Nos jornais de hoje, continua a polemica sobre a ampliação do atual Centro de Convenções de Fortaleza, no corredor da Av. Washington Soares. Novamente a coluna POLITICA, do Jornalista Fábio Campos é totalmente dedicada a este tema. E inclui comentários da Profª Elizabeth Moreira do Departamento de Engenharia de Transportes UFC, que destaca que hoje já existem imensos problemas quanto a acessibilidade, mobilidade e transporte nesta região da cidade. E que no futuro estes problemas ainda serão maiores.
Na opinião deste blogspot, o grande impasse não é escolha daquela localização vinculada a um equipamento já existente e/ou se a dimensao da gleba para o empreendimento é compatível ou adequada, mas sim uma questão mais ampla ainda, que é a ausencia de um desenho contemporaneo para a estrutura urbana da cidade de Fortaleza, fruto da não existencia deste tipo de debate entre nós e da extinção do Sistema de Planejamento e Gestão Urbana, centralizado no antido IPLAM/ Instituto de Planejamento Municipal.
A primeira macroabordagem da questão da acessibilidade, mobilidade e transporte se deu como o PLANDIRF, na Gestão do Prefeito José Walter Cavalcante, entre 1969 e 1971, realizado pela SERETE/ SP e Arquiteto Jorge Wilheim. A última macroabrodagem se deu com o Plano do Sistema Viário de Fortaleza, em 1975, ou quatro anos depois, com o Prefeito Vicente Fialho quando da realização do Plano Diretor Físico/ PDF Fortaleza.elaborado pela Coordenadoria de Desenvolvimento Urbano de Fortaleza, antecedente do IPLAM, com base nas anteriores proposições do PLANDIRF. De lá para cá nenhuma abordagem mais ampla foi composta.
Mais à frente, tivemos o PDDU/ FOR/ Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano consolidado em 1992, na Gestão Juracy Magalhães, que referenda as diretrizes anteriores, sem nada acrescentar de conteúdo novo, embora muita obras de modernização do sistema viário básico tenham sido realizadas. Em 2002/ 2003, foi iniciada a revisão das proposições de planejamento para Fortaleza, através do Projeto LEGFOR, 2002/ 2003, por iniciativa de professores do Deptº de Arquitetura e Urbanismo/ UFC e coordenação do Prof. José Sales. No mesmo foi feita uma atualização de informações sobre o sistema viário e indicadas algumas diretrizes para sua revisão, mas mesmo foi sumariamente engavetado em 2005, por "defeitos genéticos".
Hoje temos uma nova proposição, em pauta, com a pomposa denominação de PDP/ Plano Diretor Participativo, elaborada integralmente pela atual gestão, pela SEPLA/ Secretaria Municipal do Planejamento, com suporte do Instituto Pólis/ SP, que segundo consta tem ampla experiência em planejamento urbano e gestão, lá pelo Sudeste do país. O resultado apresentado nem de longe chega a tocar no assunto ou a veicular qualquer novo conteúdo sobre acessibilidade, mobilidade e transporte, pois perdeu-se, na discussão do metodo e na rotina das assembléias participativas.
Neste momento do debate, a não existe nenhum pronunciamento da SEPLA/ Secretaria Municipal do Planejamento, nem do grupo gestor do PDP. O Secretário José Meneleu Neto, continua envolto em suas elocubrações, que de maneira nenhuma se relacionam com a nossa cidade real e sim com idílica Fortaleza Bela.
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