É preciso qualidade na execução
Euler Muniz Sobreira
Coord. Arquitetura da Unifor
Nossa orla é extremamente complexa com características singulares. Cada local tem um perfil diferente. O projeto da Beira-Mar foi objeto de concurso e engloba vários pontos positivos, como a mobilidade e a acessibilidade. Tudo faz parte do Projeto Orla previsto no Plano Diretor de 2009, com o intuito de trazer melhoria de vida e a reocupação do solo de maneira organizada. O projeto vai tentar desenhar o local.
Cada trecho da orla de Fortaleza necessita de intervenções diferentes. Na Praia do Futuro, existem várias áreas deterioradas que foram abandonadas e, com isso, geram insegurança. O local tem que ser repensado para unir o uso das barracas pela população e o acesso à praia que hoje é limitado pelos equipamentos presentes.
Só não sei até que ponto a prefeita Luizianne Lins vai dar conta de requalificar toda a Beira-Mar, porque ela abriu muitas frentes. É um projeto complicado de ser executado. A minha preocupação é que ele não fique pronto. Mas todas as intervenções são positivas, até porque o projeto foi elaborado por profissionais selecionados nacionalmente.
Algumas necessidades da população foram contempladas nos projetos já elaborados pela Prefeitura para ordenar a orla, como a balneabilidade das praias e a melhoria da qualidade socioambiental. Outros não. Como exemplo, existe pouca ação de conservação. As áreas de dunas precisariam ser trabalhadas melhor, respeitando a dinâmica constante. É preciso também se preocupar com o uso e ocupação do solo. Os projetos da gestão municipal são uma sinalização boa com coerência no que diz respeito ao Plano Diretor, mas é preciso qualidade na execução.
Fonte: Diario do Nordeste Online
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