quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Praia do Futuro: IAB quer concurso de ideias

Arquitetos cobram posicionamento da Prefeitura Municipal de Fortaleza para situação das barracas

Diante da determinação da Justiça Federal de demolir as 153 barracas da Praia do Futuro, o Instituto de Arquitetos do Brasil Regional Ceará (IAB-CE) propôs a realização de um concurso nacional de projetos para requalificação da orla, assim como foi feito com a Beira-Mar.

O presidente da instituição, Odilo Almeida Filho, informou que a questão vem sendo discutida nas reuniões do IAB-CE e que um documento está sendo formulado para futura apresentação à autoridades e à sociedade. "Nesse documento, sugerimos as diretrizes que norteiam a reorganização da Praia do Futuro, assim como aconteceu com a Beira-Mar, ou seja, o concurso nacional de projetos", explicou Almeida Filho.

Ele disse ainda que, antes da realização do certame, é fundamental que haja um acordo entre os ocupantes - no caso, os barraqueiros - e as autoridades que têm gestão sobre a área. "A partir daí, pode-se lançar as bases para o concurso e quais elementos devem ser projetados".

O arquiteto e urbanista Romeu Duarte Júnior, também integrante do conselho superior do IAB, explicou que os projetos a serem apresentados deveriam ter, no mínimo, quatro modelos de barracas, "para, assim, não ficar uma diferença muito grande entre elas. No caso, o grande diferencial seria o serviço a ser disponibilizado por cada permissionário". Duarte acrescentou que a participação da Prefeitura de Fortaleza é fundamental, "porque, se ela se omite, o que vai acabar acontecendo será somente a demolição, o que acabará com o turismo".

Desdobramentos

A Coordenadoria de Comunicação da Prefeitura informou que as intervenções na Praia do Futuro estão previstas no Projeto Orla. Porém, o Município deve pronunciar-se a respeito quando houver decisão definitiva sobre os desdobramentos da determinação judicial. A presidente da Associação dos Empresários da Praia do Futuro, Fátima Queiroz, disse acreditar que a discussão é interessante, "mas precisamos entendê-la melhor".

Fonte: Cidades/ Diario do Nordeste.

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