terça-feira, 23 de agosto de 2011

Fórum Permanente de Debate sobre o Centro da cidade.

“A Câmara Municipal de Fortaleza e entidades empresariais e da sociedade civil deram hoje, 22, o pontapé inicial na formação do Fórum Permanente de Debate sobre o Centro da cidade. Os presentes ao encontro lançaram ideias novas e renovaram outras que já foram debatidas em momentos anteriores.

Administrativamente, o Centro possuiu uma área de 5,5 mil quilômetros quadrados. Neste espaço, convivem diversas realidades e atores sociais – desde o lojista, passando pelo ambulante, até o morador que resiste no bairro. O fórum pretende abordar cada uma destas questões.

“Pretendemos trabalhar as experiências já existentes e pensar em novas perspectivas, mesmo sabendo que não iremos resolver os problemas a curto prazo. No entanto, podemos dar uma boa contribuição na perspectiva do reordenamento, do resgate da história, da habitação, do comércio e do patrimônio cultural”, detalhou o presidente da Câmara, Acrísio Sena (PT).Também participaram da reunião os vereadores Carlos Mesquita (PMDB) e Antônio Henrique (PTN).

Demandas do Centro

“Duas coisas não faltam no Centro: problemas e projetos.” A frase é do presidente em exercício da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Pio Rodrigues. Assim como ele, outros participantes da reunião do recém-formado Fórum Permanente de Debate sobre o Centro expuseram demandas da área.

Segundo Pio, existe muita coisa já pensada sobre o bairro que pode ser resgatada pelo fórum. Para ele, o Centro é uma “galinha dos ovos de ouro” economicamente falando: corresponde a 5% de todo o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado.
Maia Júnior, presidente da Associação dos Empresários do Centro de Fortaleza (Ascefort), expôs o problema que os lojistas enfrentam por conta da presença dos camelôs, que, segundo ele, fazem uma “concorrência desleal e predatória. “Antes, o ambulante vendia meia, pente. Hoje ele vende celular, ‘iPod’ e pode tudo. Eles trabalham de forma digna e decente e provocam desemprego também dessa forma digna e decente.”

De acordo com a secretária da Regional do Centro, Luiza Perdigão, foi feito um perfil socioeconômico dos ambulantes, documento que deverá guiar as ações da Prefeitura para este segmento do Centro de forma a “chegar a uma solução que não seja somente enxugar gelo”.

Cultura

Outro ponto abordado no encontro foi o estímulo a atividades culturais no Centro. O Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB) é um dos indutores desse tipo de atividade. No entanto, o atual prédio do centro foi vendido e o banco procura um novo espaço para localizar o equipamento. Diariamente, segundo o diretor administrativo do banco, Stélio Gama, o CCBNB recebe 1,5 mil pessoas diariamente.

Urbanismo
No que se refere ao espaço urbano do Centro, Luiza adiantou que a Prefeitura está elaborando três operações urbanas consorciadas, instrumentos que permitem a participação da iniciativa privada no desenvolvimento de projetos para áreas da cidade. “O fórum vai oportunizar aos cidadãos se olharem como cidade e como Centro, que é local de tudo e de todos.”
O próximo encontro do fórum será no dia 5 de setembro, às 8h30, no prédio da Associação Cearense de Imprensa (ACI), localizada no Centro. Nesse encontro, a secretária do Centro apresentará os projetos existentes para o bairro.”

Fonte: Blog do Eliomar de Lima/ O POVO Online e Site da Câmara Municipal

2 comentários:

Guerreiro Verde disse...

eu só espero que os moradores tenham voz e vez. eles têm que ser convocados para os debates.

José Sales disse...

Da minha parte só espera que não mais uma ação midiática da Câmara Municipal de Fortaleza, pensando nas eleições em 2012.