O projeto vencedor do Concurso Nacional de Ideias para a Beira Mar propõe a ``engorda`` da praia. O aterro possibilitará a construção de ciclovia, espaço para coopistas e retirada das barracas. A Feirinha, o Mercado dos Peixes e o Anfiteatro devem passar por mudanças.
A Beira Mar vai ganhar mais espaço. Anunciado na última terça-feira, 22, o projeto vencedor do Concurso Nacional de Ideias para reordenamento da área - promovido pela Prefeitura de Fortaleza - traça uma série de mudanças, entre elas a ``engorda`` da praia. Serão acrescentados 90 metros de largura no trecho entre as avenidas Rui Barbosa e Desembargador Moreira. Com o espaço, será possível ampliar a pista, que continuará com um único sentido, construir uma ciclovia e destinar uma área só para os coopistas. O projeto vencedor - assinado pelos arquitetos Ricardo Muratori, Fausto Nilo e Esdras Santos - previu também mudanças para a Feirinha de Artesanato, o Mercado dos Peixes e o Anfiteatro.
"Na Feirinha, por exemplo, a estrutura será fixa e coberta, não vai precisar ter depósitos para guardar material. O projeto consolida a ocupação atual, mas é transparente, permite que o mar seja visualizado", explica Antônio Rocha Júnior, coordenador do concurso. Ele explica ainda que o projeto foi escolhido porque tem uma arquitetura singela, que não entra em choque com a paisagem. Com as mudanças, todos os quiosques, barracas e restaurantes devem ser retirados. Serão construídos quiosques padronizados, no mesmo estilo dos boxes da Feirinha, e colocados em uma distância mínima de 120 metros. "Eles ficarão mais próximos da via de rolamento e não do mar".
De acordo com Fausto Nilo, o principal objetivo é uma orla limpa, desbloqueada, com acessibilidade. "Pensamos muito em reduzir o papel da orla como paraíso dos automóveis. O projeto vai estimular as pessoas a não irem de carro". O grupo de arquitetos decidiu também valorizar a comunidade e a natureza local, mantendo e ajustando o Mercado dos Peixes, a colônia Z-8 e a foz do Riacho Maceió. "Queremos fazer com que os negócios comerciais sejam favorecidos, mas de maneira ordenada", aponta Nilo.
O projeto pensou também no futuro. Considera o transporte pela água e a possibilidade de um bonde elétrico. Segundo Ricardo Muratori, o projeto vem para que todos consigam usar o espaço democraticamente. "Não há simplesmente a intenção de transformar a Beira Mar num cartão postal. Ela precisa ser bem usada".
De acordo com Rocha Júnior, o projeto deve ser desenvolvido pelo grupo de arquitetos. "Esse foi apenas um estudo preliminar. Isso vai levar cerca de quatro meses. Eles precisam desenvolver a parte arquitetônica, paisagista, de iluminação". Ele acredita que a licitação para a execução do projeto deve ser feita em maio, ressaltando que os detalhes da condução da obra (prazos e orçamento) estão a cargo da Prefeitura. "Ainda é muito cedo para dizer quanto tempo vai levar. É um processo longo, mas a Prefeitura tem pressa", afirma Rocha. O POVO entrou em contato com a Prefeitura, mas não houve resposta.
Fonte O POVO. Reportagem da jornalista Yanna Guimarães.
A Beira Mar vai ganhar mais espaço. Anunciado na última terça-feira, 22, o projeto vencedor do Concurso Nacional de Ideias para reordenamento da área - promovido pela Prefeitura de Fortaleza - traça uma série de mudanças, entre elas a ``engorda`` da praia. Serão acrescentados 90 metros de largura no trecho entre as avenidas Rui Barbosa e Desembargador Moreira. Com o espaço, será possível ampliar a pista, que continuará com um único sentido, construir uma ciclovia e destinar uma área só para os coopistas. O projeto vencedor - assinado pelos arquitetos Ricardo Muratori, Fausto Nilo e Esdras Santos - previu também mudanças para a Feirinha de Artesanato, o Mercado dos Peixes e o Anfiteatro.
"Na Feirinha, por exemplo, a estrutura será fixa e coberta, não vai precisar ter depósitos para guardar material. O projeto consolida a ocupação atual, mas é transparente, permite que o mar seja visualizado", explica Antônio Rocha Júnior, coordenador do concurso. Ele explica ainda que o projeto foi escolhido porque tem uma arquitetura singela, que não entra em choque com a paisagem. Com as mudanças, todos os quiosques, barracas e restaurantes devem ser retirados. Serão construídos quiosques padronizados, no mesmo estilo dos boxes da Feirinha, e colocados em uma distância mínima de 120 metros. "Eles ficarão mais próximos da via de rolamento e não do mar".
De acordo com Fausto Nilo, o principal objetivo é uma orla limpa, desbloqueada, com acessibilidade. "Pensamos muito em reduzir o papel da orla como paraíso dos automóveis. O projeto vai estimular as pessoas a não irem de carro". O grupo de arquitetos decidiu também valorizar a comunidade e a natureza local, mantendo e ajustando o Mercado dos Peixes, a colônia Z-8 e a foz do Riacho Maceió. "Queremos fazer com que os negócios comerciais sejam favorecidos, mas de maneira ordenada", aponta Nilo.
O projeto pensou também no futuro. Considera o transporte pela água e a possibilidade de um bonde elétrico. Segundo Ricardo Muratori, o projeto vem para que todos consigam usar o espaço democraticamente. "Não há simplesmente a intenção de transformar a Beira Mar num cartão postal. Ela precisa ser bem usada".
De acordo com Rocha Júnior, o projeto deve ser desenvolvido pelo grupo de arquitetos. "Esse foi apenas um estudo preliminar. Isso vai levar cerca de quatro meses. Eles precisam desenvolver a parte arquitetônica, paisagista, de iluminação". Ele acredita que a licitação para a execução do projeto deve ser feita em maio, ressaltando que os detalhes da condução da obra (prazos e orçamento) estão a cargo da Prefeitura. "Ainda é muito cedo para dizer quanto tempo vai levar. É um processo longo, mas a Prefeitura tem pressa", afirma Rocha. O POVO entrou em contato com a Prefeitura, mas não houve resposta.
Fonte O POVO. Reportagem da jornalista Yanna Guimarães.
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