sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Parque Rachel de Queiroz não sai do papel
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Terreno público invadido no Bairro Henrique Jorge
O terreno em questão está localizado na Rua Mons. Hipólito Brasil, 930, no Henrique Jorge e é um gleba pública municipal, que inclusive na Proposta de Orçamento Participativo 2006/ 2007 e no Plano Diretor SER III estaria o mesmo destinado a implantação do Polo Cultural RACHEL DE QUEIROZ, pois lá se encontra a casa sede do Sítio PICI, de Daniel de Queiroz, onde morou a escritora RACHEL DE QUEIROZ.
Esta situação de flagrante irregularidade já foi denunciada pelo educador Leonardo Sampaio à própria SER III, à Procuradoria do Município e aos órgãos de imprensa. No terreno público já foram construídos nove prédios sem nenhuma placa de obras e com os devidos registros CREA, Prefeitura e demais órgãos fiscalizadores. Segundo Leonardo Sampaio a própria Câmara de Vereadores que foi comunicada da irregularidade através do Vereador José Maria Pontes, que enviou a denúncia à SER III e nada mudou. O terreno está sendo utilizado para especulação imobiliária, há inclusive com placa indicando "aluga-se este terreno".
Por conta desta sua ação de cidadania o educador Leonardo Sampaio está sendo ameaçado pelo ocupante ilegal do terreno público, Sr. Francisco Nidas Moisés, cujo ato impensado foi registrado em BO/ Boletim de Ocorrência, por acontecimentos no dia 25 de novembro 2007, por volta das 17h00, em frente à residência do educador.
Com a palavra a SER III, através do seu titular Arquiteto Marcelo Silva. Com a palavra a SEMAM, através do seu titular a Arquiteta Daniela Martins. Com a palavra a SEINF, através de seu titular Luciano Feijão. Com a palavra a Procuradoria Geral do Município. Com a palavra a Srª Prefeita Municipal Luzianne Lins. Todos nós queremos saber quais as providências legais adotadas até agora, para reintegração de posse deste terreno?
Comunidade do Henrique Jorge discute mais uma vez o projeto do PARQUE RACHEL DE QUEIROZ
Mais de 80 pessoas participaram ativamente desta reunião e se consolidaram várias diretrizes e sugestões. A principal delas é quanto a transformação da casa sede do Sítio PICI, onde RACHEL DE QUEIROZ morou e iniciou seus escritos da obra "O Quinze", em uma biblioteca pública e centro cultural para o Henrique Jorge, recuperando todo o contexto ambiental do entorno. Vários representantes de outras comunidades participaram: Presidente Kennedy, Antonio Bezerra, Bairro Ellery, São Gerardo e Planalto PICI, assim como estudantes do Colégio da Polícia Militar. A presença de representantes da SEMAM, SER III e outras organismos municipais foi veementemente cobrada.
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
O Rio Grande do Sul reconhece a Fundação Casa Grande como uma das principais referências do Cariri
Praia de Iracema: obras de requalificação começam em 2008
Louvamos o interesse da atual Administração Municipal em resgatar aquele setor da cidade que reclama diretrizes de requalificação há várias décadas. Entretanto não se conhece em detalhe este Macroprojeto de Requalificação da Praia de Iracema, na medida em que o mesmo tem sido apresentado mais como uma peça publicitária, do que como um projeto propriamente dito, com justificativas, diretrizes, metas e as propostas de urbanismo e arquitetura.
Pelo que sabe, de concreto, 27 imóveis serão desapropriados para instalação de diversos equipamentos públicos. Estranhamente entre estes imóveis a desapropriar está incluso O Pirata Bar, reconhecido internacionalmente como um dos símbolos mais representativos da Praia de Iracema e o Restaurante Sobre o Mar. Também não consta, do escopo das informações divulgadas, a nomeação da equipe responsável pelas proposições.
UNIFOR lança Graduação em Engenharia Ambiental
Audiencia Pública PRO PARQUE RACHEL DE QUEIROZ, foi destaque ontem na Assembléia Legislativa
A apresentação da proposta do PARQUE RACHEL DE QUEIROZ, na Zona Oeste de Fortaleza, pelo Prof. José Sales, deu destaque às demandas da comunidade quanto a questões de requalificação urbano ambiental e social, no qual o projeto está baseado. Além de indicativos de possíveis fontes de recursos para o Parque. Neste pormenor, o Deputado Nelson Martins, como morador da área de influência do Parque declarou que parte de suas emendas de orçamento será para o mesmo. Todos os representantes da comunidades relataram suas opiniões e sugestões de encaminhamento.
Será composta comissão quadripartite - Comunidade/ Prefeitura/ Assembléia/ Representante do Governo Federal para tratar dos encaminhamentos em pauta. A próxima audiência pública será no Auditório da SEMAM. Será encaminhada à TV Assembléia uma pauta para elaboração de programas da série PANORAMA sobre o projeto do PARQUE RACHEL DE QUEIROZ.
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Audiencia Pública PRO PARQUE RACHEL DE QUEIROZ, hoje na Assembléia Legislativa
A consolidação do PARQUE RACHEL DE QUEIROZ é uma ação em prol da qualidade de vida, da defesa do meio ambiente e da prevenção e melhoria da saúde pública da Zona Oeste de Fortaleza, relacionada diretamente a meio milhão de pessoas, em 21 bairros por onde o Parque se desenvolve. E que esta proposição jaz nas gavetas escondidas da SEMAM, que se recusa a ter uma postura mais proativa em relação a este tema.
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Incendios florestais na Chapada do Araripe
Manifestação PRO PARQUE RACHEL DE QUEIROZ
domingo, 25 de novembro de 2007
Água da Lagoa da Precabura está sumindo
Onde deveria haver uma imensidão de água, há espaços completamente secos. Na lagoa da Precabura, que fica entre os municípios de Fortaleza e Eusébio, nos lugares onde ainda há água, os pescadores se espalham para pescar pirambeba, cará, saúna e outros peixes. O nível é tão baixo que os carcarás e as garças, aves de presença constante na lagoa, pegam peixes facilmente.
O baixo nível das águas da lagoa pode estar associado a ausência de chuvas nesse período do ano, explica o hidrólogo Nilo Carvalho, da FUNCEME/ Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos. Além disso, também há a alta taxa de evaporação. O pescador e agricultor José Nogueira Barbosa, que costuma pescar na lagoa, diz que o nível da água começou a baixar em agosto. "Se não chover em janeiro, vai secar tudo", alerta. Além do fator natural, o assoreamento (ver dicionário), a retirada quase que total da mata ciliar da lagoa e outras ações praticadas pelo homem contribuem para que o nível da água da Precabura esteja baixa.
É o que explica o professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Jeovah Meireles. Segundo ele, o lançamento de lixo e esgoto na lagoa, a impermeabilização dos espaços na margem (como a construção de avenidas) e outros fatores contribuem para diminuir a vida média e o potencial de armazenamento da Precabura. "A tendência é esse efeito continuar se não houver ações que minimizem a degradação."
Para Meireles, a melhoria nas condições da lagoa dependem de saneamento, da definição de áreas que protejam o manancial e do plantio de árvores próprias do ecossistema do local para evitar a erosão - o que dependem de políticas públicas. O professor destaca que essas ações têm tanto importância regional como global. "As lagoas urbanas e costeiras são ecossistemas importantes de reserva estratégica de água doce, de biodiversidade e de amortecimento dos efeitos do aquecimento global."
A Lagoa da Precabura não faz parte do monitoramento de lagoas feito pela Prefeitura de Fortaleza por meio da SEMAM/ Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Controle Urbano. Segundo a chefe da equipe de controle ambiental do órgão, Ester Esmeraldo, a decisão foi tomada porque a lagoa fica entre os limites de Fortaleza e Eusébio. Conforme ela, a Secretaria priorizou dez lagoas que ficam dentro da cidade (Mondubim, Opaia, Itaperoaba, Porangabussu, Parangaba, Messejana, Lago Jacareí, Sapiranga, Maria Vieira e Maraponga).
Com sempre, a Prefeitura Municipal de Fortaleza, tem sempre uma desculpa na ponta da língua para justificar a sua omissão na questão ambiental de Fortaleza. A nossa Secretária Municipal do Meio Ambiente e Controle Urbano está se especializando em "grandes justificativas". Relevamos, mais uma vez através deste blogspot, a ausencia de compromisso municipal cm a questão do meio ambiente.
Carreata PRÓ PARQUE RACHEL DE QUEIROZ
sábado, 24 de novembro de 2007
Construções irregulares põem em risco o meio ambiente
O Arquiteto Delberg Ponce de Leon relata que fez a doação de projeto à Prefeitura Municipal de Fortaleza, durante a gestão da Prefeita Maria Luiza Fontenele, há mais de 20 anos atrás e até agora o mesmo não foi realizado a contento. Isto denota a falta de preocupação ambiental da atual Administração Municipal para com o tema.
Senadores aprovam a APA da Serra da Meruoca
Segundo o projeto, a finalidade de criação da APA é garantir a conservação de remanescentes de florestas, proteger recursos hídricos, fauna e flora silvestre; promover recomposição de vegetação; melhorar a qualidade de vida das populações residentes; ordenar o turismo ecológico; fomentar a educação ambiental e preservar a cultura e as tradições locais. O projeto segue agora pára a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidro e Controle(MA) na qual será examinado em decisão terminativa, ou seja, sem passar pelo plenário.
Programação do fim de semana PRÓ PARQUE RACHEL DE QUEIROZ
Sábado (24/11) - 15 horasApresentação do Projeto no bairro Henrique JorgeLocal: Paróquia do Henrique Jorge (rua Prof. Miramar da Ponte, 301 - próximo a praça do Henrique Jorge).
Domingo (25/11)9 horas - CARREATA PRÓ-PARQUEsaída: bosque da av. Parcifal Barroso, ao lado da Escola Santa Isabel - próximo ao Norte Shopingc e chegada no Bosque da Sargento Hermínio.
Domingo(25/10)18 horas - Manifestação Cultural pró-ParqueLocal: Paróquia do Henrique Jorge.
CONVIDE AMIGOS, VIZINHOS E PARENTES!
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Superintendente Regional da FUNASA faz comentários sobre a "canoa furada dos ambientalistas"
Nos parece que o Sr. Guaracy Aguiar, está na contramão da história e no lugar totalmente errado, visto que dirige uma instituição afeita a realizações ao saneamento ambiental, que relava ações em direção ao que este senhor prega. Nossos veementes protestos contra esta postura imensamente retrógada. Não tem sentido, em pleno ano da graça de 2007, 15 anos após a Conferencia Rio Eco 92, a pregação e divulgação desta coleção de "jóias do reacionarismo tupiniquim". Queremos dizer a este senhor que ambientalismo é o que resta de esperança à humanidade, quanto a alcançar a qualidade de vida, neste milenio que se inicia.
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
A FLORESTA DA TIJUCA, no Rio de Janeiro
Imagem do site http://www.terrabrasil.org.br/ utilizada unicamente para divulgação.
PARQUE TRIANON, na Área Central de São Paulo
MATA SANTA GENEBRA, em Campinas
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Uma floresta Urbana em São Paulo: a RESERVA TANGARÁ
O projeto de Tintas Coral, batizado de RESERVA TANGARÁ - homenagem ao passarinho se sete cores que habita a área - será o primeiro grande programa de reflorestamento urbano desde 1861. Naquele ano, Dom Pedro II iniciou a recuperação da Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, que havia sido desmatada para plantio de cafezais.
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Imagens de Fortaleza
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Estatuto da Cidade
O mesmo surgiu como projeto de Lei, em 1990, proposto pelos então Senador Pompeu de Souza, a partir de um texto original do Senador Dirceu Carneiro, de 1989, referendando algumas recomendações do IAB/ Instituto de Arqitetos do Brasil/ Direção Nacional, embora esta discussão seja mais longa pois tem origem na década de 50, quando da fundação e consolidação de Brasília, a primeira cidade integralmente planejada brasileira. O Estatuto da Cidade foi aprovado apenas em 2001, onze anos depois.
Seminário de Áreas Verdes de Fortaleza ²
Em primeiro lugar, registra-se a ausencia de uma política de Meio Ambiente municipal, embora as declarações oficiais da Administração Municipal sempre divulguem que a mesma existe, embora pouco se perceba neste âmbito. Uma comprovação desta afirmação é que absolutamente nada existe publicado pela SEMAM/ Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano do Município de Fortaleza. O próprio Inventário Ambiental de Fortaleza, que poderia ser uma publicação de referência, não consta como tal, embora partes do mesmo tenham sido parcialmente utilizadas pela Administração Municipal.
Em segundo lugar, registra-se também a ausência de uma Legislação Municipal específica, como recomenda o Estatuto da Cidade, Lei Federal 10.257, de 10 de julho de 2001, entrou em vigor no dia 10 de outubro de 2001 e regulamentou os artigos 182 e 183 da Constituição Brasileira. Neste ambito, nosso Município e assim como sua atual administração se recusam a ter um Código do Meio Ambiente Municipal, embora o mesmo já tenha sido formatado e proposto a nível de Anteprojeto de Lei Municipal, pelo PROJETO LEGFOR, realizado sob coordenação da própria SEMAM, há alguns anos atrás.
domingo, 18 de novembro de 2007
Seminário de Áreas Verdes de Fortaleza
- PAINEL 01
- Áreas Verdes: Aspectos Sócio-ecológicosPalestrantes:
- Vanda Claudino Sales - Geógrafa; mestra em geografia Física pela Universidade de São Paulo; doutora em Geografia pela Université Paris-Sorbonne, França; pós-doutora em Geomorfologia Costeira pela University of South Florida, EUA; Professora do Departamento de Geografia da UFC.
- João Alfredo - Advogado; mestre em direito público pela Universidade Federal do Ceará; Professor de Direito Ambiental na Fa7; consultor do Greenpeace.
- PAINEL 02
- Áreas Verdes: Aspectos do Direito Ambiental e UrbanísticoPalestrantes:
- Alessander Sales - Procurador da República no Ceará; mestre em direito constitucional pela Unifor; professor de direito constitucional e processo constitucional na Unifor.
- Jacqueline Faustino - Promotora titular da 4a Promotoria de Justiça Criminal de Fortaleza; especialista em Direito Ambiental pela UECE e Escola Superior do Ministério Público; integrante da Comissão de Defesa do Meio Ambiente em Guaramiranga.
Imagens de Fortaleza
sábado, 17 de novembro de 2007
Imagens de Fortaleza
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Artigo de Leonardo Furtado Sampaio
No final dos anos 70, foi feito o loteamento do Sítio Pici e a Imobiliária sensível ao patrimônio cultural da Cidade, deixou intacta aquela casa, porque foi lá onde a escritora Raquel de Queiroz iniciou os inscritos do Livro O Quinze.
Em 1983, as Comunidades Eclesiais de Base – CBEs, do Pici, na Paróquia do Henrique Jorge, levaram ao conhecimento do Prefeito César Cals Neto através de documento, solicitando o tombamento da Casa e a construção de equipamentos culturais e esportivos nas áreas públicas e espaços vazios disponíveis ao redor da casa, que incluía a área institucional do loteamento.
Os anos passaram sem resposta e em 1986, novamente retomamos a discussão com a Administração Popular, da então Prefeita Maria Luiza Fontinele e essa em 1987, fez um decreto de desapropriação da Casa. No entanto lembro quando chegou às minhas mãos um ofício do Loiola, Superintendente da SUMOV, falando sobre o valor da desapropriação e solicitando que fizéssemos pleito junto à Prefeita sobre aqueles valores para a prefeitura pudesse efetivar o projeto de intervenção na área. As dificuldade eram tantas naquela gestão que o mandato terminou e o pagamento da indenização não foi efetivado, nem a gestão seguinte de Ciro Gomes prosperou na realização do projeto.
Em 1994, através da Associação de Organizadores Sociais e Serviços – AMORA levou o projeto para a Secretaria de Cultura do Estado do Ceará – SECUT no mandato do Paulo Linhares e do Gov. Tasso Jereissate solicitando o tombamento da Casa Raquel de Queiroz, para ser usada como Biblioteca Pública, formação cultural e no entorno a construção do Pólo Cultural Raquel de Queiroz. A SECUT na época encaminhou uma equipe técnica do Patrimônio Histórico do Ceará, para analisar a possibilidade de tombamento e os técnicos avaliaram que devido algumas alterações na arquitetura original do prédio, não caberia mais tombamento e sim desapropriação por parte da Prefeitura.
Diante dessa orientação dada apenas oralmente pelos técnicos do Patrimônio Histórico do Ceará, em 1995, a Associação de Organizadores Sociais e Serviços – AMORA respaldada pelo Espaço cultural Frei Tito de Alencar – ESCUTA, Grupo Cultural Jovens Unidos do João Arruda, Grupo Cultural Chico Mendes e os movimentos sociais da área, continuaram a luta e reformularam nova idéia para o projeto, que seria a construção do PÓLO CULTURAL RAQUEL DE QUEIROZ em toda a extensão do Riacho Cachoeirinha, desde o João XXIII, Jóquei Clube, Henrique Jorge, Pici, Autran Nunes e Antônio Bezerra até o Rio Maranguapinho.
Desta vez, o pleito foi entregue à Prefeitura de Fortaleza, no mandato do Dr. Juraci Magalhães, que através do Secretário da Regional III, Dr. Petrônio, que convocou a AMORA para ir in loco conhecer a área solicitada para intervenção desse projeto, e logo marcou a data da visita. A comissão foi formada pelo Presidente da AMORA Antônio Carlos Nascimento, Leonardo Sampaio, o arquiteto José Sales e Dr. Petrônio que circularam toda a área, desde a Av. Parcifal Barroso, Campus do Pici-UFC, o Riacho Alagadiço, a Casa da Raquel de Queiroz, o Riacho Cachoeirinha, onde chegaram até o encontro dos dois Riachos entre Antônio Bezerra e Autran Nunes.
Na ocasião bem em cima da ponte de madeira entre o Bairro D. Lustosa e Antônio Bezerra, o arquiteto José Sales afirmava que estava elaborando o projeto Parque Ecológico no Riacho Alagadiço que vinha desde o Açude João Lopes até a Av. Perimetral entre a UFC - Campus do Pici e a Fábrica Cione no Antônio Bezerra. Nesse momento o Secretário Dr. Petrônio solicitou que o projeto fosse estendido para todo o percurso visitado, incluindo o Riacho Cachoeirinha e a Casa da Raquel de Queiroz.
Após essa visita o Arquiteto José Sales ampliou o projeto e deu o nome de Parque Raquel de Queiroz, absorvendo as idéias que a AMORA, juntamente com os movimentos culturais dos bairros que envolve toda aquela extensão haviam discutido e documentado, na Regional III, que incluía além dos espaços verdes, áreas para o esporte, lazer e cultura beneficiando diretamente os bairros Henrique Jorge, Jóquei Clube, Pici, Antônio Bezerra, D. Lustosa, Autran Nunes, Presidente Kennedy, Alagadiço, Monte Castelo e adjacência. Mais o projeto gorou na Prefeitura.
Em 2005, com o chamado da Administração Fortaleza Bela, da Prefeita Luiziane Lins, para levarmos nossas propostas ao Orçamento Participativo (OP) e o Plano Diretor fomos lá, reanimar a idéia do projeto do POLO CULTURAL RAQUEL DE QUEIROZ e a proposta ficou entre as mais votadas no (OP) de Fortaleza, naquela plenária da SER III. Porém em 2005, o projeto não entrou no orçamento enviado pela Prefeita, à Câmara de Vereadores para 2006, ainda tentamos intervir via o Vereador José Maria Pontes, mas a proposta não vingou.
Em 2006, na Assembléia do OP no Centro de Cidadania da Bela Vista, retomamos a proposta com mais detalhes, delimitando o início da obra do projeto em terreno da Prefeitura, localizado na Rua Mons. Hipólito Brasil, entre a Av. Prof. Heribaldo Consta e Rua Antônio Ivo, incluindo a Casa onde a escritora morou. Posteriormente, a AMORA e o Espaço Cultural Frei Tito de Alencar - ESCUTA formularam através de protocolo na SER III, documento delimitando os espaços e especificando os equipamentos que deveriam constar no projeto, que implica em: uma Biblioteca Pública na Casa Raquel de Queiroz e no entorno a construção de Anfiteatro, Quadras de Esporte, Cinema, Box para artesanato, Salão para exposições de artes, Auditório e um Quadrilhódomo (para realização de festivais de quadrilhas juninas da Cidade), podendo ser adaptado para outros eventos culturais em períodos além do junino.
Para tristeza nossa, em 2006 a área do terreno público que fica no entorno da Casa, foi construído por particulares nove lojas com duplex para alugar e ainda aterrando as margens do Riacho Cachoeirinha, exatamente onde era o Açude do Sítio Pici, lugar onde ela se inspirava para escrever a obra sobre a seca.
A comunicação à SER III foi feita, na escavação do primeiro alicerce, mas a postura dessa administração não diferenciou das demais, tratou-se com desprezo, esse patrimônio histórico, que poderia ser um ambiente de atração turística e de embelezamento da Cidade, além de proporcionar qualidade de vida a seus habitantes, já que se trata de uma grande intervenção urbanística, principalmente quando se trata de uma periferia onde tem a maior densidade populacional do município que vive sufocada sem espaço para manifestar suas potencialidades esportivas, culturais e de lazer.
Em 2007, essa história toma novo impulso quando as comunidades do entorno do Riacho Alagadiço identificam o projeto Parque Raquel de Queiroz e partem pra cima na perspectiva da sua execução. Tomam iniciativas coletivas, chamam todos os setores envolvidos e começam a realizar manifestações. Retomam a discussão dos Orçamentos Participativos, cobram diretamente da Prefeitura e essa diz que mais uma vez, o projeto não está no orçamento de 2008. Os moradores reagem, celebram, vão às ruas, se reúnem e exigem dos poderes públicos ações imediatas de intervenção nos espaços vazios que já são públicos e está a disposição da Prefeitura para construir o que é de direito da população. Para alegria nossa essa mobilização toda, criou no dia 20 de outubro de 2007, o Movimento Pró Parque Raquel de Queiroz.
Essa é uma história de antes e de agora um pouco de sistematização da memória da beleza dessa luta, pelo embelezamento dos nossos bairros da "Fortaleza Bela". É uma luta que nunca será abandonada por seus moradores, mesmo desprezada por seus administradores.
A nossa bandeira em 2007, deverá ser de exigir que a Prefeita, os Senadores, Deputados e Vereadores negociem com o governo Lula colocando nas prioridades de recursos, a inclusa no PAC para esta obra em 2008.
Leonardo Sampaio
leonardosampaio5@yahoo.com.br
Prefeitura anuncia que está tombando a casa de Rachel de Queiroz
Esta é uma reinvidicaçãode quase 12 anos da comunidade do Bairro Henrique Jorge, está incluída, em destaque, na propostado PARQUE RACHEL DE QUEIROZ e encampada pelo Movimento PRÓ PARQUE RACHEL DE QUEIROZ e foi apresentada pela primeira vez ao Poder Público na Gestão Maria Luiza Fontenele, em 1976. Quanto a Casa do Sítio PICI a mesma foi pesquisada pelo Arquiteto Domingos Linheiro, que fez um levantamento detalhado da mesma e proposta de restauração.
Com a palavra o educador popular Leonardo Sampaio Furtado, quem primeiro "levantou a lebre" do Sitio PICI de Daniel de Queiroz, pai de Rachel de Queiroz, localizada no Bairro Henrique Jorge. leonardosampaio5@yahoo.com.br
O mais estranho, é que em um dia a Secretaria Daniela Valente Martins, afirma em altos brados, na Camara Municipal, que a Prefeitura de Fortaleza não dispõe de qualquer recurso para investir na idéia do PARQUE RACHEL DE QUEIROZ e no outro, o Gabinete da Srª Prefeita Luizianne Lins encaminha aos jornais nota "encampando" uma proposição do movimento ambientalista da Zona Oeste. Será um jogo de esconde - esconde?
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Secretária Daniela Valente Martins afirma categoricamente que não existem recursos para o Parque Rachel de Queiroz
"Como as águas correm inavariavelmente para o mar, na cidade de Fortaleza, os recursos só são aplicados na Zona Leste Sudeste. Há uma dívida histórica em relação à Zona Oeste. Durante 30 anos, o Professor José Perbelini Lemenhe, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo/ UFC fez sta afirmação em suas aulas de Planejamento Urbano e Regional.
Assim sendo podemos tentar buscar algumas explicações, números e parametros, recentes.
A Prefeita Luizianne Lins sempre assegura não ter recursos para espaços públicos, áreas verdes, praças e parques vai aplicar na requalificação do Calçadão da Praia de Iracema (SER II) e outros espaços públicos R$ 5,4 milhões, com recursos oriundos do PRODETUR II. Além disso serão aplicados mais R$ 4,5 milhões só em desapropriações de imóveis na mesma Praia de Iracema. E um montante não discriminado ainda na implantação de seis equipamentos públicos na quela situação: Casa do Turista, Escola de Gastronomia, Museu da Imagem,Centro de Lusofonia, Aquário de Fortaleza, Museu do Forró(No Estoril). A Praia de Iracema fica localizada na SER III, a mais rica das Regionais.
Na recuperação do Passeio Público foram aplicados R$ 385 mil. O Passeio Público fica localizado na SER III, a mais rica das Regionais.
A Secretaria Daniela Martins afirmou que não existe um tostão furado para o Parque Rachel de Queiroz. "Na lata" afirmamos em contrário que existem 11 rúbricas disponíveis e/ou a captar para espaços públicos e áreas verdes.
1ª Orçamento Municipal para Praças e Parques, sob controle da SEINF.
2ª Orçamento Participativo, em geral.
3ª Orçamento Participativo 2007, para a SER I/ Bosque, para melhorias e qualificação do Bosque da Sargento Hermínio, da ordem de R$ 600 mil, que o Secretário quer usar na quadra poliesportiva.
4ª Emendas Parlamentares dos Vereadores.
5ª Recursos do FUNDEMA/ Fundo de Desenvolvimento do Meio Ambiente de Fortaleza. pode ser usado em Educação Ambiental e Divulgação, assim como em arvorização urbana.
6ª Orçamento SER III, desapropriação e recuperação da Casa de Rachel de Queiroz, no Sítio PICI, de Daniel de Queiroz, no Henrique Jorge.
7ª Orçamento requalificação Ambiental SANEAR/ CAGECE.
8ª Recursos para Iluminação Pública da AMC. Disponível 2007/ 2008(Sobras) Total 54 milhões para ruas, avenidas, espaços públicos, praças e parques.
9ª Recursos Ministério das Cidades para ações de Meio Ambiente Ligadas a Saneamento Ambiental.
10ª Recursos de Compensatórias Ambientais do Linhão da CHESF, já negociados com PMF em 2005
11ª Recursos de Compensatórias Ambientais dos "erros" do North Shopping, com os juízes que julgam os 5 processos em andamento em negociações com a Prefeitura Municipal.
Estes argumentos desmontam claramente esta versão oficial da "carência de recursos".
Equívocos na também na comunicação do Governo do Estado
Matéria publicada na Coluna NEGÓCIOS do Jornalista Egídio Serpa, no Diário do Nordeste, desta 5ª feira, 15/11/2007. Reproduzida unicamente para informações e debate.
Coluna Negócios de Egídio Serpa. Centro de Feiras: só equívocos
- Equívoco político, pois navegarão contra a maré das opiniões de especialistas e leigos, todos contra a idéia, sugerida por um mau conselheiro;
- Equívoco estratégico, pois perderão a chance de dinamizar áreas da cidade que, degradadas hoje, seriam dinamizadas por um equipamento como o Centro de Feiras — o bairro Edson Queiroz e toda a área de influência da avenida Washington Soares já estão dinamizados e sua rota de crescimento é a mais dinâmica de toda a Capital do Ceará;
- Equívoco ambiental, pois o projeto, além de ocupar espaços verdes que desaparecerão, incentivará o mercado imobiliário a avançar sobre as áreas de mangue da vizinhança.
Na tentativa de resguardar o Governador, seu secretário de Turismo, Bismarck Maia, mais confunde do que esclarece, ao dizer que o novo Centro de Convenções ainda não tem local escolhido para a sua construção.
Esta coluna reafirma que o local está escolhido — a Praia Mansa, onde o Centro de Feiras também deveria ser localizado, mas, diante de tanta surpresa, pode ser que ele se mude para a área do Poço da Draga, outra boa opção para os dois equipamentos. Seria bom que tudo logo se esclarecesse.
Matéria publicada na Coluna NEGÓCIOS do Jornalista Egídio Serpa, no Diário do Nordeste, desta 5ª feira, 15/11/2007. E reproduzida unicamente para efeito de informações e debates.
Audiencia Pública sobre o Centro de Eventos e Feiras na Assembléia Legislativa
João Jaime diz que o partido fechou questão contra as pretensões do governo de instalar o Centro na WS. Isso quer dizer, destacou ele, que a bancada deverá votar contra as mensagens propondo o empreendimento ou pedindo autorização para empréstimos.No próximo dia 20 (terça-feira), às 11 horas, uma audiência pública discutirá a questão no plenário da Casa. Até lá, João Jaime J diz esperar que o Governo manifeste-se, oficialmente, sobre o assunto.
Notícia reproduzida do blog http://blog.opovo.com.br/politica/ do Jornal O POVO.
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Os comentários do ex-Governador Lúcio Alcantara sobre o Centro de Convenções
Perplexidade. Não poderia ser outro o sentimento diante da decisão infeliz, anunciada pelo Governo do Estado, de construir o Centro de Eventos e Feiras na Avenida Washington Soares, onde já funciona o antigo Centro de Convenções. No blog que editamos, afirmei ser aquela uma solução pífia.
As conseqüências do equívoco merecerão no futuro próximo adjetivos bem mais fortes, caso insista o Governo em levar adiante uma decisão que já surge condenada pela consistência da cidade.O local escolhido jamais seria sequer cogitado, caso fosse o assunto tratado como deveria. A decisão não só ignora estudo profundo, contratado pelo Governo no passado, como irá provocar problemas incontornáveis no tráfego em área já congestionada. Não fosse o bastante, o local traz ainda enorme risco de dano ambiental para o ecossistema do Rio Cocó.
A Prefeitura de Fortaleza tem uma grave responsabilidade em relação à autorização para construir o empreendimento. É de esperar que, por coerência, a Prefeita se posicione, pois tem se revelado sensível ambientalista, invocando até mesmo a drástica medida de um plebiscito para cassar licença já concedida a um edifício comercial às margens do mesmo manancial.
A sociedade deve esperar que outras vozes se manifestem.
Mas há algo ainda mais grave na forma como foi adotada, reveladora de uma preocupante tendência do atual Governo em optar por métodos autocráticos de decisão sobre questões com grande repercussão na sociedade.Aguardamos que tenha o Governo a boa inspiração de recuar na escolha, buscando outra opção, que traga, sem prejuízo do meio ambiente, o desenvolvimento e as oportunidades que todos almejam para o Ceará.* Artigo publicado no jornal Diário do Nordeste, em 13/11/07
Imagem Google Earth, utilizada unicamente como divulgação da região do atual Centro de Convenções, no centro da própria imagem, tendo ao fundo a área do Parque Estadual do Cocó, protegida por lei estadual e em procedimento de qualificação no SNUC/ Sistema Nacional de Unidades de Conservação/ Ministério do Meio Ambiente.
Com a palavra a Prefeitura Municipal de Fortaleza, que deveria responder as questões que todos tem colocado nos últimos dias, que trata da localização deste grande novo equipamento na cidade, dos impactos urbanos que o mesmo trará, do contraponto a estudos anteriores e da preservação do ambiente estuarino do Rio Cocó.
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Para o Ex-Governador a solução é pífia
Lembro, para comparar, que a licença para implantação do Centro Cultural da CEF na antiga Alfândega, equipamento muito mais simples para o qual os recursos já estavam disponíveis, levou muitos meses para ser concedida sob alegação de repercussões no trânsito. O Museu do Mar, belo projeto, e único no mundo dentro do mar, do arquiteto Oscar Niemeyer, teve localização criticada em razão de alegados transtornos para o trânsito. O local anunciado traz enorme risco de dano ambiental para o ecossistema do Cocó". Alcântara também pede um posicionamento da Prefeitura acerca da nova localização decidida.
A opinião do Arquiteto Jayme Leitão sobre as oportunidades que se perdem
Mais: "perde-se a oportunidade de usar a força indutora de uma localização lindeira ao mar para o desenvolvimento de um pólo hoteleiro que se faria naturalmente, sem a necessidade de recursos públicos. E o que é pior: joga-se fora, sem nenhuma explicação plausível, um enorme, caro, detalhado e longo trabalho que representou incomum e louvável exceção à prática normal dos projetos públicos, seja pela sistemática criteriosa de levantamento, seja pela contratação da melhor assessoria especializada".
A frente atlantica que a Capital não quer ver
O arquiteto José Sales faz outro histórico: "Em 1995, coordenei a ultima edição do Fórum Adolfo Herbster (bela invenção hoje esquecida). Convidamos três grandes urbanistas brasileiros: Luiz Paulo Conde, mais tarde prefeito do Rio, Cássio Taniguchi, depois prefeito de Curitiba, e Luís Eduardo de Assis Lefevre/SP. O diagnóstico unânime: apesar da imensa frente atlântica, Fortaleza se negava historicamente a esta apropriação qualificada e potencialmente renovadora. A conclusão foi que a requalificação do Centro passava pela decisão de reconquistar e redesenhar esta orla marítima central, com ênfase para o Poço da Draga".
A polemica continua e os leitores se manifestam
A Coluna estabelece a quantidade de e-mails recebidos e as abordagens pessoais como duas referências para medir a repercussão de um tema aqui exposto. Caso seja um método adequado, é sinal de que foi muito intensa a repercussão causada pela decisão do Governo do Ceará em relação ao Centro de Feiras. A repercussão foi muito negativa. O detalhe é que ainda não houve uma posição oficial do Governo. Foram muitas as manifestações de cidadãos anônimos e outros nem tanto. Boa parte das mensagens e abordagens partiu de arquitetos. Muitas, simplesmente incentivando a Coluna a manter vivo o debate. Outras fazendo provocações a dirigentes públicos. A grande maioria, boas e educadas contribuições. É o caso da carta da leitora Maria Luiza Pinheiro que se declara "ansiosa por conhecer a posição da prefeita frente à questão que se apresenta (o centro de feiras na Washington Soares)". Ela lembra que Luizianne Lins sempre se posicionou contra a instalação do equipamento na área de influência do Centro e da Praia de Iracema.
Governo do Estado recua e divulga que o local do Centro de Convenções ainda esta em estudo
Prefeitura vai desapropriar a Praia de Iracema
Serão 27 imóveis desapopriados, ao valor de 4,5 milhões de reais. A ação integra um plano de requalificação do local e foi anunciadsa com o lançamento da campanha Reviva Fortaleza, do grupo O POVO, de Comunicação. A sede do DNOCS, há muito anos abandonada e em deterioração, no limite da Praia de Iracema com o Poço da Draga está nesta listagem. Consta que na mesma será instalada uma Escola de Gastronomia.
A grande indagação de toda a cidade é a respeito deste plano, sua concepção e o ambito de suas intervenções, que sequer foi divulgado no seu todo. Parabéns a esta ousada ação, mas vamos à vista deste plano, que não consta, nem está listado como uma ção estruturante do novo PDP FORTALEZA/ Plano Diretor Participativo de Fortaleza.
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Pré Audiencia Pública sobre o Parque Rachel de Queiroz, na Camara Municipal
domingo, 11 de novembro de 2007
Cavalo selado em direção ao Leste
O Centro de Eventos e Feiras do Ceará é o clássico cavalo selado em sua única passagem onde a herança cultural edificada está se erodindo a cada dia. Por pura desinformação ou acanhamento de idéias, calcifica-se a crença na incapacidade de renovação do Centro, enquanto as forças da dispersão apontam mais uma vez para o Leste. Esperamos que o espírito cívico de nossas autoridades e lideranças digam não aos projetos dispersores. Eles minimizam benefícios, favorecem a desigualdade e deprimem cada vez mais o velho coração da cidade”.
Reprodução de parte da coluna POLITICA, do Jornal O POVO, do Jornalista Fábio Campos, de hoje, 11 de novembro de 2007, para efeito de divulgação.
A coleção de ingenuidades urbanísticas
Reprodução de parte da coluna POLITICA, do Jornal O POVO, do Jornalista Fábio Campos, de hoje, 11 de novembro de 2007, para efeito de divulgação.
A cidade que deprime seus bairros centrais
Reprodução de parte da coluna POLITICA, do Jornal O POVO, do Jornalista Fábio Campos, de hoje, 11 de novembro de 2007, para efeito de divulgação.
Desposada do Sol e de costas para o Atlântico
"A polêmica está no ar e a caixa de mensagens da Coluna está cheia com leitores se manifestando sobre o Centro de Feiras na Washington Soares. Um deles é o arquiteto José Sales: “Há quase oitenta anos que a nossa cidade reclama uma postura proativa para a orla marítima central. Este aspecto foi levado em conta pela equipe que compôs o Master Plan do Centro Multifuncional de Eventos e Feiras, no Poço da Draga - Fausto Nilo, Delberg Ponce de Leon, José Liberal de Castro e Neudson Braga.
Desde os anos 30 que aquela área chama a atenção de urbanistas de renome que contribuíram para o planejamento da nossa estrutura urbana. Nos planos diretores, entre a década de 30 e a década de 70, esta situação surge com recomendação de prioridade para ações de requalificação. Apesar de posição geográfica de frente atlântica, Fortaleza nunca manteve qualquer relação com este potencial. Isto está expresso no Plano Nestor Figueiredo, em 1933. No Plano Sabóia Ribeiro 1947/48, no Plano Hélio Modesto 1963/64 (todos professores da antiga Faculdade Nacional de Arquitetura, hoje Faculdade de Arquitetura e Urbanismo/UFRJ) e no Plandirf realizado pelo arquiteto Jorge Wilhelm. E nos planos mais contemporâneos conseqüentes a estes”.
Reprodução de parte da coluna POLITICA, do Jornal O POVO, do Jornalista Fábio Campos, de hoje, 11 de novembro de 2007, para efeito de divulgação.
sábado, 10 de novembro de 2007
Ainda sobre a decisão da localização do Centro de Feiras, na Washington Soares
Há 75 anos que urbanistas(Desde 1931/ 32) de várias origens indicam que alguma ação deve ser feita de forma a requalificar a Área Central de Fortaleza e notadamente o contexto do Poço da Draga. Isto estava contido no Plano Nestor Figueredo(1933), no Plano Saboia Ribeiro(1947), no Plano Hélio Modesto(1964), no PLANDIRF(1969), no PDF/ Plano Diretor Físico(Em 1975).
Em 1995, na gestão do Prefeito Antonio Cambraia, coordenamos, através do Departamento de Arquitetura e Urbanismo/ UFC a ultima edição, já realizada, do Forum Adolfo Herbster, tendo como tema a "Requalificação da Área Central de Fortaleza". Para o mesmo foram convidados três grandes urbanistas brasileiros: Luiz Paulo Conde, que mais tarde foi Prefeito do Rio de Janeiro e Vice Governador; Cassio Taniguchi, oriundo da equipe de Jayme Lerner e mais tarde Prefeito de Curitiba e Luís Eduardo de Assis Lefevre/SP, que durante uma década e meia trabalhou na maior parte das operações urbanas consorciadas na cidade de São Paulo.
O diagnóstico dos três foi unanime: Fortaleza apesar de ser uma cidade de imensa frente atlântica se negava historicamente a esta apropriação, quando em todo o mundo as orlas centrais ou as frentes d'água ou "water fronts" estavam em plena ordem do dia e citavam-se vários exemplos: Baltimore, Toquio, Barcelona, Sidney, New York, San Francisco e outras situações. E que a requalificação do centro de Fortaleza passava pela decisão de reconquistar e redesenhar a orla marítima central, com enfase para a situação do Poço da Draga.
A partir desta indicação, foi composta uma equipe multidisciplinar, que convalidou a proposta de uma operação urbana, naquela situação, a Operação Urbana Consorciada Poço da Draga. Destino da proposta: engavetamento pela Administração Municipal.
Em 2001, foi promulgado o Estatuto da Cidade, que recomendava a realização de Operações Urbanas Consorciadas, como uma forma de reverter processo de esvaziamento e deterioração em áreas urbanas centrais. Em 2001, os estudos coordenados pela Price Waterhouse Coopers e ASTEF, feito pelos Arquitetos Liberal de Castro, Neudson Braga, Fausto Nilo e Delberg Ponce de Leon, confirmam a mesma indicação, com o aporte do Urbanista Robert Cevero, da UCLA.
Mas como sempre existe um "sabido" a mais, nestas terras do Siarah, que sabe mais que qualquer pessoa, a discussão está hoje resumido a localização de um terreno disponível a "preço módico". Agora o "imbroglio" está feito e todos querem saber a origem dos "estudos atuais" que orientaram o Governador do Estado Cide Gomes a tomar esta decisão. Outra questão é saber a opinião do setor de planejamento municipal, que poderia orientar uma opinião da Srª Prefeita Municipal.
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
O debate sobre a expansão do Centro de Convenções continua
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Continua a polemica sobre a ampliação do Centro de Convenções, no corredor da Av. Washington Soares
Na opinião deste blogspot, o grande impasse não é escolha daquela localização vinculada a um equipamento já existente e/ou se a dimensao da gleba para o empreendimento é compatível ou adequada, mas sim uma questão mais ampla ainda, que é a ausencia de um desenho contemporaneo para a estrutura urbana da cidade de Fortaleza, fruto da não existencia deste tipo de debate entre nós e da extinção do Sistema de Planejamento e Gestão Urbana, centralizado no antido IPLAM/ Instituto de Planejamento Municipal.
A primeira macroabordagem da questão da acessibilidade, mobilidade e transporte se deu como o PLANDIRF, na Gestão do Prefeito José Walter Cavalcante, entre 1969 e 1971, realizado pela SERETE/ SP e Arquiteto Jorge Wilheim. A última macroabrodagem se deu com o Plano do Sistema Viário de Fortaleza, em 1975, ou quatro anos depois, com o Prefeito Vicente Fialho quando da realização do Plano Diretor Físico/ PDF Fortaleza.elaborado pela Coordenadoria de Desenvolvimento Urbano de Fortaleza, antecedente do IPLAM, com base nas anteriores proposições do PLANDIRF. De lá para cá nenhuma abordagem mais ampla foi composta.
Mais à frente, tivemos o PDDU/ FOR/ Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano consolidado em 1992, na Gestão Juracy Magalhães, que referenda as diretrizes anteriores, sem nada acrescentar de conteúdo novo, embora muita obras de modernização do sistema viário básico tenham sido realizadas. Em 2002/ 2003, foi iniciada a revisão das proposições de planejamento para Fortaleza, através do Projeto LEGFOR, 2002/ 2003, por iniciativa de professores do Deptº de Arquitetura e Urbanismo/ UFC e coordenação do Prof. José Sales. No mesmo foi feita uma atualização de informações sobre o sistema viário e indicadas algumas diretrizes para sua revisão, mas mesmo foi sumariamente engavetado em 2005, por "defeitos genéticos".
Hoje temos uma nova proposição, em pauta, com a pomposa denominação de PDP/ Plano Diretor Participativo, elaborada integralmente pela atual gestão, pela SEPLA/ Secretaria Municipal do Planejamento, com suporte do Instituto Pólis/ SP, que segundo consta tem ampla experiência em planejamento urbano e gestão, lá pelo Sudeste do país. O resultado apresentado nem de longe chega a tocar no assunto ou a veicular qualquer novo conteúdo sobre acessibilidade, mobilidade e transporte, pois perdeu-se, na discussão do metodo e na rotina das assembléias participativas.
Neste momento do debate, a não existe nenhum pronunciamento da SEPLA/ Secretaria Municipal do Planejamento, nem do grupo gestor do PDP. O Secretário José Meneleu Neto, continua envolto em suas elocubrações, que de maneira nenhuma se relacionam com a nossa cidade real e sim com idílica Fortaleza Bela.
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Imagem do Centro de Convenções de Fortaleza
Centro de Feiras na contramão do mundo, artigo do Jornalista Fábio Campos
UM EMPREENDIMENTO DIVIDIDO EM TRÊS
Custo inicial para desapropriar a área definida para receber uma parte do Centro de Feiras na avenida Washington Soares: entre R$ 35 milhões e R$ 40 milhões. São 16 hectares de terreno. Uma parte pertence a herdeiros de Patriolino Ribeiro. Outra parte (menor) pertence ao grupo Edson Queiroz. Para que se torne viável, o Governo terá que investir também em vias de acesso. Hoje, a área é um problema gravíssimo no trânsito de Fortaleza. O terreno escolhido possui cerca de 300 metros de frente para a avenida. Englobará ainda, além da academia Edgar Facó, que já é do Estado, uma área que pertence a uma congregação católica e um pequeno restaurante. Servirá para a construção de um grande galpão refrigerado para a realização de feiras. O complexo leva em conta o atual Centro de Convenções (CC), que será ampliado para receber apenas os eventos. Um túnel ligará o Galpão ao CC. No total, um investimento entre R$ 100 milhões e R$ 120 milhões. Sem se levar em conta as necessárias melhorias de acesso e infra-estrutura para viabilizar o empreendimento. Não é tudo. O Governo do Ceará planeja construir outro grande auditório para eventos na Praia Mansa, que pertence à Companhia Docas do Ceará. Este tem um custo bem maior. Entre R$ 150 milhões e 200 milhões.
MINISTRA JÁ CONHECE O PROJETO. QUE PROJETO?
Há um problema no comportamento do Governo do Ceará. A cidade foi tomada de surpresa com a decisão do Centro de Feiras. Uma decisão autocrática. Sem fóruns de discussão. Se há estudos de viabilidade, eles são desconhecidos. Se há, que sejam apresentados para o debate público. Na reportagem do O POVO de ontem que expôs a novidade ao público, assinada por Erick Guimarães e Henriette de Salvi, está dito que o projeto já foi apresentado ao Ministério do Turismo para possível financiamento. Que projeto? Cid Gomes não é prefeito de Fortaleza, é verdade. Não é um dever seu oferecer soluções para a Capital. Resolver o problema do Centro de Fortaleza, que vem piorando de forma acelerada, é uma responsabilidade da prefeita Luizianne Lins. Mas o Governo deveria levar em conta uma necessidade tão premente como a que envolve o nosso Centro e seu entorno. Trata-se de uma área histórica, com um conjunto arquitetônico único, repleta de referências da cidade, que está em franco processo de esvaziamento e degradação.
SÓ FALTA A CATEDRAL NA WASHINGTON SOARES
Levar o Centro de Feiras e Eventos para a avenida Washington Soares será o grandioso ato final de uma série de erros urbanos que vem sendo cometido na cidade desde que se decidiu levar o Centro de Convenções para aquela mesma área. Desde então, foram parar naquelas proximidades o Centro Administrativo do Ceará, a sede do Tribunal de Justiça, o Fórum, a Câmara de Fortaleza. Idem a sede do Governo. Isso, sem levar em conta os grandes negócios privados. Só falta a Prefeitura abandonar de vez a idéia de retornar ao velho e histórico Paço e se alojar ali. Que tal o Vaticano levar a nova Catedral para lá? É incrível, mas são todas as instituições públicas do Ceará as responsáveis por tal feito. Não custa repetir: tais decisões foram tomadas na contramão do que está sendo feito mundo afora. Está aí o exemplo de São Paulo que está transformando a antiga cracolândia num novo bairro (Nova Luz) com residências e imóveis comerciais.
Reprodução de artigo do Jornalista Fábio Campos, na Coluna POLÍTICA, do Jornal O POVO.