quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Tradição: Talentos Vivos.


Lista dos novos Talentos Vivos, mestres da cultura popular, foi divulgada há poucos dias pela SECULT/ Secretaria da Cultura do Estado do Ceará.

Uma dramista, um celeiro que faz do couro uma forma de arte, um cacique e um pajé que representam a cultura indígena, um cordelista e tipógrafo, uma rezadeira, uma brincante de pastoril, um mateiro, um artista plástico e dois grupos de reisado. Esses são os novos Tesouros Vivos divulgados ontem pelo secretário da Cultura do Estado, Auto Filho. Onze nomes que passam a ser reconhecidos por seus saberes e técnicas de atividades culturais cuja produção, preservação e transmissão são consideradas representativas e referenciais da cultura cearense.
Ana Maria da Conceição, Expedito Celeiro, João Venâncio, Luciano Carneiro Lima, Luís Caboclo, Francisca Galdino de Oliveira, Mara do Carmo Menezes Morais, Raimundo de Brito Silva e Stênio Diniz são os novos Mestres da Cultura. Os Reisado da Comunidade de São Joaquim e o Reisado dos Irmãos Discípulos de Mestre Pedro são os dois grupos contemplados pelo edital Tesouros Vivos.

Essa é a principal novidade em relação ao anúncio dos anos anteriores.“A idéia de contemplar grupos artísticos surgiu da necessidade de reconhecimento e proteção de manifestações culturais de natureza coletiva”, explica Auto Filho. “Quando titulamos o Mestre Raimundo, da banda cabaçal dos Irmãos Aniceto, houve uma frustração dos demais membros por não poderem ser contemplados também”, exemplifica. “A partir daí, pensamos na injustiça de não titularmos obras de natureza coletiva, como quadrilhas, reisados, bandas cabaçais”.


Outra categoria nova do Edital Tesouros Vivos é a referente à coletividade, que nessa edição não teve inscritos. “Essa categoria é destinada a comunidades que têm espaços geográficos, arquitetura, formas econômicas peculiares, como agricultura, pecuária, além de manifestações e festejos artísticos”, define Auto Filho.

Em 2008, não houve inscritos para a categoria. Para o Secretário da Cultura, a SECULTprecisa abrir um diálogo direto com essas comunidades, fazendo visitas e buscando uma aproximação para que elas tenham interesse em participar do processo de seleção do edital da SECULT.

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