Especialistas atrelam o crescimento econômico à sustentabilidade ambiental e delegam ao próximo governo a responsabilidade de crescer agredindo menos a natureza. Noruega, Suécia, Dinamarca e Finlândia estão entre os melhores no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) - superiores a 0,9 de uma escala de 0 a 1. Em comum, esses países têm práticas efetivas de crescimento econômico ligados à sustentabilidade ambiental.
“O meio ambiente nestes países segue uma legislação de preservação e conscientização da sociedade, pois eles investem um grande percentual do PIB em políticas sociais. Saber como investir os recursos é o mais importante para garantir a continuidade do processo”, explica o economista Eldair Melo.
“Hoje, praticamente, só existe a floresta Amazônica. A Mata Atlântica está quase toda destruída. Na energia hidrelétrica, o Brasil passou por apagões nos governos FHC e Lula; pratica o horário de verão e há pouco investimento neste setor, apesar do grande potencial da energia eólica. Qual a política industrial que direcione ações de desenvolvimento sustentável para tais áreas?”, questiona.
A ambientalista e conselheira do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), Geovana Cartaxo, crítica o modelo de produção atual. Ela lembra que o processo produtivo ao mesmo tempo em que tem origem nos recursos naturais lança gases tóxicos na atmosfera.
“Falta a visão mais ampliada que nos trará um desenvolvimento sustentável e justo. Falta incluir o capital natural, este sim limitado e limitador real do desenvolvimento continuo”, ressalta.
Conforme o economista Eldair Melo, a sociedade não pode deixar de cobrar dos governos o bem-estar social. “Todos estão esperando alguém dar o primeiro passo. Parece que esperam alguém fazer alguma coisa para a partir, daí, seguir”, comenta.
Fonte: O POVO Online. Imagens da industrialização na China.
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