segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Parque do Cocó, o diferencial de Fortaleza


O Parque do Cocó foi considerado o principal elemento diferencial da cidade de Fortaleza, quanto ao quesito atração de visitantes e turistas, em avaliação de workshop realizado na 8a Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, sobre as cidades subsedes da COPA 2014. Nenhuma grande cidade brasileira, tem localizado na área mais central de seu território, um potencial de paisagem e meio ambiente preservado de tal ordem. São mais de 1.300 hectares de verde que poderiam se transformar na grande área turística da cidade. Não são as praias, nem a Beira Mar, nem a feicão cosmopolita de Fortaleza, nem seu pólos gastronomicos, nem seu comércio pujante o principal elemento diferencial e sim a Bacia Hidrográfica do Cocó, que pode dimensionar roteiros de quase 50 quilometros em suas margens.
Imagem da mata de mangue do Rio Cocó, nas imediações da Avenidas Sebastião Abreu, Washington Soares, Padre Antonio Tomaz e Santana Junior, nos fundos do Shopping Iguatemi. Arquivo de Imagens Ibi Tupi.

domingo, 29 de novembro de 2009

Desertificação avança no Brasil


Irauçuba, no Ceará, divide com Seridó (PB), Gilbués (PI) e Cabrobó (PE) o título de municípios mais desertificados do Brasil. Sete estados e 1.482 localidades espalhadas pelo Ceará, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Rio Grande do Sul entraram na rota da desertificação. A maioria destes locais vive em situação de pobreza ou miséria.

Identificado como um processo circunscrito ao semiárido, a desertificação rompeu fronteiras e atingiu municípios gaúchos e mineiros. A população afetada já chega a 30 milhões de pessoas, segundo o Ministério do Meio Ambiente. Um total de 1,3 milhão de km² do território nacional já estão afetados, o que significa 15% do País.AmeaçaA desertificação não é um flagelo moderno.

A novidade é que o avanço deste processo sinaliza uma ameaça global. A cada minuto, 12 hectares de terra viram deserto no mundo, segundo dados das Organização das Nações Unidas (ONU).O avanço do processo de desertificação no Brasil e no mundo será um dos assuntos da Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP-15), que ocorrerá em Copenhague, na Dinamarca, na primeira semana de dezembro. O Brasil vai chegar ao encontro com uma proposta ousada.

Segundo diagnóstico do Ministério do Meio Ambiente, as áreas mais atingidas pela desertificação ainda estão concentradas no Nordeste, num perímetro de 180 mil km². "Em uma região economicamente frágil como o semiárido nordestino, a redução da produção agrícola e a falta de trabalho podem desencadear ondas migratórias", avaliou o pesquisador da Alisson Barbieri, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).Cruzando os cenários de mudanças climáticas com o processo de desertificação, o estudo concluiu que a taxa de crescimento do PIB do Nordeste pode deixar de crescer 11,4%.

Isto sem falar no encolhimento das áreas agricultáveis. Cálculos preliminares dão conta de que no Ceará a redução pode chegar a 79,6%. Em outros, como no Piauí, pode chegar a 70,1%, na Paraíba, 66,6% e em Pernambuco, 64,9%.O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, passou os últimos dias angariando apoios para a ideia de incluir o combate à desertificação como uma das ações de enfrentamento do aquecimento global. Países como Inglaterra e Noruega já concordaram em apoiar a proposta.

Fonte: Caderno Regional do Diário do Nordeste.

sábado, 28 de novembro de 2009

Ocenário Brasil


Um complexo educacional, científico e tecnológico que integra um museu e aquário de grandes dimensões, como os existentes em várias partes do mundo. Assim é o “Oceanário Brasil”, projetado pelo escritório de arquitetura Dal Pian Arquitetos, que será construído num Parque Ecológico localizado entre o Balneário Cassino e os Molhes da Barra, numa área de 176 hectares, ao lado do Oceano Atlântico.


Ainda em fase de estudo preliminar, o complexo, avaliado em R$ 140 milhões, deverá estar concluído no final de 2012. As obras terão início no 1º semestre de 2010.Para o arq Renato Dal Pian, o maior desafio do projeto foi “compreender as particularidades e especificidades de um oceanário que, além dos espaços dedicados ao uso público, terá, aproximadamente, 50% de sua área construída destinada às infra-estruturas de manutenção e conservação dos biomas expostos”.


“Para isso, foi fundamental a elaboração do programa em conjunto com equipe de oceonólogos especialistas em aquários e oceanários”, acrescenta Dal Pian.


Memorial descritivo:O “Oceanário Brasil”, um Complexo Educacional, Científico, Tecnológico e de Desenvolvimento Turístico – está localizado na cidade portuária de Rio Grande-RS, no extremo sul do País.Cidade mais antiga do Estado, por sua vocação histórica e posição geográfica - banhada pelas águas do Oceano Atlântico, Laguna dos Patos e Lagoas Mirim e Mangueira - Rio Grande sempre esteve intimamente ligada ao mar. Sua praia do Cassino, com 240 km de extensão, é a maior do mundo, ultrapassando as fronteiras no Chuí e avançando sobre o Uruguai.


Empreendimento da FURG – Universidade Federal do Rio Grande, criadora do primeiro Curso de Graduação de Oceonografia do País, o “Oceanário Brasil” ambiciona, além de fortalecer a relação da cidade com o mar, ser um importante centro de divulgação dos oceanos e da oceonografia no Brasil.


O edifício, com 45.000m², ocupará uma área de quase 200 hectares, conformando um grande parque ecológico, com trilhas, praça de eventos, sistema de teleférico e torre mirante que proporcionará visão panorâmica da forte paisagem horizontal composta por dunas, banhados, praia e oceano.


Formalmente, o oceanário está organizado em quatro alas georeferenciadas, simbolizando os ambientes aquáticos do Sul, Leste, Norte e Oeste do Brasil, além de uma “Ala Central” que representa o oceano.


  • A “Ala Sul” exibirá ecossistemas e espécies da Antártica e do sul do País, como arroios, banhados, marismas, ambientes costeiros típicos e os mares gelados do sul.

  • A “Ala Leste” contará com a variedade dos ambientes costeiros do Sudeste e do Nordeste do País, da a exuberante Mata Atlântica até os costões rochosos, ilhas, parcéis e corais.

  • Na “Ala Norte” serão apresentados os Manguezais, o Delta do Amazonas e a variedade de ecossistemas e espécies aquáticas da Amazônia, um dos biomas mais importantes do mundo.

  • A “Ala Oeste” concentrará a biodiversidade dos ambientes de água doce do Brasil: Pantanal, Bonito e Bacia do Paraná. Um tanque de mergulho, dotado de infra-estrutura adequada para aulas práticas, também será disposto nesta ala.

  • Na “Ala Central”, concluindo o percurso expositivo, fica o tanque principal – “Amazônia Azul”, que convidará os visitantes a um mergulho nas águas do Atlântico Sul por meio de túneis e de grandes visores de acrílico.O Oceanário contará com locais para recreação, biblioteca, cinema IMAX-3D, salas de aula e laboratórios destinados à Educação Ambiental. Bares, cafés, lojas e restaurantes comporão espaços de convivência e descanso integrados às demais atrações.

Ficha Técnica



  • Arquitetura: Dal Pian ArquitetosAutores: Lilian Dal Pian e Renato Dal Pian

  • Colaboradores: Oliver Scheepmaker, Carol Portugal, Raquel Rodorigo, Paula da Cruz Silva, Ricardo Cristoffani, Leonardo Gomes, Tibério Cruz, Filomena Piscoletta

  • Coordenação Projetos Técnicos: Terramare consultoria, Projeto e Construção de Aquários

  • Coordenação Técnica: Hugo Gallo Neto e Henrique Luís de AlmeidaApoio Técnico: Gustavo Fresteiro Mendonça

  • Engenharia: Alena Engenharia/ Maurício Brun Bucker e Jorge Hideki Katsutani

Realização



  • FURG - Universidade Federal do Rio Grande

  • Coordenador Geral: Prof. Dr. João Carlos Brahm Cousin

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Fortaleza ganhando com a Copa 2014


Realizou-se na 8a Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, a última sessão do "workshop" Fortaleza ganhando com a COPA 2014, uma atividade relacionada ao tema geral Ecos Urbanos, em pauta nesta Bienal. O grupo que reuniu estudiosos, ligados a USP e UFC e outros profissionais arquitetos, em sessões de intenso debate sobre os impactos urbanos das ações, projetos e obras que irão preparar a cidade para os visitantes que esta receberá durante os jogos internacionais.

Foram enfocados, durante os 4 dias de trabalho, questões afeitas aos seguintes subtemas: mobilidade urbana, usos urbanos, águas urbanas e ecologia urbana. A grande conclusão deste debate é que o grande elemento diferencial de Fortaleza, não são suas praias, seu patrimonio, sua vida noturna ou sua gastronomia, mas sim o Parque do Cocó, esta megareserva ambiental encravada no "cuore" do muncípio, a meio caminho das novas direções de desenvolvimento urbano.

Os trabalhos foram coordenados pela Profa Dra Heliana Comim Vargas e pelo Prof. Paulo Pelegrino, ambos da do LABVERDE/ FAUUSP, sob orientação do Prof. Wilson Jorge. Participaram também o Professor Bruno Roberto Pandovano, o Arquiteto Paisagista Newton Becker, os Professores Lucila Naiza Novaes, Romeu Duarte e José Sales, do DAUUFC, além dos Professores Ignácio Montenegro, Ricardo Paiva e Gastão Sales, todos eles ligados ao Programa DINTER/ Doutorado Interinstiucional FAUUSP/ DAUUFC. E contou ainda com a presença dos Secretários de Estado das Cidades Joaquim Cartaxo, dos Esportes Feruccio Petri Feitosa e do Adjunto Turismo Osterne Feitosa, do Estado do Ceará.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Fórum de Turismo e Cultura do Cariri



Está sendo , hoje, no Auditório do Centro Cultural do Araripe a reunião do Fórum de Turismo e Cultura do Cariri. O Fórum é de extrema importância para o desenvolvimento do turismo e a cultura da região do Cariri.

A programação seguirá os seguintes tópicos:* Posse do Conselho Municipal da Cultura do Crato-Ce* Apresentação do Projeto Audiovisual de Educação Ambiental-Chapada do Araripe- de autoria de Jéferson Albuquerque* Reprogramação para o Estudo de roteiros Turísticos Culturais do Cariri* Agenda para elaboração do Planejamento Estratégico do Fórum* Lançamento da Eleição da Diretoria do Fórum para o biênio 2010-2011O Fórum tem parceria com o SEBRAE-CE e o Ministério do Turismo e apoio do Governo do Crato, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude.

F0nte: Blog do Crato

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Inovação: a pressão da sociedade

Por legítima pressão da sociedade, a Secretaria de Ciência e Tecnologia (SC&T)decidiu, com dois anos de atraso, dar vida ao Fundo de Inovação Tecnológica do Ceará (FIT). Neste momento, a melhor inteligência da Funcap, órgão da SC&T que administra o FIT, trabalha na elaboração do primeiro edital do fundo, que contemplará projetos de inovação de 16 atividades econômicas, inclusive a agropecuária. O edital estabelecerá os critérios - e serão muitos - que condicionarão a análise e a aprovação dos projetos e a liberação dos respectivos recursos.

Um dos critérios será a fundamentação científica do projeto; outro, a sua capacidade de aumentar a competitividade da empresa; outro mais será a perspectiva comercial (a ampliação do mercado) da empresa. Se a empresa for de grande porte, a contrapartida será de 100% do valor liberado. Se for pequena, será de 20%. O FIT deve ser entendido, tanto pelas autoridades do Governo quanto pelas empresas que dele se beneficiarão, como um instrumento de estratégia de desenvolvimento.

Para os dois lados do balcão. Assim, será boa e oportuna a providência dos gestores do FIT - e se essa providência for adotada - a busca por novas fontes que alarguem os recursos do fundo. O Ministério de Ciência e Tecnologia, por meio do Finep, o Banco do Nordeste e o Sebrae têm dinheiro específico para investir em iniciativas como a do FIT. Então, ao serviço!

Fonte: Coluna Egidio Serpa/ Diário do Nordeste

Out doors começam a ser retirados da cidade


Dentro de seis meses, todos os painéis irregulares de Fortaleza deverão sair, afirma titular da SepexO presidente do Sindicato de Empresas de Publicidade Exterior do Estado do Ceará (Sepex/CE), Moacir Albuquerque, estima que somente ontem, primeiro dia de retirada dos outdoors da Capital, mais da metade dos 51 engenhos listados para serem removidos nessa primeira etapa, tenham sido desmontados. "Amanhã (hoje) continuaremos o restante da operação, próximo mês relacionaremos outros para serem retirados".


Com relação a previsão de término dessa operação, Albuquerque informou que em seis meses a situação esteja regularizada. "Fizemos um acordo com a Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam), onde seis empresas ficaram de remover os painéis, acreditamos que devamos cumprir o prazo combinado".


Já o titular da Semam, Deodato Ramalho, não arriscou nenhuma previsão, pois ele não acredita que o número de outdoors irregulares seja apenas de 1.100. "Particularmente acho que é mais, pois somente da empresa Bandeirantes eu recebi uma relação com 229 painéis irregulares", declarou.


Na tarde de ontem foram retirados dois engenhos pela empresa Sol Nascente, na Avenida Washington Soares, em frente ao antigo Hiper Mercantil. Na ocasião, o representante da companhia, Leandro Canton, informou que dos 120 engenhos pertencentes a Sol Nascente, 60% ainda restam ser desmontados."Começamos a trabalhar desde sábado nessas retiradas, iniciamos em frente ao ponto das tapioqueiras, no Euzébio".


O responsável pela Secretaria informou que mais da metade desses outdoors está nas áreas nobres da cidade, encobrindo a beleza da Capital, além da arquitetura dos prédios e o verde da natureza. Os painéis, lembra, que serão retirados não estão adequados à Lei Municipal 8.221/98.Os critérios previstos na legislação para a instalação desses equipamentos exigem, no mínimo, um afastamento de três metros de recuo de frente e três metros de recuo de fundo, além de garantir 50 metros de afastamento entre grupos de, no máximo, três tabuletas cada.


Fonte: Diário do Nordeste

Aguardamos todos novas boas noticias quanto ao saneamento metropolitano


Esta semana os principais jornais e outros veículos de imprensa noticiaram uma ótima noticia para todos nós, os moradores desta cidade de Fortaleza e sua região metropolitana, dada pelo Secretário do Turismo Bismarck Maia, um dos mais dinâmicos da atual administração. Seriam licitadas as obras sistemas de saneamento básico dos dois destinos turísticos preferenciais na RMF: Porto das Dunas e Cumbuco. Só o Porto das Dunas receberia mais de 55 milhões de reais e o Cumbuco uma quantia assemelhada. Ponto para nós todos, ponto para o Governo do Estado, ponto para o trade turístico hoteleiro e ponto para o meio ambiente, para a qualidade de vida e a para saúde pública em nossa RMF.

Só que aguardamos novos passos nesta direção. Em nossa própria Capital, em toda a margem esquerda do Rio Cocó, muito ainda está para ser feito, quanto a dotação de saneamento e preservação desta nossa jóia da coroa ou da nossa cidade que é o Parque Estadual do Cocó. As unicas situações ali, com dotação de saneamento são os conjuntos habitacionais que compõem o complexo Tancredo Neves, antigo Gato Morto. O resto é o resto: com exceção dos grandes empreendimentos educacionais e comerciais que tem seus sistemas próprios, absolutamente tudo se posiciona sobre um mar de fossas sépticas e seus dejetos, suas limitações e riscos, sob o domínio operacional dos antiquados “limpa fossas”. E tudo isto em uma região qualificada, com ótimo sistema viário e bons equipamentos, onde tem se concentrando a expansão do desenvolvimento urbano e imobiliário e, onde, daqui a pouco irá se localizar o maior centro de feiras do Brasil.

Assim, do Lagamar do Tancredo Neves, na BR 116, passando pelas imediações da Cidade dos Funcionários e extensões, pelo Luciano Cavalcante, pelo Shopping Iguatemi (este com sistema próprio de alta tecnologia), pelos fundos da maior Universidade privada do Nordeste (também com sistema próprio), pela Comunidade do Dendê com seus quase quarenta mil habitantes, e toda face esquerda de nossa maior área de verde pública,até o encontro com o Rio Coaçu e Sabiaguaba, onde estão grande parte das fontes de grande parte de toda a água mineral que consumimos, infelizmente ainda nada consta.
Encontro do Rio Coaçu com o Rio Cocó. Arquivo de Imagens Ibi Tupi.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Conflitos em Icapuí afastam o turista


A expectativa de bons ventos turísticos na alta estação que se aproxima é predominante na região litorânea do Ceará, mas em Icapuí, no Sul do Estado do Ceará, onde pousadas acumulam reservas de várias partes do País, o conflito entre pescadores e os frequentes atos de violência têm afetado a impressão de tranquilidade que caracterizam as praias icapuienses. Donos de pousadas nos bairros cujas comunidades estão em litígio temem que, se não for resolvido o conflito, perderão clientes que encontram-se assustados com a situação.


Desde o meio do ano, quando se encerrou o período do defeso da lagosta e as dezenas de comunidades retornaram ao mar, o antigo problema envolvendo pescadores artesanais e "alternativos" ganhou intensidade. A precária fiscalização do Ibama, com poucos agentes para mais de 500km de costa litorânea, tem colaborado para a arbitrariedade nas atitudes de pescadores. De um lado, os barcos "alternativos", usando marambaias e redes caçoeiras - equipamentos proibidos pelo Ibama - colhendo 12 vezes mais que as embarcações artesanais, que utilizam manzuás (permitidos por Lei).


Para proteger os espaços, os pescadores artesanais de praias, como Redonda, Peroba, Picos e Ponta Grossa, têm vigiado as áreas em que fazem a pesca, para que não sejam invadidas pelos "alternativos". Por conta própria, os pescadores da Redonda mantêm dois barcos para fazer a fiscalização. Pouco mais de uma semana, pescadores da Barrinha denunciaram que foram agredidos por outros pescadores encapuzados. O barco foi apreendido, arrastado para a praia e colocado no alto do morro, "para servir de exemplo". Como aconteceu um mês atrás assim que sucedem os conflitos em alto mar. Pescadores dos dois lados armam-se com revólveres, vigiam as entradas das comunidades e ficam esperando "pelo pior".


Nos últimos dois meses, o Batalhão de Choque da Polícia Militar esteve duas vezes na cidade, para conter o clima de guerra instalado entre as comunidades. Na última vez, terça-feira passada, 80 policiais desbloquearam a rodovia estadual que dá acesso às praias da cidade. Em setembro, uma operação maior envolveu militares, Polícia Federal e o Ministério Público, com mandatos de busca e apreensão nas localidades de Mutamba, Barrinha e Redonda.


"Isso gera um medo no turista, mesmo a gente sabendo que é um problema entre as comunidades, quem garante que não respinga em quem não tem nada a ver?", afirma Diassis Brito, morador da localidade de Mutamba, próximo à Praia da Barrinha. Ele vende água de côco na praia, sabendo que quanto menos turistas, "menos venda e menos dinheiro".
Praia da Redonda, em Icapuí. Os turistas que procuram este local querem tranquilidade, porém, no momento, os visitantes estão se afastando devido às disputas na pescaFoto: Melquíades Júnior. Fonte: Caderno Regional do Diário do Nordeste

MPE pede adiamento da operação do Metro Cariri


O MPE/ Ministério Público do Estado do Ceará, através dos Promotores de Justiça do Crato e de Juazeiro do Norte, Elder Ximenes e Alexandra Magda Monteiro, ingressaram com uma Ação Civil Pública (ACP) com tutela antecipatória em caráter de urgência, já distribuída para o juiz da 3ª Vara de Juazeiro, Gúcio Carvalho Coelho, solicitando a suspensão da inauguração do Metrô do Cariri. Eles também querem suspender a circulação dos trens. A entrega da obra estava prevista para a próxima sexta-feira, com a presença do Governador do Estado. Não existe nenhuma sinalização obrigatoria de transito e segurança no trajeto ferroviário a ser utilizado pelas composições ferroviárias do chamado Metro Cariri.
Fonte Caderno Regional/ Diário do Nordeste.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Saneamento do Porto das Dunas


A boa notícia da semana é o Projeto de Saneamento do Porto das Dunas, com investimentos de R$ 54 milhões. O Governo do Estado implementará o projeto de saneamento básico do Porto das Dunas, no Aquiraz, como um ação de consolidação do desenvolvimento do Turismo no Ceará. O Secretário Estadual do Turismo, Bismarck Maia, confirma que mandará , nesta semana, o projeto para o processo licitatório da obra, considerada "uma das mais importantes para a consolidação do turismo sustentado no Estado".
Além do aspecto do saneamento assegurar o fator preventivo da saúde pública, Bismarck destaca que essa medida fortalece a preservação do meio ambiente de um dos mais visitados cartões postais do Estado e garante a balneabilidade daquelas praias. Além do Porto das Dunas, o Governador Cid Gomes já havia autorizado a SETUR a implementar os projetos de saneamento básico de Cumbuco e de Jericoacoara.
Fonte: Coluna Vertical do jornal O POVO, na data de hoje.

domingo, 22 de novembro de 2009

Plano de Gestão do Geopark Araripe


A URCA/ Universidade Regional do Cariri pretende iniciar ainda neste ano corrente de 2009, a realização do Plano de Gestão do Geopark Ararripe conforme recomendações da UNESCO, indicadas quando da aprovação da proposta - Application Dossier for Nomination Araripe Geopark, State of Ceará, Brazil - de consolidar na Bacia Sedimentar do Araripe, um Geopark, componente da Rede Global de Geoparks Nacionais, ainda em Outubro/ 2006, quando da Gestão André Herzog.


Foi criada recentemente uma Comisão Gestora do Geopark Araripe composta do Professores José Patricio Melo, Idalécio de Freitas e Zuleide Queiroz, que tem a participação de outros professores da própria URCA: Iara Araújo, Raimunda Aparecida e outros. Como colaboradores estão os Profesores José Sales/ UFC e Carolina Gondim Rocha/ UNIFOR, além das Arquitetas Thais Callou de Holanda e Ana Fernandes, através da participação da Ibi Tupi Projetos e Consultoria. A Secretaria Adjunta SCT Teresa Lenice Mota acompanhará atentamente a realização dos trabalhos que contará com oficinas de participação em todos os municipios onde partes do Geopark Araripe se consolidarão: Santana do Cariri, Nova Olinda, Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha.

Imagem da chegada da chuva no Pontal de Santa Cruz, em Santana do Cariri. Fotografia de Daniel Roman. Arquivo de Imagens Ibi Tupi.

População demanda mais áreas verdes


Segundo os especialistas, o estímulo às atividades ao ar livre só tem a contribuir para a formação das crianças e jovens. Afinal, como justificam as professoras do IFCE, Allana Joyce Gomes, especialista em Educação Física Escolar, e Nájila Cabral, doutora em Engenharia Ambiental, as áreas verdes facilitam as relações interpessoais, já que propiciam o encontro e o sentimento de pertença. "O convívio urbano é um trunfo especial para a construção e a reconstrução dos espaços urbanos motivadores e vitalizados, a exemplo das áreas verdes", conta Nájila.


Para o vice-presidente do Cref5, Vinícius Aguiar, os espaços, inclusive, são uma boa opção para sair da rotina e desenvolver o interesse natural pela atividade física. "Sugiro buscar algo que possa tirar as crianças do convencional, como os shoppings. Parques, praias, serras e sítios são boas alternativas, por estabelecerem contato com a natureza e, quase sempre, aguçarem a atividade física de forma muito espontânea".


Cientes dessa importância dos espaços de lazer, moradores dos Bairros Luciano Cavalcante e Ellery têm se mobilizado, há pelo menos 20 anos, pela preservação das áreas e pela construção de parques. No Luciano Cavalcante, a Associação Amigos do Bosque já custeou o projeto do Parque Guararapes que, segundo o titular da Secretaria Executiva Regional (SER) II, Humberto Júnior, está previsto para 2010. Agora, falta a parceria para a construção do passeio do parque. Já no Ellery, conforme o Movimento Pró-Parque Rachel de Queiroz, o projeto, elaborado pela Prefeitura desde a gestão passada, nunca foi executado. De acordo com Olinda Marques, titular da SER III, o projeto foi retomado e o recurso de R$ 500 mil, que é pouco, reconhece, já está assegurado.

Reportagem do Diário do Nordeste. Imagem de Juliana Vazquez.

Lazer precário nos Parques de Fortaleza


No geral, as três grandes áreas verdes de Fortaleza não oferecem infraestrutura adequada para o uso das crianças, adolescentes e mesmo adultos. E se para quem é criança, nada melhor do que brincar e ter espaço suficiente para fazer isso nas férias, surge um grande problema, quando se verifica que os parques da cidade, que deveriam oferecer infraestrutura adequada, encontram-se, em boa parte, entregues ao total descaso. Assim, sobram animais soltos. Pior, faltam segurança e brinquedos em bom estado de conservação.Para averiguar as condições de algumas áreas verdes de Fortaleza, o Diário do Nordeste visitou três parques na Capital: Adahil Barreto, Cocó e Rio Branco. Neles, a reportagem constatou melhorias, mas também problemas que, em geral, afastam os possíveis usuários no período de férias, como pais e crianças.


Reportagem de Janine Maia no Diário do Nordeste.

sábado, 21 de novembro de 2009

Desenvolvimento do Turismo no Ceará



Debate realizado no fim desta tarde de 6a feira, 20/11, em dos grandes auditórios da UNIFOR, sobre Planejamento do Turismo e Medidas de Controle Ambiental. como uma das atividades da SEMANAU/ Semana de Arquitetura e Urbanismo, este ano uma realização conjunta do alunos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo da UNIFOR/ UFC/ FANOR reuniu o Secretário do Turismo do Ceará Bismarck Maia e Promotora do Ministério Público Estadual Sheila Pitombeira.

Em auditório lotadissimo, do início ao fim da sessão e participação intensiva dos debatedores e alunos presentes dos 3 cursos, com a mediação do Professor José Sales, se discorreu, durante 3 horas inteiras sobre a complexidade do turismo no Estado do Ceará que incluem questões afeitas:


  • A implantação de grandes hoteis e resorts no litoral cearense como Aquiraz Riviera, Resorts Vila Galé Cumbuco e Fazenda Canoe/ Fortim;
  • Ao novo Pavilhão de Feiras e Eventos, um dos maiores do Brasil, em consolidação, na Av. Washignton Soares e Convenções, sua localização, modelagem e dimensões e a preservação do Parque Estadual do Cocó, além dos impactos sobre o desenvolvimento urbano;
  • Ao Acquario do Ceará, na Praia de Iracema, s requisitos de seu programa e modelagem e a forma como foi contratado e realizado o projeto;
  • A Canoa Quebrada e Jericoacoara, vilas litoraneas de pescadores que se transformaram em dois destinos do turismo internacional em nosso Estado;
  • Ao saneamento ambiental do Porto das Dunas/ Beach Park, onde se localiza o Parque Aquático Beazh Park e seus mais de 1 milhão de visitantes anuais e esta situação de segundo parque hoteleiro do Estado;
  • Ao saneamento da Vila do Cumbuco;
  • A prática do turismo de esportes radicais e os principais sites do Estado - Praia do Titanzinho para surf, Cumbuco, Lagamar do Caiuipe e Taiba para kite surf, Parque dos Monolitos de Quixadá para voos de asa delta;
  • A transformação da Vila do Cumbuco, de forma geometricamente crescente, em uma colonia de noruegueses, dinamarqueses, filandeses e outros povos que adotaram esta situação como seu local de segunda residencia e os impactos sobre a população nativa local;
  • Ao futuro Aeroporto de Canoa Quebrada/ Aracati, em fase final de implantação;
  • Ao futuro Aeroporto Internacional de Jericioacoara, em inicio de obras;
  • A ampliação do Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza;
  • A integração das comunidades litoraneas com visão de futuro do Turismo no Ceará;
  • Ao Programa Pousadas de Charme;
  • Aos novos Planos de Turismo Sustentável do Maciço de Baturité e Serra da Ibiapaba;
  • A COPA 2014, os impactos sobre o turismo em Fortaleza e os impasses do parque hoteleiro local que demanda medidas de modernização;
  • As medidas de contraponto ao nefasto turismo predatório e a superação do turismo sexual.

Estão de parabéns os Centros Academicos dos Cursos de Arquitetura e Urbanismo da UNIFOR/ UFC/ FANOR e organizadores da SEMANAU, que mostraram a todos e notadamente às direções de seus proprios cursos e Universidade como deve ser feita a integração de interesses dos estudantes de Arquitetura e Urbanismo no Estado do Ceará, com atividade com esta diretriz de trabalho, a semelhança do foi também realizado no Projeto Mambembe, da FNEA/ Federação Nacioanal dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo/ Ceará e Rio Grande do Norte.

Imagem de Canoa Quebrada, de anterior vila de pescadores de pesca artesanal a "point internacional" com mais de 50 pousadas de charme, pequenos hotéis e um conjunto impressionante de restaurantes internacionais, durante o Festival Internacional de Cinema e Curtas de Canoa Quebrada. Arquivo de imagens Ibi Tupi.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

4a Conferencia da Cidade de Maracanaú


Sob o tema "Cidades para todos - Gestão democrática, participativa e controle social", enfocando aspectos dos "Avanços, dificuldades e dasafios na implementação de uma Política de Desenvolvimento Urbano em Maracanaú" proferiu palestra naquela cidade, nesta manhã, na 4a Conferencia da Cdade de Maracanaú, o Professor/ Arquiteto/ Urbanista José Sales, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo/ UFC.

Ceará é destaque na produção de mel


O Ceará teve um aumento de 30% da produção de mel em 2008. Com isto, ocupa a quarta posição no País e a segunda no Nordeste, com 4.073 toneladas produzidas. Os dados constam da pesquisa "Produção da Pecuária Municipal", divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Cinco municípios cearenses foram listados entre os principais produtores de mel no País. São eles: Limoeiro do Norte, com 550 toneladas; Santana do Cariri, 392t; Tabuleiro do Norte, 380t; Alto Santo, 300t; e a cidade de Icapuí, com uma produção anual em 193t.De acordo com a pesquisa, no cenário nacional, a produção de mel teve aumento de 8,8%, quando comparada com 2007.


Os fatores para que o mel tenha destaque deve-se à importância do produto nos mercados nacional e internacional, além de ter sido introduzido em programas regionais da merenda escolar e de geração de emprego e renda para pequenas comunidades. No Estado do Amazonas, a produção cresceu vertiginosamente, embora sua participação nacional ainda seja pequena. Depois de Limoeiro do Norte, as cidades que também produzem mel em larga escala são Apodi (RN) e Picos (PI), em segunda e terceira posições, respectivamente.

Fonte: Diário do Nordeste

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Recomeçou a temporada de queimadas no Araripe e Cariri

Começou a temporada de queimadas no Cariri, uma prática agrícola conhecida na região como "brocas", ou "coivaras", que degrada o solo e leva risco de incêndio às reservas florestais. O processo rudimentar de preparação da terra para o plantio deve ser controlado pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), que intensificou a fiscalização com o objetivo de evitar o desmatamento com as queimadas clandestinas na região.



Está sendo autorizada a chamada "queima controlada", aplicação do fogo na vegetação sob determinadas condições ambientais. "Antes de conceder a autorização, os técnicos da Semace analisam detalhadamente as condições do terreno, como topografia, vegetação e variáveis meteorológicas", explica o gerente regional da Semace, João Josa. No Cariri, as queimadas começam em novembro e dezembro.



A vegetação da Caatinga na futura roça é cortada e deixada no campo para secar. No fim da estação seca, a madeira é queimada, colocando-se fogo na roça inteira. "Estas queimadas, frequentemente, saem do controle, especialmente quando há fortes ventos, comuns nesta época do ano. Então, outras áreas pegam fogo também, provocando incêndios florestais graves. Daí a necessidade do acompanhamento dos engenheiros florestais", adverte o Superitendente SEMACE João Josa.



Comentário da postagem: Diferentemente do que afirmam os técnicos da SEMACE, se manifestam outras opiniões abalizadas e baseadas em fundamentos científicos que afirmam que não existe controle possível às queimadas. Não existe "queima controlada" sendo esta afirmação totalmente carente de fundamentação técnico científica. Pois além da queima superficial da vegetação há também queima do solo e do subsolo e, seus nutrientes, além do aquecimento do próprio solo de maneira elevada, comprometendo inclusive quaisquer resquício de reserva própria existente nas raízes da vegetação e também os aquíferos e outras reserva de água subterranea.



Por outro aspecto existem as questões evidentes das altas temperaturas do ar no entorno da área queimada que comprometem não só a qualidade do ar como taxas de umidade no mesmo que chegam a níveis baixissimos, além de comprometer brutalmente a vegetação remanescente por desumidificação. Por fim temos o aumento geométrico da emissão de CO², que contribui para o aquecimento local/ regional e global. E há ainda a propagação da "queima controlada" por ação dos ventos fortes do período, confirmada pelos próprios técnicos da instituição de controle e fiscalização do meio ambiente.



Donde se conclui que não existe e nunca existiu, em nenhuma forma, a "queima controlada"e sim um processo de predação consentido que se repete ano a ano, há quase quatro séculos, neste período da estação mais seca, comprometendo irremediavelmente a sobrevivencia dos ecossistemas da região e consequentemente da flora, da fauna e nós próprios, os "os queimadores".

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Prefeitura de Fortaleza tomba a Casa de Raquel de Queiroz


À primeira vista, parece uma casa comum, como as demais do bairro. Porém, poucos sabem que na residência da Rua Antônio Ivo, 290, no Henrique Jorge, morou a célebre escritora cearense Rachel de Queiroz. E, mais, que nela a cearense escreveu sua obra-prima "O Quinze". A simples edificação com o telhado desgastado, de cor verde e rodeada por árvores, diferencia-se das outras e ganha de vez reconhecimento da sua importância para a história e memória do Estado. Afinal, no último dia 22 de outubro, a Prefeitura de Fortaleza publicou, no Diário Oficial do Município, o tombamento definitivo da casa.


"Fica tombado, em caráter definitivo, o imóvel localizado na Rua Antônio Ivo, nº 290, Bairro Henrique Jorge, denominado Casa da Raquel de Queiroz, haja vista o seu alto valor histórico, cultural e simbólico, portador de inelutável referência à identidade e à memória da sociedade fortalezense", consta o artigo 1º do documento, que oficializa o decreto de número 12.582/2009 de 15 de outubro.Conhecida popularmente como Casa da Rachel de Queiroz, o antigo Sítio Pici ou Casa dos Benjamins, abrigou a família Queiroz, a partir de 1927. No local, há notícias de que a escritora cearense escreveu, aos 20 anos, seu primeiro romance regionalista e obra-prima "O Quinze", em 1930.


Além de, como descreve a escritora Socorro Acioli no livro "Raquel de Queiroz", foi o local onde a autora de "O Quinze" também se casou com José Auto, em 1932, e teve sua filha Clotildinha, no ano seguinte, que veio a falecer dois anos depois, 1935.


"Esse tombamento é importante porque Rachel é uma das principais representantes da literatura brasileira. Ela é uma grande escritora, mas que o Ceará ainda deve muito. Ainda não há estudos necessários, não existe um memorial. Fortaleza não sabe bem preservar sua história. No entanto, o tombamento já é um começo", avalia a professora da Universidade Estadual do Ceará, Cleudeni de Oliveira Aragão, doutora em Literatura.


Entretanto, como indica o documento que baseou o processo pelo Prefeitura "Instrução de tombamento municipal para a casa Rachel de Queiroz", realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC); prefeitura e Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), a casa precisa de reparos. Até porque, segundo reforçam os moradores das proximidades, como a educadora popular Lúcia Vasconcelos, 56, e o pedagogo Leonardo Sampaio, 57, o local, há algumas décadas, abriga três famílias e está cada vez mais deteriorada.


Adquirido pelo pai da escritora cearense, Daniel de Queiroz, em 1927, para facilitar o acesso dos filhos aos estudos, o Sítio Pici ficava perto da lagoa da Parangaba, que, nesse tempo, pronunciava-se "Porangaba", e também do Rio Pici ou "Picy". Pertenceu à família do padre Rodolfo Ferreira Gomes e foi vendido depois a um industrial, José Guedes, de quem Daniel comprou o imóvel e fez uma nova casa para atender às suas necessidades. Assim, Rachel de Queiroz ingressa no curso Normal do Colégio Imaculada Conceição, aos dez anos, e, tempo depois, ajuda seu irmão Flávio no exame de admissão do Colégio Militar. No local, ela escreve o livre "O Quinze", aos 20 anos de idade, casou-se com José Auto, em 1932, teve sua filha Clotildinha (1933), que faleceu dois anos depois, 1935


Fonte Janine Maia/ Diário do Nordeste

terça-feira, 17 de novembro de 2009

PDITS FORTALEZA


A Prefeitura Municipal de Fortaleza, através da SETFOR/ Secretaria do Turismo de Fortaleza, vai iniciar em breve os trabalhos de elaboração do PDITS FORTALE/ Plano de Desenvolvimento Integrado de Turismo Sustentável de Fortaleza através da colaboração da FCPC/ Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura. Imagem noturna da Beira Mar de Fortaleza.

Ministério das Minas e Energia quer atropelar análise ambiental

A pressa de passar pelo trâmite ambiental fez mais uma vez o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, prometer que a licença prévia da usina hidrelétrica de Belo Monte (PA) iria sair nesta segunda-feira, o que não se confirmou. Técnicos da área de licenciamento do Ibama trabalham sob pressão para emitir o parecer técnico de que a usina depende para participar do leilão de energia marcado para o dia 21 de dezembro. Mas até agora as análises não foram concluídas. Alheio ao conteúdo técnico da licença de Belo Monte, Edison Lobão afirmou hoje que “qualquer que seja a licença, ela nos autorizará a fazer o leilão no próximo mês”.

As pressões sobre os técnicos da área de licenciamento se tornaram corriqueiras desde que os interesses políticos se tornaram mais importantes do que a responsabilidade técnica ambiental das obras, e já geraram situações vergonhosas para o próprio governo. Um exemplo recente veio à tona aqui pelo site O Eco, quando os técnicos da área do licenciamento do Ibama recomendaram a não emissão de licença prévia para as usinas de Santo Antônio e Jirau, mas a presidência do órgão tomou uma decisão política de concedê-la.

Fonte O ECO

domingo, 15 de novembro de 2009

Rio Xingu: beleza roubada


O Governo Federal quer emitir nesta 2a feira, 16/ Novembro/ 2009 a licença prévia para a megausina de Belo Monte. Projeto mais do que polêmico, é apontado como necessário para dar mais "segurança energética" ao país. A liminar que contestava as audiências públicas foi cassada. Ligada ao PAC, a obra mantém o modelo gerador de energia com enormes impactos ambientais e produção de eletricidade a milhares de quilômetros dos centros consumidores. Parte da energia ficará no Pará, para abastecer uma planta industrial da ALCOA. Além de afetar comunidades ribeirinhas, indígenas e botar abaixo floresta Amazônica, a construção dará fim a chamada Volta Grande do Rio Xingu, um dos maiores espetáculos naturais da região.


Fonte: O ECO. Crédito imagem: Marcos Vergueiro/Secom-MT

Comemoração com chapeú dos outros


O anúncio da menor taxa de desmatamento da história, feito esta semana em evento recheado de discursos que causaram aborrecimento na platéia e serviram de palanque eleitoral para a candidata de Lula, teve momentos mais curiosos. Todo o trabalho da ex-ministra Marina Silva, que à frente da pasta ambiental criou programas diretamente responsáveis pelos números anunciados ontem, foi esquecido.


Carlos Minc, que a sucedeu no Ministério do Meio Ambiente, atribuiu à Ministra Chefe da Casa Cicil Dilma Roussef a maioria dos resultados obtidos e até mesmo as metas de corte de desmatamento do Plano Nacional do clima e o Fundo Amazônia, programas que de fato surgiram na gestão da ex-ministra. Um dia após a cerimônia em Brasília, que de “tom macabro” - como Marina Silva costumava se referir aos anúncios de desmatamento – passou para alegoria eleitoreira. Elegantemente Marina Silva teceu comentários sobre as reais causas da queda no desmatamento, sobre os planos governamentais de Desmatamento Zero e sobre quem deve levar os louros pelos bons números alcançados.


Marina Silva em entrevista ao O ECO afirmou:


"Não me sinto responsável como indivíduo, mas como alguém que fez uma política pública. Foi esse nosso propósito, fazer política pública estruturante, não ficar fazendo pirotecnia. Porque quando se faz política pública estruturante, elas perduram mesmo depois que você sai. Criar 24 milhões de hectares de áreas de conservação na frente da expansão predatória é algo que fica, é área de preservação permanente ali. Criamos um sistema de monitoramento em tempo real para favorecer as fiscalizações quando as coisas estão acontecendo.


Ter tirado 700 pessoas que atuavam como quadrilha, falsificando dados, fraudando processos, é algo que ficou. É preciso cuidado ao apostar em uma ação integrada envolvendo o Exército, o Ministério da Justiça, a Polícia Federal...O plano da Amazônia Sustentável, o plano da BR 16, tudo isso foi política estruturante que ficou e como política pública eu me sinto parte do processo.


E daqui para frente, vamos precisar ter cuidado com algumas questões que estão acontecendo e não podemos baixar a guarda, mesmo tendo o que comemorar com esses dados. A medida provisória da grilagem, que transferiu 75 milhões de hectares para particulares, da forma pouco cuidadosa como foi feita, sem separar o joio do trigo, é algo que preocupa.


O Brasil retoma agora o crescimento, então, se não vierem as ações de desenvolvimento sustentável, que estão ligadas ao Ministério da Agricultura, que sempre resistiu em fazer sua parte no âmbito do combate ao desmatamento, agora tem que começar fazer. O transporte, energia, todo mundo tem que entrar em cena.


Este é um risco (De dizer que o desmatamento zero é possível), ainda mais que estamos em período eleitoral. Mas a bancada ruralista mudar o Código Florestal, isso é algo que preocupa. Agora, eu não sou aquele que quanto pior melhor. Eu celebro que o desmatamento caiu pelo bem da Amazônia e foi por isso que fizemos as políticas públicas. Foi por isso que eu pedi pra sair, porque, naquele momento, com aquela loucura de que o Mangabeira (Assuntos Estratégicos) defendia uma série de idéias completamente equivocadas no meu entendimento para a Amazônia, fez com que as medidas fossem mantidas. Eu espero que o Brasil possa ir à Copenhague com metas, que o Brasil possa liderar.


A regularização de terras, da forma como está sendo feita, é preocupante. Isso não é ordenamento territorial, isso é transferência de terras. As ações do programa Amazônia Sustentável tem que entrar em ação de forma integrada, o Ministério da Agricultura tem responsabilidades. Estou ouvindo dizer que o ministro Stephanes apresentou uma pauta agora e está se dispondo a fazer coisas que há quatro, cinco anos, quando começou o plano (ele não fez). Se você pegar o plano lá, tem ações para todos os ministérios, infelizmente eles resistiram até agora. Que bom que agora vão começar, pelo menos estão dizendo que vão fazer, porque só as ações isoladas do Ministério do Meio Ambiente não dá conta, por mais que haja esforço, os outros setores têm que entrar em cena.


E obviamente concordo com o papel da Ministra Chefe da Casa Civil em anunciar os dados. Desde o início foi eu que sugeri que a Casa Civil coordenasse politicamente o plano. Sabe-se que fui eu que sugeri, eu que propus esse arranjo. Então, não importa quem foi que anunciou, o importante é que essas políticas foram pensadas cada uma, milimetricamente, por quem conhece a agenda. Foram feitos seminários técnicos científicos, eu sei cada detalhe do que aconteceu. E nos últimos anos, o ministro Carlos Minc assumiu, quando eu saí, as pessoas imaginaram que a sociedade ia aplaudir para revogar as medidas, não aplaudiu, pressionou, elas foram mantidas. Eu celebro a queda no desmatamento. Acho que a política do “quanto pior, melhor “ não é boa para ninguém, nem para a Amazônia, nem para o Brasil".


Comentário da postagem: E com isto, Marina Silva, propiciou uma didática lição de atuação politica à candidata oficial.


Fonte: O ECO e comentários da postagem.

Cultivo protegido se amplia no Ceará


De baixo custo, com alta lucratividade e qualidade, sem uso de agrotóxicos. Uma técnica assim é um sonho para muitos produtores rurais. O melhor é saber que, hoje, isto já é uma realidade. Uma das técnicas utilizadas para obter esses resultados é a de cultivo protegido por meio de estufa ou telado.

No Estado do Ceará, a cada ano, o uso da tecnologia se amplia em várias regiões, segundo a secretaria do Desenvolvimento Agrário. Os cultivos são diversos, mas, principalmente, ligados à agricultura familiar e ao setor de flores. Uma outra vantagem é que este cultivo possibilita a produção na entressafra, época em que a atividade agrícola é melhor remunerada.As duas técnicas são parecidas, mas têm diferenças. A estufa é usada para proteger o plantio das chuvas. Já o telado é para proteção contra pragas. Outra diferença é que a estufa possui telas nas laterais e plásticos em cima e o telado tem tela em todos os lados.

A ação de produtores que utilizam este tipo de cultivo com hortaliças começou em 2002 na região da Ibiapaba, e em 2001, com plantios de flores e rosas. Em 2005 e 2006, um grupo de técnicos do Ceará foi para a Almeria, na Espanha, conhecer a tecnologia utilizada lá no cultivo protegido e fechar programação e custos do curso de capacitação dos técnicos cearenses. Quando voltaram, elaboraram um projeto de oito estruturas para a região da Ibiapaba. A ideia deu certo.

A partir daí, foi feito um projeto piloto para melhorar a técnica que já vinha sendo praticada.Uma equipe da Espanha também veio mostrar o trabalho feito lá com uma outra tecnologia, com apoio da Embrapa. Nesta, eram utilizadas sacolas plásticas com filtro de coco, usando solução nutritiva e fazendo a fertiirrigação dentro da estufa.Surgiu aí o Projeto de Cultivo Protegido do Ceará, para possibilitar apoio, especialmente, aos pequenos produtores, diante da problemática da produção de hortaliças a céu aberto na Serra da Ibiapaba, em particular o tomate, além do uso de agrotóxicos, contaminando homem, ambiente e alimentos. O objetivo é ter cultivo com alta tecnologia, sustentabilidade econômica, social e ambiental.

Segundo José Wanderley Guimarães, do Núcleo de Perímetros Irrigados da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), o Estado, a cada ano, está investindo mais no cultivo protegido. "A partir de 2010, vamos ampliar para várias regiões do Estado. Será uma área de 800 metros quadrados para estufa ou telado". Segundo ele, serão 40 projetos distribuídos pelo Cariri, serra úmidas, Ibiapaba, Centro-Sul.

Os recursos para o Projeto de Cultivo Protegido será do Fundo de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Fedaf), que deverá investir R$ 1,4 milhão. No valor estão incluídos a recuperação de mata ciliar, sistema de irrigação, concretagem da estrutura e sistema de biocompostagem líquida (pega-se esterco de curral faz mistura com água e injeta na irrigação).

Fonte: Caderno Regional do Diario do Nordeste

sábado, 14 de novembro de 2009

Conferencia do Clima em Copenhagen: Brasil sem propostas susbtantivas


Decepciona a ausencia de proposições mais substantivas do Brasil - como a redução do desmatamento, melhoria da modelagem de apropriação recursos naturais, reduçao da emissão de gases estufa, adoção radical de tecnologias limpas, redução de impactos e vulnerabilidade - à 15a Conferencia da Convencão das Nações Unidas sob as Mudanças Climáticas. Tudo está sendo relatado como esta participação e os temas a ser ali debatidos fossem unicamente um meros detalhes do debate eleitoral brasileiro em 2010.
A oportunidade única de consolidar nosso país como a grande liderança do presente, na montagem de quadro de diretrizes mais adequado ao futuro do planeta e da humanidade poderá ser desperdiçada e as luzes não estarão mais sobre o Brasil. Tudo indica que dificilmente o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparecerá ao evento, sendo representado no mesmo pela Ministra Chefe da Casa Civil Dilma Roussef, até aqui um ferrenha defensora do desenvolvimentismo a qualquer custo. O reducionismo a que chegamos é inteiramente reprovável.
Oxalá surjam novas luzes até lá.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A arte abre as portas para o Cariri

Com a presença de mais de 600 artistas, 11 países e um público estimado em mais de 300 mil pessoas, será aberta oficialmente hoje, em Crato, para todo o Cariri, a 11ª Edição da Mostra SESC Cariri de Cultura. A solenidade acontece no Centro Cultural do Araripe, a partir das 19 horas e toda a população é convidada a participar do evento.

A Mostra SESC Cariri de Cultura a cada ano vem tendo crescimento na região, envolvendo mais artistas e a sociedade, num grande congraçamento da cultura. Vários setores são beneficiados com o evento. Os hotéis, principalmente das cidades de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha ficam lotados, restaurantes, as noites caririenses ficam mais movimentadas, proporcionando também aquecimento da economia regional.

O resultado de uma grande mobilização que acontece durante o ano todo, por vários profissionais, fará parte de apresentações artísticas em seus mais diversos contextos, de 13 a 26 de novembro, no Cariri e em Fortaleza, promovendo a integração cultural e a troca de experiências em seus mais diversos níveis.

O Centro Cultural do Araripe é um dos palcos do Cariri onde serão apresentados espetáculos artísticos, que durante a mostra se revelam nas artes cênicas, visuais, literatura, música, audiovisual e até excursões gastronômicas, além de passeios, debates e oficinas. Entre os artistas internacionais que desembarcam no Cariri estão representantes de Cuba e da Finlândia.

Todo esse público acompanha os espetáculos nos espaços localizados em quatro pólos; nas cidades de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Nova Olinda. Durante a mostra, o Circuito Patativa do Assaré vai levar apresentações itinerantes para outros 11 municípios. E, a partir do dia 21 de novembro, o Cariri chega em Fortaleza, onde ocorrem espetáculos para todos os públicos. Enquanto a mostra estiver no Cariri, as apresentações vão se concentrar em locais como o SESC Crato; o Centro Cultural Araripe; a Praça da Sé; o Teatro Municipal de Crato; o SENAC Crato; o Crato Tênis Clube; o Memorial Padre Cícero, o Largo do Memorial, a Praça Padre Cícero; a Praça Central de Barbalha; o Teatro Neroly; a Escola de Artes Reitora Violeta Arraes Gervaiseau e o Teatro Violeta Arraes.

Fonte: Prefeitura Municipal do Crato

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

11ª Mostra SESC Cariri de Cultura será aberta nesta sexta-feira


O Crato, mais uma vez é palco da abertura da grande festa da cultura, no interior do estado, demonstrando sua pujança de Capital da Cultura. A abertura será feita por Luís Gastão, no Centro Cultural do Araripe, local onde haverá apresentação de grande parte dos espetáculos da Mostra, como também em outros pontos do município.

A Mostra acontece de 13 a 26 de novembro no Cariri e em Fortaleza, tem como grande diferencial possibilitar maior interação entre artistas e espectadores. Serão espetáculos de artes cênicas, visuais, literatura, música, audiovisual e até excursões gastronômicas, além de passeios, debates e oficinas. Ao todo, mais de 600 artistas de 11 países – entre eles Cuba e Finlândia - desembarcam na região, que deve receber cerca de 300 mil pessoas. Todo esse público acompanha os espetáculos nos espaços localizados em quatro pólos; nas cidades de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Nova Olinda.

Durante a mostra, o Circuito Patativa do Assaré vai levar apresentações itinerantes para outros 11 municípios. E, a partir do dia 21 de novembro, o Cariri chega em Fortaleza, onde ocorrem espetáculos para todos os públicos. Enquanto a mostra estiver no Cariri, as apresentações vão se concentrar em locais como o SESC Crato; o Centro Cultural Araripe; a Praça da Sé; o Teatro Municipal de Crato; o SENAC Crato; o Crato Tênis Clube; o Memorial Padre Cícero, o Largo do Memorial, a Praça Padre Cícero; a Praça Central de Barbalha; o Teatro Neroly; a Escola de Artes Reitora Violeta Arraes Gervaiseau e o Teatro Violeta Arraes. Os artistas que participam da mostra, entretanto, também descem do palco, transformando o público em parte do espetáculo.

O evento conta com homenagem da Câmara do Crato ao presidente do Sistema Fecomércio, Luís Gastão Bittencourt, com entrega do título de Cidadão Cratense. Em reconhecimento aos benefícios que o Sistema Fecomércio tem desenvolvido na Região do Cariri, em especial pelo município do Crato, a Câmara Municipal do Crato, por unanimidade, concede o título de Cidadão Cratense ao presidente da Fecomércio Luís Gastão Bittencourt. A solenidade será realizada no dia 13 de novembro, às 19h, no auditório do Centro Cultural do Araripe, com presença de vereadores, do prefeito da cidade, Samuel Araripe, secretários e convidados. Na ocasião, será aberta para o Cariri a 11ª edição da Mostra SESC Cariri de Cultura.

Fonte: Prefeitura do Crato. Imagem Arquivo Ibi Tupi.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Niemeyer condecorado na Espanha


O Arquiteto Oscar Niemeyer foi condecorado com a Ordem das Artes e Letras de Espanha, galardão que pretende reconhecer o seu percurso profissional e o seu contributo para a difusão internacional da arquitectura presente em Espanha, bem como pela sua influência na arquitectura contemporânea.

De acordo com o jornal espanhol El País, esta distinção foi criada pelo Ministério da Cultura espanhol e pretende reconhecer o valor de pessoas ou instituições, pelas suas obras ou pela sua participação activa na difusão internacional da cultura espanhola.Nascido no Rio de Janeiro, Brasil, em 1907, Oscar Niemeyer é um dos arquitetos mais influentes da arquitetura moderna, nomeadamente pela exploração que faz das possibilidades construtivas, plasticas e expressivas do concreto armado.

Fonte: Anita Rita Sevilha/ Arquitectura e Urbanismo

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Três editais à Beira-Mar, em Fortaleza

Estão na rua três editais de licitações da Prefeitura de Fortaleza, modalidade concorrência pública, para o projeto de requalificação da Praia de Iracema. Os valores dos investimentos somam R$ 7.336.903,65. Incluem ações de paisagismo; instalação de guarda-corpo no espigão da avenida Rui Barbosa; recuperação e reforma dos muros de proteção contra a erosão marítima na Praia de Iracema, entre a Ponte Metálica e a Ponte dos Ingleses e em frente à estátua Iracema Guardiã (de Zenon Barreto); reforma e recuperação de pavimentação de passeios e vias da Praia de Iracema. As aberturas das licitações acontecerão no próximo dia 30 e em 1º de dezembro. A intenção da Prefeitura é somar estas intervenções aos trabalhos que já estão sendo feitos.

O projeto caminha com as obras do calçadão, aterro (em frente ao restaurante Sobre o Mar de Iracema), construção da mureta de proteção (próximo ao restaurante Tia Nair) e as reformas do Estoril e do prédio onde funcionará o Instituto Cultural Iracema.

Fonte: Coluna Vertical S/A/ Jornalista Jocélio Leal/ Jornal O POVO

Comentário da postagem: De acordo com o Edital do Concurso Público Nacional de Idéias para o Reordenamento Geral e Projetos Arquitetônicos, Urbanísticos e Paisagísticos da Avenida Beira-Mar em Fortaleza, Ceará, parte desta área em processo de licitação para obras está contida no contexto a ser proposto para o concurso.

Vide 1.2. A faixa de intervenção corresponde a 3.050 metros da Av. Beira-Mar, indo, no sentido leste-oeste, do Mercado dos Peixes até a Av. Rui Barbosa, com largura média de 100,00 metros. O custo de execução das obras de reordenamento geral, detalhadas no Termo de Referência, está estimado em R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais). Este valor não contempla o projeto de contenção da erosão marinha.

E agora, quem explica este "sombreamento de intenções" e situações.

Cordialmente
José Sales

Paisagismo UNIFOR visita o Litoral RMF


Alunos do curso de Pós Graduação em Paisagismo, da UNIFOR/ Universidade de Fortaleza, da disciplina Planejamento da Paisagem, realizaram uma visita técnica ao Litoral da Região Metropolitana de Fortaleza, da Ponta do Pecém, desde o Porto do Pecém, no limite dos Municípios de Caucaia/ São Gonçalo do Amarante e aé a Foz do Rio Catu, na Prainha, já no Município do Aquiraz, perfazendo um percurso de quase 80 km, acompanhados dos Professores Fernanda Rocha/ UNIFOR e José Sales/ UFC.

O objetivo da visita foi um reconhecimento da paisagem litoranea, a verificação do nível da influencia da ação do homem em toda esta extensa e relevante situação metropolitana, que retratam um conjunto de mais de uma centena de problemas urbanos e ambientais que a mesma possui, o comprometimento do imenso potencial desta paisagem e as relevancias de situação geografico ambiental ali presentes - expressas pelas várias seções de praia, nas fozes dos rios Ceará, Jacarecanga, Pajeú, Maceió, Cocó, Pacoti e Catu e nas reservas de mangue do Ceará e Cocó - as novas ameaças de implantação de mega empreendimentos de toda ordem, inclusive industriais; as deensidades urbanas e localizações de população tradicionais; as equivocadas roteirizações de obras públicas; a falta de um roteiro institucional de abordagem à questão "in totum" e em suas partes; objetivando a montagem de um quadro diagnóstico da situação e a tentativa de composição de uma visão de futuro intermunicipal e integrada à mesma.
Imagem da Praia do Icaraí, um dos locais visitados.

Comunidade dos Caetanos de Cima em clima de medo e tensão

Um clima de tensão e medo tem acuado os moradores de Caetanos de Cima, do Assentamento Rural do Imóvel de Sabiaguada, no litoral oeste, no município cearense de Amontada. No último dia 29 de outubro, 11 pequenas propriedades de agricultura familiar foram depredadas, tendo mais de 2.000 metros de cercas domésticas destruídas. A ação, segundo relatos dos moradores, provavelmente se trata de retaliação à organização comunitária contra a grilagem de terra na região.

A região é alvo constante de especulação imobiliária devido ao potencial turístico de suas paisagens costeiras compostas por praia, dunas e lagoas. Os fatos que acirraram os conflitos fundiários se iniciaram na manhã do dia 27 de outubro quando um conhecido especulador local cercou três hectares de uma área na Lagoa Grande, na qual se encontram terras pertencentes ao Assentamento Sabiaguaba. No dia 29 de outubro, após entrar em contato com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), órgão responsável juridicamente pelo território, e não obter resposta, aproximadamente 100 comunitários retiraram a cerca ilegal que privatizava o acesso à lagoa.

Ainda segundo relatos de moradores, o meio ambiente da região vem sendo agredido e as leis ambientais descumpridas, acirrando os conflitos fundiários. Uma situação que prejudica principalmente as comunidades tradicionais que historicamente habitam essas localidades. Isso é o que está acontecendo no assentamento Sabiaguaba. Segundo relatos dos assentados, o especulador empunhou arma de grosso calibre contra os que derrubavam as estacas ao redor da lagoa.

O momento foi de extrema tensão diante das ameaças de morte que o especulador dirigia às famílias presentes. Na madrugada do dia 30 de outubro, os cercados que guardavam os animais e protegiam as plantações de agricultura familiar foram derrubados. Os prejuízos ainda estão sendo calculados, relativos desde a animais de criação que fugiram até cercas adquiridas com os recursos públicos de projetos do Incra, voltados para o desenvolvimento do assentamento.

Os assentados registraram ocorrência na delegacia de polícia de Itapipoca. Mediante depoimentos e uma gravação de vídeo dos cercados depredados, afirmaram que se sentem inseguros diante de boatos espalhados na região sobre promessas de queimadas das propriedades do assentamento e ameaças de morte contra pessoas da comunidade. Com o acirramento do conflito, o Incra recebeu dia 3 de novembro, em Fortaleza, representantes dos assentados. O órgão se comprometeu em fazer uma visita técnica à região com a presença da Policia Federal e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na tentativa proteger os assentados e verificar a questão ambiental envolvida.

Fonte: Coluna Ecologia/ Edgard Patrício/ O POVO

Notícias do Geopark Araripe

Em 2005, foi elaborado o projeto de reforma e modernização do Museu de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri (Urca), em Santana do Cariri. A reforma, iniciada em 2008, arrasta-se até hoje. Ainda não existem projetos museológico e museográfico para a organização do acervo do museu, considerado patrimônio do povo brasileiro. Pior: as visitações ao museu continuam suspensas.

Já o sítio Cana Brava, localizado em Santana do Cariri e propriedade da Urca, local de pesquisas de registros fósseis em concreções (pedras que possuem fósseis em seu interior) e escolhido para ser um dos geotopes, está abandonado. A ideia do consultor da Unesco Gero Hillmer era transformar aquele sítio em um museu a céu aberto.

Gero Hillmer é um dos mais renomados paleontólogos da Alemanha e, durante quase duas décadas, foi diretor do Instituto e Museu de Paleontologia da Universidade de Hamburgo. É dele a seleção das edificações de apoio e a proposta de urbanização e agenciamento da paisagem do Geopark Araripe, iniciados em 2006 e até agora não concluídos. O escritório-sede do Geopark Araripe, instalado na praça Alexandre Arraes, no Crato, imaginado como o Portal do Geopark aos visitantes, foi fechado e transferido para o interior do Campus Pimenta, da Urca.

Fonte: Coluna Cariri/ Tarso Araújo/ O POVO

Experiencia caririense

O ex-reitor da URCA/ Universidade Regional do Cariri, Prof. André Herzog, foi um dos conferencistas do IV Simpósio Nacional Ensino de Geologia no Brasil e II Simpósio de Pesquisa em Ensino e História de Ciências da Terra, realizados de 1º a 5 de novembro, promovidos pela Universidade de São Paulo (USP). Herzog falou sobre a implantação do Geopark Araripe. Ele é hoje um dos maiores conhecedores do tema "Paisagem Cultural", que vem a ser o resultado material de todas as mudanças - sejam elas sociais, naturais, artificiais - que ocorrem em determinada região. Passado, presente, futuro e a história de uma região passam, inevitavelmente, pela paisagem cultural.

Fonte: Coluna Cariri/ Tarso Araújo/ Jornal O POVO.

domingo, 8 de novembro de 2009

Brasil, 5ª economia do mundo


Em sua saga de "país do futuro", o Brasil sempre correu atrás de um grande objetivo: ser reconhecido como grande, estar entre os maiores, no que parece estar tendo êxito. Pelo menos quando se fala em economia. Para os mais céticos, é até difícil conceber como real o fato de o Brasil ser hoje a 6ª maior economia do mundo.


E, como se isso não fosse suficiente, o nosso Presidente Lula anunciou em Londres, para inglês e o resto do mundo ver e ouvir, que no máximo em dez anos já ocuparemos o posto de 5ª maior economia. A vultosos 5%, 6% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ao ano, como o governo projeta de 2010 em diante, não será difícil alcançar esse objetivo.

O engraçado é que, ao vislumbrar estar os grandes, os desenvolvidos, eu imaginava que veria um Brasil bem diferente, sem meninos e meninas pedindo moedas nos sinais ou vendendo seus corpos nas BRs, com escolas de qualidade para todos, com condições de moradia decentes para todos, com hospitais de pronto e eficiente atendimento para todos. Mas não é assim.
No ranking de Desenvolvimento Humano (IDH) das Nações Unidas, o Brasil aparece em 75ª colocação (numa relação de 182). Quando falamos de educação, o Brasil vive o dilema de ter colocado quase 100% das crianças na escola, mas com a grande parcela não conseguindo sequer ler ao chegar ao 5º ano. Há, então um evidente descompasso entre o Brasil que cresce e o Brasil que sofre.


Esse descompasso é reflexo de toda a desigualdade que vivemos e que conhecemos desde que o Brasil é o Brasil. Há muito dinheiro para poucos e pouco para muitos. A divisão do bolo, como sugeriu Delfim Netto lá no “milagre econômico” dos militares, do início da década de 1970, nunca aconteceu. O bolo cresceu, cresceu, mas a maioria ainda divide as migalhas. Ter como meta crescer por crescer não é suficiente e nem de longe significa desenvolvimento.


A busca pelo desenvolvimento social é bem mais longa, árdua e demanda muito mais investimento, e isso não é exclusividade brasileira, não. Só de olhar a lista das cinco maiores economias já dá pra perceber que a lógica do capital é cruel: os “top 5” são Estados Unidos, com seu imenso caos da saúde e da habitação, China, com salários baixíssimos e carga de trabalho desumana, o Japão, com filas de desemprego se amontoando, e a Índia, com suas castas que mantém uma desigualdade milenar.

Por Kamila Fernandes, na Coluna Politica do Jornal O POVO. kamilaferndes@opovo.com.br

Brasil, 5ª economia do mundo


Em sua saga de "país do futuro", o Brasil sempre correu atrás de um grande objetivo: ser reconhecido como grande, estar entre os maiores, no que parece estar tendo êxito. Pelo menos quando se fala em economia. Para os mais céticos, é até difícil conceber como real o fato de o Brasil ser hoje a 6ª maior economia do mundo.

E, como se isso não fosse suficiente, o nosso Presidente Lula anunciou em Londres, para inglês e o resto do mundo ver e ouvir, que no máximo em dez anos já ocuparemos o posto de 5ª maior economia. A vultosos 5%, 6% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ao ano, como o governo projeta de 2010 em diante, não será difícil alcançar esse objetivo.

O engraçado é que, ao vislumbrar estar os grandes, os desenvolvidos, eu imaginava que veria um Brasil bem diferente, sem meninos e meninas pedindo moedas nos sinais ou vendendo seus corpos nas BRs, com escolas de qualidade para todos, com condições de moradia decentes para todos, com hospitais de pronto e eficiente atendimento para todos. Mas não é assim.

No ranking de Desenvolvimento Humano (IDH) das Nações Unidas, o Brasil aparece em 75ª colocação (numa relação de 182). Quando falamos de educação, o Brasil vive o dilema de ter colocado quase 100% das crianças na escola, mas com a grande parcela não conseguindo sequer ler ao chegar ao 5º ano. Há, então um evidente descompasso entre o Brasil que cresce e o Brasil que sofre.

Esse descompasso é reflexo de toda a desigualdade que vivemos e que conhecemos desde que o Brasil é o Brasil. Há muito dinheiro para poucos e pouco para muitos. A divisão do bolo, como sugeriu Delfim Netto lá no “milagre econômico” dos militares, do início da década de 1970, nunca aconteceu. O bolo cresceu, cresceu, mas a maioria ainda divide as migalhas. Ter como meta crescer por crescer não é suficiente e nem de longe significa desenvolvimento. A busca pelo desenvolvimento social é bem mais longa, árdua e demanda muito mais investimento, e isso não é exclusividade brasileira, não. Só de olhar a lista das cinco maiores economias já dá pra perceber que a lógica do capital é cruel: os “top 5” são Estados Unidos, com seu imenso caos da saúde e da habitação, China, com salários baixíssimos e carga de trabalho desumana, o Japão, com filas de desemprego se amontoando, e a Índia, com suas castas que mantém uma desigualdade milenar.

Por Kamila Fernandes, na Coluna Politica do Jornal O POVO. kamilaferndes@opovo.com.br

Funasa vira balcão de negócios no Ceará

Investigação da Operação Fumaça da Polícia Federal e do Ministério Público Frederal indicam que a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) se transformou em um balcão de negócios. Segundo reportagem do jornal "O Estado de São Paulo", entre os investigados está Guaracy Aguiar, coordenador do órgão do Ministério da Saúde no Ceará entre 2007 e 2009 e irmão do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Ubiratan Aguiar. O presidente da Funasa, Danilo Forte, indicado para cargo pelo PMDB, também é suspeito.

Ambos aparecem em escutas telefônicas legais, agindo em cadeia de comando do clientelismo, liberando verbas e atestando obras inacabadas como prontas, apesar de evidências de superfaturamento, fraudes e desvios de dinheiro. A investigação começou em julho do ano passado e tem como foco o Ceará.

Como consequência dos desvios, ocorrem situações como a de Vila Esperança, em Brejo Santo, no sul do Ceará. Apesar de as famílias da localidade viverem sem banheiros, a Funasa liberou dinheiro há quatro anos para construir sanitários.

Fonte http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/

sábado, 7 de novembro de 2009

Ceará busca mudar seu perfil turístico

O titular da SETUR/ Secretaria de Turismo, Bismarck Maia, avalia que o Ceará está passando por um processo de transformação no que diz respeito à divulgação como destino turístico. "A promoção estava ´batendo no teto´. Muitas cidades não tinham a infraestrutura necessária não só para receber eventos, mas durante o período de feriado e férias. Não podíamos mais seguir naquele modelo sob o risco de prejudicar esses locais como destinos turísticos". Ele considera que este é um trabalho a ser feito a longo prazo, mas que deve implicar numa mudança no perfil turístico.

Segundo Bismarck Maia, um dos focos da política para o setor é descentralizar as atenções de Fortaleza e investir nas potencialidades do Interior, com promoção de eventos como o "Férias no Ceará". Ele cita falta de abastecimento de água, saneamento básico e questões de acesso como os principais problemas que dificultam a vida tanto do turista como do morador do Interior.

O secretário disse que o Estado tem investido maciçamente nessas áreas por meio do Programa de Desenvolvimento Urbano, além de construir centros de convenções, como o do Cariri (em fase de construção) e de Iguatu, realizado em parceria com as prefeituras.Com relação ao desequilíbrio entre o porte que muitas dessas festas têm e a incapacidade estrutural do município de absorver a quantidade de visitantes, Bismarck diz que também é responsabilidade dos municípios dimensionar as demandas na realização de festivais e mostras. "É preciso que os municípios e as produtoras dividam a responsabilidade".

Fonte Reportagem da Caroline Viana para o Caderno Regional do Diário do Nordeste

Falta infraestrutura para o Turismo no Ceará

Interiorizar o turismo é meta do Estado, mas cidades mostram-se despreparadas para sediar grandes eventos. Grandes eventos realizados em cidades do Interior ajudam a aquecer o turismo, descentralizar as atenções de Fortaleza e promover as potencialidades tanto para quem vive como para quem vem de fora do Ceará. Mas o que se observa durante festivais de música, festas gastronômicas e mostras de audiovisual é que a maioria das cidades não possui uma infraestrutura mínima para absorver o número de visitantes desses eventos, quando o público e a população de pequenos municípios ou distritos chega a dobrar ou triplicar.

Falhas no gerenciamento de trânsito e na segurança, utilização de água e esgoto acima da capacidade do sistema, lixo espalhado nas ruas e o próprio desrespeito dos visitantes são fatores que transformam esses locais num ambiente caótico, levando ao risco desses destinos turísticos, que mal estão se firmando, perderem força.O caso mais recente ocorreu em Guaramiranga.

Durante o feriado prolongado de Finados, foi promovida a versão cearense da Oktoberfest. Mas, mesmo com o planejamento prévio e as ações para tentar minimizar os problemas que já costumam ocorrer nestas festas, os organizadores do festival e a Secretaria de Turismo e Cultura se surpreenderam com as 20 mil pessoas que foram para Guaramiranga durante o feriado.

O trânsito ficou engessado numa cidade com apenas duas ruas principais, que também sofreu com o estacionamento indevido. Muitas pessoas reclamaram do lixo acumulado nas ruas e a presença de pessoas com carros de som na praça, ocasionando poluição sonora.O secretário de Turismo e Cultura, Potiguar Fontenele, reconhece que o município não estava preparado para o que ocorreu. "A Oktoberfest atraiu cerca do dobro de pessoas que vêm para o Festival de Jazz & Blues".

Ele afirma que não chegou a faltar água, mas que o abastecimento ficou "no limite" e faltaram produtos como gasolina e alimentos. "É um tipo de turismo insustentável", define o secretário. Uma das soluções apontadas pelo gestor seria a construção de um centro de eventos fora da cidade. "Penso que seria possível fazer isso no Campo da Batalha, que fica a cinco quilômetros de Guaramiranga", afirma ele.

Segundo Aécio Santiago, da organização da Oktoberfest, o problema é que houve uma concentração excessiva de pessoas em Guaramiranga. Ele avalia que, por um lado, mostra o sucesso do festival promovido na última semana, mas, por outro, revela a necessidade de reorganizar a estrutura do município.

"Marcamos reuniões com o Governo do Estado e a Prefeitura para elaborar um projeto para a próxima edição. Não estamos nos eximindo dos problemas, mas tentamos tornar o impacto mínimo possível. Realizamos ações para disciplinar o trânsito e todo o lixo gerado na Arena da Cerveja foi devidamente recolhido e vai para a reciclagem". A ampliação do número de leitos e a melhoria do acesso ao município são apontados por ele como os principais desafios para melhorar a absorção de turistas.

Um dos eventos mais importantes fora do circuito tradicional do Carnaval cearense, o Festival de Jazz & Blues realiza sua décima edição em 2010, em Guaramiranga. Ao enfrentar os problemas de realizar eventos num local com pouca estrutura, uma das organizadoras do festival, Rachel Gadelha, acredita que um dos segredos para realizar eventos em pequenas cidades é saber equilibrar o porte do que se pretende fazer com o contexto e a cultura locais.

Fonte Reportagem de Karoline Viana no Caderno Regional do Diário do Nordeste.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Recursos hídricos em evidência


O uso da água no cotidiano urbano e rural. A equipe da Poesia da Luz, instituição voltada à promoção de atividades audiovisuais com sede no Cariri, acaba de concluir a primeira etapa do Projeto Água pra que te quero!, um diagnóstico da utilização dos recursos hídricos nas bacias do Banabuiú, Alto Jaguaribe e Salgado. A documentação fotográfica e o mapeamento social na primeira delas, a do Banabuiú, constatam a precariedade do abastecimento de água encanada na zona rural e a falta de consciência sobre o desperdício do líquido. A maioria da população carece de orientação acerca do uso racional desse recurso natural.
Reportagem Alex Pimentel. Caderno Regional do Diário do Nordeste.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Mestre Acácio Gil Borsoi

Faleceu nesta 4a Feira , 04/Novembro, em São Paulo, um dos maiores arquitetos brasileiros da atualidade, ACÁCIO GIL BORSOI. Nascido no Rio de Janeiro/ RJ, filho, esposo, pai, avô e mestre de várias gerações de arquitetos brasileiros, Borsoi diplomou-se no final dos anos 40, na Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil.

Transferiu-se para o Recife com apenas dois anos de formado onde foi um profissional da mais alta relevância. Em Pernambuco, Borsoi participou de várias Diretorias e Conselhos do IAB-PE e foi escolhido como patrono do 19º Congresso Brasileiro de Arquitetos, uma homenagem dentre as várias manifestações de reconhecimento que já lhe foram prestadas ainda em vida. Dentre todas vale ressaltar o Colar de Ouro, comenda máxima da arquitetura brasileira, concedido pelo IAB Nacional, em 2006, pela sua contribuição para a arquitetura e urbanismo brasileiros. Borsoi vai ser velado em São Paulo onde irá ser cremado. Posteriormente as cinzas serão trazidas para Recife, em data a ser divulgada.

Várias de suas obras são referencias marcantes no panorama da Arquitetura Cearense, como a sede da Receita Federal, o Condomínio Residencial Granville, na Beira de Fortaleza, a Residencia Benedito Macedo e a Sede da Holding J. Macedo.

Vazio permeia e fantasma paira sobre 8ª Bienal de Arquitetura

ESPECIAL PARA A FOLHA

Bruno Padovano, idealizador desta edição da Bienal de Arquitetura, sonhava com uma mostra para todos os públicos. Falou até em crianças. Em parte, ele alcançou o feito: tem espaço de sobra para as crianças correrem. A exposição está rarefeita. Faltou conteúdo e curadoria: 60 dias antes da abertura, após declarar nesta Folha que nas edições anteriores "os espaços ficavam às moscas", ele foi afastado.

Sem repetir tendências, o vazio não é privilégio de nenhum andar. O visitante vai encontrá-lo já na entrada, nos estandes de empresas e livrarias. Pela primeira vez, uma empresa especializada comercializou os estandes. Nada contra, se não fosse o fato de conseguirem alugar só 1/5 do disponível. Um pouco acima, no térreo alto, o vazio continua nos ambientes governamentais. É espaço pago e sem conteúdo advindo da curadoria. Na sequência, o próximo piso é dividido pela mostra geral de arquitetos e pelas exposições dos países. Nos dois casos, há sobras e nada da curadoria. Na exposição geral, após pagar, os arquitetos apresentam o que bem entender (apenas vergonhas são barradas).

Os países também pagam, mas possuem curadores próprios que salvam a exposição. Efetivamente, só é possível ver a mão de Padovano no último piso, dividido entre estádios da Copa de 2014 e aquários para workshops estudantis (talvez o único ponto memorável do evento). Para finalizar o roteiro, a última parada é um estande de uma multinacional com 500 m2. "Entrou no final para fechar as contas", conta Mario Yoshinaga, vice-presidente da seção paulista do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil).

O clima é de feira, não de mostra cultural. Um recurso cenográfico desta edição ajuda a diminuir a impressão de vazio generalizado: como se fosse fruto de uma fogueira colorida, nuvens de tecidos com quatro cores identificam cada andar e distraem a atenção do visitante para o teto.

O vazio expressa o pecado original da bienal: ela é de responsabilidade do IAB-SP. Se no passado o instituto foi fundamental para consolidar a profissão no Brasil, hoje sua importância é quase nula. O que sobra é a Bienal -sua vedete. Mas pesa sobre os ombros da maior mostra de arquitetura do país o caráter burocrático do instituto.

Sob esta ótica, há um forte agravante nesta edição: uma disputa política rachou os profissionais do IAB-SP. A diretoria responsável por esta Bienal assumiu a gestão com a ajuda de um chaveiro que arrombou a porta. À sua frente, estava o respeitado Joaquim Guedes. Tão brilhante quanto atormentado, Guedes licenciou-se do cargo para tentar uma vaga de vereador. Antes do pleito, morreu tragicamente atropelado em frente de casa e deixou como herança uma diretoria inexpressiva. A presidente, por exemplo, é Rosana Ferrari, cujo trabalho profissional mais significativo foi o ambiente "Grill Gourmet" em um mostra de decoração de Jundiaí.

A Bienal poderia salvar sua inócua gestão, e o plano incluía Padovano, eleito curador cinco meses antes da abertura do evento. Ele falou em sustentabilidade, errou ao não montar salas especiais para "democratizar" o evento e sua única ideia levada a cabo foi expor os estádios. Um tiro no pé: políticos e empreiteiras escolheram os arquitetos das arenas sem concursos, ou seja, diferente da forma democrática proclamada pelo IAB. Para viabilizar o evento, chegaram a pedir ajuda financeira das cidades-sede. Ora, é conteúdo ou propaganda?

Resumo da ópera: esta é a mais fraca entre todas as bienais já realizadas. Pensando nisso, antes de terminar a visita, fui hipnotizado pelas nuvens coloridas. Elas me pareceram o fantasma colorido de Joaquim Guedes pairando sobre a mostra.

Fernando Serapião é arquiteto e editor-executivo da revista "Projeto Design"