Indicadores de altos índices de poluição, os aguapés ressurgem agora no mês de dezembro no rio Poti. As algas não se formavam no rio desde 2008, apontando que a poluição havia diminuído consideravelmente. Mas a cena que vemos hoje, com aguapés se multiplicando nas águas do Poti, mostra que a quantidade de material orgânico jogado diretamente no rio continua sendo uma grande ameaça para o meio ambiente.
Há três anos, foi assinado o Termo de Ajuste de Conduta (TAC), provocado pelo Ministério Público Federal (MPF), que tinha como objetivo diminuir a poluição no Poti. O TAC foi assinado pelo Ibama, Prefeitura de Tereisna e Agespisa.
A partir do TAC, algumas estratégias foram organizadas como tentativa de diminuir o desemboque de material orgânico no rio. Foram identificados os grandes usuários de água (comércios, postos de gasolina, oficinas mecânicas, condomínios, hospitais, clínicas, dentre outros) não ligados à rede de esgoto e que possuíam ligações clandestinas com as galerias que terminam no Poti.
Outra medida, tomada pela Agespisa, foi financiar os custos da ligação de casas com a rede de esgoto, evitando assim que a água da pia e do ralo do banheiro fosse jogada diretamente na sarjeta e, em seguida, no rio. Também foi lançada a campanha “Não jogue óleo no ralo”, em 17 de abril de 2008. O óleo é uma das principais causas da poluição dos rios. As medidas tiveram sucesso, tendo evitado por meses o reaparecimento de aguapés no Poti.
Para saber mais sobre a situação atual do rio, a reportagem de O DIA entrou em contato com a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semar), responsável pelo monitoramento do rio. A Secretaria informou que tem dados atualizados sobre a qualidade da água e sobre a problemática dos aguapés, mas só poderá repassá-los à reportagem nos próximos dias.
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