quarta-feira, 3 de novembro de 2010

36% do lixo da Capital é coletado no meio da rua

A coleta de resíduos em Fortaleza busca 50 mil toneladas de resíduo domiciliar todo mês. Outras 29 mil toneladas vêm de pontos de lixo espalhados em terrenos baldios, rente aos muros e em calçadas. O equivalente a 36% dos resíduos coletados na Cidade, tirando os resíduos especiais, como o hospitalar. E o volume dessa coleta paralela vem aumentando continuamente. Em pouco mais de um ano teve um acréscimo de nove mil toneladas. Eram 20 mil toneladas em setembro de 2009, hoje são 29 mil.


No começo da década, em 2003, a Ecofor fez o primeiro levantamento e fotografou 680 pontos de lixo na Capital. Em janeiro do ano seguinte, o número tinha saltado para 1.237. O último levantamento feito pela empresa responsável pela coleta, em 2008, registrou mais de 1.800 pontos de lixo em Fortaleza. Em 2009, a Prefeitura zerou os resíduos acumulados em 1.400 pontos de lixo. Hoje, pouco mais de 800 pontos - os considerados mais críticos -, são atendidos pela coleta paralela e monitorados pela Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb). O total de pontos de lixo diminuiu, mas o volume de resíduos aumentou.


“Temos observado que a evolução disso se deve ao não cumprimento da lei dos grandes geradores”, diz Helano Brilhante, assistente técnico de limpeza da Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental (Acfor). Desde 2000, a lei municipal 8.408 responsabiliza os grandes geradores de resíduos sólidos, aqueles que produzem mais de 100 litros ou 50 quilos por dia, pela coleta e destinação final do material. A coleta particular deve ser feita com uma das empresas cadastradas para operar no aterro sanitário de Caucaia, para onde também vão os resíduos da coleta pública.


“Mas muito grande gerador não contrata. Dá qualquer trocado pro carroceiro que joga o lixo na esquina. A maioria das rampas de lixo da Cidade que tem resíduo orgânico vem de grande gerador”, afirma Hugo Nery, diretor de operações da Ecofor. Já os restos de poda e o entulho jogados na rua costumam vir de pequenas reformas, residências e comércios menores. Helano reconhece que falta fiscalização e acredita que a partir de janeiro de 2011, data prevista para o início do trabalho dos 200 fiscais aprovados no concurso realizado em maio pela Prefeitura, o combate aos pontos de lixo vai ganhar força.


“O maior controle dos grandes geradores é nosso foco inicial. Esse trabalho não está parado, mas vai ser ampliado. Com a chegada dos novos fiscais, o monitoramento dos pontos de lixo vai ficar mais amiúde. Não vamos apenas limpar, mas identificar quem está gerando esse ponto”, reforça Roberto Rodrigues, presidente da Emlurb

A coleta de resíduos em Fortaleza busca 50 mil toneladas de resíduo domiciliar todo mês. Outras 29 mil toneladas vêm de pontos de lixo espalhados em terrenos baldios, rente aos muros e em calçadas. O equivalente a 36% dos resíduos coletados na Cidade, tirando os resíduos especiais, como o hospitalar. E o volume dessa coleta paralela vem aumentando continuamente. Em pouco mais de um ano teve um acréscimo de nove mil toneladas. Eram 20 mil toneladas em setembro de 2009, hoje são 29 mil.

No começo da década, em 2003, a Ecofor fez o primeiro levantamento e fotografou 680 pontos de lixo na Capital. Em janeiro do ano seguinte, o número tinha saltado para 1.237. O último levantamento feito pela empresa responsável pela coleta, em 2008, registrou mais de 1.800 pontos de lixo em Fortaleza. Em 2009, a Prefeitura zerou os resíduos acumulados em 1.400 pontos de lixo. Hoje, pouco mais de 800 pontos - os considerados mais críticos -, são atendidos pela coleta paralela e monitorados pela Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb). O total de pontos de lixo diminuiu, mas o volume de resíduos aumentou.


“Temos observado que a evolução disso se deve ao não cumprimento da lei dos grandes geradores”, diz Helano Brilhante, assistente técnico de limpeza da Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental (Acfor). Desde 2000, a lei municipal 8.408 responsabiliza os grandes geradores de resíduos sólidos, aqueles que produzem mais de 100 litros ou 50 quilos por dia, pela coleta e destinação final do material. A coleta particular deve ser feita com uma das empresas cadastradas para operar no aterro sanitário de Caucaia, para onde também vão os resíduos da coleta pública.


“Mas muito grande gerador não contrata. Dá qualquer trocado pro carroceiro que joga o lixo na esquina. A maioria das rampas de lixo da Cidade que tem resíduo orgânico vem de grande gerador”, afirma Hugo Nery, diretor de operações da Ecofor. Já os restos de poda e o entulho jogados na rua costumam vir de pequenas reformas, residências e comércios menores. Helano reconhece que falta fiscalização e acredita que a partir de janeiro de 2011, data prevista para o início do trabalho dos 200 fiscais aprovados no concurso realizado em maio pela Prefeitura, o combate aos pontos de lixo vai ganhar força.


“O maior controle dos grandes geradores é nosso foco inicial. Esse trabalho não está parado, mas vai ser ampliado. Com a chegada dos novos fiscais, o monitoramento dos pontos de lixo vai ficar mais amiúde. Não vamos apenas limpar, mas identificar quem está gerando esse ponto”, reforça Roberto Rodrigues, presidente da Emlurb


Fonte: O POVO Online

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