A ocupação do litoral de Fortaleza não se deu de maneira homogênea, tanto em consequência do tipo de ocupação quanto pelas políticas públicas. O processo gerou espaços desiguais e com valorização diferenciada. Até metade do século XX, a cidade era basicamente o Centro, onde moravam pessoas de alta renda e aconteciam as principais atividades econômicas. Não possuía relação com o mar, voltando-se ao Interior.
A ligação do centro com o litoral só começou a acontecer quando a população de alta renda começou a ocupá-lo com casas de veraneio, a partir de 1960, pela Praia de Iracema. Isso só foi possível com o bonde e o automóvel. E à medida que ocupou-se a praia, a população tradicional foi sendo expulsa. A ocupação da Praia de Iracema se estendeu para o Meireles, que se consolidou com o calçadão da Beira-Mar.
Investimento que valorizou a área, atraindo moradia de alta renda, hotéis, espaços de lazer e turísticos. No litoral houve a implantação de outros calçadões, como na Praia do Futuro e na Avenida Leste - Oeste. Mas, ao contrário da Beira-Mar, não tiveram o mesmo sucesso. Houve urbanização desigual. Assim, enquanto se construía uma área ordenada e se valorizava a Beira-Mar, as demais cresciam desordenadamente.
Por Amiria Brasil/ Arquiteta e Profª do Curso de Arquitetura/ Urbanismo UNIFOR
terça-feira, 15 de junho de 2010
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