terça-feira, 5 de julho de 2011

Esgoto doméstico maltratado não justifica situação

Os dejetos lançados pelo esgoto doméstico são poluição, e como tal, causam danos ao ambiente afetado. Mas fertilizantes naturais provocam a supernutrição do mangue - esse desequilíbrio se nota pela grande quantidade de verde ao redor das manilhas domésticas.

É prejuízo invisível, portanto. Porque ninguém, senão os especialistas, identifica a anomalia. A seca das árvores não se justifica pelo esgoto doméstico maltratado, garante o engenheiro de pesca e professor-doutor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Wladimir Lobo.


“Temos de pensar nos dois tipos de poluição: a doméstica e a química, causada por indústrias, por exemplo. Essa segunda não é fertilizante e pode provocar a morte definitiva das plantas. Ligações clandestinas de esgoto com a rede de drenagem podem encobrir esse tipo de poluição”, atesta o professor lobo, também coordenador do Mangue Vivo, projeto de extensão da UFC.


Quando O POVO chegou à manilha de drenagem com a fiscalização da SER II, o chefe do distrito de infraestrutura do órgão municipal, Marcos Cunha, atentou: “Esta encanação é de drenagem pluvial, não está chovendo e a ela tá soltando água dentro do mangue. Não é normal”.


Tão logo fechou a boca, baforada quente empestou tudo. “É gás sulfídrico”, garantiu o fiscal de controle urbano da regional II, Luis Sombra. O gás sulfídrico é substância altamente inflamável e poluente. (JB)

SAIBA MAIS

Irregularidade constatada após denúncia de leitora

O POVO recebeu denúncia: leitora estava preocupada com o grande volumes de árvores apodrecidas na área do Cocó por detrás da avenida Rogaciano Leite, à altura da concessionária Iguauto.

Reportagem foi ao local, aferiu o cenário e solicitou visita técnica a fiscais da Secretaria Executiva Regional II e a engenheiros da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece).


A visita CAGECE/SER II/O POVO aconteceu na manhã de ontem, quando foram descobertas irregularidades na manutenção da estação de tratamento de esgoto do edifício Porto Seguro, número 250 da avenida Rogaciano Leite.


O condomínio foi autuado em respeito a três artigos do Código de Obras e Posturas do Município de Fortaleza. A Regional II não soube precisar ainda o valor da multa resultante.

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