O Fórum Social Mundial chegou ao fim neste domingo, após seis dias de discussões e manifestações que, segundo os participantes, mostraram haver uma alternativa ao abalado sistema capitalista global. O evento levou cerca de 100 mil ativistas a Belém, desde antigos militantes comunistas protestando contra o "imperialismo" dos EUA até ambientalistas e socialistas moderados.
Agendado para coincidir com o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, o evento deste ano recebeu um número recorde de chefes de governo, motivados para exibir suas credenciais de esquerda na esteira da crise financeira global. "As pessoas veem o capitalismo como incapaz de se manter firme, e existe a esperança de que não consiga", disse Shannon Bell, professor de política da Universidade de York, em Toronto, que compareceu a encontros sobre "eco-socialismo" no Fórum.
O governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais de 50 milhões de dólares no evento e trouxe uma dúzia de ministros de primeiro escalão. Quatro outros presidentes sul-americanos -- de Venezeual, Bolívia, Equador e Paraguai - também compareceram e foram recebidos como heróis. Em vez de tomar decisões vinculantes, o principal papel do Fórum é criar uma grande rede de contatos e a oportunidade de discussões entre os ativistas.
A crise global foi um tema comum, e para muitos ela evidenciou que o capitalismo de livre mercado está em seus últimos passos. "O lado financeiro do mundo nunca foi a parte que realmente o movimentou. O mundo é movido pelas pessoas", disse Luis Fabiano Celestrino, de 35 anos, um auto-declarado "idealista" e membro do grupo vegetariano Revolução da Colher. "O Fórum Social Mundial mostra o que as pessoas estão pensando sobre o problema mais básico, e só ouvir propostas para resolvê-lo já vale a pena", acrescentou.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
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