No fim do ano, um grande presente para Fortaleza. A Praia Mansa finalmente se tornará uma área de lazer da cidade. O Governo do Ceará acaba de conseguir através da Secretaria dos Portos que a Companhia Docas cedesse a área para o Estado. São 70 mil metros quadrados que há décadas se mantinha inacessíveis à população. Nada de indústrias, nada de estaleiro. O governador Cid Gomes disse à Coluna que o terreno encravado na ponta do Mucuripe será transformado numa “área de contemplação”.
A ideia é dotar o terreno de infra-estrutura e acessos adequados para, por exemplo, realização de grandes eventos públicos, como shows e exposições a céu aberto. Visualizando 2014, a Praia Mansa é perfeita para a realização dos “Fun Fest”, grandes estruturas com serviços de bares e restaurantes para que milhares de pessoas possam assistir, ao vivo, aos jogos da Copa do Mundo em imensos telões. Não é a primeira vez que se fala em ocupação da Praia Mansa. Na segunda metade da década de 90, chegou a ocorrer um concurso para a escolha de um ícone da cidade a ser instalado no terreno.
AREIAS CLARAS E ÁGUAS CALMAS
UM FUTURO PARA A PRAIA
Detalhe: para os visitantes chegarem à Praia Mansa é preciso passar pelo Farol do Mucuripe, uma referência histórica da cidade hoje cercada por uma ocupação com residências de famílias pobres, numa área sem infra-estrutura e serviços públicos adequados. Colado à Praia Mansa está a Praia do Titanzinho, local que por pouco não abrigou um estaleiro e também abriga a mesma ocupação. Se o bom senso prevalecer, Prefeitura e Governo deveriam trabalhar juntos em um projeto que retome para a cidade aquela faixa litorânea há décadas abandonada ou entregue ao “laissez faire” de cunho supostamente social.
A ocupação da Praia Mansa como “área de contemplação e lazer” é um ótimo começo. A Prefeitura brigou corretamente para que o estaleiro não ocupasse a área do Titanzinho. Deixou-a livre para que o futuro permitisse um uso mais adequado às circunstâncias da cidade. Entre os urbanistas, parece haver um consenso de que o uso industrial é o menos adequado.
Fonte: Coluna Politica/ Fabio Campos/ O POVO Online
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