segunda-feira, 30 de junho de 2008
Beira Mar de Fortaleza totalmente destruída, mais uma vez
sábado, 28 de junho de 2008
Fontes de água, na APA ARARIPE, serão retomadas para garantir fluxo hídrico
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Em Berlin, na Alemanha todos os parques públicos são abertos
Faltam os programas de intenções das pré-candidaturas em Fortaleza
Por um lado a Prefeita Luizianne Lins relata, de maneira midiática, que muito fez e que não há reconhecimento público e, acusa a imprensa de não divulgar seus muitos feitos. Por outro lado, todos os candidatos, fazem críticas severas à atual administração municipal e dizem que muito farão por nossa cidade, eleitos forem. Resta saber o que se fará e como?.
A ausencia de planejamento e gestão é notável e ninguém toca neste assunto. Somos a única grande cidade brasileira, dentre as 40 maiores, que não possui um sistema de planejamento e gestão. Somos um modelo ao contrário, um péssimo modelo. O que existia foi sumariamente extinguido há mais de 15 anos. Impera o "achismo". Os projetos são lançados como peças puramente de propaganda. Muros pintados e "out door" gigantes para anunciar manutenção de fios de pedra ou retelhamento de escolas e postos de saúde. Enquanto isto a arrecadação aumenta mês a mês, como divulga períodicamente, a Secretaria das Finanças, mas nada incide sobre a qualificação urbana e a qualidade de vida. Os recursos disponíveis não são aplicados, ou são mal aplicados ou jazem guardados nos cofres públicos ou nos bancos de fomento e financiamento, como é o caso do financiamento do BID/ Banco Interamericano de Desenvolvimento, para melhoria do sistema de transportes municipal.
E afinal de contas, como diz a verve popular, quando serão apresentados os programas de intenção e arcabouços de planos de governo? Vão "amostrar" ou não os mesmos? Ou as discussões vão continuar a resvalar unicamente na montagem das chapas e nos acertos ideais de apoio político -partidário?
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Rede Ibero-americana de Geoparks pode estimular o turismo científico e de contemplação da natureza no Ceará
Mais uma opinião do blogueiro David
Se possível, nas várzeas anda não reflorestadas a construção de equipamentos esportivos de baixo impacto ambiental.Outra coisa é dar uso a estrutura abandonadas dentro da área pretendida do parque, como a fábrica de beneficiamento de castanhas, na curva da Av Raul Barbosa próximo ao Lagamar. O local poderia abrigar as associações e entidades de observação da vida selvagem como escoteiros, observadores de aves, borboletas, etc. fomentando o uso do parque com atividades de convivência com a natureza.
É assim que penso o Parque do Cocó vivo!
Brasil vai sediar a 1ª Conferencia dos Geoparks das Américas
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Em Osnabrück, hoje foi o dia do Brasil
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Opiniao do blogueiro David sobre o cercamento do Parque do Coco
Diferente de um "Central Park" ou de um Ibirapuera que são áreas paisagísticas de manejo controlado pelo homem, o Cocó precisa de um limite claro e de um controle permanente de tudo que se passa nele pelo seu elevado valor ecológico.
A cerca não é o melhor, mas no desespero, pode sair mais barato, mas definitivamente não será definitivo nem terá vida longa. Acredito que seria importante lançar uma licitação de projeto de identidade visual do parque para criar nele um sistema de atração turística onde seriam criados mais algumas áreas de intervenção no parque podendo criar polos de uso e limitação da área.
O projeto do Zoo que se discutiu quase junto a foz do rio poderia ser retomado, ou quem sabe criar um sistema de museus e áreas de lazer e cultura em seu entorno fortalecendo a rede e ligando elas por vias de baixo inpacto ambiental.O Parque do Cocó é uma ferramenta tanto ecológica como também econômica e deve servir também como fonte de financiamento para projetos de conservação.
Comecou a Conferencia Mundial do Geoparks em Osnabrück, na Alemanha
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Sobre a proposição do cercamento ao Parque do Cocó
Uma das maiores alucinações urbanísticas, dos últimos tempos, sem sombra de dúvida será esta proposta de supercerca de aço, com três metros de altura, em volta do Parque do Cocó, como se isto fosse resolver todos problemas de proteção e preservação do ecossistema ambiental e de segurança do usuário. Enquanto isto, com cerca e tudo, parte do esgotamento sanitário da vizinhança tem como local de destinação o rio, o lixo o entulho também tem ali seu local de depósito, as carvoarias que transformam em lenha o mangue permanecem, assim como as ocupações indevidas e irregulares se consolidarão, tanto da parte da especulação imobiliária como das invasões consentidas e "autorizadas". E os usuários, que serão bem poucos, se constrangirão a não usar o parque, em suas partes, pois estar dentro de uma cerca é aparentemente ser mais vulnerável a ataques, pois não existem áreas de escape.
E do jeito que as proposições são colocadas, como se as mesmas fossem o suprasumo da concepção urbanística contemprânea, não seria de admirar que logo mais surgisse uma de cerca para a nossa orla marítima de 34 quilometros, com acesso restrito, unicamente, a quem se dispuser a comprar o cartão de "Associado da Beira Mar de Fortaleza", que seria uma concessão concedida à semelhança de uma PPP/ Parceria Público Privada.
Será que esta proposição poderia ser proposta ao Aterro do Flamendo, no Rio de Janeiro, à Floresta da Tijuca também no Rio de Janeiro. E em Brasília como a mesma seria aplicada: todas as superquadras seriam completamente vedadas e com suas entradas controladas.
Cordialmente
José Sales
Carta ao Jornalista Fábio Campos, endereçada pelo coordenador de nosso blogspot: Professor/ Arquiteto José Sales, em 19/06/2008. Para informação o Parque do Cocó tem 1.312 hectares e pela revisão de seus limites terá mais 266 hectares aproximadamente.
quinta-feira, 19 de junho de 2008
3ª Conferencia Internacional sobre os Geoparks UNESCO
Estaremos lá presentes com o lançamento do Cadernos Geopark Araripe ¹/ Studies Araripe Geopark¹ que mostra este impressionante contexto fisiográfico que é a Bacia Sedimentar do Araripe onde está o Vale do Cariri. Edição José Sales/ Design Gráfico Henrique Baima/ Textos Veronica Prado/ Fotografias Daniel Roman.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Osnabrück, capital of the Global Geopark TERRA.Vita
Delegação do Estado do Ceará segue para o Conferencia Mundial dos Geoparks UNESCO
Subsidia a proposição um conjunto de informações entre as quais a publicação Cadernos Geopark Araripe ¹, um resumo do que o nosso geoparque, em consolidação no Sul do Estado do Ceará desde 2006, que segundo consta terá o apoio de fomento e financiamento do Banco Internacional de Recursos para o Desenvolvimento/ Banco Mundial.
Matusalém e a Via Campesina
- Um artigo excelente artigo da Jornalista Atenéia Feijó, publicado no Blog do Noblat, em 16/Junho/ 2008. Reproduzido unicamente para divulgação. Direitos autorais reservados.
Cientistas israelenses conseguiram fazer germinar uma semente de 2 mil anos e ressuscitaram, assim, uma palmeira extinta. Assombroso.
Esta notícia me remeteu à Via Campesina. Um movimento internacional que coordena organizações de pequenos e médios agricultores, trabalhadores rurais, comunidades indígenas e negras das Américas, África, Ásia e Europa. Graças à globalização da mídia, o movimento tem tido bastante visibilidade no Brasil.
Junto do MST. Em sua cartilha, a Via Campesina proclama-se responsável pela biodiversidade da agricultura na Terra. E, a partir daí, dita ideologias e normas de vida para o mundo inteiro. Condena e parte alucinadamente para a destruição de pesquisas e qualquer coisa resultante da biotecnologia. Semana passada, programou um de seus ataques em Pernambuco.
Camponeses armados de foices invadiram os laboratórios da Estação Experimental de Cana-de-Açúcar do Carpina, onde exterminaram experimentos científicos. A estação é mantida pela Rede Inter Universitária para Desenvolvimento do Setor Sucro Alcooleiro, a Ridesa. Reconhecida internacionalmente, a Ridesa desenvolve, anualmente, dois milhões de plântulas (embriões) através de hibridizações planejadas. Seu banco de germoplasma contém milhares de espécies genéticas diferentes de cana-de-açúcar do planeta inteiro. Outra coisa, a pesquisa possibilita o estudo de plantio de cana juntamente com outros cultivos. Por exemplo: feijão e arroz. O que minimiza a preocupação com o etanol virar concorrente da nossa comida.
Odeio ditaduras, terrorismo, tortura, racismo, assassinatos, escravidão e pedofilia. Participei muito de protestos e de reivindicações sociais. Sem vandalismo. Dito isto, de volta à Via Campesina. Sou inteiramente a favor dos pequenos e médios agricultores de quaisquer etnias e nacionalidades. Reconheço suas necessidades básicas, entre elas, a educação. O planejamento familiar, também. E por uma razão natural: crescimento demográfico descontrolado acontece em progressão geométrica.
Quer dizer, sem controle nunca haverá terra que chegue. Creio que ainda há espaço para florestas, agriculturas tradicionais e agronegócios se desenvolverem e coexistirem. Ah, sim... ia me esquecendo. Longe da Via Campesina, a palmeira ressuscitada por cientistas foi batizada de Matusalém.
Atenéia Feijó é jornalista e mora no Rio, onde trabalhou no Jornal do Brasil, nas revistas Manchete, Geográfica Universal, Fatos e Fotos, Cláudia e Marie Claire. Embrenhou-se muitas vezes pelos confins deste Brasil, numa época em que não existia telefone celular. Volta e meia sumia na Amazônia de onde voltava com grandes reportagens. É carioca, escritora e avó de Júlia.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
A Praia do Icaraí pede socorro
domingo, 15 de junho de 2008
Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos
A Lei Estadual de Resíduos Sólidos, Nº 13.103, de 24 de janeiro de 2001, dispõe sobre a política de resíduos sólidos no Estado do Ceará. A Lei Estadual Nº 14.023, de dezembro de 2007, dispõe que 25% da arrecadação do ICMS estadual será destinado às áreas da educação (18%), saúde (5%) e meio ambiente (2%).
Os municípios com licença de operação válida para aterros sanitários no Estado são apenas seis: Caucaia, Sobral, Aquiraz, Maracanaú, Pacatuba e Horizonte. Existem ainda 43 processos de licenciamento de aterro sanitário à espera de parecer na Semace.
Municípios do Ceará tem que entregar Plano de Resíduos Sólidos até o fim deste mês.
O índice equivale a 2% da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), cuja distribuição visa à implantação de aterros sanitários nos municípios que ainda utilizam lixões. Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, foi o único município que entregou o plano até agora. No Ceará, seis municípios possuem aterros sanitários, que beneficiam outras cinco cidades.
sexta-feira, 13 de junho de 2008
PDM CRATO
CONDEMA CRATO propõe que o Meio Ambiente seja fator determinístico na composição no Plano Diretor
Por conta desta sugestão será feita uma avaliação da metodologia proposta em desenvolvimento e uma nova sugestão de encaminhamento de forma que o PDM CRATO se apresente como o primeiro plano diretor de todo o Brasil que leva em conta a questão da proteção e preservação do ambiente como fator de desenvolvimento sustentável.
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Balancete da Semana do Meio Ambiente em Fortaleza
domingo, 8 de junho de 2008
Promessas para os rios Maranguapinho e Cocó
O projeto é grande, pretensioso. Se realmente for realizado, trará benefícios a toda a cidade. Oito bairros, cinco mil famílias, cinco conjuntos habitacionais, um calçadão de 23 quilômetros, equipamentos de lazer e um rio Maranguapinho preservado e limpo. Para o Cocó tem mais. Controle das cheias, habitações e urbanização da área para que novas famílias não ocupem irregularmente as margens do rio. Promessas do PROMURB/ Programa de Melhorias Urbanas nas Bacias do Maranguapinho e do Cocó, da Secretaria das Cidades do Ceará, e do PREURBIS/ Programa de Requalificação Urbana com Inclusão Social, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Infra-estrutura.
Para Jurandir Santiago, secretário-adjunto da Secretaria das Cidades, a falta de recursos pode ter dificultado a implantação de grandes projetos para mudar a paisagem e a qualidade das águas dos rios de Fortaleza. Ele explica que parte do projeto para o Maranguapinho já começou. "É um programa de várias intervenções. O primeiro passo são as habitações. Na rua Oscar Araripe, no bairro Granja Lisboa, as obras já começaram". Serão 576 unidades só nessa área. As obras de dragagem (retirada do sedimento acumulado ao longo do tempo, que deixa o rio mais raso) e urbanização só começarão quando todas as famílias forem removidas para as novas casas.
O tempo para a construção dos conjuntos habitacionais é de 18 meses. Depois, mais 12 meses para o restante das obras. Para o geógrafo Lutiane Almeida, a saída é retirar as ocupações irregulares, recuperar a mata ciliar e criar espaços de lazer. "Assim, a população deixa de poluir porque passa a valorizar. E se você deixa de poluir, com o tempo o rio vai melhorando naturalmente. Mas não basta prometer, tem que cumprir", enfatiza.
Para o Maranguapinho e o Cocó serão investidos cerca de R$ 369,7 milhões. Desse valor, R$ 269,7 milhões vêm do Governo Federal por meio do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e R$ 100 milhões do Estado. Um calçadão de 23 quilômetros da avenida Mister Hull a Maracanaú, com equipamentos de lazer, vai demarcar a área de proteção do rio e evitar uma nova ocupação das margens.
A construção de uma barragem no leito do rio em Maracanaú vai permitir o controle das cheias e reduzir o alcance dos alagamentos. O mecanismo permite reter a água e liberá-la aos poucos, diminuindo o risco de enchentes. Para isso, o PAC disponibiliza R$ 110,3 milhões e o Estado, R$ 60,3 milhões. Um acordo assinado previamente já alocou R$ 144 milhões da União para a construção de novas moradias. Cerca de cinco mil famílias serão retiradas das margens do rio. O esgotamento sanitário das áreas da bacia do rio Siqueira e Maranguapinho também faz parte do orçamento. A dona-de-casa Antônia Pereira Lopes, 37, mora no Maranguapinho há seis anos. Ela não acredita em nenhuma das mudanças prometidas. "Não é a primeira vez que a gente escuta essa história. Minha mãe mora aqui há mais de 20 anos e nada mudou".
Na bacia do Rio Cocó, as obras são de ampliação do sistema de esgotamento sanitário. O Estado investirá R$ 123 milhões, R$ 101,9 milhões por meio de financiamento federal e R$ 21,1 do próprio bolso. Os projetos ainda estão em fase de licitação. A parte do Promurb são as obras de dragagem e barragem, que ainda estão na fase de criação dos projetos. Serão investidos R$ 76 milhões, sendo R$ 57 milhões do Governo Federal e R$ 19 milhões do Estado. A previsão de conclusão é de 24 meses. As obras só poderão ser iniciadas quando o Preurbis concluir a construção das habitações.
Conforme a Seinf, o projeto está em fase de licitação.(Yanna Guimarães) PROMESSAS Em junho de 2003, foi assinado um protocolo pelo então prefeito Juraci Magalhães com intenções de implantação do corredor ecológico do rio Maranguapinho. Em junho de 2004, foi aprovado o Consórcio Público do rio Maranguapinho na Assembléia Legislativa. Ele permitiria o desenvolvimento e o controle das condições de saneamento e uso das águas do rio.
O financiamento e gerenciamento seria feito pelos municípios de Fortaleza, Caucaia, Maracanaú e Maranguape, por onde o rio passa. Segundo moradores, entre 1979 e 1984, uma seca forte assolou o Ceará. Na época, o rio secou e as famílias vindas do interior foram ocupando as margens achando que o leito era aquele que viam. O problema começou assim. A cada chuva, histórias tristes de enchentes, prejuízos e doenças se repetem e nada muda. Em 2007, um jovem de 20 anos morreu arrastado pelas águas do Maranguapinho quando tentava consertar uma ponte destruída pela correnteza
Publicado pelo Jornal O POVO, em 08/06/2008. Reproduzido unicamente para divulgação. Direitos autorais preservados.
"A cidade e os rios" do Prof. Rogério Campos
Rios pedem socorro
O Rio Cocó
A Bacia Hidrográfica do Rio Cocó é a mais extensa e de maior área física na Região Metropolitana de Fortaleza com cerca de 19.100,85 ha (correspondendo a 60,28% da área municipal). A área total de vegetação ocupa 1.877,48 ha da bacia, correspondendo a 9,83%. Possui vegetação de mangue (2,97% da bacia), de dunas (1,17% da bacia) e de cerrado (0,13% da bacia).
sábado, 7 de junho de 2008
Advogado João Alfredo interpelado judicialmente pela Secretária do Meio Ambiente
Vereador José Maria Pontes denuncia o descaso da Prefeitura para com o Meio Ambiente em Fortaleza
PEÇO DESCULPAS
Em visita às dunas da Praia do Futuro em abril passado, após denúncia de desmonte daquela riqueza natural que ainda fazia parte de nossas paisagens, encontramos, eu e alguns ambientalistas, dezenas de operários, máquinas e caminhões com logotipos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente-Seman, a levar areia e destruir nossas dunas com o objetivo de construir um grande empreendimento de casas triplex, segundo informações colhidas no local.
São muitos hectares demarcados com estacas, cercando áreas de dunas, que são "Áreas de Preservação Permanente" e, conseqüentemente, protegidas por lei. Para nossa surpresa, não encontramos no local nenhuma placa de identificação da obra, que é obrigatória, senão uma licença emitida pela Semam concedendo a sua autorização, inclusive sem a exigência do "Estudo de Impacto Ambiental-EIA" e do "Relatório de Impacto Ambiental-Rima", instrumentos legais previstos no art. 225. da Constituição Federal e na Lei Federal nº 6.938/81 que criou o Conselho Nacional de Meio Ambiente-Conama, encarregado de regulamentar, por meio de resoluções, a política de meio ambiente em nosso País.
Ressalte-se que, além das exigências do EIA/Rima, qualquer interferência em área de dunas tem que ser submetida ao Conselho Municipal do Meio Ambiente-Comam, como determina a Lei Orgânica do Município, o que não foi feito. Logo após comprovarmos visualmente a existência da obra, autorizada pela Semam, em total desrespeito à legislação e ao meio ambiente, recorremos ao Ministério Público e à SER II, solicitando que paralisassem aquela destruição imediatamente devido à complexidade da reparação do dano ambiental, como orienta o Princípio da Precaução.
Em vários pronunciamentos intercedi na Câmara Municipal, mas nada adiantou, pois em visita recente àquele local, pude comprovar sua avançada destruição, o que me deixou muito amargurado, não só pelo que vi, mas também por saber que o pouco que resta dos nossos recursos naturais está sendo destruído, infelizmente com a conivência do Poder Público (Semam).
Como Vereador, me sinto impotente em não poder sustar essa degradação ambiental , a exemplo do aterramento das margens da Lagoa de Sapiranga, do desvio do leito e aterramento de parte do Riacho Água Fria, da canalização e desvio do Riacho das Lavadeiras, da construção de empreendimentos no Parque do Cocó e na lagoa da Itaperaoba, além da destruição de mangues para construção da Av. Juarez Barroso, entre outras.
A preservação da natureza além de ser uma questão legal é também uma questão moral, pois a qualidade de vida das futuras gerações e a saúde do nosso planeta dependem do tratamento que se der hoje ao meio ambiente.
É lamentável que o homem continue destruindo a natureza, achando que pode se alimentar de dinheiro. Enquanto ocupar uma cadeira no Parlamento Municipal, continuarei denunciando e intercedendo no sentido de não permitir a destruição do nosso ambiente. Peço desculpas a todas as crianças da nossa cidade por não ter conseguido reduzir a degradação ambiental que está sendo submetida a nossa Capital.
Só lamento que o Poder Público e a sociedade pouco ou nada fazem para dar um basta nesta destruição. E como disse um dia Martin Luther King: "o que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons".
* José Maria Pontes - Médico e Vereador de Fortaleza
quinta-feira, 5 de junho de 2008
SEMAM não tem propostas para o Meio Ambiente
Mas para quem mora às margens de rios e riachos, não há como deixar de ter contato com a água, mesmo com a poluição. Na época das chuvas, a água chega às casas das pessoas e às ruas, causando alagamentos, por conta do lixo que entope os canais. Nesse período, toda a sujeira da cidade vai sendo levada pelos mananciais, chegando, por fim, ao mar.Em alguns pontos das margens, forma-se um lodo malcheiroso e a água percorre turva pelos esgotos. A situação é sempre incômoda e traz riscos a quem vive perto dos leitos.
Não foi sempre assim. Morando há 30 anos ao lado do Rio Ceará, o desempregado Manuel Gilmar de Souza lembra com saudade o passado. “A gente tomava banho no rio e pescava. Aqui tinha de tudo, mas hoje são poucos peixes que agüentam a sujeira”, afirma.A comerciante Antônia Pereira afirma que, apesar de viver há cinco anos na beira do Riacho Siqueira, nenhum de seus cinco filhos se aproxima da água. Ela sabe o quanto isso pode ser prejudicial à sua família. “Eu queria mesmo que tivesse um projeto para cá”.
Matéria do Jornal DIARIO DO NORDESTE, das jornalistas Renata Benevides e Leda Gonçalves, com data de hoje, dia 05/06/ 2008, Dia Mundial do Meio Ambiente. Direitos autorais preservados.
Alerta do Dia Mundial do Meio Ambiente: todos os rios que cortam Fortaleza estão extremamente poluídos
quarta-feira, 4 de junho de 2008
A luta contra a poligonal do Parque do Cocó
Movimento SOS Cocó josaeljario@yahoo.com.br
Como resultante de intenso processo de mobilização e pressão do movimento ecológico de Fortaleza em torno da preservação do Rio Cocó, o juiz da 7ª vara da Justiça Federal no Ceará, Francisco das Chagas Fernandes, concedeu liminar suspendendo a concessão de novos licenciamentos numa área de 500 metros ao redor do Parque do Cocó.
A elogiável decisão atendeu uma Ação Civil Pública movida por quatro procuradores da República.
Na área onde será criado, efetivamente, o Parque do Cocó, existe projeto de construção de uma ponte que pretende ser feita por cima do manguezal e do Rio Cocó, numa perspectiva ecológica interessante, apesar de ter sido escolhida para ser colocada numa região onde tem ocorrido grande destruição de ecossistemas, ameaça às comunidades da praia e contra onde se planeja fazer novas vias de acesso à Praia do Futuro e Caça e Pesca, onde a especulação imobiliária faz e acontece sem nenhuma interferência dos governos, o que já nos preocupa, pois essa faixa do manguezal e rio está sendo escolhida pelo Governo estadual e municipal como via de acesso à Sabiaguaba e Porto das Dunas. Tudo isso irá exigir de nós ambientalistas muita atenção, discussão e mobilização para interferir no sistema de gestão ambiental do Parque e seu entorno.
Intervenções poderam destruir o ecossistema
Em sua avaliação, a cidade tem que aprender a conviver com seu espaço natural, preservando-o.“Pontes apenas representam abertura de terrenos à especulação imobiliária em detrimento dos espaços verdes, e dizemos não. Em outros cantos do mundo, parques inteiros encontram-se em pleno coração das urbes. Por quê Fortaleza precisa ser árida e diferente?”.
A professora defende seu ponto de vista explicando as razões para seu posicionamento. “Os estuários representam segmentos naturais nos quais os rios se encontram com o mar”, diz a professora.Dessa interação, salienta, resultam ambientes anfíbios altamente dinâmicos, nos quais as marés penetram levando águas salinas e nutrientes.
Durante a baixa-mar, há refluxo das águas, que deixam atrás de si espaços pantanosos salobros riquíssimos em matéria orgânica e nutrientes - nas regiões tropicais, essas áreas pantanosas são ocupadas por manguezal, verdadeiro berçário de espécies da fauna costeira continental e marinha.“Os estuários são, assim, a expressão completa de movimento de água e matéria”. Esse é o caso do estuário do Cocó, ensina Vanda, bosque tropical regulador de vida e clima do qual a cidade precisa para manter seu equilíbrio ambiental.
Para ela, a construção de pontes através do estuário representa uma barreira à livre movimentação das águas e da matéria, levando à asfixia do ecossistema: com efeito, à montante das pontes, as marés penetram com dificuldades, diminuindo a área de manguezal; à jusante, fundos rasos se desenvolvem, alterando a dinâmica de escoamento das águas e a salinidade. “A construção de pontes exige o desmatamento do mangue e o aterro do ecossistema natural”.
A diretora da Escola Vila e da Universidade da Paz (Unipaz/CE), Fátima imaverde, expressa preocupação com o novo projeto e aconselha a população a pedir explicações ao governo estadual com relação a obra. “É preciso saber exatamente o que isso significa”.
Para o doutor em Recursos Hídricos e professor da Universidade de Fortaleza (Unifor), Rogério Campos, a crítica deve recair inicialmente sobre o projeto do Pavilhão de Eventos. Para ele, totalmente equivocado para aquela área. “É maluquice para um local totalmente congestionado. Ninguém entende as razões para isso”.
Também da mesma reportagem de hoje do Jornal DIARIO DO NORDESTE.
Nova ponte passará sobre o Rio Cocó
A informação foi confirmada pelo titular da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), Herbert Rocha.De acordo com ele, a ponte compõe um dos seis segmentos da poligonal proposta para a demarcação do Parque Ecológico do Cocó e vai permitir a abertura de nova avenida de pista dupla até a ponte da Sabiaguaba (ainda em construção). O objetivo do governo estadual é desafogar o tráfego na Avenida Washington Soares, de olho no futuro Pavilhão de Exposições, que poderá ser erguido nas imediações do Centro de Convenções.
Rocha esclareceu que a idéia foi debatida pelo Grupo de Trabalho do Parque do Cocó há 15 dias. O grupo foi criado com a finalidade de elaborar um diagnóstico ambiental e as condições necessárias para legalizar o Parque, tratado como Unidade de Conservação (UC) de proteção integral. “Para a construção da ponte será necessária a realização do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e submetido a análise da Semace”.
No entanto, ele avalia inicialmente que a obra não provocará a destruição de mais um pedaço do Cocó. “A tecnologia a ser utilizada será a de ponta, Ela (ponte) será suspensa por cabos e seus pilares estarão fora da área de preservação permanente do rio. No entanto, reafirmo que nada disso chegou a Semace”.O presidente do Conpam, André Barreto, também confirma a informação e adianta que a obra será exatamente onde o Rio Cocó fica mais estreito e onde já existe degradação ambiental, além de ocupação irregular da área.Barreto explica que, de acordo com as conclusões do GT, o parque será um mosaico de seis principais poligonais para protegê-lo de eventuais problemas de questionamentos na Justiça.
“Se um segmento for barrado, não inviabilizará os outros. A nova poligonal isola algumas áreas cujas propriedades estão sendo questionadas por particulares ou empresas, mas elas serão incluídas no texto do decreto de interesse social para demarcação da unidade de conservação”, garantiu.A coordenadora do GT, Maria Dias, esclarece que a decisão em dividir os 1.312,30 hectares em partes diversas é principalmente porque o sistema viário da cidade interrompe o parque em vários pontos.As avenidas Murilo Borges, Engenheiro Santana Júnior e Sebastião de Abreu são alguns exemplos.
Pelo projeto o parque será acrescido de 266,08 hectares, passando dos antigos 1.046,22 para 1.312,30 hectares. A proposta será enviada agora a Procuradoria Geral do Estado para a elaboração do decreto tornando de interesse social a área do parque.
Reportagem da Jornalista Leda Gonçalves do Jornal DIARIO DO NORDESTE, com data de hoje, 04/06/2008, do Caderno CIDADES/ AMBIENTE. Fotografia Eduardo Queiro, reproduzida unicamente para efeito de divulação. Direitos autorais preservados.
terça-feira, 3 de junho de 2008
Riacho Maceió continua sofrendo com a poluição ²
Não existe um único programa de Educação Ambiental atuante neste área do Riacho Maceió, assim como não se registra nenhuma proposta de requalificação ambiental. E a coleta de lixo que em todos os outros lugares da cidade é diária, na região é semanal. O calçadão que margeia o Riacho Maceió está integralmente deteriorado e/ou invadido por ocupações indevidas, inclusive por estabelecimentos comerciais comprometendo o uso, a mobilidade e a acessibilidade. A iluminação pública é falha.
A SEMAM/ Secretaria do Meio e Ambiente e Controle Urbano "faz de conta" que parte destes problemas são de responsabilidade deste organismo público municipal. Por outro lado a SEINF/ Secretaria da Infraetrutura Municipal não tem em seu quadro de prioridades qualquer obra de manutenção ou melhoria da Bacia do Rio Maceió. E da própria SER III, vez por outra há alguma manisfestação como esta da reportagem transferindo a responsabilidade para a população.
O Parque do Riacho Maceió foi implantado pela antiga SDU/ Secretaria do Desenvolvimento Urbano do Estado do Ceará, na época do início da implementação e obras do Projeto Sanear I, há mais de 10 anos atrás e entregue a gestão municipal, de quem de direito. De lá para cá, a Prefeitura Municipal de Fortaleza tem se manifestado unicamente para "apontar culpados", invariavelmente. E muito nesta atual Administração Municipal que não qualquer programa de requalificação ambiental formatado ou em perspectiva de realização.
Lamentavelmente nada consta sobre ações relacionadas ao a Bacia Hirdrográfica do Riacho Maceió, desde a sua nascente, nas imediações,da Av. Julio AbreU(Av. Dom Luiz) até a sua foz, junto a Avenida Beira Mar, em qualquer roteiro de trabalho e realizações municipal.
Riacho Maceió continua sofrendo com a poluição
Desmatamento na Amazonia atinge 1.132 km² em Abril
A Amazônia perdeu 1.132 quilômetros quadrados de floresta por corte raso ou degradação progressiva durante o mês de abril, contra uma área de devastação de 145 quilômetros quadrados em março. Mato Grosso foi o maior desmatador segundo dados foram colhidos pelo sistema Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter).