terça-feira, 28 de junho de 2011

Centro tem 670 imóveis vazios ou subutilizados


Em 1990, população da área era de 30.679 moradores. No Censo de 2000, esse número foi reduzido para 24.775

Longe do glamour que ostentou durante a primeira metade do século passado, o Centro de Fortaleza vive hoje uma situação de contrastes. Ao mesmo tempo que possui ainda um movimento pulsante, acompanha ano a ano a redução no seu número de moradores. De acordo com diagnóstico realizado no ano passado, pela Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor) em parceria com a Secretaria Executiva do Centro (Sercefor), atualmente, o Centro possui 670 imóveis vazios ou subutilizados.

Destes, 72 prédios apresentam real potencial de moradia. No entanto, depois de uma avaliação rigorosa que analisou déficit de tributos e condições estruturais dos prédios, os dois órgãos detectaram que apenas 11 imóveis poderiam ser ocupados imediatamente.

Segundo a assessoria de imprensa da Habitafor, os prédios estão sendo avaliados pela Caixa Econômica Federal, e somente depois desse estudo, será publicado um edital de licitação para reforma e ocupação dos imóveis. O projeto faz parte do Plano Habitacional para Reabilitação do Centro de Fortaleza, que visa à requalificação do Centro da Capital e a diminuição do déficit habitacional.

O plano será debatido hoje na Câmara Municipal de Fortaleza por entidades ligadas aos movimentos sociais, ambientais e de moradia, além de estudiosos no assunto.

Excelsior Hotel, Rua Guilherme Rocha,456; Hotel Savannah, na Rua Major Facundo, 20; Prédio do Banespa, Rua Major Facundo,207; Edifício São Luiz, na Praça do Ferreira; prédio da Previdência Social, na Rua General Bezerril, 670. Esses são alguns dos mais de 600 imóveis vazios ou subutilizados localizados no Centro. Muitos deles já foram referência na cidade, tanto arquitetônica como histórica.

Cartões-postais que ficaram amarelados com o tempo e não foram restaurados. Para se ter uma ideia, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na década de 1990 o bairro contava com uma população de 30.679 moradores. Já o Censo de 2000, detectou que o número foi reduzido para 24.775. Os dados que revelam uma queda significativa de habitação no bairro.

Fonte: Diário do Nordeste Online

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