Segundo estima o corretor de imóveis e tesoureiro do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), Armando Cavalcante, o valor médio do metro quadrado na região do Hospital é de R$ 300, contra R$ 1.100 dos imóveis encravados na área onde fica localizado o terreno do Município. Com isso, a Prefeitura pode estar abrindo mão de um espaço que pode custar cerca de R$ 35 milhões por uma de R$ 8,1 milhões.
Apesar de menor, também há diferença entre o preço dos terrenos que serão permutados pela gestão local e empresas, respectivamente, no Cambeba e Paupina. Com base em um preço médio para o metro quadrado de R$ 450 dos imóveis na região, o terreno da Prefeitura no Cambeba pode valer cerca de R$ 1,69 milhão, contra R$ 1,4 milhão da área da construtora na Paupina.
´Sem perdas´
Entretanto, conforme o secretário da Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor), Roberto Gomes, a Prefeitura não sairá perdendo com a troca. "No caso do terreno do Sítio Tunga, não é uma permuta simples. O terreno está dentro de uma Operação Urbana Consorciada, que é como se fosse uma Parceria Público Privada (PPP). Com a troca, a Prefeitura vai ganhar uma série de benefícios para a cidade", argumentou Gomes.
Benefícios
De fato, a mensagem enviada ao Legislativo Municipal cita as vantagens que Fortaleza terá com a permuta dos terrenos. Na região, a empresa terá de construir uma avenida com 850m de extensão por 25 m de largura, construirá duas vias públicas com 230 m de extensão por 11 m de largura, e o principal benefício colocado: a construtora vai doar uma área de 22 mil metros quadrados, vizinho a uma área verde existente na região e que configurará um espaço de 42 mil metros quadrados de natureza, no qual será constituído um parque, o terceiro maior da cidade. O espaço será mantido pela construtora por um prazo de dez anos e com capital próprio.
Valorização futura
O terreno deve valorizar ainda mais nos próximos anos. "Ali é o corredor da Copa do Mundo. Já é uma área valorizada", afirmou o secretário da Habitafor. Já os valores que serão "perdidos" com a troca dos terrenos do Cambeba e da Paupina serão compensados pela área total do espaço. A Prefeitura deve deixar um de 3,7 mil m² e mudar para um de 10,2 mil m², favorecendo políticas habitacionais.
Fonte: Negócios/ Diário do Nordeste.
Comentário da Postagem: As afirmações do Sr. Roberto Gomes são totalmente descabidas como sempre. Não existe nenhuma Operação Urbana Consorciada em pauta e sim uma utilização indevida da expressão que é um instrumento de requalificação e desenvolvimento urbanístico, social e ambiental de determinados setores da cidade, desde que regulamentado como tal, segundo o Estatuto da Cidade. O que está havendo é na realidade, mais uma "doação" de área pública , área esta do percentual de áreas verdes do Município, que deveria ser utilizado para consolidação ferindo a Legislação Federal, como se isto fosse a "coisa mais a coisa natural do mundo". Além troca desvantajosa em termos de valor venal do imóvel que configura um negócio desatroso para o ente público.
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