A questão é que o traçado natural do Rio Granjeiro, com suas sinuosidades, sabiamente determinadas pela natureza, como uma forma de melhor organizar a drenagem das águas pluviais que descem da serra nos períodos de chuva, foi erroneamente substituído por um canal de forma retilínea que se transforma, durante as maiores chuvas em uma espécie de toboágua de grandes dimensões.
Outro aspecto é que a cada ano este canal tanto coleta mais e mais água, devido a impermeabilização crescente das situações em suas margens e nas encostas, tanto do Seminário como outras a montante, resultanto em quantidades maiores de água transportada e aumento exponencial na velocidade da mesma, destruindo tudo está a jusante das partes mais altas, exatamente onde está o Centro do Crato.
Foi assim em 2004, repetiu-se a mesma situação em 2005, a mesma foi agravada em anos subssequentes e agora atingiu seu ápice de destruição. Um procedimento de destruição é geometricamente maior que a anterior.
Uma outra solução complementar em vista seria a implantação do SISTEMA DE PEQUENOS AÇUDES URBANOS a montante da sede urbana, tal qual foi proposto e está registrado no PRU CRATO/ Plano de Requalificação Urbana do Crato, que funcionaria como um conjunto de bacias de acumulação e controle de águas pluviais, quando em dias de grande precipitação de chuvas. Este plano que determinava a construção de seis pequenos açudes, em posições estratégicas e a reconstrução do açude do Parque de Exposições Agropecuárias. Os projetos de engenharia foram inclusive elaborados há alguns anos, mas a dotações orçamentárias nunca foram suficientes para consolidar a implantação dos mesmos.
Professor/ Arquiteto José Sales/ Coordenador/ Responsável Técnico do PRU CRATO/ Plano de Requalificação Urbana do Crato 2005/ 2008 e Versão revisada 2009/ 2012
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