sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Em Fortaleza: praças não têm opções de lazer para crianças especiais

Uma cidade acessível para todos é o que almeja a população portadora de deficiência física da Capital. Segundo o Censo 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), corresponde a 320 mil pessoas. Em busca do exercício efetivo dos seus direitos de ir e vir, estudar, ter saúde e lazer, é que, ontem, na Praça do Ferreira, o Movimento das Pessoas com Deficiência (MPcD) lançou a plataforma para as eleições de 2010.

"Nosso objetivo com este ato é conseguir que os candidatos assumam o compromisso com as propostas dos deficientes físicos. Isso significa defender e efetivar os direitos", explicou o coordenador do MPcD Alexandre Mapurunga.Dentre as muitas reivindicações, uma das pautas do Movimento, assim como do 1º Congresso Muito Especial de Tecnologia Assistiva e Inclusão Social das Pessoas com Deficiência no Ceará, que terminou ontem, no Marina Park Hotel, é em relação a inclusão dos pequenos cidadãos portadores de necessidades especiais. Isso no que se refere a atividade do brincar dentro e fora das escolas.

Para a terapeuta ocupacional da Casa da Criança Paralítica de Campinas, Taís Bizari, a inclusão dessa parcela da população na atividade do brincar se faz extremamente necessária, isso porque é nesse momento que elas desenvolvem a noção do corpo no espaço (psicomotricidade) e a socialização.Conforme dados do IBGE, o Ceará é o quinto Estado brasileiro com maior incidência de pessoas com deficiência, o que em números representa 1,2 milhão de pessoas.

Justamente por se enquadrar nesse cenário, é que a especialista Taís Bizari enfatizou a necessidade de criar e adaptar os parques e praças da cidade a essas pessoas."Infelizmente a sociedade ainda acha que o deficiente não sai de casa, não tem lazer. Quando essa acessibilidade para a criança é limitada resulta num déficit de experiência corporal e social", disse.

Na Capital, o Censo contabiliza para o município de Fortaleza cerca de 320.000 pessoas com deficiência; deste total, 54.000 são crianças e adolescentes. Estima-se que nem 20% dos portadores de deficiência tenham acesso aos serviços de saúde, assistência social, educação básica e profissional - o que os coloca em uma situação de exclusão total.

Fonte: O POVO Online

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