Na edição do O POVO de 05 de maio, o arquiteto e urbanista Fausto Nilo fez uma espécie de despedida do debate público em torno do centro de feiras. Sua intuição antevia o que o futuro reservava. A lembrança é irresistível: “Fortaleza já não tem hoje seu espaço público central configurado com base no realce da herança cultural edificada. Decai o orgulho cívico dos residentes e as condições do Centro já não atraem visitantes congressistas. A cidade deprime seus bairros centrais e cresce pelo processo de dispersão urbana. Vivemos a constante ameaça de que a dispersão continue a favorecer proprietários de terrenos em zonas periféricas que, com sua influência, forçam a extensão de infra-estruturas públicas para promover alterações de valores de suas glebas sem vida. Durante décadas esta tem sido a forma do crescimento e ao mesmo tempo o processo que sempre apoiou as decisões sobre localizações de equipamentos públicos. É por esta razão que as atividades urbanas em Fortaleza estão sempre a ‘andar’, deixando o cenário de terra arrasada na zona infra-estruturada e em seguida abandonada”.
Reprodução de parte da coluna POLITICA, do Jornal O POVO, do Jornalista Fábio Campos, de hoje, 11 de novembro de 2007, para efeito de divulgação.
domingo, 11 de novembro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário