Desativado há 11 anos, instituto será reativado em fevereiro. Irá planejar a cidade a curto, médio e longo prazo. Com isso, a Prefeitura de Fortaleza prevê freio no crescimento desordenado de algumas áreas da cidade.
Onze anos depois de ser extinto, o Instituto de Planejamento do Município (Iplam) será recriado. Em fevereiro, com o início dos trabalhos da Câmara Municipal, a Prefeitura vai enviar mensagem ao Legislativo sugerindo a medida. A informação foi confirmada ontem pela prefeita Luizianne Lins (PT) - mesmo dia em que a coluna Vertical, do O POVO, divulgou a possibilidade de o órgão retornar. No último dia 13, o especial “Qual será a Fortaleza das próximas décadas?” também denunciou a inoperância da estrutura.
A exemplo de como era até 1999, o órgão será vinculado à Secretaria de Planejamento e Orçamento (Sepla). Conforme Luizianne, a pasta perdeu a função de planejar a Cidade de modo sistemático no passar das gestões. Voltou-se apenas para demandas de orçamento. Com a volta do Instituto, se dedicará a apenas isto.
Ao IplanFor, nova sigla do órgão, caberá a missão de pensar ações de ordenamento da Capital imediatas e para os próximos 20 anos. “A gente pensa nisto desde o início do governo (em janeiro de 2005). Agora, estamos vendo qual a melhor forma de construir”, disse a petista.
Segundo Luizianne, todos os servidores serão concursados e terão, prioritariamente, caráter técnico de universidades. “Assim, você cria dados sobre a cidade. E é uma avaliação que vai ficar, independente do governante que entra ou sai”, previu.
Em conjunto
Com o Instituto, a expectativa é de que as vocações econômicas de todas as regiões da Capital sejam traçadas e, a partir daí, fomentadas. Por exemplo: a zona costeira teria foco na área turística; a zona central voltaria-se para o comércio, enquanto a zona leste teria mais investimentos em programas residenciais. “Isto evitaria casos como o do (bairro) Montese, uma área residencial que se tornou comercial desordenadamente”, esmiuça o presidente do IAB-CE, Odilo Almeida.
Ele antevê resultados práticos do IplanFor sendo sentidos pela população somente em 2012. Contudo, pondera a possibilidade de a Prefeitura anunciar ações com base em estudos já realizados por outros órgãos. “A preço de hoje, a ausência de um órgão de planejamento que pense Fortaleza no seu conjunto nos deixa em condição de desigualdade de concorrência com as grandes cidades”, cita Odilo.
ENTENDA A NOTÍCIA
Nenhum comentário:
Postar um comentário