Não sou, peremptoriamente, contra a edificação de aquário na cidade de Fortaleza, obra que parece ser a menina dos olhos do Governo do Estado no que tange a equipamentos voltados para qualificação do turismo no Ceará. Penso que a iniciativa não tem o foco apenas naqueles que nos visitam, por alguns dias, e voltam aos seus pagos bem ou mais ou menos compensados pelo que viram e viveram.
Penso que não é adequado ficar-se a favor do empreendimento ou contra, sem o indispensável conhecimento das várias fases da sua concepção. Razões há quando se diz ou se ouve alguém dizer que há outras prioridades, outras carências a enfrentar. É verdade, elas existem, não é de hoje nem de ontem, elas existem e se aprofundam.
Poder-se-ia justificar o aquário levando em conta a sua destinação prática, junto à população, os seus objetivos pedagógicos, pois não o desejamos apenas como artefato para deleite de turistas, compulsoriamente levados à sua contemplação.
Por outro lado, há a reconhecer a necessidade de o Governo do Estado empenhar-se, sem limites, na edificação de equipamentos que atendam àquelas prioridades e carências acima referidas; ou seja, há recursos para o aquário, mas há também, por exemplo, para aprimoramento dos espaços escolares, para parcerias, em Fortaleza, junto à Prefeitura, que viabilizem as creches desativadas e se coloque termo à favelização da Cidade.
Por fim, fico a pensar nos ganhos proporcionados à Cidade por intermédio do Dragão do Mar, que, com suas opções de lazer, seus espaços ocupados por atividades culturais, pelo acolhimento a grupos do interior, por tudo o que incorporou aos costumes e aos gestos do fortalezense, em particular, dos cearenses, enfim. Sem dúvida, é a gestão desses equipamentos que edifica a dimensão da sua utilidade, da sua eficácia.
Artigo da Jornalista Ivonete Maia ivonetemaia@hotmail.com Publicado no Jornal O POVO, de hoje.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
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