A Comunidade Rosalina está projetada para 1.830 habitações. Até agora, foram feitas apenas 280 unidades. No canteiro de obras, são evidentes os sinais de saques e vandalismo. As casas em construção tiveram portas e janelas furtadas por pessoas que chegaram a invadir as moradias da Comunidade Rosalina, em fase de conclusão.
No entanto, após seis meses de paralisação, segundo a Prefeitura de Fortaleza, os serviços deverão retomados, através de um contrato emergencial, a fim de entregar 175 unidades habitacionais.
Os serviços serão tocados pela Época Engenharia, que substitui a Palma Engenharia, após a rescisão do contrato com a administração municipal. Ainda ontem, foram iniciados o cadastro de pessoas da Rosalina, no Parque Dois Irmãos, bem como foram realizados os levantamentos para a organização do almoxarifado e área para a colocação de materiais, como containers, betoneiras, tijolos e areia.Segundo o engenheiro da Época Engenharia, Tristão Faria, a expectativa é que essa etapa emergencial mobilize cerca de 100 operários, sendo que boa parte da mão de obra será aproveitada entre pessoas residentes na área.
O presidente da Sociedade Comunitária Rosalina, Nertan Ribeiro Tavares, disse que não houve apoio aos invasores, porque a permanência foi motivo de apreensão e agravamento dos conflitos entre aqueles que aguardam a conclusão para se receberem os imóveis. Dentre esses, há 37 famílias que estão incluídas no programa aluguel social, que é pago pela Prefeitura de Fortaleza."Nós fomos contrários à ocupação, porque aumentou ainda mais o estigma de que a Rosalina é um lugar perigoso e sem lei. Agora, estamos aplaudindo a retomada das obras, uma vez que é grande a carência das populações de baixa renda por moradias", disse Nertan.
O abandono do conjunto habitacional já havia sido motivo de protesto na Assembleia Legislativa. Na sexta-feira passada, o deputado Fernando Hugo (PSDB) criticou a falta de cuidado da Prefeitura de Fortaleza com a Comunidade Rosalina. A comunidade Rosalina foi concebida para se dividir em quatro etapas. Os trabalhos começaram em 2006, mas somente dois depois, em 2008, foram entregues as primeiras 280 unidades habitacionais. Ao todo, o conjunto deverá reunir 1.830 habitações, entre casas e apartamentos. Os recursos são do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES).
Fonte Reportagem de Marcus Peixoto no Diário do Nordeste.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
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