Nas matérias “Fortaleza receberá voos diretos de Buenos e de Atlanta” e “Governo quer investir R$ 35 milhões em ações de marketing” (Editoria Economia, página 22 ), na edição de sexta-feira, 22 última do O POVO, mais uma vez são divulgadas ações para diversificação de visitantes à capital cearense e ao Estado. No caso de aviões de passageiros com percursos diretos, serão voos charters. Também estão previstos sete workshops a respeito do Ceará como destino turístico, em cidades como Varsóvia, Moscou e Helsinque.
Entretanto, trazer turistas ao Ceará parece mais simples do que recuperar a infraestrutura com a meta de atendê-los melhor. É preciso decisões tanto do poder público quanto do privado. A rede hoteleira cumpre a atuação dela, desde os estabelecimentos de grande porte até pousadas menos sofisticadas. Todavia, o viajante corre o risco de, ao se dirigir à praia a pé, ter de contornar ou correr o risco de cair num buraco no asfalto, provocado pelas chuvas da quadra invernosa deste ano.
As crateras dificultam ainda os deslocamentos de ônibus de excursões. No final de julho e início de agosto, está prevista a edição deste ano do Cine Ceará-Festival Ibero-Americano de Cinema. Além de um evento cultural, é também turístico, atraindo delegações do Brasil, Espanha, Portugal e da América Latina.
A prometida reforma do Centro Cultural Sesc Luiz Severiano Ribeiro vem sendo protelada. Necessitava-se agora que os coordenadores do festival e da sala de projeções providenciassem pelo menos um equipamento emergencial de ar-condicionado. Nos últimos anos, o calor dentro da sala fez com que o público esvaziasse nas projeções de filmes, concentrando-se mais no telão instalado na praça do Ferreira.
É necessário que o Centro de Fortaleza volte a ser turístico. Seria impossível pelo menos a curto e a médio prazos que a hotelaria de grande porte se reinstalasse na região. Embora exista uma proposta para reativação do Excelsior Hotel. Mas, a zona central ainda tem o comércio de maior movimentação da cidade, mesmo que shopping centers sejam cada vez mais inaugurados nos bairros.
Além disso, o Centro contém recantos caracterizados pelo diferente, a exemplo do restaurante do Clube do Advogado, na praça do Ferreira. O que não se compreende é que o então Cine São Luiz dinamizava a mesma praça 35 anos atrás, em 1974, até o fim da sessão das 21 horas, por volta de 23 horas. Hoje, o mesmo logradouro começa a ficar esvaziado às 19 horas da mesma data, exceto em dias nos quais é realizado o Cine Ceará. São sugestões que podem ser aplicadas sem gastos excessivos. Basta a vontade política.
OPINIÃO do Jornal O POVO, de hoje.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
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