quinta-feira, 29 de maio de 2008
Gisele Bündchen lança seu blog ecológico
A serviço de quem estão os ecologistas
Em seu anuário ambiental, eles perguntaram para as 481 maiores ONGs ambientalitas do país de onde vinham os recursos. A resposta: 53% disseram que o dinheiro vem da contribuição de sócios, 37% da venda de serviços ou produtos, 32% de doações de organismos nacionais e 32% de convênios com o próprio governo brasileiro. A soma dá mais de 100% porque as ONGs têm várias fontes de verba.
Frase do dia de João Paulo Capobianco
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Imagem do Cocó ¹
O "pulmão verde" de Fortaleza precisa ser preservado
Reportagem recente da Jornalista Raquel Chaves, no caderno Meio Ambiente, do Jornal O POVO. Imagem de alameda no Parque do Cocó, utilizada no Diagnóstico da Situação do Inventário Ambiental de Fortaleza. Arquivo de Imagens Ibi Tupi. Fotografia Daniel Roman. Direitos autorais preservados.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Imagem do COCÓ de em.antares ²
domingo, 25 de maio de 2008
Imagem do COCÓ de em.antares
Araripe Basin Action Regional Plan
The development potential of the Araripe Basin features the competitive advantages of a set of factors that are, inter alia, its geographical-logistical location at the heart of the Brazilian Northeast; an exceptional biodiversity reservoir expressed in its protected natural reserves; differentiated climate conditions; sedimentary soils that are favorable to differentiated farming practices; the density of local productive arrangements for the consolidation of a productive chain related to tourism; a consolidated context of cities that influence situations in four Brazilian states, in addition to Ceará; a network of installed regional facilities; the specialization of the supply of services, notably in the health and education sectors —especially in the case of higher education—that bring together teaching and research institutions focused on regional vocations; the culture and other non-material assets; the values of religiosity and tradition.
The regional development proposal described herein is based on a selection of five main strategies, resulting from the comprehension of the Araripe Basin’s geographical scenario, the consolidated urban and regional context following nearly three centuries of occupation of the territory, the polarization of commerce, services and their specialization, the existing cultural reserve and the non-material assets and of the current competitive climate:
- Organization and Structuring Indicators for the Regional Context- Reinforcement of the Regional Knowledge and Cultural Production System
- Social participation and reinforcement of citizenship
sábado, 24 de maio de 2008
Será lançada publicação "Earth Heritage and Territorial Development"
quinta-feira, 22 de maio de 2008
São iniciadas as atividades da Festa de Santo Antonio de Barbalha
Imagem do Pau da Bandeira sendo carregado pelos fiéis, na Festa de Santo Antonio da Barbalha, em Junho/ 2007. Arquivo de Imagens Ibi Tupi. Fotografia de José Sales. De Barbalha, no Cariri, Sul do Estado do Ceará.
terça-feira, 20 de maio de 2008
'De quem é a Amazônia, afinal?', diz 'NY Times'
No texto intitulado "De quem é esta floresta amazônica, afinal?", assinado pelo correspondente do jornal no Rio de Janeiro Alexei Barrionuevo, o jornal diz que "um coro de líderes internacionais está declarando mais abertamente a Amazônia como parte de um patrimônio muito maior do que apenas das nações que dividem o seu território".
O jornal cita o ex-vice-presidente americano Al Gore, que em 1989 disse que "ao contrário do que os brasileiros acreditam, a Amazônia não é propriedade deles, ela pertence a todos nós"."Esses comentários não são bem-aceitos aqui (no Brasil)", diz o jornal. "Aliás, eles reacenderam velhas atitudes de protecionismo territorial e observação de invasores estrangeiros escondidos."Acesso restrito
O jornal afirma que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta aprovar uma lei para restringir o acesso à floresta amazônica, impondo um regime de licenças tanto para estrangeiros como para brasileiros."Mas muitos especialistas em Amazônia dizem que as restrições propostas entram em conflito com os próprios esforços (do presidente Lula) de dar ao Brasil uma voz maior nas negociações sobre mudanças climáticas globais - um reconhecimento implícito de que a Amazônia é crítica para o mundo como um todo", afirma a reportagem.
O jornal diz que "visto em um contexto global, as restrições refletem um debate maior sobre direitos de soberania contra o patrimônio da humanidade"."Também existe uma briga sobre quem tem o direito de dar acesso a cientistas internacionais e ambientalistas que querem proteger essas áreas, e para companhias que querem explorá-las."
"É uma briga que deve apenas se tornar mais complicada nos próximos anos, à luz de duas tendências conflituosas: uma demanda crescente por recursos energéticos e uma preocupação crescente com mudanças climáticas e poluição."
Whose Rain Forest Is This, Anyway? in New York Times
Such comments are not taken lightly here. In fact, they have reignited old attitudes of territorial protectionism and watchfulness for undercover foreign invaders (now including bioprospectors).
domingo, 18 de maio de 2008
A miopia do verde
Frase do dia: "Se eu pudesse acabaria com o IBAMA
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Praia de Iracema em ruínas
Marina Silva volta ao Senado para defender o desenvolvimento sustentável
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Saída de Marina reduz a credibilidade do país na questão ambiental, segundo a revista Economist
A revista britânica Economist diz que a saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente tornará mais difícil para o governo Lula "convencer os observadores da Amazônia de sua determinação de reduzir o ritmo de desmatamento."
Em entrevista nesta quinta-feira, Marina Silva, disse que deixou o cargo porque estava em processo de estagnação.A publicação atribui o pedido de demissão de Marina Silva ao fato de ela ter se tornado "farta" de tantas perder em disputas com seus colegas de ministério. A reportagem é ilustrada por uma foto de Marina Silva com a legenda: "A campeã da floresta tropical derrotada".
Entre as derrotas que a revista atribui à ex-ministra, estão a disputa com a Ministra Dilma Rosseuf, da Casa Civil, em torno das licenças ambientais para as hidrelétricas do rio Madeira e a polêmica com o Ministério da Agricultura sobre uso de terras amazônicas para plantação.
O texto menciona ainda como fatores que contribuíram para demissão de Marina Silva a aprovação do plantio de vegetais transgênicos e a indicação do Ministro Roberto Mangabeira Unger, dos Assuntos Estratégicos, como coordenador do Programa Amazônia Sustentável.
Na avaliação da revista, ao deixar o governo neste momento, Marina Silva "mantém sua reputação intacta".
Marina Silva vira unamidade após a sua saída
Já o MST entende que o governo está em divida com o povo em relação à política ambiental. Em nota, o movimento lamenta pela saída e aponta nove razões para exemplificar esse "descaso" governamental. Entre elas estão: a aprovação das variedades de milho transgênico; a liberação de obras do PAC e o projeto de transposição do rio São Francisco.
Por outro lado, a organização de proteção do meio ambiente, WWF, atribui a Marina inúmeros avanços na área ambiental. Não deixa de ser interessante que durante a gestão da ministra o país tenha sofrido várias criticas com relação a questão ambiental e agora, com sua saída, comecem a aparecer os avanços. Mas sem dúvida, foi uma grande perda.
Postado por Luiz Henrique Campos - lhcampos@opovo.com.br no http://blog.opovo.com.br/politica/
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Marina Silva deixa o Ministério do Meio Ambiente por falta de apoio no Governo
Alegando dificuldades intransponíveis para dar prosseguimento à Agenda Ambiental do país, deixa o Governo a Ministra Marina Silva, cinco dias após o lançamento do PAS/ Plano Amazônia Sustentável, para o qual sequer foi convidada à participar e/ou colaborar. Volta ao Senado Federal a Senadora Marina Silva.
Depois destes últimos acontecimentos, entendemos que o país e o movimento ambiental, não só no ambito nacional, mas na escala global, pode considerar que estamos entrando, de fato em uma espécie de "Idade das Trevas", em nova versão, pois se consolida mais e mais o modelo predador dos recursos naturais instalado aqui, nos primeiros anos de nossa formação nacional, em 1500.
terça-feira, 13 de maio de 2008
Muito além de um cartão postal: a Bacia do Cocó é essencial para Fortaleza
A vegetação exuberante do mangue predomina, mas árvores comuns em regiões de praia, zonas transitórias, também estão no parque. "Tem murici, araçá. Os bichos comem fora, pelas dunas, e trazem a semente", diz o gerente do parque, Inácio Prata. Muitos pássaros buscam abrigo no Cocó. A garça, o martim pescador, o maçarico e a galinha d'água. "A Região Metropolitana inchou muito - Maracanaú, Maranguape -, áreas que tinha muitos pássaros. Hoje eles não têm para onde ir", conta Inácio. Um dos últimos refúgios é justamente o Cocó. Para alguns bichos selvagens também.
Inácio já viu guaxinim, raposa, soim, camaleão, tejo, jibóia e cobra de veado. Sem falar nos caranguejos. O desafio é conciliar o lazer e a contemplação com a conservação. Um parque urbano desse tamanho não é algo comum. "As áreas de preservação e lazer se confundem". Não dá para fechar a área do parque e proibir a cidade de visitar e conviver, mas é urgente proibir a cidade de entrar e se instalar.
"Muita gente avançou o limite. Existem muitas ocupações indevidas. A extensão do Lagamar é só um exemplo", diz José Sales. A maioria das invasões são irregulares. "A construção civil fica no limite. O problema são as carvoarias clandestinas, a extração de barro, o comércios instalado e o próprio Estado", critica o urbanista. O conjunto habitacional do Tancredo Neves está colado no rio e a abertura de avenidas como a Rogaciano Leite dão a deixa para a ocupação. "Ninguém está ligando muito para o Cocó. Só uns 'gatos pingados' e ambientalistas", desabafa. E as agressões vão se acumulando.
Parte do texto das reportagens de hoje do Jornal O POVO, da Jornalista Mariana Toniatti, sobre a Bacia Hidrográfica do Cocó e consequentemente sobre o Parque do Cocó. Imagem do Rio Cocó e vegetação de mangue. Arquivo de Imagens Ibi Tupi. Fotografia de Daniel Roman. Direitos autorais reservados.
domingo, 11 de maio de 2008
Familia Zuppani, de pai para filhos
http://www.fotonatural.com.br
A vida e nosso planeta nos presenteiam com infinitos momentos únicos de belezas explícitas e ocultas. E rodeado desses presentes nos tornamos "caçadores de imagens". Imagens estas que acontecem e coexistem com o homem a todo o momento. Imagens reais, mas apresentadas de forma subjetiva pela arte da fotografia. E essas buscam revelar algumas possíveis visões que podemos ter de nossa vivencia nesse ambiente perfeito que fazemos parte.
Com a máquina fotográfica em mãos vamos para a janela de casa, para a praça da cidade, praia, metrópole, paisagem rural, para as florestas e ecossistemas silvestres. Amigos a todo o momento indicam onde e quando podemos realizar novas fotografias. Tudo isso com respeito à cultura de cada lugar e minimizando impactos ao ambiente.
Na realização das fotos e também no processo de tratamento digital, que é necessário ao nosso tipo de equipamento e trabalho, não criamos situações e momentos artificiais, com isso, tornamos a ética profissional das informações produzidas por nós uma marca artística também. Assim, buscando sempre a beleza e as sensações que cada lugar pode nos passar, pretendemos sensibilizar o ser humano para a grandiosidade que é o amor pela vida."
Apresentação do CONCEITO do blog FOTO NATURAL http://www.fotonatural.com.br/ uma das melhores galerias de fotografia e arte do Brasil. Vale a pena dar uma boa olhada. Imagem de Du Zuppani. Mamangava - Mata Atlantica. Reprodução unicamente para divulgação. Direitor autorais preservados.
Av. da Universidade: Corredor Político e Cultural de Fortaleza
"Era o centro das atividades políticas", lembra Messias Pontes, ganhando destaque ainda maior no ano de 1968, considerado o auge do movimento estudantil no Brasil. O Clube dos Estudantes Universitários (CEU) fez história também no Ceará.Não apenas por suas concentrações políticas, mas por suas festas também.
Merece destaque também a Faculdade de Arquitetura. A Avenida da Universidade foi palco de passeatas históricas, sobretudo, durante o ano de 1968. As concentrações aconteciam na Praça José de Alencar, onde as lideranças falavam, seguindo para a Praça do Ferreira. Antes, uma parada também na Praça da Bandeira. No Centro, as pessoas jogavam papel picado, apoiando os estudantes que, nem sempre, eram compreendidos pela repressão política.
Os estudantes de Fortaleza foram dos primeiros do País a promoverem passeatas em protesto contra as prisões do Congresso Nacional dos Estudantes (UNE) realizado em Ibiúna, em São Paulo. Reportagem do DIARIO DO NORDESTE, do Caderno 3, deste Domingo, 11/05/ 2008. Fotografia do arquivo.
Marcas de uma geração: 1968
Parque Parreão está totalmente abandonado
sábado, 10 de maio de 2008
A terra encantada do vale-tudo
Custou um pouco, mas este mês o Brasil emplacou seis páginas e meia na Adventure, a revista da National Geographic voltada às viagens e ao esporte, desde que eles sejam radicais. O país deve a honra a uma reportagem de John Falk, que semanas antes escrevera sobre “um banho de espiritualidade” na Índia, onde cantou hinos em sânscrito sem levar a sério o ioga.
Desta vez, Falk veio a Curitiba. Elogiou a cidade, como “uma fatia da Europa posta no Trópico de Capricórnio”, e botou um olho clínico nas cutiritibanas. Mas comprimiu esses elogios em meio parágrafo. Seu interesse era outro, e bem específico. Ele veio a Brasil para mergulhar por duas semanas numa academia local de Chute Boxe.
Modéstia à parte, o Brasil é o berço da luta-livre, nascida por estas bandas há quase um século, quando os patriarcas da família Gracie misturaram os rituais do judô japonês com a pancadaria genérica do vale tudo sem fronteiras. Nos Estados Unidos, esse esporte custou a pegar. Mas entrou por cima, via Beverly Hills. Já ultrapassa, de longe, com 223 milhões de dólares contra 177 milhões, a renda do boxe tradicional, graças à audiência paga dos campeonatos de Ultimate Fighting nos canais fechados de TV.
Falk foi correspondente de guerra. A camiseta esticada sobre sua compleição de guarda-costas, que ostenta nas fotografias da reportagem, deu-lhe motivos de sobra para acreditar, em passeios por Curitiba, que as ruas da cidade são perfeitamente seguras, apesar do que afirmam as estatísticas policiais. Ele pratica luta livre na Califórnia. Mas, lá, a liberdade dos ringues esbarra em regulamentos que vedam golpes baixos ou potencialmente fatais. Aqui, sem tantos pruridos legalistas, o vale tudo é risonho e franco, mesmo fora do noticiário sobre a administração pública. E Falk para a casa reconhecendo que “não passa de um escritor com forma de ameixa surfando as margens da meia idade”. Sem entranhas, portanto, para encarar o desafio brasileiro.
Sua tentativa nos valeu, pelo menos, a atenção este mês de uma revista em que, geralmente, as aventuras não extravasam a cota de adrenalina da canoagem nos rios selvagens do estado de Oregon, das escaladas no monte Rainer ou das travessias nos labirintos gelados do litoral canadense.
O Brasil, pelo visto, é dose para amadores. Deve ser por isso que há muito tempo vem sumindo do mapa, não só nas páginas editoriais, como nos anúncios classificados da Adventure.As agências especializadas fazem o possível e o impossível para dar impressão de que o mundo, em geral, está crescendo ao ar livre. Há uma verdadeira corrida para os vulcões, as selvas e as praias remotas da Costa Rica, por exemplo.
A Croácia, mal saída da guerra civil, tem programas variados para ciclistas, trekkers e remadores. O Himalaia e o Ártico estão ao alcance de ligações gratuitas, tipo 0800. Leões, elefantes, focas, baleias e gorilas andam em oferta nos dois hemisférios. Até a fauna nativa das florestas latino-americanas entrou na moda, pelo menos no Panamá, no Equador e na Patagônia. Alguém quer Amazônia? Sugere-se a peruana, em Tamshiyacu-Tahuayo.
Porque este é um mercado em que o Brasil está cada vez mais longe do grau de investimento. Ficou pequeno, senão invisível. Parece menor do que a Guatemala. Pelo visto, e sobretudo pelo não visto na Adventure, nosso descaso pelo patrimônio natural começa a nos render dividendos.
sexta-feira, 9 de maio de 2008
II Seminário Internacional de Turismo Sustentável, em Fortaleza
A iniciativa dá continuidade ao processo de construção de um novo modelo de turismo iniciado em 2003, quando ocorreu o I SITS, também em Fortaleza. O objetivo é afirmar o turismo comunitário como estratégia de afirmação da cultura das populações tradicionais, da preservação ambiental e da economia solidária; dar visibilidade ao debate acerca dos impactos do turismo convencional; e promover o intercâmbio e articulação em rede de experiências de turismo desenvolvido a partir das perspectivas de turismo comunitário, solidário e sustentável.
As discussões serão norteadas por cinco eixos temáticos: “Mercado, trocas solidárias e Marketing”, “Políticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável”, “Turismo Comunitário Solidário de Base Local”, “Turismo e Impactos Sócioambientais” e “Turismo em Unidades de Conservação”.
Mais informações no site: www.sits2008.org.br
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Os dez melhores sites verdes do Brasil
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Sobre medidas de mitigação dos efeitos do CO² e "outras conversas" mais
Ainda sobre a Termelétrica MPX do Pecém
terça-feira, 6 de maio de 2008
A única voz em contrário é a coluna POLÍTICA, do Jornal O POVO
HÁ SENTENÇA QUE PEGA E OUTRAS QUE NÃO PEGAM
O tema invasão da UFC se mantém de pé. O prazo que o Judiciário havia determinado para que os invasores se retirassem do Campus da Universidade Federal se encerrou às 9 horas da manhã de quinta-feira. Sabem o que aconteceu? A invasão se manteve e até aumentou. Creiam. Na noite de ontem, não houve aulas noturnas no Campus do Pici. Por medida de segurança, a Reitoria decidiu suspendê-las. Lá, à noite, 600 estudantes pobres freqüentam um cursinho pré-vestibular mantido pela UFC. Outra medida: sem apoio das forças policiais que se recusaram a acudir a Universidade, a Reitoria aumentou a cota de seguranças privados. É a tentativa de impedir a invasão dos prédios das salas de aulas, departamentos e laboratórios. Muitas mensagens continuam chegando à Coluna. Rigorosamente todas indignadas com a permissividade e omissão com que a nossa política e as instituições públicas estão tratando o caso. Um grupo da Prefeitura ligado à habitação popular e à guarda municipal andou por lá. Foram sugerir idéias inusitadas para a Reitoria. Coisas como distribuir cestas de alimentos e colocar caminhões à disposição para os querem se retirar. A Reitoria disse o que tinha a dizer: não é papel da UFC fazer tal coisa.
ATÉ O DCE PROTESTA. NOSSOS POLÍTICOS SILENCIAM
Até o movimento estudantil resolveu protestar. Ontem saiu uma nota do Conselho de entidades do DCE. “Defendemos o direito à moradia assim como o direito legítimo à manifestação, mas ressaltamos que não concordamos com o constrangimento e agressão à comunidade universitária, depredação do patrimônio público (muro da UFC, CEDE-FAM e equipamentos do Parque Esportivo), assim como a paralisação das atividades da Universidade que foram ocasionadas pela ação dos ocupantes”, diz a nota. Atenção para um trecho de uma nota divulgada pela UFC na sexta-feira: “Os invasores, entre os quais foram identificadas figuras de diferentes extrações políticas - inclusive representantes das forças mais conservadores - não se identificaram como grupos organizados. Não colocaram sua assinatura no cenário da invasão, nem mesmo conseguiram harmonizar-se entre si. Remanescentes de episódio idêntico, registrado anteriormente no mesmo local, tinham ciência de que o terreno invadido é propriedade da UFC e, mesmo assim, para servir a seus objetivos oportunistas, divulgaram versões mentirosas sobre a posse da área”.
"EDUCADOR SOCIAL" CONTA COMO É O "ESQUEMA"
No ponto registrado acima, a Reitoria precisa dar esclarecimentos. Nota-se que há identificação de “diferentes extrações políticas”. Quais são? A nota fala em “representantes de forças conservadoras”. De que e de quem se trata? Que forças conservadoras? Será que a Reitoria está caindo no lugar comum de que o progressista é o que se identifica com a esquerda e o conservador é o resto? Como se um fosse moralmente superior ao outro. Atenção: um leitor, que se identifica como “educador popular” e pedagogo, oferece uma pista: “Quando soube quem está liderando não me surpreendeu porque é um cabo eleitoral viciado da Favela do Papoco. Se você buscar a história dele, desde os anos 80, vai descobrir que, há décadas, ocupa terras em véspera de eleição. O esquema é seguinte: antes, ele faz o cadastro e promete casa dizendo que será dada por um político. Em seguida apresenta o político e, por trás, negocia os votos cobrando dinheiro do candidato e infra-estrutura para a ação”. Alô Prefeitura, o mesmo leitor se declara informado de que a próxima invasão será no terreno do Jóquei Club, lá onde Luizianne Lins quer construir um hospital.
"ASSISTIMOS A TUDO IMPOTENTES"
Nossa representação política come moscas, mas a sociedade reage. Vejam o que uma empresária escreveu: “Liguei para o presidente da Codece, o presidente da Fiec, o secretário da Indústria de Maracanaú e para toda a diretoria da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Maracanaú aconselhando que lessem a Coluna. Excelentes e pertinentes todos os artigos sobre a invasão nos terrenos da UFC e dos 160 hectares do governo do Estado que seriam destinados às indústrias. Quero comunicar que neste caso os lotes destinados aos invasores são de 50m x 50 m e em alguns casos 60m x 60m. Uma das construções assemelha-se a um restaurante e fica em um dos pontos mais altos. Árvores, como Carnaúbas, foram cortadas. O Ibama e a Semace não se pronunciaram. A Coelce foi desligar a energia ligada clandestinamente e os funcionários foram ameaçados. Ficamos assistindo a tudo isso impotentes". Detalhe: a empresária optou por não se identificar temerosa de retaliações.
Campus PICI/ UFC "vira terra sem lei"
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Os dez melhores sites verdes internacionais
Virou o principal portal de ecologia americano. É bastante centrado nos problemas e soluções dos Estados Unidos. Mas traz novidades instigantes para todos nós.
Você não precisa abraçar árvores para ficar em paz com a natureza. O Tree Hugger é um dos melhores pontos de referência para levar uma vida com menos impacto ambiental.
Em seu blog, o repórter Andrew C. Revkin do jornal New York Times investiga os esforços para que nosso planeta sustente 9 bilhões de pessoas com conforto.
O blog é alimentado pelos repórteres e colaboradores da revista britânica New Scientist. Tem posts originais e provocantes sobre o tema.
O meteorologista americano Roger Pielke montou um blog para desfazer as confusões em torno da ciência das mudanças climáticas. É um dos pontos de encontro entre os pesquisadores e o público interessado.
O blog conta o dia-a-dia da revolução tecnológica que promete ajudar a salvar o planeta e ainda preservar o nosso confortável estilo de vida.
A ONG montou um time criativo de ativistas que usa bem as armas da internet para pressionar empresas e governos. Experimente tentar ficar impassível diante deles.
O blog independente do pesquisador francês Edouard Stenger sempre traz alguma análise sensata e diferente do que você está lendo nos outros lugares.
Conhecer e entender o mundo natural nos dá motivos para defendê-lo. O site do Museu de História Natural de Londres é uma expedição sem fim.
A elite da ciência publica suas pesquisas na revista britânica Nature e troca idéias no blog. É ali que está a fronteira do conhecimento sobre natureza, genética e ciência em geral.
Postagem do Jornalista Alexandre Mansur no http://www.blogdoplaneta.globolog.com.br/. Reproduzido para efeito de divulgação. Direitos autorais preservados.
Governo do Ceará apresentará proposta à UNESCO
Aqui se encontra o Geopark Araripe, o único reconhecido pela Unesco nas Américas e no Hemisfério Sul. O secretário das Cidades, Joaquim Cartaxo, diz que a vinda da Conferência garantiria ao Estado reconhecimento por ações de preservação patrimonial, educação científica, meio-ambiente e desenvolvimento e turismo sustentável.
Notícia da coluna COMUNICADO do Jornal DIARIO DO NORDESTE, de hoje 05/ 05/ 2008.
domingo, 4 de maio de 2008
Pecém: a Cubatão do Século XXI?
"Em meados de julho, noticia-se que um consórcio luso-brasileiro implantará, no complexo industrial do Pecém, uma usina termoelétrica, movida a carvão mineral. Recentemente, a utilização do carvão como combustível é apresentada como "solução" para o impasse entre a Petrobrás e a Ceará Steel, em função do preço do gás natural para alimentar a siderúrgica do Pecém.
Notícias que nos remetem aos anos 70, século passado. Época do milagre econômico, do crescimento socialmente injusto e ecologicamente irresponsável do regime militar, que, durante a conferência de meio ambiente, em Estocolmo, 1972, afirmava que nossa maior poluição era a fome e que as indústrias poluentes seriam bem vindas ao Brasil. É dessa era, o desastre ambiental de Cubatão/SP, com graves danos causados à saúde daquela população.
Ocorre que estamos no século XXI. Depois de Estocolmo, tivemos a Rio 92, a Convenção do Clima e o Protocolo de Kyoto. Neste ano, fomos todos impactados pela série de relatórios do Painel de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC) que, eliminou qualquer incerteza sobre a responsabilidade pelo aquecimento global e a relação de causa e efeito entre a emissão de gás carbônico (CO2) proveniente das atividades industriais e o aumento da intensidade dos fenômenos climáticos perigosos dos últimos anos, como os furacões Katrina, nos EUA, e Catarina, no Brasil, o primeiro da região do Atlântico Sul.
Dentre os combustíveis fósseis emissores de gases do efeito-estufa, o mais poluente é o carvão mineral. É ele o responsável por 41% de todo o CO2 liberado pela queima de combustíveis, segundo "Tim Flannery ("Os Senhores do Clima", Record). Quanto mais rico em carbono, mais perigo representa para o futuro da humanidade. Para se ter uma idéia de quão deletério ele é, cada tonelada de carbono emite 3,7 toneladas de CO2. Afora todas as suas impurezas, como o enxofre e o mercúrio, poderosos poluidores. Denuncia Flannery: "A vida média de uma termoelétrica a carvão é de cinqüenta anos e o CO2 que elas produzem vai continuar a aquecer o planeta durante séculos depois que forem desligadas".
O trágico é que se pretende construir essas duas indústrias no litoral do Ceará, avaliado como a região com maior potencial de geração de energia eólica do país, uma fonte limpa e renovável, que não tem tido nem apoio governamental nem mobilização política e social pela sua viabilização. Além do que, estamos sujando nossa matriz energética, às vésperas da reunião de Bali, que vai discutir o pós-Kyoto e onde se cobra do nosso país - rico em biodiversidade e quarto maior contribuinte do efeito estufa pelas queimadas de florestas - uma posição de liderança, como a de 1992.
Nesse sentido, não podemos aceitar a posição de lixo do planeta, tributária de uma visão de falso desenvolvimento que pensávamos estar superada. Nosso Estado, nosso meio ambiente e nosso povo não merecem isso".
João Alfredo Telles Melo - Advogado, professor de Direito Ambiental e Consultor do Greenpeace
sábado, 3 de maio de 2008
Um vergonhoso silencio no caso da UFC
O caso da invasão do Campus do Pici está repleto de questões cruciais. Ontem, a providencial nota da Reitoria. A nota colocou as coisas como elas de fato são. Chamou a invasão de invasão e não de ocupação. Tratou o caso como “vandalismo” e “agressão” de “oportunistas”, além de afirmar publicamente que havia oficialmente convocado as forças policiais para impedir a invasão e a depredação do patrimônio público. Quanto à nota, apenas uma observação. Ela começa dizendo que “a sociedade cearense manifestou nos últimos dias, através da imprensa e por outros meios, seu repúdio à agressão sofrida pela Universidade Federal do Ceará, com a invasão do Campus do Pici.” Infelizmente, não foi bem assim. Tais manifestações foram parcas. A apenas uma tímida nota da Associação dos Docentes da UFC e as notas oficiais da Reitoria relatando o caso. Fora isso, o espaço desta Coluna foi o único que se apresentou por inteiro a serviço da defesa da Universidade e do patrimônio público. Através dela, veio a manifestação indignada de alguns leitores. No mais, o silêncio absoluto. Não se viu uma só entidade da sociedade na defesa da UFC. A nossa representação política, em grande parte diplomada nos bancos da UFC, se manteve mergulhada num vergonhoso e lamentável silêncio.
O PASSADO É UMA ROUPA QUE NÃO NOS SERVE MAIS
Prevalece em muitos o pensamento anacrônico de que as chamadas “lutas sociais” estão acima da lei. É como se estas fossem dotadas de uma moral superior permitindo que pairem acima das regras estabelecidas pela democracia. Balela. Não há uma só “luta social” que não seja controlada por grupos políticos e/ou oportunistas comerciais. Desde o início da polêmica, a Coluna se manifestou mantendo permanente contato com a administração superior da UFC. Na sexta-feira, o reitor Josualdo Farias telefonou para a Coluna e relatou o papel desempenhado pela mesma. Papel determinante, segundo ele, para o recuo da invasão. É essa a função do jornalismo. O atraso está nos contempladores do absurdo e do desrespeito às leis. Mais ainda naqueles que dividem a crença de que a força policial pública não deve ser convocada para garantir as liberdades individuais, a integridade física de estudantes e servidores, o pleno funcionamento da nossa UFC e a salva-guarda do patrimônio público. Estes só vêem a polícia como um braço armado repressor e assassino. Um inimigo. Ora, se há dúvidas quanto ao preparo da Polícia para agir em situações de conflitos de rua, que se prepare. O passado ficou pra trás. A repressão também. Muitos ainda não se acostumaram com a idéia de que a função da polícia não é mais a da República Velha, da Comuna de Paris ou da Ditadura. Os tempos mudaram e o império é o da lei, da Constituição.
O ATRASO E OS PÓLOS QUE SE ENCONTRAM
É essa concepção atrasada a grande culpada por muitas das nossas desgraças urbanas. Tomem-se as nossas calçadas. É para o coitadinho vender suas bugigangas chinesas contrabandeadas. Ocupem as ruas do Centro e as calçadas da Catedral. É para os pobres dos mercadores venderem suas confecções sem nota fiscal. Deixem ocupar as margens da lagoa. Afinal, só querem uma casinha. Invadam o Campus da Universidade. Eles só querem um pedacinho de terra para fazer um puxadinho ao lado do Departamento de Química. Montem biroscas para vender bebidas e comidas de origem duvidosa. Nossos adolescentes, trôpegos, agradecem. Deixem proliferar o transporte clandestino mesmo sem cumprir regras mínimas de segurança. É uma rendinha a mais. É como se a UFC fosse responsável pelo déficit habitacional. É como se o cidadão que precisa de ruas e calçadas livres tivesse que pagar pela proliferação do trabalho informal. É o pensamento que acha que séculos de exploração dos pobres por uma elite escravocrata, voraz e despreparada justificam todo tipo de abuso dos que supostamente são sem-posses. Na outra ponta, os mais endinheirados que acham que também podem tudo. Atentem que esses também tomam ruas e calçadas, invadem áreas de proteção ambiental e tomam áreas públicas de assalto. Dois pólos que se encontram. O tacape da lei neles.
EM BENEFÍCIO DOS MAIS FRACOS, A REGRA
Infelizmente, é esse pensamento retrógrado que vigora na mente de muitos de nossos dirigentes públicos e de muitos ditos “intelectuais de esquerda”. A nossa política está impregnada de omissão. O que importa é o imediatismo de um voto e o aplauso fácil. Mal sabem o erro que estão cometendo. Mal sabem que o cidadão clama por regra. A regra quando estabelecida e levada a cabo sem distinções é um fator extremamente favorável aos mais pobres e mais fracos. Está nisso todo o sentido de democracia. Por fim, a contribuição de um leitor: “Os políticos omissos, interessados em guetos de votos sem compromisso com a democracia e o bem estar da sociedade, serão, em breve, os excluídos. Os que acham que não devem satisfação à sociedade por arrogância, onipotência e principalmente por ignorância dos seus papéis, serão implacavelmente esquecidos. A realidade e os fatos, são mais fortes”.
A invasão do Campus PICI/ UFC continua
sexta-feira, 2 de maio de 2008
O PLANO CIPP já havia alertado contra os riscos do "Efeito Cubatão" no Pecém
Para mitigar os impactos decorrentes deste modelo industrial inadequado, do ponto de vista do desenvolvimento sustentável deveria ser consolidada de imediato a APA PECÉM de forma a criar um "cinturão de proteção verde" de proteção às situações de fragilidade existentes no entorno e os núcleos urbanos já consolidados, além de prevenir impactos sobre os equipamentos de turismo previstos à implantação na região.
As recomendações do PLANO CIPP também indicavam que seria muito mais adequado a postura de restringir e diminuir as áreas de ocupação destinadas ao complexo industrial, além de desconcentrar as mesmas. Caso contrário correríamos sérios riscos de ter entre nós o chamado "Efeito Cubatão", de intensa degradação ambiental ao entorno, como aconteceu naquele município litorâneo de São Paulo.
Todo este arcabouço de formulações se deu após a verificação de adequabilidade das situações existentes versus a proposição de industrialização pesada progressiva naquela situação do entorno do Pecém, que comprometeria não só o espaço natural, mas os novos empreendimentos ligados ao Turismo, como os complexos hoteleiros e resorts e, ao desenvolvimento imobiliário. Para melhor fundamentar as recomendações as equipes de trabalho realizaram visitas à Cubatão e ao Complexo Industrial Portuário de Sines, em Portugal, para conhecer "in loco" erros de implantação, como no caso de Cubatão, que comprometeram até a sobrevivencia da vida humana e acertos como no caso do Complexo Sines.
Entretanto, depois de todos estes anos e recomendações prescritas, nenhuma coisa, nem outra foi realizada e agora ressurge a retormada da mesma idéia, agora com uma modelagem mais agressiva de implantar um usina termoelétrica movida a carvão mineral justamente em cima da bacia hídrográfica do Lagamar do Gereraú e ao lado do Parque Botânico de São Gonçalo do Amarante, ocupando inclusive parte da APA PECÉM, com as correias transportadoras de minério para abastecimento da usina a partir do Porto do Pecém.
A SEMACE/ Superintendencia do Meio Ambiente do Estado do Ceará, ignorando, de maneira comprometedora, toda esta situação e estudos e recomendações realizados resolve conceder licenças prévia e de instalação questionáveis, como estas, que agora são questionadas pelo Defensoria Pública.
O PLANO CIPP foi elaborado pelo Consórcio Técnico PPAU/ Espaço Plano/ Fausto Nilo sob coordenação dos Arquitetos José Sales/ Airton Ibiapina Montenegro/ Fausto Nilo e incluiu consultoria especial do Prof. Dr./Economista Roberto Smith e causou furor entre o "staff" governamental da época, mas foi acatado por conta da chancela do BIRD/ Banco Mundial.