Os que viveram as inesquecíveis noites musicais do Cais Bar e do Brasil Regional, comendo tira-gostos deliciosos ou se divertindo no Bar do Boliche que guardem na lembrança. Os prédios daquela esquina, onde ao lado funcionava o La Trattoria, no Largo Luiz Assunção, há cerca de três anos, foram desapropriados pelo Município. Hoje, quem passa por aquelas calçadas vê apenas uma estrutura danificada e pichações. Alguns moradores de rua até utilizam o espaço desativado como abrigo.
O empresário paulista Paulo Roberto Martins é morador da Praia de Iracema há 12 anos. Ele lembra com saudade das belas noites que vivenciou nos bares do bairro e conta que conheceu sua esposa em um desses momentos de lazer. "Todo dia passo de bicicleta aqui no calçadão próximo ao Largo do Mincharia para fiscalizar o andamento das obras. Tenho a esperança de que tudo seja revitalizado e eu possa trazer meus amigos que moram em São Paulo para conhecer esse cartão postal" diz.
O Coordenador de Projetos Especiais e Relações Institucionais e Internacionais da Prefeitura de Fortaleza (Cooperii), Geraldo Accioly, explica que a obra de revitalização da Praia de Iracema totaliza 22 intervenções que darão outra vida ao bairro. No entanto, ele afirma que a lentidão nas construções e restaurações aconteceu devido a atrasos de verbas do Governo Federal, durante o ano de 2009. "Estávamos em uma crise mundial naquela época, não podíamos dispor de verba municipal para dar continuidade às obras", ressalta Accioly.
Porém, o coordenador afirma que os processos avançaram bastante no ano passado e destaca que, atualmente, 60% do projeto de revitalização já está concluído. Ainda de acordo com Accioly, a expectativa é que até dezembro de 2012 as duas etapas da obra estejam finalizadas. Mas, para que isso aconteça, ele ressalta que os transtornos continuarão tanto para os turistas quanto para os moradores. "Eles terão que compreender que as intervenções trarão benefícios futuros. Dependemos da verba da União para trabalhar. Além disso, os processos licitatórios são lentos, por isso, se for preciso, vamos trabalhar durante o Natal e Revéillon.
Fonte: Cidades/ Diário do Nordeste
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