A dúvida contamina o Plano
Cena 1: na semana passada, a Polícia Federal deflagrou uma série de prisões como parte de uma operação mais larga, iniciada havia pelo menos cinco meses e denominada ´Marambaia´. Foram detidos os superintendentes do Ibama no Ceará, Raimundo Bonfim; e da Semace, Herbert Rocha; a secretária de Meio Ambiente e Controle Urbano de Fortaleza, Daniela Valente; e o chefe do Ibama em Aracati, Antônio César Rebouças, acusados de corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, violação do sigilo funcional e prevaricação. Segundo a PF, teriam formado uma rede que vendia licenças ambientais irregulares.
Cena 2: integrantes das seções locais da Ordem dos Advogados e do Instituto dos Arquitetos do Brasil reclamam da elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Fortaleza, em vias de ser votado na Câmara Municipal. Segundo matéria no Diário do Nordeste de ontem, estão sendo verificadas superficialidades na proposta.
A lógica dos fatos
A preocupação exposta ao Diário pelo advogado Laércio Noronha e pelo arquiteto Antonio Rocha é pertinente. E, somada aos fatos levantados pela PF, que resultaram na prisão de Daniela Valente, entre os demais investigados na Operação Marambaia, fica mais grave. É que a secretária teve participação direta na proposição do Plano Diretor. E a lógica é irrecorrível: se a atuação dela no que respeita às licenças ambientais está sob suspeita, o Plano também está.
Deu na Coluna COMUNICADO do Jornal Diário do Nordeste, com data de hoje, 04/ Novembro/ 2008. Vale a pena conferir.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
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