Moradores do Serviluz cobraram nesta quinta-feira (28) os mil empregos prometidos pela prefeita Luizianne Lins (PT), há um ano, como forma de compensar os postos que seriam abertos com a instalação do estaleiro Promar, na Praia do Titanzinho. No fim de julho de 2010, após vencer a queda de braço com o Governo do Estado para a não instalação do estaleiro, a prefeita de Fortaleza disse que os mil empregos seriam criados com a ampliação da fábrica da Guararapes, no bairro Antônio Bezerra.
A cobrança ocorreu durante a visita do vereador Plácido Filho (PDT) ao posto de saúde Célio Brasil Girão, no próprio bairro. “Assim como os moradores do Serviluz, eu também só tenho a lamentar mais uma promessa não cumprida pela prefeita Luizianne Lins. Sequer o curso de capacitação de costura e alfaiataria teve início”, lamentou Plácido Filho, que também conferiu a situação na Guararapes.
“A Guararapes tem procurado fazer a sua parte. Já assinou a doação de oito metros da sua frente para as obras de alargamento da avenida Sargento Hermínio e tem cumprido todas as exigências da Semam (Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano) para a ampliação da fábrica. Mas sempre a Semam aponta outro problema. A empresa assegura que necessita dessa mão-de-obra para atender a demanda, mas primeiro precisa iniciar e concluir a sua ampliação. Ao que parece, a Prefeitura usa a Semam para emperrar o projeto e justificar o não cumprimento da promessa da prefeita”, comentou o vereador do PDT, líder da oposição na Câmara Municipal de Fortaleza.
Última esperança
Francisca Michelly da Silva, 25, já foi personagem de um documentário de uma TV estrangeira sobre a difícil vida da juventude brasileira. Na época, com 17 anos, já tinha várias tatuagens no corpo e passava dias nas ruas do Centro da cidade.
Mais consciente da dura realidade da vida, diz que as tatuagens atrapalham na hora de arrumar um emprego. “Na verdade, eu nunca tive um emprego. Sempre querem saber o motivo de tantas tatuagens e acabam arranjando uma desculpa para que eu não ocupe a vaga. Não tenho como tirar as tatuagens e passei a conviver com o preconceito. Já havia perdido a esperança, até que ouvi a história dos mil empregos para o bairro. Mas, ao que parece, é só mais uma história”, disse a jovem.
Fonte: Blog do Eliomar de Lima/ O POVO Online
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