domingo, 23 de março de 2008

Brasil só trata 25% do esgoto sanitário

No Sudeste, o índice de coleta é de 91,4%, já na região Norte, não chega a 9% das habitações. Os números do saneamento básico mostram que o Brasil ainda tem muito a avançar. O índice médio de coleta de esgotos é de 69,7%, sendo que o tratamento atinge 25%. Os números são do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, do Ministério das Cidades.

A ONU elegeu 2008 como o Ano do Saneamento e deve recomendar aos países a formulação de políticas públicas para universalizar o acesso a esse serviço. “No mundo todo, 2,6 bilhões de pessoas não têm acesso a saneamento e estão expostas diariamente a doenças, como diarréia e cólera”, aponta o representante da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO), José Turbino.Os números de coleta e tratamento de esgotos no Brasil refletem diferenças regionais históricas do país: no Sudeste, o índice de coleta é de 91,4%, já na região Norte, não chega a 9% das habitações.

Entre as capitais, as diferenças chegam a mais de 90%. Enquanto em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre a coleta atinge quase toda a população (Indices superiores a 85%), em Porto Velho, apenas 2,2% têm saneamento básico. O Ministério das Cidades prevê a aplicação de R$ 40 bilhões até 2010, no chamado PAC do Saneamento. A previsão precisa ser cumprida para que o país alcance a meta estabelecida pela ONU nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.


Publicado no Diário do Nordeste, em 23/03/2008 e reproduzido para efeito de divulgação por este blogspot.

Um comentário:

JP - Rede Permanece disse...

A única vantagem de não termos saneamento urbano no nordeste num pecentual saudável é que podemos começá-lo de uma forma melhor do que a que vem se fazendo. Sanitários secos, filtros biológicos, reutilização de águas servidas de pias e chuveiros em plantas, tratamento de esgoto com plantas, entre outras tecnologias simples que podem ser aplicadas em residências e comunidades. Se tratarmos ou não produzirmos os efluentes no proprio local onde sao gerados já estaremos aliviando a rede publica. Numa escala maior também é possível utilizar tecnologias biológicas para grandes cidades. Quem quiser saber mais sobre o assunto, podeme procurar no msn joaopaulobrega@hotmail.com ou fortalezabambu@gmail.com. Também ver o NEPPSA no www.youtube.com/neppsa . Abraços a todos.