A reunião sobre mudança climática das Nações Unidas, concluída no sábado, resultou em uma "Carta de Intenções", de acordo com o secretário-executivo do encontro, Yvo de Boer. Ele admitiu que agora é preciso trabalhar para transformá-la em "algo real, mensurável e verificável.
Agora temos um pacote para trabalhar e começar a agir imediatamente. Entretanto, é preciso ficar claro que é uma carta de intenções e não é precisa sobre o que precisa ser feito em termos legais", disse de Boer. "O desafio agora é transformar o que concordamos em Copenhagen em algo real, mensurável e verificável."
O chamado "Acordo de Copenhagen" foi aprovado no sábado com relutância e sem unanimidade, como exige o procedimento das Nações Unidas. O mesmo prevê ações para a manutenção do aumento da temperatura global a 2ºC. Por outro lado, o acordo não prevê qualquer redução de emissões dos gases que provocam o efeito estufa para que isso seja possível.
O documento, no entanto, prevê a criação de um fundo emergencial de US$ 30 bilhões pelos próximos três anos, para ajudar países pobres a combater causas e efeitos das mudanças do clima; além de angariar fundos para financiamentos de longo prazo de até US$ 100 bilhões até 2020. No entanto, por ter sido fruto de um encontro entre os Estados Unidos e os chamados países BASIC - Brasil, África do Sul, Índia e China -, o acordo não foi reconhecido por representantes de diversas nações, como Sudão, Bolívia, Venezuela, Nicarágua e outras.
Isso levou ativistas ambientais a classificarem o encontro de Copenhagen de fracasso. "Nas últimas duas semanas, testemunhamos um fracasso abjeto e um sucesso retumbante. O fracasso obviamente foi a COP 15, que não só deixou de apresentar as reduções drásticas e justas necessárias, como não apresentou absolutamente nada", criticou Tadzio Müller, da ONG Climate Justice.
"O sucesso é o do movimento global por justiça climática, que organizou ações espetaculares, grandes e inspiradoras." Em uma mostra de como o processo em Copenhagen foi conturbado, Weech foi o terceiro presidente da COP 15, substituindo o primeiro-ministro dinamarquês, Lars Loekke Rasmussen, que há poucos dias assumira no lugar da ministra da Energia e do Meio Ambiente, Connie Hedegaard. O Acordo de Copenhagen foi selado na sexta-feira, entre o presidente americano, Barack Obama, e os presidentes de China, Brasil, Índia e África do Sul, depois de uma reunião de mais de duas horas, mas não foi ratificado por todos os paises presentes ao conclave. Fonte Portal G1.
Imagem das esculturas os "Refugiados do Clima", do escultor dinamarques Jens Galschiot e seu trabalho - AIDOH/ Art in Defence of Humanism - colocadas junto a entrada do Bella Center, inspiradas na saga de refugidos sudaneses através do deserto. Elas simbolizam as 200 milhões de pessoas que serão refugiadas do clima nos próximos 40 anos, segundo o IPCC ONU. Fotografia de Robert vanWaarden .
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