As queimadas no Estado têm sido motivo de grande preocupação para a população, neste período do ano. A prática ainda é comum em várias regiões do Ceará e pode trazer problemas para o solo e aos motoristas que utilizam as rodovias próximas a estas áreas. Para se ter uma ideia, segundo dados do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), de janeiro até agosto deste ano, foram registrados no Estado 349 focos de queimadas.Os números acompanham a realidade nacional, registrando sucessivos recordes de incêndios florestais no Brasil.
Segundo o Inpe, até agosto havia 28.608 focos de queimadas espalhados pelo Brasil. Por isso, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Ceará está formando brigadas de incêndio para reforçar o trabalho do Corpo de Bombeiros. De acordo com o coordenador de Fiscalização do Ibama no Ceará, Rolfran Castro Ribeiro, 60 brigadistas estão sendo treinados para atuar no Interior e na Capital. Ainda segundo ele, os municípios que apresentam um maior número de queimadas são Acopiara no Centro-Sul e Mombaça, Frecheirinha e Quixadá no Sertão Central e Crato, na região do Cariri.
Conforme Roberto Cabral Borges, coordenador nacional de Operações do Ibama, Mato grosso, Goiás, Rondônia e Pará, são os Estados que apresentam um clima mais seco e, por isso, um maior risco de queimadas. Segundo ele, apesar do Ceará não apresentar uma situação crítica, a quantidade de focos de queimadas é preocupante.
Segundo Rolfran cada município tem uma responsável que pertence aos Conselhos Municipais para informar os focos de incêndio da região. Para ele, as queimadas e os incêndios florestais começam a se intensificar nos meses de setembro e outubro, pois os agricultores ao preparar a terra para plantar acabam esquecendo que o clima seco intensifica as chamas o que acaba gerando incêndios.
Para se ter uma ideia da situação dos crimes ambientais no Estado, segundo Fabio Bandeira, coordenador de Fiscalização do Ibama na região Centro-Sul e Inhamuns, composta por 26 municípios, somente este mês, foram realizadas nove autuações, em mais de mil hectares, nos municípios de Cariús, Orós, Iguatu e Aiuaba. Bandeira disse que, na maioria das vezes, o proprietário das terras se torna vítima, pois os principais responsáveis pelo surgimento das queimadas no Interior são os caçadores. Ele explica que os mesmos fazem fogueiras para se proteger do frio e de mosquitos.
Fonte: Regional/ Diario do Nordeste
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
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