A falta de esgotamento sanitário na comunidade que margeia a Lagoa de Porangabuçu e as galerias que trazem lixo para a água incomodam frequentadores do local. Moradores se articulam para ajudar na limpeza da lagoa.
A lagoa de Porangabuçu dispõe de um polo de lazer para os bairros próximos, oferecendo quadras de esporte, aulas de ginásticas de graça, espaço para caminhada, entre outras atividades esportivas.
“Mesmo com a urbanização realizada no local e a limpeza constante, ainda existem galerias que despejam esgoto e lixo na lagoa”, lamenta o vendedor José Jaime Silva, morador de Porangabuçu há mais de 20 anos e frequentador assíduo da lagoa.
No local, é a comunidade que trabalha junto à Regional III para poder usufruir de uma lagoa mais limpa. É o caso de Felinto Holanda, que mora no bairro desde que nasceu e trabalha voluntariamente há dois anos na fiscalização da situação da lagoa.
Felinto reiterou a importância de um trabalho de conscientização junto às pessoas sobre não jogar lixo nas ruas, afirmando que “com qualquer chuvinha, todo lixo vai parar na lagoa”. Ele revelou a necessidade de uma ação de dragagem na lagoa, que tem uma profundidade baixa, devido aos sucessivos aterramentos lá realizados.
Segundo o chefe de distrito de meio ambiente da Regional III, Antônio Soares, o contato com a Companhia de Água e Esgotos do Ceará (Cagece) já foi feito para resolver o problema comunidade. Segundo ele, o órgão vai fazer o ligamento de todas as casas da rede de esgoto, mas que existe ainda dificuldade com a tubulação, pela maneira como as casas são construídas.
Já a assessoria da Cagece informou que representantes da empresa estiveram reunidos com a Prefeitura para decidir sobre o destino da comunidade da Samasa. O órgão complementou que está sendo acordado que a prefeitura vai entrar com a urbanização e a Cagece com o esgotamento sanitário.
A comunidade também reclama do lixo que chega à lagoa por meio de galerias fluviais. Os funcionários da Emlurb João Valdeci de Lima e Isaías Lima dos Santos trabalham todos os dias na limpeza da lagoa. Eles comentam que a sujeira vem principalmente das ruas, resultado da falta de educação do povo. Durante a visita do O POVO no local eles retiraram grande quantidade de lixo acumulado próximo à entrada de umas das galerias que desembocam na lagoa.
Já a morte de peixes na lagoa, segundo o chefe do distrito de meio ambiente da Regional III, Antonio Soares, é causada pela falta de oxigênio na água, provocado por vários fatores, entre eles, a quantidade reduzida de chuvas durante o ano, que prejudicou o volume de água da lagoa.
Fonte: O POVO Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário