segunda-feira, 25 de maio de 2009

Praça da Sé é cercada e feira é abortada


A antes lotada de feirantes, a Praça da Sé permaneceu sem os comerciantes neste domingo. Cerca de 200 guardas municipais fizeram o isolamento da área e das ruas circundantes, para impedir o acesso àquela região, o que causou alguns transtornos para os que procuravam as ruas do entorno para comprar.

Além disso, no início da noite, todos os acessos à praça foram fechados, impedindo os fiéis que foram participar da Missa na Igreja da Sé de estacionar e os obrigando a andar um quarteirão até o templo.
O policiamento da área também foi reforçado com dez viaturas, de acordo com o comandante de Policiamento da Capital, Cel. Jarbas Araújo. O objetivo, segundo o subinspector da Guarda Municipal, Domingues, era evitar a ocupação da praça novamente.

De acordo com o presidente da Associação dos Feirantes da Sé, Simão Furtado, a maioria dos permissionários se transferiu para o local reservado em Maracanaú. Segundo Furtado, o motivo foi a infra-estrutura privilegiada do local, que conta com banheiros, bebedouros, hotel e segurança. ‘‘Dos quatro mil feirantes, mais da metade está aqui e alguns já venderam toda a mercadoria e estão voltando pra casa para buscar mais”, disse.

Entre os que visitavam o novo local, muitos vieram de outros estados, como a Bahia, com dois ônibus, o Maranhão e o Pará, com quatro ônibus cada um e até mesmo de outros países, como a Guiana Francesa, com 17 pessoas e o Cabo Verde, com 14. A sacoleira baiana Adenilda Bezerra gostou da mudança de local pelas melhores condições de exposição das peças. ‘‘Da outra vez que eu comprei, levei muitas peças sujas, porque ficavam no chão. Dessa vez, não vou ter mais esse problema’’, afirmou.
Para os que permaneceram no Centro, na Rua José Avelino, o clima era de insatisfação. O feirante Luiz Viana trabalhava na feira da Sé há nove anos e acredita que o faturamento deverá diminuir com a mudança de local. ‘‘Todo Estado tem feira em Praça pública, por que aqui não pode ter? Os meus clientes, que já conheciam onde era o meu ponto, agora vão ter que procurar. Vou agora ter que fazer uma outra freguesia’’, reclamou.
Imagem da Praça da Sé cercada por guardas municipais com reforço de dez viaturas da Polícia Militar. Foto de Juliana Vasquez, publicada na reportagem do jornal Diário do Nordeste, de hoje.

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