terça-feira, 3 de junho de 2008

Riacho Maceió continua sofrendo com a poluição


O abandono e o desrespeito por parte da população continuam poluindo as águas e a paisagem do Riacho Maceió, localizado no Bairro Varjota. No dia 8 de abril deste ano, matéria publicada no Diário do Nordeste denunciou a situação grave do lixo que se acumulava nas margens do riacho.


Quase dois meses depois, os mesmos problemas constatados permanecem incomodando quem mora próximo ao local.Lixo, entulho, vegetação alta, equipamentos destruídos, mau cheiro, águas sujas e mosquitos são os elementos que se evidenciam instantaneamente numa visita ao Riacho Maceió.


O trecho entre as ruas Doutor José Lino e Tavares Coutinho, onde funcionam restaurantes e uma academia de ginástica, é o mais crítico. Lá, o abandono abriu espaço para a prática de assaltos e roubos.“Vez ou outra a gente escuta notícias de pedestres sendo assaltados por aqui. Depois que surgiu o Ronda do Quarteirão até que diminuiu a criminalidade, mas a população ainda anda assustada”, comentou o comerciante Wilton Batista.


A população também reclama do abandono por parte da Prefeitura Municipal, alegando que faltam serviços de limpeza nas margens do riacho. De acordo com a chefe do Distrito de Meio Ambiente e Controle Urbano da Secretaria Executiva Regional (SER) II, Mércia Albuquerque, as mesmas pessoas que reclamam da sujeira são responsáveis por despejar o lixo e o entulho. “Nesse trecho específico, a coleta do lixo acontece quase semanalmente. O problema é que, no dia seguinte, os moradores voltam a depositar lixo no local.


Em vários outros pontos da cidade ocorre a mesma coisa. Para resolver a situação deveríamos ter um gari para cada habitante em Fortaleza”, enfatizou Mércia.EsgotoPara piorar a situação, facilmente podem ser detectadas, no Riacho Maceió, ligações clandestinas de esgoto que poluem as águas e proliferam o mau cheiro. “Não temos condições de deixar um fiscal permanente na área. O local é perigoso e falta policiamento”, admite a chefe do Distrito.


A respeito das ligações clandestina de esgoto, ela informou que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam), a SER II e a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) estão realizando um mapeamento dos locais onde ocorre o problema. “Quando são detectadas ligações clandestinas, as equipes notificam os responsáveis e fecham o esgoto”, disse.

Reportagem de Guto Castro Neto, no jornal DIARIO DO NORDESTE, de hoje, 03/06/2008. Reproduzida unicamentepara divulgação por este blog spot. Fotografia de Juliana Vasques. Direitos autorais preservados.

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