segunda-feira, 18 de abril de 2011

Arquiteto desafia Joaquim Cartaxo para um debate público sobre a Gestão Luizianne Lins

O vice-presidente do Instituto dos Arquitetos do Ceará (IAB), José Sales, fez um comentário instigante no post do Blog relacionado ao artigo do também arquiteto e ex-presidente regional do PT, Joaquim Cartaxo. Ele questiona a tese de Cartaxo de que a gestão Luizianne Lins é alvo dos conservadores de Fortaleza. José Sales, inclusive, desafia Cartaxo para que, num debate aberto e com imprensa, mostre as realizações concretas da prefeita. Confira:

Caro Joaquim Cartaxo,

Nomear toda critica como conservadora é uma atitude injusta e simplista. E de uma administração que ignora quaisquer parâmetros e/ou referências do que venha a ser gerir uma cidade como a nossa, de mais de 2,5 milhões de habitantes, e de alta complexidade. Tudo num quadro onde absolutamente nada se referencia a um sistema de planejamento e gestão contemporâneo, onde a visão de futuro é o olhar do momento, como se atitudes midiáticas baseadas unicamente na propaganda conseguissem convalidar soluções miraculosas às nossas urgentes demandas urbanas.

Parece-me que muito mais conservador mesmo é esta postura de não conseguir realizar uma autocrítica proativa e corrigir os rumos de uma gestão, aparentemente errática, no tempo que resta de mandato. Ou estamos todos equivocados com o “não realiza”.

E os exemplos “quase realizados” estão aí à verificação de todos nós, moradores desta cidade: consolidar um simples jardim com mais de 800 dias de atraso é um absurdo em qualquer roteiro de trabalho. Não conseguir viabilizar um plano de trabalho imaginado há 16 anos atrás e garantido por um financiamento internacional, como o Programa BIDFOR, renomeado de TRANSFOR, é pagar várias vezes os serviços da dívida do empréstimo internacional que diluem as vantagens do mesmo.

Implantar um hospital sem prazos precisos de realização é acrescer valores de custo incalculáveis e inimagináveis a uma obra de alta complexidade. Realizar projetos incompletos ou com erros de concepção e corrigí-los durante sua consolidação, é uma atitude não recomendável nem para os iniciantes das profissões ligadas às engenharias e arquitetura.

Não dar seguimento continuado a uma obra de urbanização de alcance social inequívoco como o Projeto Costa Oeste, hoje “Vila do Mar”, simplesmente a renomeando, é simplório demais para o gosto de todos os moradores daquela região da cidade.

Cordialmente, participo deste debate sem quaisquer atitudes conservadoras.


José Sales

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