segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Corte de árvores causa indignação


Em mais um domingo, houve o registro de corte de árvores em Fortaleza. Na tarde de ontem, no cruzamento das ruas Silva Paulet com Afonso Celso, três cajueiros, de cerca de 20 anos, foram colocados ao chão.

Moradores de prédios próximos se mostraram indignados com a atitude, afirmando que, se tal derrubada fosse considerada legal, não deveria estar ocorrendo em um domingo, dia da semana em que pouco pode ser feito para a proteção e preservação das árvores.

Fabrício Ponte de Araújo, 21 anos, estudante de Direito, conta que as árvores, situadas em um terreno particular, nunca causaram nenhum problema.

De acordo com ele, os funcionários que realizam o serviço não apresentaram comprovação de estudo técnico que permitisse a derrubada.

No local, Marcos Joênio Gomes da Silva, um dos responsáveis pelo serviço, apresentou à reportagem uma autorização de um engenheiro ambiental, alegando que as árvores estariam doentes, oferecendo sérios riscos à população. "As pessoas confundem medidas preventivas com desmatamento. Estas árvores estão condenadas, podem cair a qualquer momento", argumentou.

Contudo, Fabrício Ponte alega que, das quatro árvores do terreno, onde funciona um salão de beleza, justamente as três que foram retiradas ficavam no local que será ampliado para o estacionamento.

"É muita coincidência. Isso não pode acontecer. É um desrespeito. Eles aproveitam para fazer esses cortes em um domingo, dia em que não podemos fazer nada. Chamamos a Polícia e um carro da Prefeitura de Fortaleza, mas eles não puderam fazer nada também", reclamou o estudante.

O morador afirma que pretende entrar com uma denúncia no Ministério Público com relação à derrubada das árvores. "Alguma coisa tem de ser feita. Não podemos deixar que isso continue. Essas árvores estavam aqui há mais de 20 anos e simplesmente vem uma pessoa e decide derrubá-las", destacou.ÃO

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