A requalificação da Praia de Iracema, o bairro mais cantado em prosa e verso da cidade de Fortaleza, está a cada dia mais longe de realizar-se. Surgiu agora mais um "novo plano de requalificação urbana" para aquela situação proposto pela atual Administração Municipal.
Infelizmente toda a contextualização exposta neste novo plano foi nitidamente composta como uma peça de comunicação, sem considerar quaisquer parametros usuais de requalificação urbanística. O diagnóstico da situação não existe ou nunca foi exposto; as indicações quanto a viabilidade também não são expostas de forma clara; aspectos relevantes da parceria público - privada também não tem citação; não se adota qualquer recomendação do Estatuto da Cidade; nem se leva e conta o histórico da situação e proposições existentes de outra ordem mesmo que não conflitantes.
As maiores ausencias do "plano" são quanto as não citações da existencia de tentativas de requalifcação através da consolidação de equipamentos culturais e suas dinamicas próprias, como do Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura, do futuro Centro Cultural da Caixa Economica e do Museu do Mar, coincidentemente todos, na Praia de Iracema. E que o Centro Cultural Estoril, propriedade municipal, está há três anos totalmente abandonado.
Desta forma, os debates sobre a "desconhecida" proposta do Gabinete da Prefeita de Fortaleza são sempre truncados, pois se dão em cima de uma proposição que ninguém sabe e ninguém viu, pois a mesma nunca foi publicada, sendo somente apresentada em slides, o que é muito pouco o conhecimento, avaliação e opiniões da população, da sociedade civil organizada, dos setores empreendedores e dos setores de pesquisa urbana e extensão das nossas universidades.
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