Projeto de extensão da Universidade Federal do Ceará dá apoio à criação de bibliotecas comunitárias no Interior. Além dos livros, outros serviços são levados às comunidades através do "Ler para Crer", que já conta com sete unidades em três municípios.
Vai inteirar um ano que os livros chegaram ao distrito de Carapió, a três quilômetros da sede de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza. Desde novembro do ano passado, a biblioteca comunitária criada na sede da associação de moradores recebe gente de todas as idades. A biblioteca de Carapió é uma das sete apoiadas pelo “Ler para Crer”, projeto de extensão da Universidade Federal do Ceará (UFC) que incentiva esse tipo de iniciativa em três municípios do Ceará.
Raimunda de Oliveira, 53, voluntária na biblioteca de Carapió, conta que, no começo, muitos jovens não queriam saber de leitura, mas hoje a situação é diferente. “A gente tinha esse sonho (de construir a biblioteca), mas você sabe que as coisas têm o seu tempo. Em novembro, a biblioteca completa um ano, e nós vamos nos reunir para pensar o aniversário”, planeja.
De acordo com Raimunda, todos os dias, entre 30 e 40 pessoas frequentam o local para pesquisar, fazer empréstimo de livros, participar de aulas de violão e flauta, rodas de leitura e oficinas de artesanato. Segundo ela, o público “não tem idade”, mas diz que os jovens são os frequentadores mais assíduos, atraídos principalmente pelas histórias em quadrinhos. Para fisgar novos leitores, são organizadas apresentações teatrais.
De tanto iniciar os mais novos no gosto pela leitura, Raimunda também se tornou amiga dos livros. “Aquele que tem mais poesia é o que gosto mais”, diverte-se.
O projeto “Ler para Crer” surgiu em 2008 com o objetivo de incentivar a criação de bibliotecas comunitárias em municípios cearenses. No ano passado, começaram a ser implantadas bibliotecas em Aquiraz (3), Itaitinga (2) e Redenção (2). Em 2011, o projeto deve chegar a outras três cidades.
A coordenadora do projeto, professora Lídia Cavalcante, explica que o apoio dado às comunidades visa à autogestão das bibliotecas. No momento inicial, os municípios recebem dos professores e bolsistas do curso de Biblioteconomia dois dias de oficinas preparatórias para a implantação do projeto nas comunidades.
“Depois de criadas, as bibliotecas oferecem acesso a serviços que vão além dos acervos. A ideia é que elas possam trabalhar em prol da identidade comunitária”, detalha. De acordo com Lídia, algumas das bibliotecas já começam a criar, inclusive, salas da memória local, com acervos familiares de fotos, por exemplo.
Fonte: Jornalista Thiago Mendes/ O POVO Online
Comentário: Está aí uma grande iniciativa que o Estado do Ceará poderia imitar.
domingo, 12 de setembro de 2010
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