Impedimentos legais, falta de projeto de arquitetura/ urbanismo/ engenharia e incompatibilidade com as vocações economicas da cidade; foram os argumentos apresentados pelo Instituto de Arquitetos do Brasil/ Departamento do Ceará para embasar parecer contrário à construção de um estaleiro naval no Titanzinho.
Definitivamente, não será com apoio do IAB/CE que o Governo do Estado vai conseguir viabilizar a construção de um estaleiro na Praia do Titanzinho. Ontem, durante pronunciamento no Auditório do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFC/ Universidade Federal do Ceará, a entidade considerou inadequado o projeto.
O IAB/ CE constatou também que a proposta do estaleiro “está carente de detalhamento”. Ele disse que não há projeto de estudo de viabilidade. A área desejada pelo Governo do Estado para o empreendimento faz a interligação dos principais polos turísticos da cidade, tem grande valor imobiliário implícito e, como tal, deve, em visão de longo prazo, ser alvo de uma operação urbana consorciada - instrumento jurídico aplicado há mais de 50 anos no mundo inteiro e previsto no Estatuto das Cidades. Odilo acrescentou ainda que todos os documentos apresentados pelo Governo carecem viabilidade técnica, pois se referem a equipamentos de natureza portuária, não têm nenhuma ligação com o equipamento do estaleiro.
Para o IAB-CEo Titanzinho tem que passar por uma uma “requalificação urbana direcionada para o turismo, comércio, serviços e habitação, sem que se retire a população local, que precisará ganhar unidades de moradia adequadas”. Conforme o IAB-CE, uma operação urbana consorciada no local abrangendo espaço bem maior é recomendável. O Instituto também sugere a retirada da tancagem do Mucuripe, o que há muito é prometido pelo governo estadual. Há espaço para essa tancagem na área do Porto do Pecém (São Gonçalo do Amarante).
Fonte: Jornalista Italo Coriolano coriolano@opovo.com.br em POLITICA/ O POVO
sábado, 27 de março de 2010
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