ainda estão em fase de licitação. Os projetos da Ponte Metálica ainda estão em análise na Caixa Econômica Federal e o espigão da João Cordeiro, em fase de licitação.

Especialistas apontam como um dos mais sérios entraves a dependência dos recursos federais, mas também creditam os problemas à falta de planejamento da gestão.

No Titanzinho existe um projeto já executado, mas ainda no papel. Segundo a Secretaria de Projetos Especiais da Prefeitura, a recuperação do espigão já foi concluída. O equipamento recebeu recuperação da base, pavimentação superior e reparos nas laterais.

Quanto às obras da Praia do Futuro, essas já se arrastam há 30 anos sem que a população veja melhorias. Ruínas de barracas, abandono e favelização fazem parte da paisagem.

Praça do Futuro

A antiga Praça 31 de Março, agora chamada de Praça do Futuro, está em andamento. A previsão de entrega é para o fim de novembro deste ano. Além disso, o Prodetur Fortaleza vai realizar a recuperação do sistema viário local. Só que o projeto executivo foi elaborado agora e ainda vai para licitação. "Se a Secretaria do Meio Ambiente cumprir o prazo de licenciamento, tudo será entregue na data marcada", explica a coordenadora do Prodetur Fortaleza, Josenira Pedrosa.

Fonte: Diario do Nordeste Online

É preciso qualidade na execução

OPINIÃO DO ESPECIALISTA
É preciso qualidade na execução

Euler Muniz Sobreira
Coord. Arquitetura da Unifor

Nossa orla é extremamente complexa com características singulares. Cada local tem um perfil diferente. O projeto da Beira-Mar foi objeto de concurso e engloba vários pontos positivos, como a mobilidade e a acessibilidade. Tudo faz parte do Projeto Orla previsto no Plano Diretor de 2009, com o intuito de trazer melhoria de vida e a reocupação do solo de maneira organizada. O projeto vai tentar desenhar o local.

Cada trecho da orla de Fortaleza necessita de intervenções diferentes. Na Praia do Futuro, existem várias áreas deterioradas que foram abandonadas e, com isso, geram insegurança. O local tem que ser repensado para unir o uso das barracas pela população e o acesso à praia que hoje é limitado pelos equipamentos presentes.

Só não sei até que ponto a prefeita Luizianne Lins vai dar conta de requalificar toda a Beira-Mar, porque ela abriu muitas frentes. É um projeto complicado de ser executado. A minha preocupação é que ele não fique pronto. Mas todas as intervenções são positivas, até porque o projeto foi elaborado por profissionais selecionados nacionalmente.

Algumas necessidades da população foram contempladas nos projetos já elaborados pela Prefeitura para ordenar a orla, como a balneabilidade das praias e a melhoria da qualidade socioambiental. Outros não. Como exemplo, existe pouca ação de conservação. As áreas de dunas precisariam ser trabalhadas melhor, respeitando a dinâmica constante. É preciso também se preocupar com o uso e ocupação do solo. Os projetos da gestão municipal são uma sinalização boa com coerência no que diz respeito ao Plano Diretor, mas é preciso qualidade na execução.


Fonte: Diario do Nordeste Online

Projeto de requalificação estimado em R$ 106 mi


Prefeitura dará como contrapartida para as obras de requalificação da Beira-Mar exatos R$ 15,9 milhões

Um dos temas de maior significância na questão dos centros das cidades de todo o mundo é a requalificação de áreas urbanas. É o que afirmam os especialistas no tema. Fortaleza, metrópole mais populosa do País, tem na sua orla um de seus lugares de maior significação, e a Beira-Mar como maior expoente disto. Orçado em R$ 106 milhões, está previsto para 2012 o início das obras do projeto de requalificação do local.

O projeto completo, dos arquitetos Ricardo Muratori, Fausto Nilo e Esdras Santos, será apresentado hoje, às 19 horas, no Iate Clube, pela prefeita Luizianne Lins. Uma área total de 39,38 hectares sofrerá intervenção e fará parte das ações do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) em Fortaleza, que receberá verbas também do Ministério das Cidades.

Segundo a coordenadora nacional do Prodetur em Fortaleza, Josenira Pedrosa, o município entrará com uma contrapartida de 15% em cima desse valor, ou seja, R$ 15,9 milhões.

"Deste montante, R$ 72 milhões são referentes ao projeto arquitetônico, urbanístico e paisagístico de urbanização da beira Mar, já os R$ 34 milhões são para o aterro hidráulico", explicou Josenira Pedrosa.

A coordenadora informou que o lançamento do edital para licitação e construção da obra deve ser em setembro, e que, se não houver nenhuma contestação, em quatro meses devem ser iniciadas as obras. "A previsão inicial é de dois anos para conclusão da obra, contada a partir da assinatura da ordem de serviço", explicou.

Ela disse ainda que, para o lançamento deste edital de licitação, só falta a conclusão dos estudos ambientais. "Já temos o licenciamento e autorização da Secretaria do Patrimônio da União, acredito que até o fim do mês o estudo ambiental saia".

Projeto

O trecho urbanizado inclui zonas pavimentadas para vias de tráfego de veículos, estacionamentos, passeios, ciclovias, base para a implementação futura de um bonde elétrico e calçadão para caminhadas.

Será construído ainda um aterro hidráulico que terá 1.130 metros de extensão por 80 metros de largura, entre as avenidas Rui Barbosa e Desembargador Moreira. Na obra também está prevista a construção de um espigão de 230 metros de comprimento, na altura da Desembargador Moreira.

O projeto de reordenamento inclui repavimentação, tratamento paisagístico e requalifica-ção da feira de artesanatos, do mercado dos peixes, dos embarcadouros, da área de manutenção de jangada e dos quiosques. Um dos pontos priorizados é o esporte informal na areia e a recuperação da atividade de banho de mar em praia limpa.

Josenira informou que a ideia é que a Beira-Mar funcione 24 horas em todo o seu percurso. Para isso serão inseridas 1.600 espécies de plantas no local para amenizar o clima, hoje, existem 1.200. A requalificação irá aumentar também o número de vagas de estacionamento em 20%. Atualmente, a região tem capacidade para 450 vagas. Com os 20%, ganhará mais 90 lugares.

"Essas vagas não atendem a demanda, porém, faz parte do novo projeto, um novo uso da Beira-Mar, que prioriza o uso pelo pedestre, ciclista, esportista. Para se ter uma ideia, hoje a velocidade máxima naquela via é de 40 Km, após a requalificação o máximo permitido será 20Km", afirma.

De acordo com o professor do departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Jeová Meireles, as obras do aterro hidráulico e do novo espigão da Beira-Mar podem não agredir o meio ambiente caso tenham um orçamento fixo para manutenção destes, que incluam aí o monitoramento da dinâmica costeira local e regionalmente. "Esse monitoramento inclui a velocidade das correntes marinhas, o ângulo de chegada dessas correntes na costa, a velocidade dos ventos e variação das marés", explicou Meireles. Ele declarou também que essa medida serve ainda para quantificar os sedimentos retirados pelas correntes marinhas, vento e ondas.

Meireles informou que, quando não se tem a manutenção, esse tipo de obra de engenharia costeira costuma trazer problemas relacionados a mudança na dinâmica litorânea e nas correntes marinhas, alterando a distribuição de sedimentos, que podem interferir em outros setores da costa. "O que provoca o incremento dos processos erosivos, e praias que estão mais próximas, como Leste-Oeste e as do município de Caucaia podem pagar o preço", alertou o professor da UFC.

Sobre a inserção de novas espécies de flora na região, Meireles disse que a ideia é interessante, desde que sejam inseridas espécies nativas e retiradas as invasoras e ornamentais.

Incremento

90 vagas para automóveis serão criadas. Atualmente, há 450 lugares para carros, o que não atende à demanda, segundo a coordenadora do Prodetur.

Fonte: Diário do Nordeste Online

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Terminal de Passageiros do Mucuripe

O edital para a licitação das obras do novo terminal a ser construído no Porto do Mucuripe será lançado no próximo dia 1º de outubro, informa o presidente. O Terminal de Múltiplo Usos e de Passageiros terá custo estimado de R$ 149,8 milhões, e prazo de 18 meses de construção, após o início das obras. O empreendimento está incluído no PAC 2. Segundo Holanda, ainda falta o recebimento da Licença Prévia, a ser emitida pela Semace, para que o processo seja iniciado. Ele adianta que a audiência pública sobre o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental da obra será realizado no próximo mês de setembro.

Fonte: O POVO Online

Dragagem do Mucuripe ficará pronta em 30 dias

Chega a Fortaleza, no próximo sábado, a draga que finalizará o processo de aprofundamento do calado do Porto do Mucuripe, projeto que conta com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). De acordo com Paulo André Holanda, presidente da Companhia Docas do Ceará, que administra o porto, a obra estará pronta nos próximos 30 dias.

A draga, chamada Virgínia, vem do Porto de Cabedelo, na Paraíba, e vai continuar o trabalho que foi interrompido pela máquina anterior, que, segundo a fiscalização da Secretaria Especial dos Portos, não estava desenvolvendo o serviço de forma adequada. A nova draga irá terminar o acabamento dos berços de atracação, o que representa os 5% restantes da obra.

Com a dragagem, o porto passará de uma profundidade de 10,5 metros para 14 metros, permitindo a entrada de navios de maior porte. Segundo Holanda, novos contratos já estão sendo estabelecidos para o recebimento de embarcações maiores. A Lubnor (Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste), refinaria da Petrobras localizada no Mucuripe, já acertou contratos de compra de carga em maiores volumes, que chegarão em um navio maior, o que irá reduzir os gastos da empresa com frete marítimo.

Outro contrato fechado é com o armador francês CMA CGM, que já opera no porto. O armador passará a utilizar navios maiores para fazer o escoamento de frutas produzidas no Ceará e nos estados vizinhos. Holanda informa que há também um outro contrato em negociação, cujo nome da empresa ainda permanece em reserva.

Fonte: O POVO Online

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

300 árvores cortadas a cada mês em Fortaleza

Ambientalistas criticam a morte indiscriminada, melhor seria a tentativa de recuperação das espécies

A paisagem de Fortaleza ficou menos verde esta semana. O motivo foi o corte de duas árvores na Praia de Iracema ontem, outras duas na Praça da Igreja da Parangaba e uma centenária na Avenida Barão de Studart. A cada mês, a Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb) corta cerca de 300 espécies, dando, assim, um tom bem mais cinza para a cidade.

Uma média de nove árvores somem diariamente do cenário. Se a Capital, conforme dados do Anuário Ambiental de Fortaleza, perdeu 90% da sua área verde nos últimos 35 anos, a tendência é de piora. Os motivos para a supressão são os mais variados, desde quando a planta está "doente" até quando ela atrapalha algum interesse.

Redução

Dados das Secretarias Executivas Regionais (SERs) parecem revelar a quantidade reduzida de áreas verdes e parques em Fortaleza. A SER I conta com 62,09 hectares de área arborizada (2,48% do total do espaço da Regional), a SER II com 217,94 ha (4,42%), a SER III com 67,64 ha (2,44%), a SER IV com 47,00 ha (1,37%), a SER V com 144,24 ha (2,27%) e a SER VI com 246,31 ha (1,83%). Somando tudo, existem 785 hectares de áreas verdes, apenas 14% da geografia total de Fortaleza.

Na Praia de Iracema, o motivo da retirada das duas árvores, na Rua Cariri, foi o fato de elas estarem no meio do caminho de uma obra da Prefeitura, explica o diretor de Operações da Empresa, Franzé Cidrão. "Estão fazendo um calçadão e a planta foi retirada após a autorização dos técnicos", explica o gestor. Ele garante que nenhuma é suprimida sem motivo adequado. "Só fazemos o corte após avaliação e tomamos todo o cuidado com as podas também", diz.

Tristeza

A garçonete Aline Cosmo Azevedo, 23, levou um susto quando chegou ao trabalho e viu a famosa castanhola no chão. "Eu fiquei muito triste. A planta era saudável, dava era muita sombra e mantinha o ambiente ventilado. Agora ficou tudo feio", diz a jovem, funcionária de um bar em frente à Ponte Metálica.

Insatisfeito com o corte repentino, o marinheiro Marcos Aurélio, 51, acha que o projeto das obras deve se adaptar à disposição da vegetação. "Prefeitura devia replantar novas árvores para cada uma derrubada", critica Aurélio. A proprietária de um restaurante na entrada da Ponte, Cristina Costa, 49, denunciou o corte de outras quatro espécies na área. "Daqui mais um dia fica impossível respirar e viver em Fortaleza", comenta.

Na Avenida da Barão de Studart, esquina com Rua Eduardo Salgado, a cena é semelhante. Um toco largo de árvore denunciava a morte de mais uma planta. O vigia Otacílio Hipólito, 75, a conhecia bem, sabia a idade e as doenças da jovem "senhora" de mais de 100 anos. "A árvore estava morrendo. Por que não cuidaram dela antes?", questiona. A via tem outras plantas. Ele dá menos de dez anos para que todas as outras padeçam.

O ambientalista Arnaldo Fernandes critica a supressão das espécies, mesmo quando a planta estiver "definhando". O ideal seria, conforme ele, utilizar os princípios da prevenção. "Tem que ser feita uma avaliação muito rigorosa antes de qualquer medida. Tem que ser algo criterioso, não pode ser de qualquer jeito", critica Fernandes. Para ele, é obrigação do Poder Público pensar outras alternativas.

A Companhia Energética do Ceará (Coelce) realiza podas de árvores para manter, conforme a assessoria de imprensa, a boa continuidade do fornecimento de energia para todo o Ceará. Por mês, em média, são realizadas de 7.500 a 8 mil podas na Capital, conforme o órgão. A Coelce só realiza o serviço nas que estejam em eminência de toque com a rede elétrica.

Fonte: Cidades/ Diario do Nordeste