domingo, 25 de outubro de 2009

Arquiteto desafia Secretário a abrir a "caixa preta" do Hospital de Mulher

O caso dos questionamentos em torno da obra do Hospital da Mulher, da Prefeitura de Fortaleza, continua rendendo. Depois de moção de repúdio aprovada pela Câmara Municipal, o secretário Geraldo Acioly é convidado a abrir a “caixa-preta” do projeto pelo arquiteto José Sales, em carta enviada para este Blog. Confira:

Caro secretário Geraldo Accioly

Meus cumprimentos.
Além de solicitar uma urgente vistoria e laudos do CREA/CE, ao mesmo tempo, a Prefeitura de Fortaleza deveria abrir a “caixa preta” do Hospital da Mulher. Com isto os desgates da gestão seriam bem menores. Se há erros, nada como uma boa e fundamentada autocrítica, de forma a roteirizar uma postura nova e uma rotina de correções a realizar. E se pelo visto não foi dada a atenção devida, seguem algumas sugestões proativas:
  • Definição da Diretoria do Hospital da Mulher que passaria a ser a responsável por todo roteiro de realizações. Contemporaneamente uma dietoria de um Hospital Geral comanda o empreendimento desde sua concepção, implantacação, equipamentação, início de operações e operações propriamente ditas.
  • Consolidar a montagem de um Programa de Necessidades Funcionais. Não existe Hospital Geral sem programa detalhado, referendado e apoiado por consultoria especializada. Existem manuais do Ministério da Saúde e modelos, além de referencias internacionais.
  • Definir parametros de revisão integral do conjunto de projetos, começando pelo Projeto de Arquitetura, que deve estar alinhado obrigatoriamente com o Programa de Necessidades Funcionais, supramencionado.
  • Definir uma nova rotina especial de acompanhamento de obras e fiscalização tanto contratuais como contábil. O projeto tem que retirado do dia a dia da SEINFRA/ Secretaria de Infraestrutura e Obras. O que temos não é uma obra de calçamento ou uma operação tapa buracos e sim um hospital de alta complexidade. Isto posto, indica que a administraçao tem que ser complexa, também.

É a lógica do processo. Não existe “hospital geral” da Gestão Municipal 2009/ 2012 e sim Hospital Geral com normas e referencias do Ministério da Saúde, OPAS/ Organização Panamericana de Saúde e OMS/ Organização Mundial de Saúde, além da NTB/ Normas Técnicas Brasileiras.

CordialmenteProfessor/ Arquiteto José Sales

POSTADO NO BLOGO DO NOBLAT

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